quinta-feira, 31 de março de 2011

FREGUESIA DE LARANJEIRO

REGIÃO               LISBOA
SUB  REGIÃO   PENINSULA DE SETUBAL
DISTRITO         SETUBAL
CIDADE            ALMADA
Freguesia  Laranjeiro
Escudo em campo de ouro, representando a luz que ilumina as inteligências e significa a fé, a pureza e a constância, logo, também pretende simbolizar o padrão de riqueza gerado pela sociedade local, responsável pelo desenvolvimento e prosperidade da freguesia de laranjeiro e no interior do qual se encontram dois Grifos de esmalte púrpura na posição passante, lampassados e armados e segurando entre as garras a Cruz de Santiago.
Animais fabulosos, os Grifos, que a mitologia pretendia como simbiose da força do leão e a leveza e sagacidade da águia, constituindo, por isso, um símbolo da perfeição que o homem busca desde remotas décadas, acabam, afinal, por expressar todas as contradições da sociedade humana, na qual o Laranjeiro se insere e sobre as quais foi edificado.
Por sua vez, a púrpura, a que atribui a representação da sabedoria e da ciência, encontra-se associada à dignidade e à autoridade, ao respeito e ao dever, sendo a espada de Santiago o símbolo dessa ordem religiosa, implantada ao longo de séculos nesta região, cuja cor vermelha significa o caminho da luz, centro da vida, do calor e do fogo, energia criadora despertando o sentimento da alegria.
Em ponta, três burelas ondeadas de azul, representam a relação da Freguesia de Laranjeiro com o Rio Tejo que lhe serve de fronteira natural, constituído ainda por uma coroa mural de prata de três torres e um listel branco com a legenda: Laranjeiro, inscrita a negro.

Antigo lugar do termo e Freguesia de Almada, a povoação de Laranjeiro é hoje, uma das onze freguesias do Concelho de Almada.
Nos seus primórdios, era conhecido como local de passagem, ligando o sul do concelho a Cacilhas e à Vila de Almada, através da estrada que passando pelas Barrocas e Cova da Piedade conduzia à Mutela
Tratava-se de um amplo espaço rural onde pontificavam várias quintas, com as respectivas casas senhoriais, entre as quais a da Quinta dos Espadeiros, designação apontada por alguns historiadores locais, por força de nela haver permanecido, em finais do século VII, um foreiro da Albergaria de S. Lázaro, de nome Manuel Ribeiro, fabricante de espadas;
 a da Quinta de Santa Ana, edifício do mesmo século, propriedade do marquês de Sabugos, mas aforada a Agostinho de Rosales Santana; a da Quinta do Secretário, edifício do século XVIII, cujo nome lhe advém do seu proprietário, D. Gil Enes da Costa, ser ao tempo, Secretário de Estado; e a Quinta de Santo Amaro, um edifício do Século XIX, onde a Câmara Municipal instalou um centro de actividades culturais e em torno da qual se aponta ter nascido o topónimo de Laranjeiro.

Tal origem, não é, no entanto, pacífica, uma vez que há quem defenda a tese, segundo a qual, atribui o seu aparecimento à alcunha porque era conhecido o habitante de Cacilhas, José Rodrigues ( O Laranjeiro), proprietário da última das referidas Quintas situada naquele perímetro, generalizando assim o aludido topónimo entre as gentes da época.

Além das referidas casas, sublinhe-se a existência do Paço Real do Alfeite, um pequeno palácio do século XV, que foi residência do infante D. Francisco, mais tarde utilizado como pavilhão de caça. Esse imóvel, pertencente hoje à Base Naval de Lisboa,

 situava-se na antiga Quinta do Antelmo, devido à sua aquisição pelo infante ao desembargador António de Maia Aranha, após o que passou a casa do Infantado.


Toda esta vasta franja territorial, que vai do Caramujo à foz do Rio Judeu, é pertença do Alfeite, propriedade da Ordem de Santiago, por doação de D, Sancho I, em consequência da doação de Almada à referida Ordem militar, em 1186. Voltou à posse da corôa com D. Dinis, em 1298.A partir de então, passou a pertencer ao dote das rainhas e D. Leonor Teles doou ou vendeu-o ao judeu David Negro


Com a conquista da independência, D. João I incluiu na doação a Nuno Álvares Pereira, que, por sua vez, o doou à Ordem do Carmo ficando, pouco a pouco, alienado em fracções.

Entretanto, em 1641, D. João IV confiscou a fracção pertencente ao duque de Caminha e em 1654, cria a Casa do Infantado, doando-a ao Infante D. Pedro. Até 1834, data da extinção daquela casa, os diversos monarcas foram adquirindo as várias fracções e concentrando-as naquele património.

De tal sorte, que o Alfeite chegou a compreender ainda as Quintas da Penha, da Piedade, do Outeiro, da Romeira, do Antelmo e da Bomba. Nele estavam ainda incluídos, os pinhais de Corroios e do Cabral e na margem esquerda do rio Judeu, os moinhos do Galvão, da Passagem, do Capitão e da Torre, hoje território do concelho do Seixal.


Elevada à categoria de Freguesia em 4 de Outubro de 1985, em consequência da aprovação, por parte da Assembleia da República do Decreto-Lei 126/85, o território da Freguesia de Laranjeiro, constituí hoje um espaço urbano, o qual, conjuntamente com o das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Cacilhas, Feijó e Pragal, constituem a actual Cidade de Almada.


Com uma área de 400 ha fica situada a nascente do Concelho e confronta a Sul com a freguesia de Corroios (concelho do Seixal), a norte com a freguesia da Cova da Piedade, a Poente com a freguesia de Feijó e a nascente com o mar da Palha, abrangendo toda a área actualmente ocupada pela Base Naval de Lisboa – no Alfeite.

 
Localização Geográfica
Antes da sua elevação à categoria de freguesia, todo o território da actual Freguesia de Laranjeiro estava integrado na Cova da Piedade, localidade a que pertenceu desde 7 de Fevereiro de 1928, até 4 de Outubro de 1985, data em que, por força da Lei 126/85, emanada da Assembleia da República, foi instituído enquanto espaço administrativamente autónomo, no qual se incluía, igualmente, o Feijó, também este posteriormente elevado a Freguesia.

Património
Arquitectura Palácio Real do Alfeite (situado na Base Naval de Lisboa)







Casa Senhorial da Quinta de São Amaro Escultura Monumento aos 25 anos do Poder


Local Monumento à Solidariedade Monumento à Fraternidade e aos 15 anos da freguesia Conjunto escultórico ao Barril d'Alva



Fotos










Gastronomia
Caldeirada de Marisco
Ingredientes:

1 embalagem de lulas
1 embalagem de miolo de camarão
1 embalagem de medalhões de pescada (com tamboril fica ainda melhor, mas mais eh eh eh)
1 embalagem de delícias do mar
1 cebola
Batatas
Modo de Preparo
1.  Deixam-se as lulas e camarões de um dia para o outro em molho de tomate, um pouco de sal e um pouco de vinho rosé.
2.  Descascam-se as batatas e cortam-se aos bocados.
3.  Junta-se a cebola cortada aos bocadinhos, as lulas e os camarões.
4.  Por fim quando estiver a finalizar a cozedura juntam-se as delícias (inteiras ou cortadas aos bocados) e os medalhões de peixe (inteiros ou aos bocados).
5.  Mais uns minutos e voilá!

DOCES CONVENTUAIS - QUEIJO DE FIGO

Queijo de Figo
Ingredientes:
Para 8 pessoas
  • 250 grs de figos secos
  • 250 grs de amêndoas
  • 250 grs de açúcar
  • 25 grs de chocolate em pó
  • 5 grs de canela
  • 1,5 grs de erva-doce
  • 1,5 dl de água
  • raspa de meio limão
  • açúcar pilé q.b.
Modo de Preparo:
1.  Torre os figos e as amêndoas.
2.  Moa-os separadamente.
3.  Num tacho introduza a água, o açúcar, a canela, a raspa de limão, a erva-doce e o chocolate.
4.  Leve ao lume até formar ponto de estrada*.
5.  Junte a amêndoa moída, mexendo sempre e deixando ferver durante 5 minutos.
6.  Seguidamente adicione o figo moído, continuando a mexer e deixando ferver mais 5 minutos.
7.  À parte, polvilhe uma tábua com açúcar pilé, despeje sobre ela a massa e deixe-a arrefecer.
8.  Uma vez fria, molde um ou vários morgados.
*  Quando se passa uma colher no fundo do recipiente e a massa já não une, isto é, vai formando uma estrada.

Ângelo César Cardoso de Sousa


Ângelo César Cardoso de Sousa (Maputo, Moçambique, 2 de Fevereiro de 1938 - Porto, 29 de março de 2011)
foi um artista escultor, pintor, pedagogo e desenhador português. Conhecido por experimentar continuamente novas técnicas nas suas obras, foi visto como um estudioso da cor e da luz que explorou o minimalismo de uma forma radical





OS LUSIADAS - CANTO 1 (51 A 55)


Os Lusíadas Canto1
           51 a 55
51

"Do mar temos corrido e navegado
Toda a parte do Antártico e Calisto,
Toda a costa Africana rodeado,
Diversos céus e terras temos visto;
Dum Rei potente somos, tão amado,
Tão querido de todos, e benquisto,
Que não no largo mar, com leda fronte,
Mas no lago entraremos de Aqueronte.

52

"E por mandado seu, buscando andamos
A terra Oriental que o Indo rega;
Por ele, o mar remoto navegamos,
Que só dos feios focas se navega.
Mas já razão parece que saibamos,
Se entre vós a verdade não se nega,
Quem sois, que terra é esta que habitais,
Ou se tendes da Índia alguns sinais?"

53

"Somos, um dos das ilhas lhe tornou,
Estrangeiros na terra, Lei e nação;
Que os próprios são aqueles, que criou
A natura sem Lei e sem razão.
Nós temos a Lei certa, que ensinou
O claro descendente de Abraão
Que agora tem do mundo o senhorio,
A mãe Hebréia teve, e o pai Gentio.
Informações. A Ilha de Moçambique.

54

"Esta ilha pequena, que habitamos,
em toda esta terra certa escala
De todos os que as ondas navegamos
De Quíloa, de Mombaça e de Sofala;
E, por ser necessária, procuramos,
Como próprios da terra, de habitá-la;
E por que tudo enfim vos notifique,
Chama-se a pequena ilha Moçambique.

55

"E já que de tão longe navegais,
Buscando o Indo Idaspe e terra ardente,
Piloto aqui tereis, por quem sejais
Guiados pelas ondas sabiamente.
Também será bem feito que tenhais
Da terra algum refresco, e que o Regente
Que esta terra governa, que vos veja,
E do mais necessário vos proveja."

PTN - NOTICIAS DE PORTUGAL E DO MUNDO

quarta-feira, 30 de março de 2011

DANIELA MERCURI - NOBRE VAGABUNDO









FREGUESIA DE JANEIRO DE CIMA




REGIÃO               centro
SUB  REGIÃO   cova da beira
DISTRITO         castelo branco
CIDADE            fundão
Freguesia Janeiro de Cima




Historial
Por volta do século XVI, XVII, (desconhece-se a data precisa), um senhor, talvez nobre, possuidor de grandes bens e terras nas duas margens do rio Zêzere, resolveu ao morrer, legar os seus bens aos dois filhos de nome januários, entregou a um, as terras da margens direita do rio, ao outro, as da margem esquerda, assim nasceu Janeiro de Cima, na margem esquerda e Janeiro de Baixo na margem direita.

A formação de Janeiro de Cima não começou no local onde hoje se encontra. A primeira pedra foi lançada numa pequena elevação ainda hoje chamada esmouroços, local onde construiram a sua primeira igreja, uma capela em honra do Divino Espírito Santo.
No entanto, e segundo reza a lenda, nos esmouroços as formigas eram muitas e atacavam os berços das crianças, principalmente no verão.
Foi então que os antigos, que eram muito sabidos, decidiram soltar os muitos animais que possuiam (burros e vacas) por uma noite e no local onde esses animais fossem pernoitar construiriam eles as suas casas, a sua nova morada.
Ora esses animais apareceram ao amanhacer num pequeno vale denominado cabeço do vale, onde se construíram as primeiras casas feitas de gogos de quartzite amarela tiradas do rio, entremeadas com xisto negro e argamassadas com barro da região.
União foi o que existiu durante séculos entre Janeiro de Cima e Janeiro de Baixo, freguesia pertencente ao concelho vizinho da pampilhosa da serra. Estas duas freguesias andaram ligadas durante muito tempo e ambas fizeram parte integrante do mesmo concelho, até meados do séc. XIX.
A mais antiga é Janeiro de Baixo, que já existia ao tempo do arrolamento paroquial de 1320. Esta freguesia viria a tornar-se um importante centro religioso de uma extensa área de aquém e além Zêzere, do qual por desagregações sucessivas se constituíram as freguesias de Janeiro de Cima, Bogas de Baixo e Orvalho.
Janeiro de Cima foi um curato anexo à vigairaria de Janeiro de Baixo e da apresentação do vigário. O cura, como o próprio escrevia nas memórias paroquiais de 1758, tinha de "renda todos os anos vinte e sete alqueires de pão, metade centeio e metade trigo, quinze almudes de vinho, dois alqueires de azeite, nove mil réis em dinheiro e o pé de altar".
A freguesia não tinha donatários, sendo da coroa, e fazia parte da comenda de S. Domingos de Janeiro de Baixo, e Santa Maria da Covilhã.
            Notáveis são as diversas informações que fornece sobre o "rio desta terra". A começar pelo nome do mesmo que faz derivar de Júlio César, por este general romano "ter habitado" ou acampado nalgum ponto estratégico do rio.


Também "é certo que em algum tempo se tirou ouro e outros metais de suas areias e voltas deste rio, e a razão é por ainda se conhecerem as levadas que vêm do mesmo rio por penhas e terras fragosas mais de duas léguas e estarem muitos sítios cavados e demolidos, as quais minas dizem alguns que foram feitas pelos mouros, outros dizem que pelos romanos, e ainda em tempo presente costumam algumas pessoas tirar fagulhas de ouro do mesmo rio, digo, de suas areias".

A freguesia de Janeiro de Cima situa-se juntos às margens do rio Zêzere, a cerca de 45 quilómetros da sede do concelho, pela estrada nacional n.º 238.
Confinada no extremo sudoeste do concelho tem como fronteira do concelho da Pampilhosa da Serra, o rio Zêzere, e ocupa uma área de 11,92 quilómetros quadrados.

Cultura

A cultura do Linho e a produção do fio perde-se na origem dos tempos. Este foi outrora orgulho do rico e aconchego do pobre,depois os tempos mudaram e a sua produção entrou em decadência. Mas, de repente num verdadeiro retorno às origens temos jovens artesãs que se dedicam a não deixar morrer esta arte milenar.
Agricultura

 









 

A agricultura é uma atividade de subsistência e é praticada, em pequenas explorações, por agricultores, na sua maioria idosos, que utilizam pouco mais do que as técnicas dos seus antepassados.

Zêzere. Um estranho nome cuja origem mais plausível estará na designação de uma modesta árvore de pequenas flores brancas e frutos negros que abundava nas suas margens, o azereiro, também conhecido por zenzereiro. Miguel Leitão de Andrade, um historiador do século XVII, originário de Pedrógão Grande, pôs a circular por volta de 1629 uma lenda que atribuía uma origem diversa ao nome, e explicava, ao mesmo tempo, a génese do próprio rio.

A nascente situa-se a cerca de 1900 metros de altitude, próximo do planalto da Torre, o ponto culminante da serra da Estrela e de Portugal continental.
O Zêzere resumia-se a um leito pedregoso por onde desfilava um tímido fio de água, que às vezes quase se escondia na imensidão verdejante do vale. Lembrei-me de Ferreira de Castro, que sobre este trecho do Zêzere escrevia: "Era uma pobre, trémula fita de água, ora muito estreita, ora mais larguita, às vezes quase invisível, que se lançava lá do alto por um sulco ou diáclese da rocha negra, aberta para lhe dar melhor caminho." O tempo estava esplêndido, com uma temperatura amena, e o Cântaro Magro brilhava ao sol oblíquo do amanhecer.

Junto aos abrigos de pedra e telhado de colmo, pastores conduzem os seus rebanhos monte acima, em direcção a pastos mais abundantes, enquanto os animais vão mordiscando a erva que encontram pelo caminho. Um quadro de uma imensa beleza e tranquilidade, só perturbada, de vez em quando, por algum carro que passa na estrada alcatroada a meio da encosta.



Os cerca de 260 quilómetros de extensão fazem deste rio um dos maiores
inteiramente português. O Zêzere é um rio quase selvagem e caprichoso que sulca terras de pastores, enquanto atravessa a Estrela, e se torna utilitário após passar perto de Belmonte. São as suas águas que irrigam e dão vida aos férteis e produtivos campos da Cova da Beira, e eram essas mesmas águas que accionavam as rodas das azenhas, dos lagares e dos engenhos das fábricas. Para além da água para a rega, que bombeia do Zêzere com um fumarento motor, do rio também tira-se algum peixe, "só para passar o tempo"


As lavadeiras da aldeia ali iam lavar a roupa. Os moleiros aproveitavam a força da corrente para fazer andar a roda as azenhas e os seus regadios.





O rio mais bonito que se possa imaginar, com margems cobertas de verdura, uma àgua brilhante reflectindo o céu e o arvoredo.



Praia do Rio Zêzere de Janeiro de Cima, (areia ou relva), tudo para o bem estado dos seus utentes.
E claro que este verão o sol sera presente.
O rio na primavera leva muita agua





















































Gastronomia
Arroz de Tortulhos
Ingredientes
tortulhos q.b.
2 col sopa de azeite
1 cebola
2 alhos
sal e pimenta q.b.
1 tomate ou polpa
arroz

Modo de Preparo

1.  Quando se apanham os tortulhos devem cortar-se aos pedaços retirando as partes que já não estão boas para comer
2.  Lavam-se muito bem com água quente para retirar o resto de terra que ainda possam conter.
3.  Só se lavam quando for para cozinhar.
4.  Refogar a cebola e o alho em azeite.
5.  Juntar o tomate e depois de tudo desfeito triturar caso se queira o molho mais lisinho.
6.  Acrescentar os tortulhos.
7.  Eles largam bastante água por isso convém deixar cozinhar um bocado.
8.  Temperar de sal e pimenta.
9.   Juntar a água necessária e quando esta levantar fervura acrescentar o arroz.

Pode-se comer assim apenas ou acompanhar com carne grelhada.





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