SUB-REGIÃO BEIRA INTERIOR NORTE
DISTRITO GUARDA
CIDADE GUARDA
FREGUESIA MAÇAINHAS
Brasão:
Escudo de prata, povoado de formigas de negro; em chefe, lançadeira de azul com fio de ouro, posta em faixa; em campanha, monte de três cômoros de verde, movente da ponta. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «MAÇAINHAS - GUARDA».
Conta-se que numa quinta, que hoje se denomina "Quinta do Ronfrio", num dia de matança, houve um senhor que apostou com os colegas à hora de jantar em como era capaz de ir montado a cavalo até junto de um barroco a que ainda hoje se chama "Barroco do medo". Os colegas aceitaram a aposta e ele lá foi montado no seu cavalo até ao misterioso barroco.
Brasão:
Escudo de prata, povoado de formigas de negro; em chefe, lançadeira de azul com fio de ouro, posta em faixa; em campanha, monte de três cômoros de verde, movente da ponta. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «MAÇAINHAS - GUARDA».
BANDEIRA
Azul. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.
Selo:
Nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Maçainhas - Guarda»
HISTÓRIA
Maçainhas é uma aldeia muito antiga cujo nome primitivo foi Granja de Maçainhas. Este nome é bem revelador das tradições agrícolas da freguesia e do seu povoamento que pode ser situado em tempos remotos.
O Mosteiro assegurava o acompanhamento espiritual, enviando para a granja um padre que prestaria o apoio religioso.
As terras aforadas aos moradores haviam sido doadas ao Mosteiro de Salzedas que, através de doações ou aforamentos, como é o caso de Maçainhas, asseguravam a sua colonização e o seu cultivo.
Posteriormente, D. João Femandes, um dos mais importantes abades do Mosteiro de Salzedas, institui a Paróquia de Maçainhas que, mais tarde, viria a ser um curato de apresentação do prior de Santiago, da cidade da Guarda.
Documentos do início do século XIII referem-se já ao lugar de Maçainhas, ou Granja de Maçainhas. No entanto, alguns vestígios arqueológicos permitem fixar a sua fundação em datas bem mais anteriores, a saber: o Castro de Maçainhas que se situa no topo do monte da Portela e que foi inicialmente habitado pelos Lusitanos, antes da chegada dos Romanos a este território.
Existem ainda vestígios da existência de sepulturas antropomórficas que testemunham o carácter remoto deste lugar.
As terras aforadas aos moradores haviam sido doadas ao Mosteiro de Salzedas que, através de doações ou aforamentos, como é o caso de Maçainhas, asseguravam a sua colonização e o seu cultivo.
Posteriormente, D. João Femandes, um dos mais importantes abades do Mosteiro de Salzedas, institui a Paróquia de Maçainhas que, mais tarde, viria a ser um curato de apresentação do prior de Santiago, da cidade da Guarda.
Documentos do início do século XIII referem-se já ao lugar de Maçainhas, ou Granja de Maçainhas. No entanto, alguns vestígios arqueológicos permitem fixar a sua fundação em datas bem mais anteriores, a saber: o Castro de Maçainhas que se situa no topo do monte da Portela e que foi inicialmente habitado pelos Lusitanos, antes da chegada dos Romanos a este território.
Existem ainda vestígios da existência de sepulturas antropomórficas que testemunham o carácter remoto deste lugar.
Chãos
A palavra "chão" é utilizada para designar uma pequena parcela de terra. Como esta zona era muito rica, e os solos muito férteis, ela foi dividida por várias pessoas que gostavam de cultivar a sua parcela - o seu chão. Assim, juntavam-se pessoas vindas de Maçainhas, da Guarda e do Mondego e, com o tempo, os proprietários começaram a fixar residência nessa zona e deram lugar à criação desta povoação ligada à freguesia de Maçainhas e que recebeu o nome de Chãos.
No que diz respeito a factos históricos, acredita-se que no local onde hoje se encontra a povoação, seriam antigamente os "Casais da Granja do Poio", incluídos no aforamento, em 1356, da Granja do Poio.
As casas desta granja e a maior parte das suas terras encontram-se presentemente submersas pelas águas da Barragem do Caldeirão.
No que diz respeito a factos históricos, acredita-se que no local onde hoje se encontra a povoação, seriam antigamente os "Casais da Granja do Poio", incluídos no aforamento, em 1356, da Granja do Poio.
As casas desta granja e a maior parte das suas terras encontram-se presentemente submersas pelas águas da Barragem do Caldeirão.
Cubo
No Livro de Baptismos da Freguesia de Maçainhas (de 1628 a 1650) encontra-se uma referência a este lugar como" Quinta do Cubo", que é mencionada como um dos lugares pertencentes à freguesia de Maçainhas.
A palavra "cubo" significa a cale (o rego) coberta que leva a água até à roda do moinho.
Segundo documentos que datam de 1758 existiam, por esta altura, no lugar do Cubo, seis moinhos que dependiam das águas do ribeiro que nasce na Quinta do Pina. Hoje em dia só existem ruínas de tais moinhos mas diz-se que estiveram em funcionamento até 1940.
Foram, pois, os regos - os cubos - que conduziam a água aos moinhos que deram origem ao nome desta povoação.
A palavra "cubo" significa a cale (o rego) coberta que leva a água até à roda do moinho.
Segundo documentos que datam de 1758 existiam, por esta altura, no lugar do Cubo, seis moinhos que dependiam das águas do ribeiro que nasce na Quinta do Pina. Hoje em dia só existem ruínas de tais moinhos mas diz-se que estiveram em funcionamento até 1940.
Foram, pois, os regos - os cubos - que conduziam a água aos moinhos que deram origem ao nome desta povoação.
Gulifar
Antigamente designada por "Quinta do Gulifar", esta povoação encontra-se referenciada no Livro de Baptismos da Freguesia de Maçainhas.
Não existem dados concretos sobre a sua origem histórica, mas existem vestígios que se acredita serem romanos - fonte de mergulho situada junto às casas.
Não existem dados concretos sobre a sua origem histórica, mas existem vestígios que se acredita serem romanos - fonte de mergulho situada junto às casas.
Prado
Na freguesia de Maçainhas existia um lugar chamado "Pé de Alcaide" que se julga tratar-se de prédios rústicos para cultivo. Esses terrenos e respectiva habitação, deveriam ter pertencido à Alcaidaria da Guarda e o seu alcaide usufruiria dos beneficios.
Posteriormente, esse lugar terá passado a ser pertença de particulares, com a denominação de "Quinta do Prado". Com o desenvolvimento habitacional e o aumento da população, o presentemente designados "Prado" constituiu mais um lugar da freguesia de Maçaínhas de Baixo.
Posteriormente, esse lugar terá passado a ser pertença de particulares, com a denominação de "Quinta do Prado". Com o desenvolvimento habitacional e o aumento da população, o presentemente designados "Prado" constituiu mais um lugar da freguesia de Maçaínhas de Baixo.
ECONOMIA E TURISMO
A agricultura é, sem dúvida uma das atividades a que se dedicam as gentes da freguesia. No entanto, a agricultura praticada tem como objetivo principal o consumo próprio das famílias que a ela se dedicam, funcionando, assim, como meio de subsistência.
Apesar deste carácter de subsistência, existem casos em que a produção é em maior quantidade e destina-se a ser comercializada.
Apesar deste carácter de subsistência, existem casos em que a produção é em maior quantidade e destina-se a ser comercializada.
Uma das principais atividades da freguesia situa-se a nível do comércio, existindo um grande número de famílias que dependem desta atividade. Os estabelecimentos comerciais existentes na freguesia dividem-se por vários sectores da actividade comercial - comércio de produtos alimentares e bens de primeira necessidade; comércio de roupas; comércio de produtos têxteis, nomeadamente cobertores; comércio de lenha; comércio de produtos frutícolas e hortícolas. Para além destes estabelecimentos comerciais, existem também oficinas de automóveis, cafés, restaurantes e alojamento em espaço rural.
De realçar o facto de a maior parte deles ser de âmbito familiar e de existirem, em alguns, tradições familiares que vão perpetuando o negócio.
De realçar o facto de a maior parte deles ser de âmbito familiar e de existirem, em alguns, tradições familiares que vão perpetuando o negócio.
No que diz respeito à indústria, existem na freguesia diversas empresas que se dedicam a ramos diferentes de produção e que têm contribuído para o desenvolvimento dos diferentes lugares que a constituem.
desenvolvimento e turismo
Existe nesta freguesia que se situa muito próxima da cidade da Guarda, alojamento em espaço rural, localizado na EN 16 Chãos 6300 - 127 Guarda (Quinta Tendeiro), que permite o acolhimento de pessoas que a visitam.
Como já foi mencionado, a freguesia de Maçainhas situa-se muito próxima da capital do distrito de que faz parte, o que faz com que os jovens procurem a cidade para se divertir e para passar momentos de ócio.
No entanto, existem na freguesia vários estabelecimentos que facultam aos seus habitantes momentos de lazer, permitindo-lhes ocupar o seu tempo livre, a saber: restaurantes e equipamentos de hotelaria, cafés, associações e ainda as tradicionais tabernas.
No entanto, existem na freguesia vários estabelecimentos que facultam aos seus habitantes momentos de lazer, permitindo-lhes ocupar o seu tempo livre, a saber: restaurantes e equipamentos de hotelaria, cafés, associações e ainda as tradicionais tabernas.
Um dos atractivos da freguesia de Maçainhas reside na beleza da sua paisagem natural e na riqueza do seu património.
Para além disso, a barragem do Caldeirão, onde as gentes da freguesia gozam o sol e a água e se descontraem pescando, e a proximidade com o
Parque Natural da Serra da Estrela, fazem com que Maçainhas tenha muito para oferecer aos seus habitantes e a quem a visita.
Para além disso, a barragem do Caldeirão, onde as gentes da freguesia gozam o sol e a água e se descontraem pescando, e a proximidade com o
Parque Natural da Serra da Estrela, fazem com que Maçainhas tenha muito para oferecer aos seus habitantes e a quem a visita.
Local de verdes serranias e ar puro, a freguesia de Maçainhas tem como principais vias de acesso a Estrada Nacional 16 - que atravessa os lugares dos Chãos, Cubo, Gulifar e Prado e a Estrada Nacional 338 que atravessa a sede de freguesia, com ligação a outras freguesias e ao Maciço Central da Serra da Estrela Para além disso, as deslocações internas variam entre as ruas de terra batida, aquelas que estão calcetadas com pedras ou com paralelos de granito e as modernas avenidas atapetadas com alcatrão.
Tradições
Freguesia beirã com fortes tradições religiosas, ainda hoje existem em Maçainhas diversas festas e romarias celebradas nas diferentes aldeias que a constituem. Estas festividades funcionam como forma de louvor e de agradecimento das gentes da freguesia e da região aos Santos Padroeiros de cada um dos lugares, a saber:
- Chãos - festa em honra de Santa Maria Madalena, celebrada na segunda semana de Agosto;
- Cubo - festa em honra de Nossa Senhora da Póvoa, celebrada no primeiro fim de semana de Junho
- Maçainhas - festa em honra de Santo António, realizada a 13 de Junho
- Freguesia - Festa em honra de Santa Eufêmia, celebrada no domingo a seguir ao 16 de Setembro.
Para além destas celebrações que se realizam todos os anos, também se realiza mais esporadicamente, e muitas vezes por motivo de promessa, a festa em honra do Divino Espírito Santo.
Para além da forte componente religiosa que as caracteriza, estas festas são também acompanhadas de atividades culturais, recreativas e desportivas e têm, normalmente, a duração de dois ou três dias.
Para além da forte componente religiosa que as caracteriza, estas festas são também acompanhadas de atividades culturais, recreativas e desportivas e têm, normalmente, a duração de dois ou três dias.
lendas típicas
À invocação de Nossa Senhora da Fumagueira anda ligada a lenda popular da praga das formigas.
Antigamente, Maçainhas de Baixo encontrava-se situada na encosta voltada a nascente, no local onde hoje está a igreja, distante cerca de meio quilómetro de Maçainhas de Cima.
Uma praga violenta de formigas infestou o local e obrigou os habitantes a abandonar os seus lares e a fixar-se a alguma distância da igreja.
Valeu-lhes Nossa Senhora para não serem incomodados pelas formigas no Local onde assentaram as novas moradas e por isso a invocaram sob o nome de nossa Senhora da Fumagueira.
Antigamente, Maçainhas de Baixo encontrava-se situada na encosta voltada a nascente, no local onde hoje está a igreja, distante cerca de meio quilómetro de Maçainhas de Cima.
Uma praga violenta de formigas infestou o local e obrigou os habitantes a abandonar os seus lares e a fixar-se a alguma distância da igreja.
Valeu-lhes Nossa Senhora para não serem incomodados pelas formigas no Local onde assentaram as novas moradas e por isso a invocaram sob o nome de nossa Senhora da Fumagueira.
Pensa-se que o nome de Fumagueira poderá ter vindo da palavra fumaceira porque é costume antigo afastar as formigas com fumo, queimando os ninhos e as sementes. Assim terão feito os habitantes de Maçaínhas e da palavra fumaceira veio fumagueira, pelo abrandamento do "c" intervocálico, alteração muito usual na derivação portuguesa.
Conta-se ainda que os habitantes construíram uma capela no local da nova povoação para onde levaram a imagem de Nossa Senhora venerada na igreja mas, sendo transportada num dia à tarde, na manhã seguinte apareceu novamente na sua velha igreja no local infestado pelas formigas - cena que se repetiu durante três dias seguidos.
Conta-se ainda que os habitantes construíram uma capela no local da nova povoação para onde levaram a imagem de Nossa Senhora venerada na igreja mas, sendo transportada num dia à tarde, na manhã seguinte apareceu novamente na sua velha igreja no local infestado pelas formigas - cena que se repetiu durante três dias seguidos.
Lenda do Barroco do medo
Tendo lá chegado o corajoso senhor perguntou ao dito barroco:
- Ó medo! Sai cá fora.
Foi então que uma voz lá de dentro respondeu:
- Espera aí que estou a calçar as botas!
O homem ficou muito aflito, e logo dali fugiu tão cheio de medo, que, por azar, se esqueceu de se apear do cavalo quando ia entrar com ele para a loja, e assim bateu com a cabeça na soleira da porta, e ali caiu morto, quem sabe pelo próprio medo...
- Ó medo! Sai cá fora.
Foi então que uma voz lá de dentro respondeu:
- Espera aí que estou a calçar as botas!
O homem ficou muito aflito, e logo dali fugiu tão cheio de medo, que, por azar, se esqueceu de se apear do cavalo quando ia entrar com ele para a loja, e assim bateu com a cabeça na soleira da porta, e ali caiu morto, quem sabe pelo próprio medo...
DAnças e cantares
Freguesia de forte actividade agrícola e de grande tradição religiosa, Maçainhas é constituída por terras ricas em danças e cantares que antigamente aconteciam ligados às tarefas do campo, às festas e romarias.
Essas danças e os cantares têm sido recolhidos e preservados pelo Rancho Folclórico de Maçainhas e pelo Grupo de Cantares que têm procurado divulgar tão importante herança, incluindo os cantares nos seus repertórios.
Todas essas danças e cantares foram recolhidos na própria freguesia ou na zona onde esta se msere.
Entre as danças podem destacar-se:
Essas danças e os cantares têm sido recolhidos e preservados pelo Rancho Folclórico de Maçainhas e pelo Grupo de Cantares que têm procurado divulgar tão importante herança, incluindo os cantares nos seus repertórios.
Todas essas danças e cantares foram recolhidos na própria freguesia ou na zona onde esta se msere.
Entre as danças podem destacar-se:
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É de salientar o facto de a maior parte destas cantigas ter sido escrita em honra de pessoas, ou mesmo figuras colectivas, que habitavam a freguesia - a senhora, a quem chamavam Carolina e que tinha uns olhos muito bonitos; o senhor que, como forma de subsistência, se dedicava a vender rendas e outras miudezas; aquele que fazia do caiar casas a sua arte; a mulher que se dedicava a dobar a lã para os muitos teares que existiam; as viúvas, numerosas na freguesia; as primas em idade de casar, entre outras figuras e histórias que se perdem no tempo.
Existem também as cantigas que fazem recordar utensílios e objectos utilizados por miúdos e graúdos - a navalha, indispensável às mais variadas actividades, a bola e o pião que faziam as delícias dos mais pequenos.
Existem também as cantigas que fazem recordar utensílios e objectos utilizados por miúdos e graúdos - a navalha, indispensável às mais variadas actividades, a bola e o pião que faziam as delícias dos mais pequenos.
CANTARES regionais
Para além das danças e cantares recuperados pelo Rancho e pelo Grupo de Cantares, existiam também as famosas romarias cantadas por altura das romarias às igrejas e capelas da freguesia para veneração dos Santos:
- Romaria a Santa Eufêmia
- Romaria a Santo António
- Romaria ao Divino Espírito Santo
Hoje em dia, estes cantares de romaria são recuperados quando se realizam as respectivas festas e são apresentadas pelo Rancho Folclórico que recria todo um ambiente de
festa - desde as danças, cantares, romaria e lanches - de antigamente.
festa - desde as danças, cantares, romaria e lanches - de antigamente.
TRAJES REGIONAIS CARACTERÍSTICOS
As modas de tempos idos eram bastantes diferentes das que agora podemos apreciar. Na freguesia de Maçainhas, os trajes utilizados identificavam a classe social a que as pessoas pertenciam, a sua atividade profissional e mesmo a ocasião social a que as pessoas se deslocavam.
Os trajes mais representativos são os que remetem para as actividades exercidas por quem os usava: pastores, ceifeiras, malhadores, leiteiros, caiador, padeira, lavadeira, aguadeira, e trabalhadores do campo; para a classe social: lavradores abastados, viúva rica e senhora burguesa; para os acontecimentos sociais: traje de noiva, traje domingueiro, traje de ir à cidade.
Para além destes trajes existiam também as roupas de criança caracterizadas pela simplicidade e pela maior ou menor exuberância de acordo com a classe social a que pertenciam.
De referir que estes trajes se reportam a inícios do século passado.
Os trajes mais representativos são os que remetem para as actividades exercidas por quem os usava: pastores, ceifeiras, malhadores, leiteiros, caiador, padeira, lavadeira, aguadeira, e trabalhadores do campo; para a classe social: lavradores abastados, viúva rica e senhora burguesa; para os acontecimentos sociais: traje de noiva, traje domingueiro, traje de ir à cidade.
Para além destes trajes existiam também as roupas de criança caracterizadas pela simplicidade e pela maior ou menor exuberância de acordo com a classe social a que pertenciam.
De referir que estes trajes se reportam a inícios do século passado.
JOGOS TRADICIONAIS
Se hoje em dia é bastante mais fácil às pessoas da freguesia deslocar-se à cidade da Guarda para aí assistirem a jogos das mais diversas modalidades, antigamente tudo era bem mais complicado e as pessoas ocupavam o seu tempo de um a forma lúdica, dedicando-se a jogos que hoje são considerados "tradicionais".
Dos mais antigos, que se reportam às décadas de 20 e 30 do século passado, destacam- se os seguintes:
Dos mais antigos, que se reportam às décadas de 20 e 30 do século passado, destacam- se os seguintes:
- chona
- beto
- sapo
- péla - jogada durante a quaresma, em dias soalheiros
- pocarinha - tradicionalmente jogada na 2ª feira de Páscoa
- berlinde
- semana
- macaca
- jogo do lenço
- pedrinhas - tradicionalmente jogadas pelas raparigas
- rolão - jogo das escondidas
Actualmente já não se jogam, permanecendo apenas na memória dos mais idosos. No entanto, são recuperados quando as Associações da freguesia organizam actividades em que é possível colocá-los em prática, como já aconteceu.
GASTRONOMIA
A região em que se insere a freguesia de Maçaínhas de Baixo, possui uma gastronomia muito rica e variada. As receitas e os seus segredos eram transmitidas oralmente de mães para filhas e permaneciam nas famílias.
BACALHAU A CONDE DA GUARDA
INGREDIENTES
1 kg de bacalhau ling demolhado(s)
250 ml de creme de leite fresco
1 colher(es) (sopa) de manteiga
4 dente(s) de alho amassado(s)
2 colher(es) (sopa) de azeite
2 unidade(s) de ovo batido(s)
200 gr de queijo ralado
750 gr de purê de batatas
quanto baste de sal
quanto baste de salsinha
MODO DE PREPARO250 ml de creme de leite fresco
1 colher(es) (sopa) de manteiga
4 dente(s) de alho amassado(s)
2 colher(es) (sopa) de azeite
2 unidade(s) de ovo batido(s)
200 gr de queijo ralado
750 gr de purê de batatas
quanto baste de sal
quanto baste de salsinha
1. Aqueça o azeite.
2. Adicione o alho picado o bacalhau em lascas e a salsinha picada
3. Refogue por 5 minutos.
4. Acrescente o purê de batatas,a manteiga, o creme de leite e cozinhe por 10 minutos mexendo para não grudar.
5. Adicione os ovos batidos, mexa bem para incorporá-los.
6. Coloque a mistura em um refratário, espalhe o queijo ralado e leve ao forno pré-aquecido até gratinar.
Sirva com salada verde.
Meu nome é Denise, sou brasileira e descendente de portugueses nascidos em Maçainhas... descobri a poucos meses os nomes de mais de 1.500 pessoas relacionadas ao meu avô , todas nascidas, casadas e falecidas na Capela de Nossa Senhora de Fumagueira. Já pesquisei muitos documentos virtuais que me comprovam essa minha ligação com esse maravilhoso local.
ResponderExcluirQuero muito me corresponder com pessoas que tenham ancestrais de Maçainhas...é muito provável que eu encontre algum parente por aí.
Por favor, gostaria de entrar em contato com alguém pelo email... denise@ideaeventos.net...ou pelo facebook com o nome de DENISE VESPOLI...desde já agradeço a oportunidade em conhecer mais sobre esse pedaço de Chão tão longe do Brasil, que eu espero visitar pessoalmente em 2014.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirUma das fotos de capela refere-se à Capela do Divino Espírito Santo que está situada em Maçainhas, concelho de Belmonte e não de Guarda...
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