REGIÃO CENTRO
SUB
REGIÃO OESTE
DISTRITO LEIRIA
CIDADE CALDAS DA RAINHA
HERALDICA
Brasão
Escudo de
verde, uma faixa enxaquetada de três tiras de prata e vermelho; em chefe, uma
flor de lis florentina de ouro, aberta de azul e, em ponta, mó de moínho de
prata. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a
negro, em maiúsculas: "ALVORNINHA"
Bandeira:
Esquartelada
de branco e vermelho. Cordão e borlas de prata e vermelho. Haste e lança de
ouro.
Selo:
Nos termos da Lei, com a legenda:
"Junta de Freguesia de Alvorninha - Caldas da Rainha".
Situação Geográfica
CALDAS DA RAINHA |
Historia
Antiga vila dos Coutos de
Alcobaça, Alvorninha fica localizada no concelho de Caldas da
Rainha e é a sua mais antiga povoação.
Alvorninha, não tem certidão de idade, e só se sabe que
nasceu há muito, muito tempo… Nasceu pequena, pouco cresceu, cedo envelheceu, e
a tão velha chegou, que vem de muito longe a sua história.
Esta zona foi habitada em tempos pré-históricos, como comprovam os dólmenes existentes em Antas de Baixo.
Segundo um artigo publicado na "Gazeta
das Caldas" de 26 de Abril de 1985, da autoria do Dr.
João Bonifácio Serra, "a reconquista só chegou a Alvorninha por
volta de 1143 isto é, 10 anos antes da fundação do Mosteiro de Santa
Maria de Alcobaça".
Segundo reza a história, D.
Afonso Henriques terá passado por ali com as suas tropas em 12 de
Março desse ano, momento pintado em azulejo num painel da escadaria da Igreja
Matriz da vila.
Assim, é de admitir que os árabes se
tivessem aqui fixado anteriormente, e que deixassem como testemunho os nomes de
povoações como, Alvorninha, Alqueidão e Almofala,
como é geralmente admitido para outras povoações cujo nome começa porAL,
e que teriam sido fundadas por eles ao longo do século VIII depois de terem
invadido a Península Ibérica e conquistado o Império
Visigótico, conservando-se aqui durante muitos anos.
Passado o período de confrontos e de
lutas sangrentas, outros tempos vieram sucessivamente com a natural adaptação,
depois a pacificação até à convivência.
Na cópia do foral de Óbidos que a Câmara
de Alvorninha obteve na Torre do Tombo, assinada por Damião de
Goes refere que, ..."Após a reconquista, esta vila esteve
ligada ao termo de Óbidos e por muitos anos a Óbidos pertenceu,
regulando-se por este foral até que uma das nossas Rainhas, como senhoria que
era da vila de Óbidos, condoída da pobreza das freiras da Ordem
de Cister, em Cós lhe doou esta freguesia. Como Alvorninha ficasse
muito distante do Convento de Cós para a cobrança dos seus
rendimentos, passou esta freguesia por troca para o Convento de
Alcobaça da mesma Ordem".
No reinado de D. Sancho I,
em 1210, foi-lhe concedido foral passado pelo Mosteiro de Santa Maria
de Alcobaça. Em 1329, D. Afonso IVreclama Alvorninha para
a coroa, entrando em litígio com os monges de S. Bernardo. Sendo este diferendo
só resolvido em 1358, quandoD. Pedro I, confirma a jurisdição do
Mosteiro sobre a vila. No reinado de D. Manuel I, foi reformulado o
seu foral, a 1 de Outubro de 1514
Estabilizados os limites do
senhorio cisterciense, Alvorninha era, nos finais da Idade
Média, uma das 14 vilas dos coutos de Alcobaça. Nela foi estabelecida pelo
menos uma das famosas granjas, onde os monges organizaram uma colonização
modelar de algumas das terras mais férteis.
Os frades de Alcobaça fundaram também
na vila de Alvorninha, a primeira Escola Agrícola do País,
exercendo durante muitos anos grande influência no desenvolvimento da
agricultura e pecuária nas terras pertencentes à vila.
Patrimonio
Locais de interesse turístico
Igreja Matriz, Igreja do
Senhor da Misericórdia, pontes romanas, pelourinho e capelas seculares
Barragem de Alvorninha
A Barragem de Alvorninha, concluída
em 2004, tem como principal função a rega. Trata-se de uma barragem de aterro
com 21 m de altura e uma capacidade de total de 711 dam3. O descarregador de
cheias foi dimensionado para um caudal de 12,1 m3/s.
Igreja de Nossa Senhora da Visitação
Igreja de planta irregular; composta pelos volumes articulados na horizontalidade das naves central e lateral, capela-mor, sacristia e torre sineira.
A cobertura em telhado diferenciado de 2 águas prolongando-se em aba corrida sobre a nave lateral e sacristia. Frontispício orientado a Oeste, de pano único em empena triangular, rematado por cruz em pedra; frontão de cornija saliente, ladeado por 2 pináculos e aberto por óculo oval; sob janela recta destaca-se o pórtico em arco abatido com decoração vegetalista e naturalista entre 2 delgados fustes capitelizados prolongando-se na parte superior por cogulhos irradiantes enquadrando a esfera armilar.
A par do frontispício a fachada
prolonga-se pelo corpo reentrante da nave lateral aberta por janela e porta
recta. No lado oposto ergue-se a torre sineira de secção quadrada, sendo o 2º
piso aberto por um campanário em cada uma das faces, encimado por coruchéu de
ângulos quebrados, aberto numa das faces por relógio.
A fachada Sul, possui o corpo
saliente da nave lateral rasgado por 4 janelas rectas gradeadas, corpo da
capela-mor (mais baixo) aberto por pequena janela gradeada.
A fachada Norte, possui o corpo da
sacristia em empena recta, aberto por porta e janela gradeada; corpo reentrante
da nave central, cego, em empena recta; demarcação da torre sineira aberta no
1º piso por janela gradeada que ilumina o baptistério.
No interior a igreja possui
o coro-alto de balaustrada assente em 2 colunas com pias de água-benta nos
fustes delimitando o guarda-vento; nave central pavimentada a tijoleira e com
cobertura em tecto de madeira disposto em 3 planos; 4 altares laterais
(Evangelho), sendo os 2 centrais revestidos a talha dourada, correspondem no
lado oposto aos arcos que acedem à nave lateral com escada de 2 lances para o
coro-alto.
O arco triunfal é de volta perfeita e abre para capela-mor, onde se destaca porta de verga golpeada para a sacristia; altar-mor em talha dourada, com colunas salomónicas sustentadas por atlantes, figura que se repete na base do retábulo. Iluminação feita através de janela e óculo do frontispício, janelas do lado S. (nave lateral e capela-mor) e janela do baptistério. Pia baptismal relevada no bojo com escudo régio, encimada por um chapéu de prelado.
Na escadaria de acesso ao patamar da igreja, pode observar-se um bonito painel de ajulejos que representa a visita de D. Afonso Henriques a Alvorninha após a reconquista das terras de Santarém aos mouros.
Igreja
Senhor da Misericórdia
A Igreja da Misericórdia de Alvorninha, foi fundada em 1605, com um hospital anexo e foi desde logo consagrada ao Divino Espirito Santo. Templo pitoresco com alpendre e galilé, sob um adro alto em cima de uma escadaria.
Capela de São
Francisco
É uma capela de planta rectangular, simples,
com massas dispostas na horizontalidade, com cobertura em telhado
indiferenciado de 2 águas e de 3 águas sobre o alpendre.
O seu frontispício está orientado a Sudoeste, aberto por um portal recto ladeado por janelas, com embasamento escalonado sobrepujado por frontão triangular rematado por cruz trevada. Cornija interrompida com óculo, cuja altura se eleva em galilé de vão único delimitado por muro e 2 colunas assentes num parapeito interrompido para acesso ao templo.
A fachada Sudeste, é constituida por um.pano mural da galilé. O corpo do templo em empena recta, com embasamento acompanhando o declive, aberto por uma janela.
O seu frontispício está orientado a Sudoeste, aberto por um portal recto ladeado por janelas, com embasamento escalonado sobrepujado por frontão triangular rematado por cruz trevada. Cornija interrompida com óculo, cuja altura se eleva em galilé de vão único delimitado por muro e 2 colunas assentes num parapeito interrompido para acesso ao templo.
A fachada Sudeste, é constituida por um.pano mural da galilé. O corpo do templo em empena recta, com embasamento acompanhando o declive, aberto por uma janela.
A fachada Nordeste, tem empena triangular,
cega.
A fachada Noroeste tem empena recta, sobrepujada por sineira. Possui um pano mural interrompido por 2 contrafortes e porta recta. O muro do alpendre é interrompido por 4 degraus.
No interior o espaço único, é iluminado por 2 janelas (frontispício) e possui também uma janela lateral (Epístola). O seu pavimento é em tijoleira disposto em isódomo, e a cobertura tem o tecto rebocado. O altar-mor é composto por um nicho com imagem do orago. A pia de água benta, tem uma cruz latina relevada.
A fachada Noroeste tem empena recta, sobrepujada por sineira. Possui um pano mural interrompido por 2 contrafortes e porta recta. O muro do alpendre é interrompido por 4 degraus.
No interior o espaço único, é iluminado por 2 janelas (frontispício) e possui também uma janela lateral (Epístola). O seu pavimento é em tijoleira disposto em isódomo, e a cobertura tem o tecto rebocado. O altar-mor é composto por um nicho com imagem do orago. A pia de água benta, tem uma cruz latina relevada.
Outras
construções importantes em Alvorninha
Existe ainda uma velha Ponte Romana, de um só arco sobre o rio que vem do Casal do Rei e várias casas em ruínas. Este concelho teve quintas, casas e famílias ilustres. Uma das quintas mais importantes foi a Quinta de S. Gonçalo, em Alvorninha.
O seu edifício era construído em dois corpos ligados em ângulo recto, com o vértice a apontar na direcção de Alvorninha. A capela era no primeiro andar da casa e a entrada da quinta tinha um potão encimado pelo brasão da Família Couto e Aguiar, seus proprietários
Existe ainda uma velha Ponte Romana, de um só arco sobre o rio que vem do Casal do Rei e várias casas em ruínas. Este concelho teve quintas, casas e famílias ilustres. Uma das quintas mais importantes foi a Quinta de S. Gonçalo, em Alvorninha.
O seu edifício era construído em dois corpos ligados em ângulo recto, com o vértice a apontar na direcção de Alvorninha. A capela era no primeiro andar da casa e a entrada da quinta tinha um potão encimado pelo brasão da Família Couto e Aguiar, seus proprietários
Actividades Económicas:
Agricultura, pecuária,
horticultura, fruticultura, transformação de madeira, panificação e comércio
Festas e Romarias
Sr. da Misericórdia,
Festa do Verão,
São Sebastião,
Santo Amaro,
Santa Marta,
Santo António,
Senhora da Luz,
Senhora da Graça,
N.ª Sr.ª da Glória e
São Pedro
Bolo de ferradura, papas
de milho e pão de milho
Pão de Milho
Ingredientes
1 lata de milho verde
A mesma medida de leite
2 e ½ colheres (sopa) de margarina
2 ovos
5 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (sopa) de óleo
1 colher (sobremesa) de emulsificante
1 colher (sopa) de fermento biológico seco
1 colher (chá) de sal
600 g de farinha de trigo
Modo de preparo
1. Bata no liquidificador o milho, o leite, a margarina, o óleo, o
sal, o açúcar, os ovos e o emulsificante.
2. Coloque a mistura em uma vasilha e acrescente a farinha já
misturada ao fermento.
3. Mexa bem até ficar uma massa homogênea.
4. Coloque em formas próprias untadas com margarina.
5. Deixe crescer, pincele com ovo e leve para assar em forno pré
aquecido em 180ºC.
Artesanato:
Cestaria em vime e
madeira
Capelas
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