sábado, 24 de novembro de 2012

CASTELOS - CASTELO DE ABRANTES


CASTELOS
Castelo de Abrantes
 O Castelo de Abrantes, também conhecido como Fortaleza de Abrantes, fica situado no Ribatejo, nas freguesias de São João e São Vicente, concelho de Abrantes, distrito de Santarém, em Portugal.
A silhueta das muralhas do Castelo de Abrantes domina uma elevação da cidade e vigia atentamente a proximidade do extenso caudal do rio Tejo.
História do Castelo
 Há quem diga que a antiga fortaleza pré-romana terá sido conquistada no ano de 130 a. C. pelo cônsul romano Décio Júnio Bruto.
Nessa época, Abrantes havia se tornado num ponto estratégico fundamental, dado que esta cidade estabelecia a confluência de várias redes viárias.
A cidade de Abrantes foi conquistada por D. Afonso Henriques aos muçulmanos em 1148. Mais tarde, seria alvo de dois longos e desgastantes cercos que foram levados a cabo pelos Almorávidas, tendo o primeiro ocorrido 21 anos mais tarde, em 1169. No entanto, as forças cristãs sob o comando do primeiro rei português defenderam valentia e destreza este castelo.
 Já no século XIII, o rei D. Afonso III de Portugal procedeu a melhoramentos substanciais nas muralhas da cidade. No entanto, foi D. Dinis quem cumpriu a tarefa de concluir o perímetro defensivo, ao mesmo tempo que terminava a remodelação da Torre de Menagem.
Durante a crise de 1383 a 1385, o mestre de Avis, futuro D. João I de Portugal, recebeu o apoio desta praça-forte, tendo sido aí tomada a decisão de enfrentar o exército castelhano em Aljubarrota.
 Porém, na segunda metade do século XVI, a fortaleza de Abrantes entrou em acentuada decadência, principalmente durante a dinastia filipina pois, ao longo da ocupação espanhola, o seu interesse estratégico foi considerado nulo.
No entanto, em finais do século XVII, D. Pedro II mandou reedificar a praça-forte de Abrantes, pois as Guerras da Restauração tornariam a colocá-la no centro da estratégia defensiva do território nacional.
Nessas grandes obras de remodelação foram acrescentados ao castelo medieval dois meios-baluartes, sendo que, ao mesmo tempo, procedia-se à adaptação e alargamento das muralhas, preparando-as para os impactos destruidores da pirobalística.

Castelo de Abrantes na Atualidade



Durante o século XVIII, as instalações do Castelo de Abrantes foram adaptadas a quartel, para poderem dar guarida a um regimento de cavalaria real.

 Alguns anos mais tarde, entre 1792 e 1799, o Castelo de Abrantes foi ampliado e ocupado pela legião comandada pelo marquês de Alorna.

Assim, já no virar do século, Castelo de Abrantes seria um dos palcos da denominada Guerra das Laranjas, conflito luso-espanhol que arrastou para a guerra algumas localidades portuguesas.

Em 1807, pelas mãos de Junot, as tropas napoleónicas invadiram Portugal, sendo que, com ele estendeu-se todo um cortejo de violência e humilhações.

O marechal francês ocupou a cidade de Abrantes , a 22 de novembro, atribuindo a si próprio o título de duque de Abrantes.

No entanto, menos de um ano depois, a cidade foi recuperada por um grupo de militares portugueses e também de populares.

 Apesar disso, no decurso da terceira invasão francesa, Abrantes voltou a ser reocupada e martirizada pelas tropas comandadas por Massena, após a derrota deste nas Linhas de Torres Vedras.

Em nossos dias, apesar de desativado em termos de aquartelamento militar, o castelo de Abrantes continua a conservar a beleza dos volumes castrenses do seu passado. Rodeada por um parque elegante e verdejante, a fortaleza deixa ver dois distintos panos de muralha, encontrando-se o primeiro reforçado por cilíndricos torreões e rasgado por algumas aberturas retangulares.

A porta principal foi rasgada no ângulo nordeste da fortaleza.

O elemento que mais se destaca neste conjunto arquitetónico é a extensa Loggia do Paço dos Marqueses de

 Abrantes, uma varanda de grandes e poderosos arcos de volta perfeita, ladeada por dois torreões cilíndricos.

No interior da praça de armas existem ainda as antigas dependências palacianas, marcadas pela grandiosidade das suas estruturas arquitetónicas.

A emergir destas construções, encontra-se a antiga Igreja de Santa Maria do Castelo, que foi convertida em museu e onde se expõem belas coleções de escultura romana, escultura tumular dos século XV e XVI, e ainda de notáveis painéis de azulejos sevilhanos.

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