terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

JOAQUIM ESTEVEZ DA GUARDA - SEXTYNANTIGA

SEXTYNANTIGA

A SODOMA dedico minha vida.
Só pêlos feminis cus estou vivo.
Coxas, bocetas, tetas, bocas, olhos:

Coisas tais não me enrijecem o falo.
Só em traseiros o cacete passo,
ponho, soco, meto e finco sem pena.

Aguentar ua trola no rabo é pena
cruel mesmo pias damas de má vida.
"Não são poucos os tormentos que passo
quando sinto no eu teu pinto vivo/"
Chora, de quatro, puta com quem falo:

"Já foi a cabeça/ Seca teus olhos".

Os vermelhos botões piscam qual olhos
que algum malvado irrita c'uma pena,
Apenas do doce anal prazer falo.
Há cousa mais gostosa nesta vida?
Só fedendo bundas me sinto vivo/
Dessa arte ensinarei o passo a passo:

Distingue ua safada pelo passo,
lambe-lhe o mais precioso dos olhos,
esfrega-lhe a vulva com ardor vivo,
alargue-a com três dedos, finjas pena
dizendo: "Amo-te bem mais que à vida/"
Soltam as pregas quando assim lhes falo.

Ajoelhadas ouvem o que falo
enquanto no reto um creme lhes passo...
Beija o buraco que não gera vida!
Enraba! Eis que esbugalham os olhos
sentindo que não cabe nem üa pena
no cuzinho que arde qual fogo vivo,

Cheio de porra, mais morto que vivo,
parecendo üa boca com a qual falo,
o ânus arrombado me dá pena.
Antes estreito, dentro dele passo
hoje um punho e a bela nem mexe os olhos:
Do eu tira e bebe a gosma da vida.

Juro pela vida: eu é ser vivo.
Cus têm olhos e falam como eu falo:
"Não passo d'um vil amante da pena!"
JOAQUIM ESTEVEZ DA GUARDA

Nenhum comentário:

Postar um comentário