RENASCIMENTO
Nasci de novo. Eis-me liberto, enfim!
Foi por um Céu, de estrelas todo cheio,
Numa visão de Amor, que um Anjo veio
Descendo até poisar ao pé de mim.
O beijo que me deu não teve fim...,
Apertou-me nos braços contra o seio,
Abriu os lábios segredando..., e a meio
Bateu asas e levou-me assim.
Ai! como é doce o seio que me embala!
E como tudo é novo e mais profundo!...
Mas já não volta, ou, quando volta, é morto!
Noutro Mundo melhor eu vivo absorto,
E logo conheci que a esse Mundo
Quem vai não volta, ou, quando volta, é morto!
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