sexta-feira, 23 de novembro de 2012

FREGUESIA DE COLMEIAS - LEIRIA


REGIÃO                   CENTRO
SUB REGIÃO            PINHAL INTERIOR
DISTRITO                 LEIRIA
CIDADE                    LEIRIA
FREGUESIA            Colmeias
HERALDICA
Brasão
-        Escudo de verde, círculo de prata carregado de uma cruz da Ordem dos Templários, de vermelho e dois cortiços de ouro, realçados de negro;
-        Em campanha, Ponte de Sete Arcos de prata, lavrada de negro, movente dos flancos e de um pé ondeado de prata e azul de três tiras;
-        Coroa mural de prata de três torres;
-        Listel branco, com a legenda a negro: “COLMEIAS – LEIRIA”.



Bandeira
-      Cor: amarela;
-      Cordão e bordas de ouro e verde;
-      Haste e lança de ouro.


Selo

-      Nos termos da lei, com a legenda: “Junta de Freguesia de Colmeias – Leiria”


História

Retirado do Jornal Online “Tinta Fresca”, edição número 83 – 17 Setembro de 2007

Autor : Henrique Tigo - Geógrafo

Origem de Colmeias: uma das mais importantes freguesias de Leiria
Colmêas ou Colmeias é uma freguesia do Concelho e Distrito de Leiria (1), situada na Estremadura de Portugal, mas o que deu o nome a está freguesia?
 Podemos dizer que a freguesia de Colmeias existe desde o Neolítico pois foram encontrados diversos vestígios, como fragmentos de cerâmica de pasta grosseira, fabricada manualmente, objetos de sílex e vários machados de pedra polida.


 Do mesmo período e ainda do Calcolítico são conhecidos vestígios em Parceiros, Milagres, Monte Real e Caranguejeira, localizando-se nesta última freguesia a estação arqueológica do Crasto, cronologicamente enquadrável no Bronze Final / Idade do Ferro.
Por toda a região de Leiria, e ainda mais em concretamente por Collippo, passava um ramal secundário da importante via romana entre Olissipo (Lisboa) e Bracara Augusta (Braga).
 A antiga Collippo, fundada por povos de origem turdetana, tornou-se numa cidade de certa importância. Situava-se perto de Andreus-Barreira e na sua área de influência foram descobertos núcleos de pavimentos de mosaicos romanos de que se destacam os de Póvoa de Cós, Arneiro, Martim Gil e Caranguejeira.
Durante a época romana, o povoamento rural foi-se alargando em função de Collippo, aproveitando sobretudo as terras férteis do Lis, Lena e até do Sirol. São já bem conhecidas as “villae” do Arneiro, de Martim Gil, da Caranguejeira e dos Casais de S. Romão, bem como os achados de inscrições e outros materiais atribuídos àquele período histórico.
A freguesia de Colmeias, remonta a sua fundação em 1189, e não há dúvidas que o seu nome, tem origem nos exames de abelhas que, antigamente existiam em grandes quantidades, nesta região (2), o nome Colmeias vem de «Colmenas» encontradas um documento oficial de 1128, ou seja antes de ser fundada oficialmente a nacionalidade portuguesa, que só viria acontecer em 1143, por decreto papal.
Curiosamente a freguesia de Colmeias, nunca aparece como nome de um lugar, mas sim como freguesia e paróquia, constituída por vários lugares.
Contudo a freguesia de Colmeias já foi muito maior em área, pois dela fizeram parte os povos das actuais freguesias de Vermoil, S. Simão, Espite e parte das freguesias de Caranguejeira e Milagres.
A sua primeira sede foi na Vila de Alcovim, hoje já desaparecida, e foi mandada construir por El Rei D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, como linha de defesa contra os Mouros, fazendo parte dessa linha Vila Nova de Ourém e o seu Castelo, (actualmente onde se realizam as cerimónias, de investidura dos Cavaleiros de São Miguel de Ala.) Castelos de Tomar, Pombal e Alcovim. Alcovim localiza-se hoje a meio dos caminhos de Lagares e Crasto, onde se encontra a Igreja Matriz da Invocação de S. Miguel.
Ainda hoje é desconhecido a verdadeira razão, que levou a sede da freguesia a passar temporariamente para a Igreja Vela, cuja capela, da invocação da Senhora da Piedade, sendo ao tempo pertença da lendária Ordem dos Templários (A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo  (3) e do Templo de Salomão, melhor conhecida como Ordem dos Templários é uma Ordem de Cavalaria criada em 1118, na cidade de Jerusalém, por nove Cavaleiros de origem Francesa, visando a defesa dos interesses e proteção dos peregrinos cristãos na Terra Santa.
Sob a divisa Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória), tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e económico.
Inicialmente, as suas funções limitavam-se à protecção dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados, nos territórios cristãos conquistados na Terra Santa, durante o movimento das Cruzadas. Nas décadas seguintes, a Ordem beneficiou de inúmeras doações de terra na Europa que lhe permitiram estabelecer uma rede de influências em todo o continente.
Os Templários entraram em Portugal ainda no tempo de D. Teresa, que lhes doou a povoação minhota de Fonte Arcada, em 1127.
Um ano depois, a viúva do conde de D. Henrique e mãe de El Rei D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal entregou-lhes o Castelo de Soure sob compromisso de colaborarem na Conquista e cristianização dos Mouros.
E em 1145 receberam o Castelo de Longroiva e dois anos decorridos ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e ficaram responsáveis pelo território entre do Mondego e do Tejo.
A Ordem dos Templários Portugueses a partir de 1160 ficou sediada na cidade de Tomar, local onde continuou a situar-se a sua ordem sucessora, a Ordem de Cristo. Acredita-se que ainda existam cavaleiros da Ordem dos Templários mas, hoje em dia, é uma sociedade secreta…
O castelo de Leiria e os terrenos que iam até Colmeias, passaram por diversas vicissitudes até 1195, ano em que El Rei D. Sancho I o tomou em definitivo, concedendo um importante foral a Leiria.
Durante os tempos, diversos monarcas favoreceram Leiria (4) com as suas decisões, mas nenhum como El Rei D. Dinis, que elegeu a vila como sua predilecta de entre todas as do reino. Nesta região residiu repetidamente com D. Isabel, vindo a doar-lhe, em 1300, o senhorio da vila e do castelo. Além disso, escolheu Leiria para a criação de seu filho, futuro D. Afonso IV, aqui fez com ele as pazes depois de longa e grave discórdia, assinou importantíssimos diplomas e promoveu o levantamento da torre de menagem, existindo inúmeros relatos dos seus passeios por Colmeias.
A partir do século XVI, o crescimento demográfico que se fez sentir em Colmeias, fez surgir novos lugares
A sede volta entretanto após esse breve transferência, para a Vila de Alcovim, onde se conservou até 1750, altura em que foi construída a Igreja de Colmeias, na povoação de Eira Velha, sendo para aí novamente transferida a freguesia.
A fundação do bispado e a elevação de Leiria a cidade, em 1806 veio conferir nova dinâmica e decisivo impulso no crescimento de todo o concelho, o qual seria fortemente abalado entre 1807 e 1811 com as devastações dos soldados franceses. Novo golpe seria vibrado em 1882 com a extinção da diocese que só seria restaurada em 1918 por Breve de Bento XV.
Mas em contrapartida, na mesma década daquela extinção, chega o caminho-de-ferro.
E é a partir desse ano de 1888 que o concelho vai iniciar o processo que o levará a dar o grande salto em frente, atingindo o final da primeira metade do século XX com uma indústria de certo modo florescente, para vinte anos depois, registar índices de crescimento acelerado.
 Actualmente zonas industriais como as de Alto Vieiro, Parceiros, Boavista, Pousos, Maceira, Marrazes e Colmeias, apresentam valores elevados de ocupação de mão-de-obra, dando expressão económica e dimensão demográfica de vulto ao município, cabendo à cidade o papel de motor da região centro.
(1) Esta secção teve como ponto de partida um recorte do Jornal Região de Leiria datado de 19/08/1994, com o título “Monografia conta Histórias de Colmeias e Memória”
(2) o Jornal o Mensageiro, n.º 2834 (4 de Maio de 1972) pp1e 8.
(3) FUTTHARK, Run – A Misteriosa Ordem dos Templários, Edição Esquilo Multimédia, Inglaterra, 2000
(4) www.minhaterra.com consultado dia 3 de Setembro de 07”

Património


Igreja Paroquial de São Miguel, na Eira Velha, de meados do século XVIII, com quatro altares - sendo dois laterais com Nossa Senhora de Fátima no da direita e Nossa Senhora do Rosário no da esquerda – e dois colaterais, sendo a imagem do Sagrado Coração de Jesus no da direita e a de São Miguel Arcanjo no da esquerda.



Eventos Culturais (Festas populares e religiosas)

Adicionar legenda
  Espírito Santo (Domingo de Pentecostes)

 Sagrado Coração de Jesus (último fim de semana de Setembro)

 Nossa Sra. da Memória (Agosto)

  Nossa Sra. da Piedade (em Igreja Velha, no segundo fim de semana de Agosto)

 Santo António (no segundo fim de semana de Agosto)

 S. João Baptista (em Barracão, no fim de semana de S. João em Junho)

 Feira de S. Silvestre (31 de Dezembro)

 




GASTRONOMIA




Bifes de Vazia


Ingredientes
2 bifes da vazia de novilho
4 dentes de alho
Sal e pimenta q.b.
Manteiga e azeite q.b.
3 chávenas(chá) de leite
1 Chávena(chá) de água morna 
4 colheres de café de cevada
1 colher de sobremesa de mostarda
1 colher de sobremesa de farinha

Preparação

Tempere os bifes com alhos laminados e sal.

1.   Numa frigideira anti-aderente, leve ao lume a manteiga e azeite e os alhos (ponha bastante manteiga e azeite para depois se fazer o molho).
2.   Quando este estiver quente junte os bifes e deixe-os fritar.
3.   Assim que estiverem fritos retire e reserve numa travessa tapados com papel alumínio para que se mantenham quentes.
4.   Em lume brando acrescente ao molho dos bifes, o leite e deixe ferver um pouco. 
5.   De seguida acrescente, o café de cevada misturado com a água, a mostarda e a farinha.
6.   Mexa muito bem. 
7.   Adicione um pouco de pimenta, e mexa até engrossar.
Retifique os temperos.

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