sexta-feira, 23 de novembro de 2012

PALACIOS - PALACIO DA REGALEIRA


Palácio de Regaleira

A Quinta da Regaleira, com o seu esplêndido Palácio da Regaleira, é um lugar com espírito próprio que fica situado em pleno Centro Histórico de Sintra, Património Mundial da UNESCO.
História
 Pouco se sabe quanto à história da Quinta da Regaleira nos tempos que precederam a sua compra por António Carvalho Monteiro. Ainda assim, é sabido que, em 1697, um homem de seu nome José Leite adquiriu uma vasta propriedade que ficava no termo da vila de Sintra, que pela descrição parece referir-se aos terrenos da atual Quinta da Regaleira.
Mais tarde, em 1715, Francisco Alberto Guimarães de Castro comprou estes mesmos terrenos em hasta pública, canalizando para aí a água da serra para alimentar uma fonte que aí existia. Nesta altura, a Quinta era conhecida como Quinta da Torre ou do Castro.
No ano de 1800, a Quinta foi cedida a João António Lopes Fernandes e poucos anos mais tarde, em 1830, esta passou para a posse de Manuel Bernardo, passando apenas nessa altura a ser chamada de Quinta da Regaleira, nome esse que conserva até aos nossos dias.
 Dez anos mais tarde, em 1840, a Quinta da Regaleira muda novamente de mãos, sendo desta feita adquirida pela filha de um grande negociante portuense, que mais tarde viria a ser agraciada com o título de Baronesa da Regaleira. Foi muito provavelmente nesse período que aí foi construída uma casa de campo que apenas se sabe aí ter existido através de algumas representações iconográficas desse local e que são datadas de finais do século XIX
A história do Palácio da Regaleira inicia-se no entanto em 1892, ano em que os barões da Regaleira decidem vender a propriedade ao Dr. António Augusto Carvalho Monteiro, por um valor que rondava os 25 contos de réis.

O Palácio de Regaleira
 O Palácio da Regaleira foi edificado no início do Século XX, recebendo assim as influências do ideário romântico, em que um fascinante conjunto de construções nasce, como que do nada, no meio da floresta luxuriante.
Este é assim o resultado da concretização dos sonhos mitológicos e mágicos do seu proprietário à época, o Dr. António Augusto Carvalho Monteiro. Para a sua construção foi convidado o talentoso arquitecto e cenógrafo italiano Luigi Manini que viria a executar na perfeição o Palácio idealizado por António Monteiro.

Assim, a imaginação destes dois homens tão invulgares acabou por conceber algo que, por um lado, é o somatório revivalista das mais diversas correntes artísticas – podendo-se destacar principalmente o estilo gótico, o manuelino e a renascença – e, por outro, a glorificação da história de Portugal, influenciada pelas tradições míticas e esotéricas.
 Por muito que se tente descrever aQuinta da Regaleira, é praticamente impossível fazê-lo pois este é um lugar para se sentir, tornando-se necessário conhecê-la e contemplar a cenografia dos jardins e do conjunto arquitetónico, admirar o filosofal Palácio “dos Milhões” (que recebeu este nome porque o seu dono era conhecido como o Monteiro dos Milhões), percorrer o parque ajardinado exótico e sentir a espiritualidade cristã naCapela da Santíssima Trindade, onde nos é possível descer à cripta, para que aí se possa recordar com emoção o simbolismo e a presença do além.
 Existe ainda um extraordinário conjunto de torreões que nos oferecem o vislumbre de paisagens deslumbrantes, com lendários recantos estranhos, e das vivendas apalaçadas com um timbre requintado, sendo estes excelentes terraços com uma disposição que é a ideal para que se possa apreciar o mundo celeste.
É assim o ambiente na Quinta da Regaleira e no seu Palácio: MÁGICO E MITOLÓGICO 

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