REGIÃO CENTRO
SUB
REGIÃO OESTE
DISTRITO LEIRIA
CIDADE CALDAS DA RAINHA
FREGUESIA SALIR
DO PORTO
Heráldica
BrasãoEscudo de prata, uma bandeira quadrada de azul com haste de ouro, carregada de uma estrela de cinco pontas de prata e acompanhada em chefe à dextra de uma camaroeiro de vermelho e à sinistra de um livro de prata realçado de vermelho. Coroa mural de quatro torres de prata. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: «SALIR do PORTO».
Esquartelada
de azul e branco. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.
|
Circular, com as peças do escudo sem a
indicação de cores e metais, tudo envolvido por dois círculos concêntricos,
onde corre a legenda: «JUNTA de FREGUESIA de SALIR do PORTO»
Localização Geográfica
Salir do Porto é uma das 16 freguesias do concelho de Caldas da Rainha, com 9,91 km de área e 770 habitantes. A freguesia é composta pelos locais de Salir do Porto, Casais de Salir e Serra do Bouro.
A freguesia de Salir do Porto possui uma praia fluvial, na margem do rio Tornada que desagua na baía de São Martinho do Porto.
A praia de Salir é famosa pela sua duna de areia com cerca de 150 metros de
altura. Existem outras praias de rocha na zona costeira, chamadas Quebradas.
Com o assoreamento da baía até às suas dimensões actuais, desenvolveram-se
outros centros populacionais e Salir do Porto caiu.
As casas estão distribuídas de uma forma mais centralizada em Salir e um pouco
mais dispersa na zona dos Casais, facto que talvez se deva à evolução
geográfica da povoação que começou em Salir para depois ir até aos Casais, na
configuração hoje conhecida.
Considera-se a união de Salir do Porto com os Casais de Salir como uma só aldeia. Liga com dois portos piscatórios, o de Nazaré e Peniche, também com as praias de S. Martinho do Porto e Foz do Arelho. Salir do Porto, em tempos remotos, foi vila e sede de concelho, cujo porto marítimo era uma das principais fontes de abastecimento da região.
Considera-se a união de Salir do Porto com os Casais de Salir como uma só aldeia. Liga com dois portos piscatórios, o de Nazaré e Peniche, também com as praias de S. Martinho do Porto e Foz do Arelho. Salir do Porto, em tempos remotos, foi vila e sede de concelho, cujo porto marítimo era uma das principais fontes de abastecimento da região.
A freguesia é servida pela linha de comboio do Oeste. Parte das habitações da
freguesia são segundas habitações. É um local de férias e fins-de-semana, tendo
vindo a tornar-se um local de refúgio de actores e escritores.
Salir está situado no “sopé” de uma colina que se destaca das restantes. O seu
nome popular é de Castelo, pois no seu topo, de fácil acesso, existem algumas
ruínas de uma antiga fortificação ou fortaleza de vigia, conhecida também por
forca. A área que não está povoada consiste em terras de cultivo, zonas de mato
rasteiro e floresta, especialmente pinhais e eucaliptais. Também é frequente
encontrar pomares e à medida que nos aproximamos do mar, em direcção à zona
costureira conhecida por “Quebradas”, depois da zona povoada por detrás das
pequenas colinas, encontramos florestas com vegetação rasteira que se mistura
com a areia solta.
A população foi-se desenvolvendo em redor da actual igreja matriz, até se efectuar a ligação com o lugar dos Casais. A principal actividade económica era a agricultura.
A população foi-se desenvolvendo em redor da actual igreja matriz, até se efectuar a ligação com o lugar dos Casais. A principal actividade económica era a agricultura.
Num período mais recente, com a construção de novos acessos, especialmente da
linha ferroviária do Oeste, Salir do Porto teve um desenvolvimento no turismo
e, junto com a Foz do Arelho, tornou-se um dos locais mais agradáveis do
concelho das Caldas da Rainha, tendo no entanto vindo a perder um pouco dessa
importância a favor da Foz do Arelho.
História
Salir do Porto é uma terra muito antiga, anterior à
própria nacionalidade, ficando a pouca distância da antiga cidade lusitana.
Começou por ser conhecida por Salir da Foz, não se conhecendo no entanto, por
falta de documentação, como lhes chamavam os nossos antepassados.
O nome “ Salir”, em Português arcaico “morrer”, é de
facto o local onde “morrem” as ribeiras de Alfeizerão e de Tornada, que se
juntam para formar o Rio Salir. Teve foral antigo, segundo alguns autores, dado
por D. Afonso Henriques que conquistou Alfeizerão ao emir Aben-Assan que
faleceu na luta com a sua filha Zaira ou segundo outros, pelo seu filho D.
Sancho I.
D. Manuel I, o monarca Venturoso, concedeu-lhe foral novo datado em Lisboa a 10 de Março de 1515. O Numerando de 1527, ordenado por D. João II uma espécie de recenseamento populacional de todas as paróquias do País, embora ainda sem o necessário rigor, refere que pertencia à Casa da Rainha e estava incluída no termo de Óbidos.
D. Manuel I, o monarca Venturoso, concedeu-lhe foral novo datado em Lisboa a 10 de Março de 1515. O Numerando de 1527, ordenado por D. João II uma espécie de recenseamento populacional de todas as paróquias do País, embora ainda sem o necessário rigor, refere que pertencia à Casa da Rainha e estava incluída no termo de Óbidos.
Antes do desenvolvimento de S. Martinho do porto,
Salir foi a povoação mais importante da região sucedendo-se a Alfeizerão, onde
existia um porto de mar muito acessível, no qual se podiam abrigar oitenta
navios no reinado de D. Manuel I, mas o assoreamento ocorrido em finais do
século XVI inutilizou o porto de Alfeizerão
Em documentos de 9 de Junho de 1827, D. Dinis faz uma doação à sua mulher, a Rainha D. Isabel, concedendo-lhe “plenos direitos”das coisas que a esse porto pertencia: “salgo, panos de cor, armas, ouro e prata, pimenta, açafrão, ferro, aço, chumbo, estanho e cobre.” Desde então, a Vila de Salir jamais deixou de fazer parte da Casa da Rainha. A doação leva-nos a concluir que já no século XVIII o porto de Salir tinha bastante rendimento, uma vez que o monarca o doou à esposa, salvaguardando ainda para a corte as rendas de panos de cor, as armas, metais diversos e especiarias.
As ruínas que estão situadas nos limites da praia são um valioso testemunho do importante passado histórico que Salir viveu.
A alfândega servia todo o concelho, reparando e
construindo barcos, com madeiras provenientes do Pinhal de Leiria. Rezam as
lendas, que aqui terão sido construídos alguns barcos que participaram na
Campanha das Índias de Vasco da Gama, nomeadamente a Nau São Gabriel.
Em finais do século XVIII, o concelho de Salir foi
prontamente extinto, passando a ser um curato de apresentação do prior de S.
Pedro, da vila de Óbidos.
Em 1839 pertencia a este concelho e em 1840 passou para o de S. Martinho do Porto até à extinção deste em 24 de Outubro de 1855 quando passou para as Caldas da Rainha, onde ainda se mantém.
Em 1839 pertencia a este concelho e em 1840 passou para o de S. Martinho do Porto até à extinção deste em 24 de Outubro de 1855 quando passou para as Caldas da Rainha, onde ainda se mantém.
Embora hoje Salir do Porto seja apenas uma aldeia de
pouca importância a nível nacional, em tempos foi uma vila sede de concelho,
cujo porto marítimo era uma das principais fontes de abastecimento da região.
Hoje só estão de pé as velhas paredes, cada vez mais
ameaçadas pela erosão causada pela água.
Capela de S. Ana
Salir do Porto possui alguns vestígios importantes do seu passado histórico. Os mais marcantes e mais óbvios são as ruínas da antiga Alfândega e da Capela da Senhora de S. Ana.
A Capela da Senhora de S. Ana, usualmente chamada de “capelinha”, e foi erguida na ponta mais afastada de Salir, no cimo da barra que serve de entrada à baía, cujo objectivo era o de abençoar os barcos que partiam em viagem. Hoje está em ruínas, sendo um dos monumentos mais importantes de Salir Da Capela de S. Ana restam umas desmanteladas ruínas.
A Igreja Matriz da freguesia está situada em Salir e, apesar de não constituir património arquitectónico fora do comum, é bastante interessante de visitar. Nelas são celebradas as missas todos os Domingos e ocasionalmente durante a semana. Pensa-se que esta igreja tenha cerca de três séculos, mas a riqueza arquitectónica histórica do seu interior perdeu-se durante obras de restauração há alguns anos.
Nas encostas que separam Salir do mar, existem quatro moinhos, testemunhas do passado em que os ventos eram aproveitados para a produção de farinhas. Hoje em dia três deles estão restaurados e são utilizados como casa de férias. O outro está em ruínas. Existem mais moinhos, mas estão igualmente em ruínas e estão situados em locais mais escondidos.
Ruínas da Alfândega
Paisagens
Em Salir do Porto é possível encontrar desde as praias às grandes colinas, estando Salir situado num vale que sobe progressivamente até aos Casais. Para o lado de Caldas da Rainha e São Martinho, o relevo torna-se praticamente plano, enquanto que para o lado do mar Salir está delimitado por um conjunto de elevações, embora de pouca altura, que se estendem desde a barra que delimita a baía, continuando para a Serra do Bouro.
É nessa zona limite da freguesia que existem as colinas mais elevadas, estando
o marco geodésico de altitude máxima situado numa elevação que serve de abrigo
às grutas de Salir do Porto, local a visitar, pois encontra-se no seu interior
estalactites com muitos anos e mantêm as formas originais de grande beleza.
Pode também encontrar algumas espécies de animais que predominam nesta zona de
Reserva Natural.
A grande superfície de pinhal da Serra do Bouro, acompanhando toda a costa até a Foz do Arelho, permite usufruir de boas sombras e de vários locais de paragem onde pode contemplar a magnífica paisagem.
A grande superfície de pinhal da Serra do Bouro, acompanhando toda a costa até a Foz do Arelho, permite usufruir de boas sombras e de vários locais de paragem onde pode contemplar a magnífica paisagem.
Localmente, estas praias têm o nome de
Quebradas. As mais conhecidas são a Quebrada da Maria da Serra, especialmente
indicada para a pesca; a Quebrada dos Batos, com o chão composto por milhões de
pequenos seixos redondos; e a Quebrada de São Romeu, que está situada
imediatamente a seguir à barra que delimita a baía do lado de Salir, e que é
excelente tanto para banhos, como para a pesca, para a prática de mergulho e
para a pesca desportiva.
Actividades Económicas
Pesca, agricultura, comércio,
exploração de madeiras e serviços,
especialmente o turismo.
Artesanato
Cerâmica
Cataplana de peixe
Massinha de peixe
Rosbife a S. Rafael
Tornedó à S.Rafael
Arroz de marisco
Arroz de Marisco
Ingredientes:
400 grs de arroz
500 grs de amêijoas
500 grs de camarão
4 bocas de sapateira
4 colheres de sopa de azeite
1 cebolas médias picadas
50 grs de margarina
2 dentes de alho picados
1 molhinho de coentros
picante q.b.
sal q.b.
1 dl. de vinho branco
Modo de Preparo
1. Limpe bem e lave todos os mariscos.
2. Coza e descasque-os, aproveitando a água de todos eles.
3. Não se esqueça de deixar alguns camarões inteiros para decoração final.
4. Com as cascas e cabeças do camarão faça um bom caldo.
5. Refogue os alhos picados e as cebolas no azeite e margarina, sem deixar
queimar.
6. Junte o caldo, e o vinho e deixe levantar fervura.
7. Junte o arroz (4 chávenas de caldo para 1 de arroz) e deixe cozer por
cerca de 12 minutos, junte os mariscos e os coentros picados e deixe ao lume
por mais 3 minutos.
8. Por fim retire o tacho do lume e decore com alguns camarões inteiros
que deixou no inicio.
Sirva de imediato.
Desporto e Lazer
Este equipamento lúdico será único na Europa e irá atrair turistas de todo o mundo. Em Salir do Porto pode desfrutar da sua paisagem bem como de várias actividades desportivas que se realizam durante todo o ano na Baía de S. Martinho do Porto: canoagem, pesca, provas de vela, nas encostas de Salir, as provas de quad crosse (moto 4), de BTT peddy paper e visitas pedestres.
Salir do Porto tem também as festas e romarias que são tradição da aldeia, principalmente nos meses de verão: a feira anual de S. António, padroeiro de S. Martinho, que se realiza a 10 de Junho e que traz muitos visitantes, desde emigrantes que estão de férias em S. Martinho e Salir do Porto. A festa da padroeira de Salir do Porto, Nossa Senhora da Conceição, realiza-se na primeira semana de Agosto.
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