segunda-feira, 9 de julho de 2012

FREGUESIA DE SÃO JULIÃO

REGIÃO                   CENTRO

SUB REGIÃO            BAIXO MONDEGO
DISTRITO                 COIMBRA
CIDADE                    FIGUEIRA DA FOZ
FREGUESIA            SÃO JULIÃO
Heráldica
Brasão
O Brazão é constituído por escudo verde, dois remos de ouro passados em aspa, entre folhas de figueira de prata, uma em chefe e duas nos flancos; campanha ondada de prata, azul, prata, verde e prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "S. JULIÃO DA FIGUEIRA DA FOZ".

 Os remos representam o orago e um dos elementos do topónimo da freguesia: S. Julião. Os ramos de figueira representam o segundo elemento do topónimo: figueira. As burelas ondadas representam o terceiro elemento topónimo: Foz, assim como o mar, as praias e a pesca, aspectos que se destacam na freguesia




Bandeira
Amarela. Cordão e borlas de ouro e verde, Haste e lança de ouro



Selo
Nos termos da Lei, com a legenda: "JUNTA DE FREGUESIA DE S. JULIÃO DA FIGUEIRA DA FOZ"
Parecer emitido a 11 de Dezembro de 2001.
D.R.: Nº 106 de 08 de Maio de 2002.
DGAL: Nº 112/2002 de 10 de Maio de 2002




História




Situada entre o mar, o rio e a serra, a freguesia de São Julião da Figueira da Foz é sede do concelho da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra. 


O seu Orago é, como o próprio topónimo indica, São Julião, o Hospitaleiro, assim designado por este santo, juntamente com sua esposa, receber e hospedar na sua estalagem, pobres pescadores
O topónimo da povoação é uma conjugação de três elementos, em que o primeiro se refere ao topónimo, "São Julião", sendo os restantes uma designação, do concelho e da sua situação geográfica: "Figueira da Foz". A cidade da Figueira da Foz, apesar de ter sido constituída apenas em 1882, é o resultado da natural evolução do antiquíssimo povoado, anterior à época luso-romana, que foi São Julião.
O topónimo da povoação é uma conjugação de três elementos, em que o primeiro se refere ao topónimo, "São Julião", sendo os restantes uma designação, do concelho e da sua situação geográfica: "Figueira da Foz". A cidade da Figueira da Foz, apesar de ter sido constituída apenas em 1882, é o resultado da natural evolução do antiquíssimo povoado, anterior à época luso-romana, que foi São Julião.
As primeiras referências históricas da povoação remontam do século XI e referem uma pequena povoação que se foi constituindo em torno da igreja de São Julião da foz do Mondego. Este templo terá sido construído em data incerta e, em 717, foi destruído pelos Serracenos






As primeiras referências históricas da povoação remontam do século XI e referem uma pequena povoação que se foi constituindo em torno da igreja de São Julião da foz do Mondego. 


Este templo terá sido construído em data incerta e, em 717, foi destruído pelos Serracenos
As primeiras referências históricas da povoação remontam do século XI e referem uma pequena povoação que se foi constituindo em torno da igreja de São Julião da foz do Mondego. Este templo terá sido construído em data incerta e, em 717, foi destruído pelos Serracenos
O desenvolvimento económico de São Julião da Figueira da Foz provocou a transferência para o local, da Câmara de Tavarede, em 1770. Um ano mais tarde, Figueira era elevada a vila por D. José I
O património histórico e cultural não é muito vasto, no entanto, é de grande beleza arquitectónica e com antecedentes de grande importância. 
A igreja de São Julião é um dos locais de maior interesse, não só turístico como também histórico; actualmente é já uma sobreposição de construções que se iniciou num templo pagão, que terá sido posteriormente cristianizado; refeito com traços românicos, transformado na época da Renascença e completamente reconstruído em 1782
De grande importância também é a igreja de Santo António, templo do antigo convento de Santo António, que actualmente funciona como lar de terceira idade; este convento foi fundado no século XVI por Frei António de Buarcos, com o apoio de D. João III






Existem na freguesia muitos outros monumentos, como é o caso da Casa do Paço, de meados do século XVII, 




o forte de Santa Catarina, datado do século XVI, o 










Pelourinho da Figueira da Foz, 


o cemitério dos Ingleses, 










o Palácio Sotto Mayor, e ainda o










 Museu Municipal Dr. Santos Rocha, 





o Coliseu Figueirense e o Casino Peninsular
São Julião da Figueira da Foz é uma terra de praia, o que muito contribuiu para o desenvolvimento do turismo e hotelaria. 
A conjugar com o magnífico clima, existe a saborosa gastronomia típica, à base de peixe e marisco. Apesar deste facto, as actividades económicas praticadas pelos habitantes de São Julião da Figueira da Foz são bastantes variadas, estando ligadas ao comércio, à industria, à restauração e, como foi referido anteriormente, à hotelaria e turismo. No entanto, destacam-se bastante as actividades ligadas ao mar, como é o caso da pesca e do comércio marítimo.



Orago
No início do século XVII (1603), os registos paroquiais dão a designação de igreja de S. Gião, forma contraída de Julião, à matriz da Figueira da Foz, mas poucos anos depois já aparece a grafia actual.
Há 36 freguesias no país cujo orago é S. Julião, embora possa não se tratar da mesma entidade. A esmagadora maioria (28) situa-se a Norte do Mondego, sendo os distritos de Braga (8), Coimbra (5), Bragança (4), Viana do Castelo (4) e Viseu (3) os que apresentam maior número de casos.
Uma questão preliminar se coloca: quem foi S. Julião, o orago da Figueira da Foz? O problema é intrincado e está envolto em mistério. Francisco dos Santos Viegas afirmou o seguinte: “Pela existência duma antiga imagem, em pedra, de S. Julião Mártir; de outra em obra de talha, que era venerada no Altar-mor; pela data da festividade – 9 de Janeiro: se restabelece a verdade histórica sobre o Orago da Freguesia, que é ab initio S. JULIÃO-MÁRTIR de Antioquia, e não S. Julião-Mártir de Anjou, como por muito tempo se julgou” *. Esta opinião deve ter-lhe sido transmitida pelo Prior José Lourenço dos Santos Palrinhas, que a exprimiu no jornal O Dever**
Há aqui vários equívocos. Quem era S. Julião-Mártir de Anjou? Não aparece nas listas de santos nenhum com esta designação. Seria S. Julião de Le Mans, festejado a 27 de Janeiro, que viveu no século III e foi patrono de diversas igrejas inglesas? Para complicar a questão, existe (ou existia na década de 1930) na igreja matriz da Figueira um retábulo cuja imagem central é (ou era) um bispo em êxtase, figura identificada com S. Julião-Bispo. Seria este o evangelizador e primeiro bispo da diocese cenomanense (de Le Mans)?
O Padre Melchior dos Reis, na sua informação paroquial de 1721, indica como dia próprio de S. Julião o dia 7 de Janeiro. Não é muito provável que se tenha enganado no dia, até porque era natural da Figueira e conhecia bem as tradições locais. A verdade é que, em tempos anteriores (em 1840, por exemplo) o S. Julião da Figueira era festejado no dia 7 de Janeiro, como aliás era celebrado (por volta de 1960) nesse mesmo dia na freguesia de S. Julião de Portunhos. De resto, nos calendários e códices antigos (Calendário Anónimo Andaluz, Calendário de Córdova de 961 e Códices de 1039 a 1072), a festa de S. Julião (que aparece quase sempre associado a Santa Basilissa e algumas vezes aos seus companheiros) ocorria sempre no dia 7 do primeiro mês do ano.
O S. Julião modernamente celebrado em 9 de Janeiro (quando deveria sê-lo em 7 do mesmo mês), que tudo indica ser o titular da freguesia da Figueira da Foz, é uma figura controversa, havendo alguns hagiógrafos que contestam mesmo a sua existência histórica.
Teria nascido cerca de 250 (segundo uma cronologia indicada pelo Prior José dos Santos Palrinhas, que não menciona a fonte utilizada), em Antioquia, cidade da Síria. Pouco depois de atingir os 18 anos, casou com Basilissa. Segundo a lenda, este casal comprometeu-se a viver em perpétua castidade. Procuraram obter a santificação através da perfeição e de uma vida ascética. Para esse efeito, transformaram a casa em que habitavam num hospício, que tinha capacidade para recolher até mil pobres. Basilissa ocupava-se das pessoas do seu sexo, em instalações separadas, enquanto Julião se encarregava dos homens.
Por este último motivo, Julião foi indevidamente confundido com um seu homónimo, designado por Julião Hospitalário. Só que este outro Julião, também conhecido por Julião, o Pobre, que tem uma igreja com o seu nome em Paris, é celebrado em 12 de Fevereiro. Tendo morto os pais, por engano, procurou redimir-se dedicando-se a obras de caridade, nomeadamente criando um hospital para pobres.
É considerado santo padroeiro dos barqueiros, palhaços e trabalhadores de circo, peregrinos, pastores, viajantes e das profissões itinerantes, de uma forma geral.
Assim se explica que também seja protector dos hospedeiros, estalajadeiros e donos de hotéis
Note-se que há mais santos com o nome Julião, celebrados respectivamente em 7 de Janeiro (Julião de Cagliari), 7 de Fevereiro (Julião de Bolonha, do séc. V), 17 de Fevereiro (Julião de Cesareia, queimado vivo em 309), 16 de Março (Julião de Anazarbo, na Ásia Menor, mártir em 302), 9 de Junho (que viveu no séc. IV), 18 de Julho, 25 de Agosto, 28 de Agosto (Julião de Auvergne ou de Brioude, decapitado em 304), 30 de Outubro (mártir em Alexandria) e 9 de Dezembro (Julião de Apameia, na Síria). O mais tardio de todos foi S. Julião de Toledo (falecido em 690), arcebispo daquela cidade (que se tornou Sé Primaz de Espanha e Portugal) e provavelmente o único com existência histórica comprovada. Foi um poderoso chefe da Igreja nos finais do domínio visigótico, sendo o responsável pela reunião de vários concílios e pela revisão da liturgia
Não são concordantes as informações acerca de Basilissa, que uns dizem ter sido martirizada com Julião e outros cristãos, enquanto fontes alternativas dizem ter sobrevivido a sete perseguições e ter morrido em paz, predizendo que o marido viria a passar pelo martírio, o que teria acontecido alguns anos mais tarde
Também não são coincidentes os dados acerca do local onde viveram e morreram. Há quem diga que a sua existência decorreu no Egipto. Quanto ao local do martírio, a maioria das informações indica Antioquia, o que não é muito coerente com o dado anterior. A data também varia consoante as fontes. Terá sido no reinado de Diocleciano, período fértil em perseguições aos Cristãos, em 302, cerca de 304 ou em 313. Segundo um artigo de O Dever***, S. Julião, padroeiro da Figueira, foi martirizado em 310
Segundo a versão mais difundida, S. Julião sofreu o martírio juntamente com 31 companheiros, incluindo Anastásio (recém-convertido ao Cristianismo), António (sacerdote), Basilissa (esposa de Julião), Marcionila e Celso (criança de sete anos, filho da anterior e do juiz que condenou Julião). Poupado pelas feras e tendo resistido às chamas, Julião acabou por ser decapitado.
Segundo a versão mais difundida, S. Julião sofreu o martírio juntamente com 31 companheiros, incluindo Anastásio (recém-convertido ao Cristianismo), António (sacerdote), Basilissa (esposa de Julião), Marcionila e Celso (criança de sete anos, filho da anterior e do juiz que condenou Julião). Poupado pelas feras e tendo resistido às chamas, Julião acabou por ser decapitado.









Praça 8 de Maio e Monumento a Manuel Fernandes Thomaz





Porto Comercial




Largo Luis de Camões e Monumento aos Mortos da Grande Guerra



Praia da Claridade
Torre do Relogio


Marginal  Oceanica




Casino Oceano






Gastronomia

INGREDIENTES:
§  Búzios Grandes - 5
§  Grão de bico - 1/2 Kg
§  Cebolas - 2
§  Cenouras - 2
§  Toucinho entremeado - q.b.
§  Chouriço de Quiaios ou de Lavos - q.b.
§  Piripiri - q.b.
§  Sal - q.b.
§  Limão - sumo de um
§  Água - q.b.
PREPARAÇÃO:
1 - Cozem-se os búzios durante cerca de 90 minutos.
2 - Retiram-se do lume, raspam-se muito bem, lavam-se cuidadosamente em várias águas, amanham-se,
retira-se-lhes a tripa e cortam-se em bocados pequenos.
3 - Prepara-se um refogado com as cebolas e as cenouras picadas e a meio do refogado junta-se, bocadinhos de toucinho entremeado e rodelas finas de chouriço. Apura-se um pouco mais e, depois, juntam-se os búzios para alourar.
4 - O grão , previamente demolhado, já deve, entretanto, estar cozido ao lado.
5 - Deita-se no estrugido um pouco de água quente e o grão, tendo o cuidado de ir acrescentando, se necessário, mais água, para que o grão não fique solto.
6 - Tempera-se de sal e piripiri a gosto.
7 - Ao retirar do lume esprema sobre a travessa o sumo de um limão.

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