REGIÃO CENTRO
SUB
REGIÃO PINHAL INTERIOR
DISTRITO LEIRIA
CIDADE LEIRIA
Heraldica
O brasão da Boa Vista é apresentado da seguinte
forma:
- escudo verde (símbolo da floresta circundante);
- porco de ouro malhado negro (símbolo da pecuária);
- flor-de-lis de prata (símbolo do conselho de Leiria);
- duas espigas de trigo de ouro (símbolo da principal atividade econômica);
- parte superior: coroa mural de prata de três terras;
- parte inferior: listel branco com a legenda, a negro, Boa Vista – Leiria
- escudo verde (símbolo da floresta circundante);
- porco de ouro malhado negro (símbolo da pecuária);
- flor-de-lis de prata (símbolo do conselho de Leiria);
- duas espigas de trigo de ouro (símbolo da principal atividade econômica);
- parte superior: coroa mural de prata de três terras;
- parte inferior: listel branco com a legenda, a negro, Boa Vista – Leiria
Apresentação
O seu nome primitivo era Boa Vista mas, por um
fenómeno de aglutinação, houve uma evolução natural que culminou em Boavista.
Sobre a origem do topónimo apenas se pode conjecturar, mas deve-se filiar no
panorama proporcionado por esta povoação relativamente aos seus arredores. Mas
há quem avente uma hipótese inversa e perfeitamente plausível: a povoação, por
se ver bem dos montes em seu redor, oferecia aos seus observadores distantes
uma deliciosa paisagem, ou seja uma boa vista.
Historia
Desta freguesia da Boavista, não são conhecidos feitos
históricos de antiguidade já que a fundação da laboriosa aldeia que lhe daria o
nome, deve remontar a meados do século XIX. Crê-se que nessa época ter-se-ão
aqui fixado uns marchantes de gado, que ficaram conhecidos como “Os Moços das
Vacadas”, os quais instalaram casas comerciais. Pela mesma altura e na
sequência da abertura da antiga estrada real que ligava o Porto a Lisboa
construíram-se estalagens para apoio dos viajantes e negociantes que de norte
se dirigiam para as feiras do sul e vice-versa.
Freguesia em 28 de Janeiro de 1928, com 200 fogos, sob a
proteção de N. Sra das Dores, ocupa uma área desanexada das freguesias de
Pousos, Marrazes e Colmeias, só foi criada como paróquia a 29 de Janeiro de 1946.
A congrua, paga em géneros, foi fixada num alqueire de cereal por cada fogo e ½
alqueire por cada ½ fogo, nunca inferior a 300 alqueires de cereal, 70 litros
de azeite e 30 medidas de vinho. Da congrua faziam também parte os emolumentos-
Esta freguesia é atravessada pela antiga estrada real, hoje
desvio da Estrada Nacional N.º 1, e pela auto-estrada Lisboa-Porto e está
rodeada de perto pelo Pinhal do Rei e
mais distante pelos contrafortes da Serra do Branco e
da Serra de Aire.
Património Natural
Na área
mais fechada do Vale do Leão, entre a foz do ribeiro e a estrada que liga a
Fonte do Oleiro à longra, existe uma série de abrigos pré-históricos, numa
linha contínua que ocupa aproximadamente 1Km de extensão:
- Abrigo
do Moinho (abrigo de grande dimensão, situado na margem esquerda do ribeiro,
que se encontra à frente de uma moinho recuperado e que apresenta um grau de
conservação razoável);
- Abrigo 1
do Vale do Leão;
- Abrigo 2
do Vale do Leão (abrigo de grandes dimensões e com grande potencial
arqueológico);
-Abrigo 3
do vale do Leão (abrigo de medias dimensões e com grande potencial
arqueológico).
Igreja Matriz – igreja velha da Boa Vista
A antiga
igreja da Boa Vista foi mandada edificar a 16 de Junho de 1871, embora a
primeira pedra só tenha sido assente um ano e um dia depois, a 17 de Junho de
1872, pelo mestre José Costa Prior.
D. José
Alves Correia da Silva criou a paróquia da Boa Vista, apenas a 29 de Janeiro de
1946.
Igreja
Matriz – A inauguração da nova igreja
A igreja
da Boa Vista sofreu remodelações em 1998, altura que alcatifa foi substituída
por mosaico. Em 2000 a fachada foi embelezada com a aplicação de um painel
de azulejos na fachada da autoria de Quim Nolo.
A
capela do Alqueidão é o mais antigo edifício da Boa Vista de que há memória.
Edificada no século XVIII, sofreu ao longo dos tempos grandes mudanças.
A
capela foi fundada em 1734, pelo padre José Francisco da Silva num local que se
pensa ter sido um antigo cemitério. Do fundador apenas se sabe que foi sepultado
no interior da capela no ano de 1754.
Daqui
se conclui que a capela foi inicialmente dedicada a S. José.
Segundo
a tradição oral, por volta de 1810 – aquando das invasões francesas -, este
templo terá sido profanado e destruído. Após o assassínio do padre e de todos
que se opuseram, os invasores fizeram da capela um estábulo para os seus
cavalos.
Em 1865,
a capela foi reedificada.
Tendo
em conta os apontamentos que se crê serem do pároco dos Pousos António Antunes
Faria, em 1918 foi levantada e substituída a pedra tumular tendo sido
descobertas intactas as ossadas do Pe. José Silva, segundo António Fiúza, o
descrito terá ocorrido mais tarde. A capela terá ruído em 1923 ou 1924. Em 1926
acapela foi restaurada e, a 5 de Julho, foi benzida, seguindo-se à bênção a
missa cantada e a procissão incorporadas andores de fogaça. Em 1937/1938 a
comissão da capela comprou um terreno situado ao lado da nascente, onde foi
construída a sacristia, a todo o comprimento da capela.
A
capela foi remodelada em 1969, sendo incorporada nela o espaço da antiga
sacristia e construída uma nova sacristia, do lado poente alem de se subirem
paredes e tecto, de se ter pavimentado o chão com mármore e de se ter
substituído a pedra sepulcral pela segunda vez.
Em
1989, remodelou-se a parede sul, fixando-se nela um crucifixo e escavando-se
dois nichos, destinados a S. Sebastião e a nossa Senhora das Graças.
O tecto foi forrado a madeira. Foram ainda aplicadas molduras de gesso e
azulejos policromados.
Em
2005 foi requalificada a sacristia e o espaço anexo à capela, tendo sido
demolido o coreto ai existente.
Atualmente,
a capela abre periodicamente ao culto, especialmente por altura da sua festa
anual em Agosto.
Salão da
Casa Paroquial
Construída
em 1926, num terreno cedido pela família Ferreira, a casa paroquial está
localizada na rua da Alegria.
Anexo à
casa, o salão paroquial foi construído em meados da década de oitenta. É neste
edifício que funciona a actividade pastoral.
Sala
Mortuária
A sala
mortuária da Boa vista esta situada num espaço anexo à igreja, que antes servia
de arrumação e de sala de catequese.
A ideia de
criar, na freguesia, um local para acolher os defuntos partiu de um grupo de
paroquianos, por causa da necessidade da população, que até então tinha de se
deslocar a Leiria para passar as ultimas horas com os seus entes queridos.
Como o
conselho paroquial não conseguiu comprar os terrenos contíguos à igreja, o
espaço escolhido para a sala mortuária foi o espaço anexo à igreja.
A sala
mortuária foi inaugurada a 24 de Março de 2002. Em 2006, na tentativa de tornar
o espaço exterior mais acolhedor, procedeu-se à sua cobertura.
Alminhas
Ate ao
final do milénio, havia uma tradição que se chamava “cantar às almas”: um grupo
de homens, no tempo da Quaresma, à noite, fazia um peditório de casa em casa;
as ofertas dadas eram aplicadas em missas pelas Almas do Purgatório.
José
Vicente , sendo devoto das almas do purgatório, prometeu erguer no
Alqueidão um nicho e cumpriu a sua promessa. Com a passagem da
estrada principal no local, o painel foi mudado para o espaço lateral, onde
ainda se encontrava.
Nele esta
escrita a seguinte quadra dedicadas às Almas do Purgatório:
Passageiro que vais passando
Lembra-te
fui na terra teu irmão
Se por nós
fores rezando
Ajudas a
nossa salvação
Via-sacra
Com sete
placas alusivas à dolorosa vida de Maria, foi inaugurada no ano de 2002 a Via-sacra.
A primeira
destas placas encontra-se junto à capela do alugar de Alqueidão, e a ultima
localiza-se perto do cruzamento para os Machados.
Feiras e festividades
1ª Semana Gastronómica Leitão Assado à Moda da Boa
Vista
A Junta de
Freguesia de Boa Vista, com a colaboração da Câmara Municipal de Leiria e da
Região de Turismo Leiria-Fátima, vai levar a efeito, de 1 a 5 de Outubro de
2010, a 1ª Semana Gastronómica do «Leitão assado à moda da Boa
Vista».
O evento é
de inegável interesse concelhio e regional e pretende afirmar-se no panorama
gastronómico nacional.
No
decorrer da Semana Gastronómica são esperados milhares de visitantes que, nos
restaurantes aderentes, poderão degustar o magnífico «Leitão assado à moda
da Boa Vista».
Simultaneamente,
no espaço de animação comunitária (Adro da Igreja) decorrerá o programa
cultural e haverá mostra de petiscos, artesanato e outros, a cargo de algumas
associações.
Os
restaurantes aderentes serão os seguintes: Pinto, Café Centro, Aldeia do
Leitão, Fonte do Corvo, Morgatões, e Tasquinha.
Semana Gastronômica Boa Vista Leiria
ASSOCIAÇÕES E COLETIVIDADES
Associação de
Solidariedade Social e Cultural de Boa Vista
Criada
há vários anos, esta associação abrange toda a freguesia, sendo composta por
cerca de dezena e meia de elementos e uma centena de sócios
Orientada
para a acção social, a associação tem como horizonte o apoio à terceira
idade; o seu principal objectivo é a construção de um centro de dia para
idosos.
Rancho Típico da Boa Vista
O Rancho Típico da Boa vista dedica-se à divulgação das danças, dos cantares, dos usos e dos costumes da região, toda ela enraizada, em termos folclóricos, na velha Alta Estremadura, de onde tem recolhido a maneira de trajar, de cantar e de dançar.
Foi fundado em 1978 por um grupo de jovens, em 1989, foi extinto por falta de elementos, tendo renascido em 1996. presentemente, com cerca de 50 elementos, está inscrito na Associação de Folclore de Alta Estremadura.
Escuteiros ( Agrupamento 1227 do CNE) O Rancho Típico da Boa vista dedica-se à divulgação das danças, dos cantares, dos usos e dos costumes da região, toda ela enraizada, em termos folclóricos, na velha Alta Estremadura, de onde tem recolhido a maneira de trajar, de cantar e de dançar.
Foi fundado em 1978 por um grupo de jovens, em 1989, foi extinto por falta de elementos, tendo renascido em 1996. presentemente, com cerca de 50 elementos, está inscrito na Associação de Folclore de Alta Estremadura.
O actual Agrupamento 1227 do CNE na Boa Vista foi formado por Mário Duro, em 1995. O CNE ( Corpo Nacional de Escutas) tem como objectivo proporcionar aos jovens uma educação integral ( física, intelectual, social e espiritual), levando as crianças e jovens a trabalharem em grupo, a partilharem valores e a tomarem contacto com a natureza,orientando-se por três princípios basilares " O Escuta é Filho de Portugal e Bom cidadão", "O Escuta tem Fé e por ela orienta toda a sua vida", "O dever do Escuta começa em casa."
Inicialmente reunia nas instalações cedidas pela junta de Freguesia; actualmente, o agrupamento tem na sua sede na antiga escola do Alqueidão.
Centro Recreativo Cultural e social do Povo do Alqueidão da Boa Vista de Leiria ( CRAB)
Tendo como objectivos principais incentivar a união e o convívio do povo do Alqueidão, por um lado, e gerir o património adquirido com a ajuda, esforço e dedicação de todos, por outro, foi criado no Alqueidão em Setembro de 2004 o centro Recreativo Cultural e Social do Povo do Alqueidão da Boa Vista de Leiria (designação jurídica).
Actualmente conhecido com CRAB, a associação é composta por 19 elementos e 69 sócios. Organiza várias actividades, nomeadamente no âmbito do desporto tradicional (chinquilho) e do convívio (comemoração do S. Martinho, passagem de ano...).
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