SUB-REGIÃO GRANDE PORTO
DISTRITO PORTO
CIDADE POVOA DE VARZIM
FREGUESIA RATES
S. Pedro de Rates é a maior freguesia do concelho da Póvoa de Varzim, com uma área superior a 1380 hectares, e uma das mais afastadas da sede municipal.
Situa-se na parte oriental do concelho, entre Laundos e Balazar.
A povoação destaca-se claramente pela sua igreja românica, representante que ficou do velho Mosteiro beneditino e um dos mais importantes exemplares do românico rural português. O remoto povoamento da freguesia está representado através do sítio arqueológico do Campo da Toira, classificado como Monumento Nacional. Adossados à fachada norte da actual Igreja Matriz, encontraram-se vestígios de estruturas alto-medievais,
entre as quais materiais da época visigótica e restos do claustro do antigo Mosteiro de Rates. Nas várias escavações realizadas em finais do século XX por José Manuel Flores Gomes, foram detectados vários fragmentos cerâmicos, como tégulas e imbrices. As várias camadas arqueológicas detectadas sugerem que este local foi habitado durante um longo período. De resto, toda a região foi habitada desde os mais longínquos tempos.
Repare-se que a «fisionomia» de Rates é dominada, ao poente, pelos montes onde existiram os importantes castros de Terroso e de Laundos. O próprio topónimo Rates parece apontar para uma ocupação muito anterior à fundação da Nacionalidade. De acordo com a «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira», trata-se de um patronímico, cuja forma antiga, Ratis, deriva de Ratiz, Ratici, provavelmente relacionado com o nome pessoal Ratus ou Raptus, um governante vândalo.
Outros topónimos das redondezas, antigos e actuais, como Gardães, Margatães ou Guardes (este já na vizinha freguesia de Balazar) apresentam a mesma raiz e relacionam-se também com possessores do período germânico.
Toda a história medieval da freguesia está ligada ao Mosteiro, que aparece referido desde a segunda metade do século XI. Foi em seu redor que os primeiros habitantes se foram organizando, constituindo núcleos populacionais e desenvolvendo uma área que, com o decorrer dos séculos, se foi alargando. Nos tempos do Condado Portucalense, governado pelo Conde D. Henrique e por D. Teresa, já existia uma velha igreja em Rates, reedificada por aqueles governantes devido ao estado de destruição em que se encontrava.
Após a reconstrução, foi doada no ano de 1100 a Santa Maria da Caridade, incluindo os seus termos e tudo o que lhe pertencia. Em 1152, D. Mafalda terá mudado a regra do Mosteiro para a agostinha em vez da cluniacense. Em data que se ignora, passou a ser beneditina. Segundo as Inquirições de 1220, a paróquia de Rates encontrava-se no julgado de Faria.
Os senhores da vizinha honra de Macieira de Rates (actualmente uma freguesia do concelho de Barcelos) teriam jurisdição sobre estas terras. Rates era então uma vila, com foral próprio, recebido antes de 1205 e renovado, por D. Manuel I, em 1517.
É por está época que começa a circular a lenda do S. Pedro de Rates, provavelmente por acção da comunidade beneditina local, que dessa forma procurava atrair atenções e benefícios para a sua instituição.
O túmulo de uma pessoa desconhecida, dentro da igreja, serviu de mote para se associar a descoberta ao milagroso santo, que foi referido pela primeira vez por D. Diogo de Sousa, Arcebispo de Braga, no seu «Breviário». A renovação do foral a S. Pedro de Rates, no século XVI, deveu-se à importância que a paróquia então detinha. Curiosamente, o Mosteiro, enquanto instituição monacal, fora extinto dois anos antes e passara ao serviço paroquial.
Tomé de Sousa foi o primeiro titular da Comenda e a Marquesa de Aguiar a última. Em 1834, na sequência da vitória liberal, os bens do Mosteiro passaram para a Fazenda Nacional. O pequeno concelho de Rates, por sua vez, viria a ser extinto em 1836, na sequência de uma reorganização administrativa do país, conduzida de forma nem sempre correcta por Mousinho da Silveira. A freguesia de S. Pedro passou então para o concelho da Póvoa de Varzim. Durante algum tempo, no entanto, continuou a ser sede de distrito de Julgado de Paz, ao qual acorria gente da Póvoa e mesmo de Vila do Conde.
Em 1993, a elevação à categoria de vila veio minimizar, se assim se pode dizer, parte da injustiça cometida nos anos de Oitocentos. Tomé de Sousa (1503 –1579) foi o mais ilustre natural desta freguesia. Militar e político português, foi o primeiro Governador-Geral do Brasil.
No exército, participou em vários conflitos entre Portugal e os mouros, tanto em Marrocos como em Arzila. Graças ao seu esforço nessas batalhas, recebeu em 1535 o título de fidalgo. No fim da década de 1540, viajou para o Brasil, com o objectivo de contribuir para assegurar o domínio português em todo o litoral brasileiro.
Após o falhanço do sistema de capitanias, foi nomeado Governador-Geral do Brasil em 7 de Janeiro de 1549, estabelecendo-se na cidade de Salvador, Baía, até 1553. Após terminar o seu mandato, regressou a Portugal, onde passou a ocupar importantes cargos públicos. Morreu com setenta e seis anos de idade. O património edificado de S. Pedro de Rates é muito rico, porque as permanências do passado continuam a relembrar as nobres tradições da freguesia.
A Igreja Matriz, do velho Mosteiro românico, justificaria por si só uma visita. Mas os imóveis de interesse não se esgotam aí.
Visite-se também a Capela do Senhor da Praça, situada no centro cívico da povoação. Setecentista, destaca-se pela arquitectura barroca que apresenta. Está implantada no centro histórico, que no passado serviu de residência aos fidalgos e aos burgueses da Póvoa.
S. Pedro de Rates é a maior freguesia do concelho da Póvoa de Varzim, com uma área superior a 1380 hectares, e uma das mais afastadas da sede municipal.
Situa-se na parte oriental do concelho, entre Laundos e Balazar.
A povoação destaca-se claramente pela sua igreja românica, representante que ficou do velho Mosteiro beneditino e um dos mais importantes exemplares do românico rural português. O remoto povoamento da freguesia está representado através do sítio arqueológico do Campo da Toira, classificado como Monumento Nacional. Adossados à fachada norte da actual Igreja Matriz, encontraram-se vestígios de estruturas alto-medievais,
entre as quais materiais da época visigótica e restos do claustro do antigo Mosteiro de Rates. Nas várias escavações realizadas em finais do século XX por José Manuel Flores Gomes, foram detectados vários fragmentos cerâmicos, como tégulas e imbrices. As várias camadas arqueológicas detectadas sugerem que este local foi habitado durante um longo período. De resto, toda a região foi habitada desde os mais longínquos tempos.
Repare-se que a «fisionomia» de Rates é dominada, ao poente, pelos montes onde existiram os importantes castros de Terroso e de Laundos. O próprio topónimo Rates parece apontar para uma ocupação muito anterior à fundação da Nacionalidade. De acordo com a «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira», trata-se de um patronímico, cuja forma antiga, Ratis, deriva de Ratiz, Ratici, provavelmente relacionado com o nome pessoal Ratus ou Raptus, um governante vândalo.
Outros topónimos das redondezas, antigos e actuais, como Gardães, Margatães ou Guardes (este já na vizinha freguesia de Balazar) apresentam a mesma raiz e relacionam-se também com possessores do período germânico.
Toda a história medieval da freguesia está ligada ao Mosteiro, que aparece referido desde a segunda metade do século XI. Foi em seu redor que os primeiros habitantes se foram organizando, constituindo núcleos populacionais e desenvolvendo uma área que, com o decorrer dos séculos, se foi alargando. Nos tempos do Condado Portucalense, governado pelo Conde D. Henrique e por D. Teresa, já existia uma velha igreja em Rates, reedificada por aqueles governantes devido ao estado de destruição em que se encontrava.
Após a reconstrução, foi doada no ano de 1100 a Santa Maria da Caridade, incluindo os seus termos e tudo o que lhe pertencia. Em 1152, D. Mafalda terá mudado a regra do Mosteiro para a agostinha em vez da cluniacense. Em data que se ignora, passou a ser beneditina. Segundo as Inquirições de 1220, a paróquia de Rates encontrava-se no julgado de Faria.
Os senhores da vizinha honra de Macieira de Rates (actualmente uma freguesia do concelho de Barcelos) teriam jurisdição sobre estas terras. Rates era então uma vila, com foral próprio, recebido antes de 1205 e renovado, por D. Manuel I, em 1517.
É por está época que começa a circular a lenda do S. Pedro de Rates, provavelmente por acção da comunidade beneditina local, que dessa forma procurava atrair atenções e benefícios para a sua instituição.
O túmulo de uma pessoa desconhecida, dentro da igreja, serviu de mote para se associar a descoberta ao milagroso santo, que foi referido pela primeira vez por D. Diogo de Sousa, Arcebispo de Braga, no seu «Breviário». A renovação do foral a S. Pedro de Rates, no século XVI, deveu-se à importância que a paróquia então detinha. Curiosamente, o Mosteiro, enquanto instituição monacal, fora extinto dois anos antes e passara ao serviço paroquial.
Tomé de Sousa foi o primeiro titular da Comenda e a Marquesa de Aguiar a última. Em 1834, na sequência da vitória liberal, os bens do Mosteiro passaram para a Fazenda Nacional. O pequeno concelho de Rates, por sua vez, viria a ser extinto em 1836, na sequência de uma reorganização administrativa do país, conduzida de forma nem sempre correcta por Mousinho da Silveira. A freguesia de S. Pedro passou então para o concelho da Póvoa de Varzim. Durante algum tempo, no entanto, continuou a ser sede de distrito de Julgado de Paz, ao qual acorria gente da Póvoa e mesmo de Vila do Conde.
Em 1993, a elevação à categoria de vila veio minimizar, se assim se pode dizer, parte da injustiça cometida nos anos de Oitocentos. Tomé de Sousa (1503 –1579) foi o mais ilustre natural desta freguesia. Militar e político português, foi o primeiro Governador-Geral do Brasil.
No exército, participou em vários conflitos entre Portugal e os mouros, tanto em Marrocos como em Arzila. Graças ao seu esforço nessas batalhas, recebeu em 1535 o título de fidalgo. No fim da década de 1540, viajou para o Brasil, com o objectivo de contribuir para assegurar o domínio português em todo o litoral brasileiro.
Após o falhanço do sistema de capitanias, foi nomeado Governador-Geral do Brasil em 7 de Janeiro de 1549, estabelecendo-se na cidade de Salvador, Baía, até 1553. Após terminar o seu mandato, regressou a Portugal, onde passou a ocupar importantes cargos públicos. Morreu com setenta e seis anos de idade. O património edificado de S. Pedro de Rates é muito rico, porque as permanências do passado continuam a relembrar as nobres tradições da freguesia.
A Igreja Matriz, do velho Mosteiro românico, justificaria por si só uma visita. Mas os imóveis de interesse não se esgotam aí.
Visite-se também a Capela do Senhor da Praça, situada no centro cívico da povoação. Setecentista, destaca-se pela arquitectura barroca que apresenta. Está implantada no centro histórico, que no passado serviu de residência aos fidalgos e aos burgueses da Póvoa.
A Capela de S. Marcos situa-se no extremo sul do centro histórico, no largo do mesmo nome. Ali bem perto, existiu durante vários séculos uma gafaria e uma feira.
A Capela de Santo António recebe anualmente uma festa muito concorrida. No interior, conserva uma imagem de S. Bento. Ao lado, o «Caminho do Lima», de peregrinação a Santiago de Compostela.
Escola de Música, Rancho Folclórico deS. Pedro de Rates,
Associação Casa-Escola Agrícola "Campo Verde",
Associação de Produtores de Leite e Carne de Entre Douro e Minho (LEICAR),
Associação Casa-Escola Agrícola "Campo Verde",
Associação de Produtores de Leite e Carne de Entre Douro e Minho (LEICAR),
Casa do Povo,
Clube de Caçadores
LAGOSTA SUADA Ingredientes: |
1 lagosta 4 cebolas médias 5 a 6 tomates 4 alhos 1 folha de louro 1 colher de sopa de manteiga 1 golo de bom azeite salsa. q.b. pimenta q.b. colorau q.b. Preparação: 1. Dentro de um tacho de barro bastante grande, deitam-se as cebolas às rodelas, os alhos esmagados, os tomates aos pedaços limpos de peles e de pevides e todos os outros temperos. 2. Pega-se na lagosta que deve estar viva e corta-se aos bocados depois de se lhe ter primeiramente tirado a tripa. 3. Deve-se fazer esta operação em cima duma travessa ou outro recipiente para se aproveitar todo o líquido que escorrer e que se deita no tacho. 4. Deita-se então a lagosta em pedaços dentro do tacho, assim como a cabeça e as pernas. Não se deita sal. 5. Põe-se o tacho tapado sobre o lume forte para ferver rápidamente. 6. Levantando fervura diminui-se o lume e ferve então lentamente em lume brando. 7. Durante uma hora mais ou menos não se destapa para assim a lagosta «suar» sacode-se o tacho de vez em quando para que os ingredientes se misturem bem lá dentro. 8. Passado esse tempo destapa-se então, rectifica-se o sal, e rega-se tudo com 2 cálices de vinho da Madeira ou Porto. Torna-se a tapar e ferve mais uns minutos.É melhor feita com antecedência, aquecendo-se à hora em que se servir. Fonte/Autoria: Paula Ferreira |
Boa noite!
ResponderExcluirSou de Rates e posso dizer que todas as imagens correspondem de facto a Rates Póvoa de Varzim. Porém as fotos desde onde diz "Fonte/Autoria Paula Ferreira" até ao fim da publicação (excepto a da igreja e o mapa) em que aparece umas casas verdes e cor de rosa e uma estrada com uma placa a dizer "limite de perímetro urbano" não são d Rates Póvoa de Varzim mas sim de uma terra também são Pedro de Rates mas em Brasil.
Saudações ratenses :)
macieira e mais bonita
ResponderExcluirboa tarde gostei de ver pois a história esta muito bem contada, pena é que nem todas a fotografias sejam reais como por exemplo a do rancho folclórico de qualquer forma parabéns.
ResponderExcluir23-2-2019 José Matias