sábado, 19 de janeiro de 2013

FREGUESIA DE SANTA CATARINA


REGIÃO                   CENTRO
SUB REGIÃO            OESTE
DISTRITO                 LEIRIA
CIDADE                    CALDAS DA RAINHA
FREGUESIA            SANTA CATARINA
Heráldica
               Brasão

Escudo de vermelho, roda de navalhas de ouro, com lâminas de prata, acompanhada à dextra de uma espada antiga de prata, com punho de ouro e apontada para o contrachefe e à sinistra de uma palma de prata, posta em pala; em chefe, um camaroeiro, acompanhado à dextra de uma maçã e à sinistra de uma pedra, folhadas, tudo de ouro. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda em maiúsculas a negro: «VILA de SANTA CATARINA».

Bandeira: 
Esquartelada de vermelho e amarelo. Cordão e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança de ouro.

Selo: 
Circular, com as peças do escudo sem a indicação de cores e metais, tudo envolvido por dois círculos concêntricos, onde corre a legenda: «JUNTA de FREGUESIA de SANTA CATARINA - CALDAS DA RAINHA».
Oraculo:
Santa Catarina

Santa Catarina protetora dos que trabalham com rodas, das mães sem leite e dos estudantes
Festa: 25 de Novembro. 
A lendária Catarina era uma virgem instruída e bela de Alexandria, que fez um protesto público ao imperador Maxêncio contra o culto de ídolos. 
Ele ordenou a 50 filósofos que se opusessem a ela, para lhe provarem que um morto na cruz não podia ser Deus, mas embora ela só tivesse 18 anos, demoliu os seus argumentos e converteu-os ao cristianismo. Quando eles admitiram a sua derrota, o imperador castigou-os, mandando queimá-los vivos.
Maxêncio tentou então seduzi-la pedindo-a em casamento; ela recusou, respondendo que já estava noiva de Cristo, pelo que lhe bateram e a aprisionaram durante muito tempo. Porém, durante o seu cativeiro foi alimentada por uma pomba e teve uma visão de Cristo. Converteu a mulher do imperador e 200 soldados, pelo que Maxêncio tentou torturá-la numa roda com picos; contudo, esta desfez-se, o que fez com que alguns espectadores ficassem feridos.
Por fim, Catarina foi decapitada e das suas veias não saiu sangue, mas leite, os anjos  desceram dos céus e levaram seu corpo para o monte Sinai,  onde mais tarde teria surgido um mosteiro consagrado á sua  memória.
Apesar de bastante divulgada, esta lenda não é corroborada pelas fontes da época.
É devido à sua inteligência, à roda de bicos e ao sangue transformado em leite que é invocada pelos estudantes que trabalham com rodas e pelas mães sem leite
ORAÇÃO - Ó Santa Catarina, que sois a protectora contra  os acidentes de trabalho, olhai por mim que estou sujeito diariamente  a inumeros perigos. Defendei os membros do meu corpo para  que eu possa sempre ganhar o pão com o suor de meu rosto,  e com a minha saúde perfeita eu seja sempre o arrumo da minha  família. Eu vos peço esta graça, pela intercessão da  Virgem Maria e pela protecção de seu Filho, Jesus Cristo. Amém.
Santa Catarina, rogai por nós.
ORAÇÃO - Santa Catarina de Alexandria, que tivestes uma inteligência  abençoada por Deus, abre a minha inteligência, fazei  entrar na minha cabeça as matérias de aula, dá¡-me  clareza e calma na hora dos exames, para que possa ser aprovado.  Eu quero aprender sempre mais, não por vaidade, nem só  para agradar aos meus familiares e professores, mas para ser útil  a mim mesmo, a minha família, à  sociedade e à minha Pátria. Santa Catarina de Alexandria, conto contigo.  Conta também tu comigo. Eu quero ser um bom cristão  para merecer a tua protecção. Amém.

História

Não se sabe quando começou a ocupação territorial da Península Ibérica, mas é comummente aceite que os primeiros povos procuraram  ocupar os sítios que se lhes apresentaram mais favoráveis que lhes permitissem pescar ou caçar que tivessem cavernas para abrigo.
Foi assim que no século II A.C., os romanos vieram encontrar, nas imediações, de Santa Catarina, os lusitanos, gente que se abrigava nas escarpas da serra dos Candeeiros e noutros montes das serranias de Alcobaça. As armas desses trogloditas (assim se chamam os homens das cavernas) eram de pedra e foi com os invasores que vieram a conhecer o ferro e a arte de manejar as armas.
Segue-se a invasão de outros povos vindos do Norte, como os Normandos. Mais tarde entram na Península os Árabes que vencendo o rei D. Rodrigo ao sul da actual Espanha, no ano de 711 se instalaram nesta região deixando longos vestígios do seu domínio, especialmente na toponímia.
A população, porém, era demasiado afetada pela lepra, peste e outras doenças, e até à vinda dos monges de S. Bernardo para Alcobaça, já no reinado de D. Afonso Henrique, não foi grande o progresso verificado. 
Diz a lenda que o primeiro rei de Portugal doou parte das terras da região de Alcobaça a S. Bernardo, em cumprimento da promessa feita aquando da conquista de Santarém.
Os monges de Alcobaça, além da sua atividade religiosa e cultural, abriram as aulas públicas e nelas, além de Teologia e Humanidades, ensinaram técnicas agrícolas já experimentadas para lá dos Pirenéus, graças ás quais arrotearam as terras, secaram pauis, introduziram culturas adequadas a cada terreno e organizaram explorações ou quintas, criando praticamente a partir do nada uma região agrícola que se manteve até aos nossos dias como uma das mais produtivas de Portugal. Além disso influenciaram a fundo economia de produção e de trocas, edificaram granjas perto das estradas e encruzilhadas, organizaram transportes e vendas, estudaram a maneira de conservarem os seus produtos para não se deteriorarem.
Praticaram intensamente a gestão directa, usaram o trabalho manual dos frades conversos, e desenvolveram uma acção colonizadora notável ao entregar aos colonos as terras por explorar mediante uma série de contrapartidas, nomeadamente a entrega de uma percentagem fixa da produção agrícola. De um modo geral, o Mosteiro fornecia também aos colonos algum material de apoio para as suas explorações agrícolas como sejam as sementes a utilizar e até a madeira para a construção das suas habitações.
Com a incorporação desta região, pelos Monges de Alcobaça nos coutos do Mosteiro, foi-lhe concedido o seu primeiro foral, assim a  4 de Fevereiro  de 1345 (era hispânica que se traduz por 1307), Frei João Martins, abade de Alcobaça, atribuiu Carta de Foro ao que se passou então a denominar de Couto de Santa Catarina.
Guiada pela mão agricultora dos frades, a região foi-se desenvolvendo até que em 1 de Outubro de 1514 (embora os estudos mais antigos apontassem para 1518),  EL Rei D. Manuel I, em Lisboa concedeu-lhe a carta de foral, ficando assim terra autónoma, fora da alçada da Real Abadia de S. Bernardo, elegendo os seus magistrados e procuradores. São desta altura a "forca" e o "pelourinho" onde eram aplicados os castigos.
A vila ganhou bastante importância, e um cavaleiro de EL Rei de nome Johan Reiz Português,  mandou construir uma capela onde quis ser sepultado, como se verifica na lápide que cobre o seu túmulo do sagrado coração de Jesus.
Por volta de 1750 e graças a escritos do pároco da altura, Sr. Padre de Azevedo Lima, temos a informação que a freguesia de Santa Catarina tinha uma razoável extensão territorial que abrangia o lugar de Nossa Senhora da Anunciação (hoje Benedita), o lugar de Nossa Senhora das Mercês (hoje Carvalhal Benfeito) e ainda grande parte dos lugares que hoje pertencem à freguesia de Alvorninha.
 Em 21 de Maio de 1896, a freguesia de Santa Catarina foi anexada ao concelho de Alcobaça, passando depois a integrar o concelho de Caldas da Rainha (1898). Eclesiásticamente, Santa Catarina foi um curato da apresentação dos fregueses, sendo a única vila dos coutos de Alcobaça que não estava subordinada ao mosteiro.
Em 1910, após a instauração da Republica, um desaguisado entre uma facção de republicanos encabeçado por um professor e a facção monárquica encabeçada pelo pároco, levou a que a escola  de Santa Catarina fosse atacada, sendo-lhe partido vidros de uma janela, em consequência de tais atos, foi ocupada durante dois dias por  uma força militar comandada por um “brioso e ilustrado” tenente, a força veio de  Aveiro para Caldas e depois para a vila por uns “15 quilómetros ou mais, subindo e descendo outeiros, por caminhos e veredas terríveis”
Em 16 de Agosto de 1991 foi novamente elevada a vila.
Patrimonio

IGREJA MATRIZ .
Dedicada a Santa Catarina um edifício amplo, estilo barroco, com grande torre sineira.  O interior antes da ultima alteração era de uma só nave, coberta por tecto de madeira, possui seis altares, O retábulo do altar-mor e os dos altares laterais ostentam talha dourada do início do século XVIII. Na capela lateral do lado da Etola, dedicada a Nossa Senhora do Rosário reconstruída em 1873, está colocado um retábulo de época posterior que enquadra telas secundárias. A Capela do Coração de Jesus data século XV e cobre o interior uma abóbada de nervuras firmada por dez barretes, com uma estrela relevada no bocete do fecho e ornatos policromos. No pavimento subsiste o túmulo do instituidor, Johan Reiz Português, falecido em 1554. O frontal do altar é forrado de azulejos do tipo mudéjar, que se estendem às ilhargas, obra quinhentista de esquema circular. No altar encontram-se quatro pinturas sobre madeira. A central, O Encontro de Santa Ana e S. Joaquim, encontra-se meio encoberta por uma maquineta com uma escultura do Coração de Jesus. Nas abas estão A Adoração dos Pastores e A Anunciarão. Na predela superior admira-se A Última Ceia. São composições do segundo quartel do século XVI, bastante retocadas e danificadas, atribuídas ao Mestre de S. Quintino, que foi discípulo de Gregório Lopes. Ladeiam o altar da capela lateral do lado do Evangelho duas esculturas de madeira do século XVIII representando S. Francisco e Santo António.


SOLAR


E um edifício do século XVIII cuja fachada, enobrecida pelo portal, de frontão ornado com um motivo florido, enquadrado por volutas, apresenta no andar superior janelas de sacada.
A capela primitiva é coberta por um tecto pintado com ornatos. Das paredes pendem quadros sobre tela, setecentistas, de grandes dimensões “Santa Ana e S. Joaquim”, “Os Esponsais da Virgem”, “A Anunciação”, e  “S. João Baptista e S. João Evangelista”, enquadrados em molduras de ornatos dourados policromos semelhantes aos do tecto. Sob estes quadros figura uma série de pinturas, à maneira de predelas, da mesma época com temas profanos.

PELOURINHO .
Representava a justiça do concelho, tem na base uma escadaria de 3 degraus octogonais, O fuste é constituído por um tronco de cone quase cilíndrico tendo nos extremos rebordos anelares. O cimo ou remate é uma pinha octogonal, em forma de copa e abada de chapéu com quatro ferros de ponta em lança na sua base.

O CASTRO.
Situado na zona do Cabeço do Castelo, aparenta ser um povoado que remonta à Idade do Ferro mas que também mostra ter sido um povoado de longa permanência, pois foram encontrados objectos que remontam a épocas muito anteriores, como a pré-historia, (laminas de silex e lascas de silex), ou mesmo posteriormente, já no inicio da presença Romana (anforas e utensílios diversos ).
Os Castros foram importantes locais de refúgio, em geral eram constituidos por casas circulares, feitas de pedra solta e terra, com telhado cónico de colmo suspenso por um pilar de madeira central, circundadas por três cinturas de muralhas, construídas em momentos diferentes, devido ao crescimento do próprio povoado.
Nos campos circundantes aos castros, a cevada era cultivada para produzir uma espécie de cerveja, mais tarde os romanos introduziram a bolota que era triturada para a fabricação de farinha, o hábito do consumo do vinho e do azeite.
O castro encontra-se a uma altitude de 230 metros (o ponto mais alto do concelho) e é um claro exemplo da via de penetração dos povos entre a  Serra dos Candeeiros e o mar.

O Jardim ,
Situado no centro da Vila de Santa Catarina, é um lugar aprazível

Mata das Mestras,
zona de grande beleza paisagística 

As Capelas ,
espalhadas por quase todos os lugares da freguesia estão 9 Capelas, simples mas tratadas com esmero que mostra o apego e devoção das populações locais para com as suas capelas.

Associações
As Associações são um dos polos lúdicos de um um lugar, sendo em muitos casos o único ponto de reunião de uma localidade como tal é, e deverá continuar a ser um dos polos dinamizadores de um população.
É através das suas associações que uma freguesia realiza a maioria das suas atividades, desportivas e recreativas.
É através das suas associações e das suas festas anuais que uma freguesia chama e atrai os seus naturais que se encontram longe, para assim reverem parentes e amigos

































Gastronomia

Bitoque de Vaca



Ingredientes:
  • 2 bifes de vaca,
  • 2 ovos
  • 1 chávena de arroz
  • 1 caldo knorr
  • salada a gosto
  • manteiga q.b.
  • óleo q.b.
  • alhos picados q.
  • louro q.b
  • 2 chávenas de água
  • vinho branco q.b.
  • mostarda q.b.
Preparação:
1.   Comece por temperar os bifes, bata os se necessitarem e tempere com sal, pimenta, louro e alhos picados.
2.   Leve um tacho ao lume com um alho esmigalhado e um pouco de azeite.
3.   Quando começar a ferver coloque o arroz.
4.   Mexa e acrescente a água e o caldo de knorr e deixe cozer ate ficar sem água no tacho.
5.   Numa frigideira coloque um pouco de manteiga e óleo.
6.   Coloque os bifes e deixe fritar de ambos os lados.
7.   Assim que estiverem fritos coloque um pouco de vinho branco e uma colher de sopa de mostarda, deixe apurar e desligue.
8.   Frite as batatas e escorra as em papel absorvente.
9.   Numa frigideira pequena coloque um pouco de manteiga e frite os ovos.
10.               Num prato coloque um bife, um pouco de molho, o ovo por cima do bife.
Coloque de um lado um pouco de arroz e do outro batatas fritas, acompanhe com salada e azeitonas pretas.


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