ESTE AZUL QUE ME CONVIDA
Sou este azul que me convida.
E transcrevo a paz, o sol dos dias.
E também parto. E também ardo.
Depois disso desse suposto eu abreviado,
tão transparente e nítido, mas
tão transitivo
apenas gestos rasos que são cardos,
apenas pedras fundas que são sombras,
pequenos meteoritos que são conchas
de deuses antiqüíssimos e cansados.
JOÃO RUI DE SOUSA
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