Mais uma noite, amor
Mais uma noite, amor. Ao
recordar-te
retomo os fins do mundo, a cinza, os dias manchados de outras lágrimas. Sabias como eu a cor das sombras, essa arte que nos engana agora e se reparte por esquinas e cafés. Já não me guias os muitos passos vãos, as fantasias da minha falsa vida. Vou deixar-te fugindo-me. Na chuva, sem ninguém, apenas alguns vultos, o que vem «e dói não sei porquê» -este deserto onde te vejo, imagem outra vez, até de madrugada. O que me fez sentir o muito longe aqui tão perto? Fernando Pinto do Amaral A Escada de Jacob Assírio & Alvim |
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
FERNANDO PINTO DO AMARAL
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