REGIÃO CENTRO
SUB
REGIÃO PINHAL INTERIOR
DISTRITO LEIRIA
CIDADE LEIRIA
HERALDICA
- Escudo de verde,
círculo de prata carregado de uma cruz da Ordem dos Templários, de vermelho e
dois cortiços de ouro, realçados de negro;
- Em campanha, Ponte
de Sete Arcos de prata, lavrada de negro, movente dos flancos e de um pé
ondeado de prata e azul de três tiras;
- Coroa mural de prata
de três torres;
- Listel branco, com a
legenda a negro: “COLMEIAS – LEIRIA”.
- Cor: amarela;
- Cordão e bordas de ouro e verde;
- Haste e lança de ouro.
Selo
- Nos termos da
lei, com a legenda: “Junta de Freguesia de Colmeias – Leiria”
História
Retirado
do Jornal Online “Tinta Fresca”, edição
número 83 – 17 Setembro de 2007
Autor :
Henrique Tigo - Geógrafo
“Origem de Colmeias: uma das mais
importantes freguesias de Leiria
Colmêas ou Colmeias é uma freguesia do Concelho e Distrito de Leiria
(1), situada na Estremadura de Portugal, mas o que deu o nome a está freguesia?
Podemos dizer que a freguesia de Colmeias existe desde o Neolítico pois
foram encontrados diversos vestígios, como fragmentos de cerâmica de pasta
grosseira, fabricada manualmente, objetos de sílex e vários machados de pedra
polida.
Do mesmo período e ainda do Calcolítico são conhecidos vestígios em Parceiros, Milagres, Monte Real e Caranguejeira, localizando-se nesta última freguesia a estação arqueológica do Crasto, cronologicamente enquadrável no Bronze Final / Idade do Ferro.
Por toda a região de Leiria, e ainda mais em concretamente por
Collippo, passava um ramal secundário da importante via romana entre Olissipo
(Lisboa) e Bracara Augusta (Braga).
A antiga Collippo, fundada por povos de origem turdetana, tornou-se
numa cidade de certa importância. Situava-se perto de Andreus-Barreira e na sua
área de influência foram descobertos núcleos de pavimentos de mosaicos romanos
de que se destacam os de Póvoa de Cós, Arneiro, Martim Gil e Caranguejeira.
Durante a época romana, o povoamento rural foi-se alargando em função
de Collippo, aproveitando sobretudo as terras férteis do Lis, Lena e até do
Sirol. São já bem conhecidas as “villae” do Arneiro, de Martim Gil, da
Caranguejeira e dos Casais de S. Romão, bem como os achados de inscrições e
outros materiais atribuídos àquele período histórico.
A freguesia de Colmeias, remonta a sua fundação em 1189, e não há
dúvidas que o seu nome, tem origem nos exames de abelhas que, antigamente
existiam em grandes quantidades, nesta região (2), o nome Colmeias vem de
«Colmenas» encontradas um documento oficial de 1128, ou seja antes de ser
fundada oficialmente a nacionalidade portuguesa, que só viria acontecer em
1143, por decreto papal.
Curiosamente a freguesia de Colmeias, nunca aparece como nome de um
lugar, mas sim como freguesia e paróquia, constituída por vários lugares.
Contudo a freguesia de Colmeias já foi muito maior em área, pois dela
fizeram parte os povos das actuais freguesias de Vermoil, S. Simão, Espite e
parte das freguesias de Caranguejeira e Milagres.
A sua primeira sede foi na Vila de Alcovim, hoje já desaparecida, e foi
mandada construir por El Rei D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal,
como linha de defesa contra os Mouros, fazendo parte dessa linha Vila Nova de
Ourém e o seu Castelo, (actualmente onde se realizam as cerimónias, de
investidura dos Cavaleiros de São Miguel de Ala.) Castelos de Tomar, Pombal e
Alcovim. Alcovim localiza-se hoje a meio dos caminhos de Lagares e Crasto, onde
se encontra a Igreja Matriz da Invocação de S. Miguel.
Ainda hoje é desconhecido a verdadeira razão, que levou a sede da
freguesia a passar temporariamente para a Igreja Vela, cuja capela, da
invocação da Senhora da Piedade, sendo ao tempo pertença da lendária Ordem dos
Templários (A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo (3) e do Templo de
Salomão, melhor conhecida como Ordem dos Templários é uma Ordem de Cavalaria criada
em 1118, na cidade de Jerusalém, por nove Cavaleiros de origem Francesa,
visando a defesa dos interesses e proteção dos peregrinos cristãos na Terra
Santa.
Sob a divisa Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam
(Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória), tornou-se, nos
séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e
económico.
Inicialmente, as suas funções limitavam-se à protecção dos peregrinos
que se deslocavam aos locais sagrados, nos territórios cristãos conquistados na
Terra Santa, durante o movimento das Cruzadas. Nas décadas seguintes, a Ordem
beneficiou de inúmeras doações de terra na Europa que lhe permitiram
estabelecer uma rede de influências em todo o continente.
Os Templários entraram em Portugal ainda no tempo de D. Teresa, que
lhes doou a povoação minhota de Fonte Arcada, em 1127.
Um ano depois, a viúva do conde de D. Henrique e mãe de El Rei D.
Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal entregou-lhes o Castelo de Soure sob
compromisso de colaborarem na Conquista e cristianização dos Mouros.
E em 1145 receberam o Castelo de Longroiva e dois anos decorridos
ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e ficaram responsáveis
pelo território entre do Mondego e do Tejo.
A Ordem dos Templários Portugueses a partir de 1160 ficou sediada na
cidade de Tomar, local onde continuou a situar-se a sua ordem sucessora, a
Ordem de Cristo. Acredita-se que ainda existam cavaleiros da Ordem dos
Templários mas, hoje em dia, é uma sociedade secreta…
O castelo de Leiria e os terrenos que iam até Colmeias, passaram por
diversas vicissitudes até 1195, ano em que El Rei D. Sancho I o tomou em
definitivo, concedendo um importante foral a Leiria.
Durante os tempos, diversos monarcas favoreceram Leiria (4) com as suas
decisões, mas nenhum como El Rei D. Dinis, que elegeu a vila como sua
predilecta de entre todas as do reino. Nesta região residiu repetidamente com
D. Isabel, vindo a doar-lhe, em 1300, o senhorio da vila e do castelo. Além
disso, escolheu Leiria para a criação de seu filho, futuro D. Afonso IV, aqui
fez com ele as pazes depois de longa e grave discórdia, assinou
importantíssimos diplomas e promoveu o levantamento da torre de menagem,
existindo inúmeros relatos dos seus passeios por Colmeias.
A partir do século XVI, o crescimento demográfico que se fez sentir em
Colmeias, fez surgir novos lugares
A sede volta entretanto após esse breve transferência, para a Vila de
Alcovim, onde se conservou até 1750, altura em que foi construída a Igreja de
Colmeias, na povoação de Eira Velha, sendo para aí novamente transferida a
freguesia.
A fundação do bispado e a elevação de Leiria a cidade, em 1806 veio
conferir nova dinâmica e decisivo impulso no crescimento de todo o concelho, o
qual seria fortemente abalado entre 1807 e 1811 com as devastações dos soldados
franceses. Novo golpe seria vibrado em 1882 com a extinção da diocese que só
seria restaurada em 1918 por Breve de Bento XV.
Mas em contrapartida, na mesma década daquela extinção, chega o
caminho-de-ferro.
E é a partir desse ano de 1888 que o concelho vai iniciar o processo
que o levará a dar o grande salto em frente, atingindo o final da primeira
metade do século XX com uma indústria de certo modo florescente, para vinte
anos depois, registar índices de crescimento acelerado.
Actualmente zonas industriais como as de Alto Vieiro, Parceiros,
Boavista, Pousos, Maceira, Marrazes e Colmeias, apresentam valores elevados de
ocupação de mão-de-obra, dando expressão económica e dimensão demográfica de
vulto ao município, cabendo à cidade o papel de motor da região centro.
(1) Esta secção teve como ponto de partida um recorte do Jornal Região
de Leiria datado de 19/08/1994, com o título “Monografia conta Histórias de
Colmeias e Memória”
(2) o Jornal o Mensageiro, n.º 2834 (4 de Maio de 1972) pp1e 8.
(3) FUTTHARK, Run – A Misteriosa Ordem dos Templários, Edição Esquilo
Multimédia, Inglaterra, 2000
(4) www.minhaterra.com consultado dia 3 de Setembro de 07”
Património
Igreja Paroquial de São Miguel, na Eira Velha,
de meados do século XVIII, com
quatro altares - sendo dois laterais com Nossa
Senhora de Fátima no
da direita e Nossa
Senhora do Rosário no
da esquerda – e dois colaterais, sendo a imagem do Sagrado
Coração de Jesus no da
direita e a de São
Miguel Arcanjo no da
esquerda.
Eventos Culturais (Festas populares e religiosas)
Adicionar legenda |
Sagrado Coração de Jesus (último fim de semana
de Setembro)
Nossa Sra. da Memória (Agosto)
Nossa Sra. da Piedade (em Igreja Velha, no
segundo fim de semana de Agosto)
Santo António (no segundo fim de semana de
Agosto)
S. João Baptista (em Barracão, no fim de
semana de S. João em Junho)
Feira de S. Silvestre (31 de Dezembro)
GASTRONOMIA
Bifes de Vazia
Ingredientes
2 bifes da vazia de
novilho
4 dentes de alho
Sal e pimenta q.b.
Manteiga e azeite
q.b.
3 chávenas(chá) de
leite
1 Chávena(chá) de
água morna
4 colheres de café
de cevada
1 colher de
sobremesa de mostarda
1 colher de
sobremesa de farinha
Preparação
Tempere
os bifes com alhos laminados e sal.
1. Numa frigideira anti-aderente, leve ao lume a
manteiga e azeite e os alhos (ponha bastante manteiga e azeite para depois se
fazer o molho).
2. Quando este estiver quente junte os bifes e
deixe-os fritar.
3. Assim que estiverem fritos retire e reserve
numa travessa tapados com papel alumínio para que se mantenham quentes.
4. Em lume brando acrescente ao molho dos bifes, o
leite e deixe ferver um pouco.
5. De seguida acrescente, o café de cevada
misturado com a água, a mostarda e a farinha.
6. Mexa muito bem.
7. Adicione um pouco de pimenta, e mexa até
engrossar.
Retifique
os temperos.
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