sábado, 7 de julho de 2012

FREGUESIA DE QUINTANILHA

REGIÃO                   NORTE
SUB REGIÃO            TRAS OS MONTES
DISTRITO                 BRAGANÇA
CIDADE                    BRAGANÇA
FREGUESIA            QUINTANILHA

Brasão: 
Escudo de verde, coroa real aberta, de ouro,
entre duas rosas heráldicas de prata, botoadas de
vermelho, em chefe e duas bigornas de prata,
realçadas de negro, em campanha. Coroa mural de
prata de três torres. Listel branco, com a legenda  a
negro: «QUINTANILHA».


Bandeira
Bandeira: de vermelho. 
Cordão e borlas de prata e vermelho. 
Haste e lança de ouro.
Selo
Selo: nos termos da Lei, com a legenda:
"Junta de Freguesia de Aveleda - Bragança".

História


A freguesia de Quintanilha, montanhosa e acidentada, situa-se no extremo oriental do concelho de Bragança, mesmo no limite do concelho. É conhecida por ser uma das principais fronteiras com Espanha. 
É marginada pelo rio Maçãs e por um seu afluente. O seu povoamento remonta à pré-história. O povoado fortificado do Barrocal data da Idade do Ferro. É um povoado fortificado de média dimensão, situado entre a ribeira de Caravela e o rio Maçãs. Esta implantação interfluvial permite-lhe um bom sistema de defesa natural. Nas zonas mais vulneráveis, foi edificado um grande torreão de pedra de xisto, antecedido por um fosso escavado na rocha. Arrancando do torreão, uma linha de muralha. 




Transitou então para o município de Bragança. O lugar de Veigas também foi sede de freguesia até ao século XVII, e aí esta hoje a sua Igreja para confirmá-lo. O decréscimo económico e populacional levou à extinção da freguesia e à sua integração em Quintanilha. 
Em termos de património edificado, a Igreja de Veiga é precisamente um dos maiores bens da freguesia. Apesar de muito alterada por arranjos posteriores à construção, a sua planta românica é ainda bem visível, como se pode ver pelas duas portas laterais e o arco triunfal que divide a capela-mor da nave central. Este arco, de volta perfeita, assenta em duas pequenas colunas laterais, cujos capitéis revelam uma decoração tipicamente românica. O pano granítico que divide a capela-mor da nave central apresenta pinturas de cenas bíblicas, provavelmente de origem moderna. 


A Capela de Nossa Senhora da Ribeira é um templo românico tardio que já merecia estar classificado. Deverá ter sido construído no século XIV. Segundo a tradição, foi mandado construir pela Rainha Santa Isabel. 






A Igreja Paroquial de S. Tomé, setecentista, e a Capela de Réfega são outros dos valores patrimoniais em destaque na freguesia. 


 Não há quem não tenha ou conheça histórias e aventuras de contrabandistas por aquelas bandas. Terra fronteiriça, são muitas as estórias que dão fama a Quintanilha, no concelho de Bragança.

Nos tempos em que as autoridades controlavam a passagem de pessoas e mercadorias entre Portugal e Espanha, poucos eram os que não se aventuravam a contrabandear produtos para tentarem ganhar mais alguns “trocos”. Desde bens alimentares, como pimento e café, a ferramentas e instrumentos agrícolas, era vasta a panóplia de mercadoria vendida ilegalmente, em ambos os lados da fronteira. 

Utilizando o rio Maçãs, que separa os dois países, como ponto estratégico na travessia, muitos eram os habitantes de Quintanilha que percorriam, nas frias noites de Inverno, montes e vales ibéricos para comprarem e venderem produtos nos dois lados da fronteira. “Trazíamos ovelhas, pimento e escabeche em lata, entre outras coisas, e depois para Espanha levávamos pão, ovos e café. No Inverno, chegávamos a andar com a água gelada do rio pelos ombros”, recordou Belarmino Martins, habitante de Quintanilha.

Uma vez comprada a mercadoria em Espanha, era levada para localidades como Coelhoso, Parada ou Vinhas, no concelho de Macedo de Cavaleiros. “Às vezes, transportávamos cerca de 50 kgs de produtos às costas e chegávamos a andar três horas a pé para a vendermos noutros sítios”, contou o antigo contrabandista, que começou a ajudar o pai neste tipo de “acções” com, apenas, 12 anos.
Devido ao apertado controlo das autoridades fronteiriças, era frequente “largar”o fardo no meio do monte e fugir, para não cair nas garras dos carabineiros. “Andávamos sempre alerta e, ao mínimo sinal, atirávamos com as coisas para algum sítio e, mais tarde, tentávamos reavê-las”, explicou Belarmino Martins.
Sendo uma actividade ilegal, eram frequentes as denúncias por parte de “passadores” ou habitantes às autoridades fronteiriças. “Algumas pessoas acusavam os contrabandistas. Alguns chegaram a ser apanhados e eram muito maltratados”, explicou outra habitante de Quintanilha, Hermínia Pires.
Devido ao ambiente de suspeição e desconfiança, a Guarda colocava em prática diversas operações com o objectivo de capturar os infractores. “Chegaram a revistar a nossa casa, mas nunca encontraram nada, porque deixávamos a mercadoria nalguma horta ou terreno”, acrescentou Belarmino Martins.
Santuário da Senhora da Ribeira deve-se à rainha Santa Isabel
Grande romaria da zona da raia, a festa em honra de Nossa Senhora da Ribeira leva, há diversos séculos, o nome de Quintanilha até longínquas localidades portuguesas e espanholas.
Conta-se que Nossa Senhora apareceu, no século XIII, a uma pastorinha surda-muda que apascentava o rebanho junto da ribeira de Caravela, afluente do rio Maçãs, que começou a falar e a ouvir após a aparição. 

A pedido da Santa, a jovem correu a relatar o milagre à população de Quintanilha, rogando-lhe que construíssem uma ermida em homenagem à Senhora da Ribeira, como passou a ser conhecida, uma vez que o milagre se deu junto a uma ribeira. Os habitantes ergueram, assim, uma pequena capelinha, onde cabiam, apenas, o padre e um sacristão, pelo que os devotos, em dias de missa, tinham que ficar na parte de fora do templo.
A caminho de Trancoso para o casamento com D. Dinis, a princesa Isabel de Aragão (Espanha) passou pela fronteira de Quintanilha, onde viu que um elevado número de pessoas prestava culto a uma Santa. 








A futura rainha Santa Isabel desceu do cavalo para, também, honrar a Senhora da Ribeira. Vendo a devoção do povo e que a capelinha era tão pequena, a princesa de Aragão pediu ao rei D. Dinis que construísse um templo dedicado à Santa “de Quintanilha”. E assim foi.

Actividades económicas
Agricultura, pecuária, construção civil, transformação de madeira e comércio. 
Festas e Romarias
Senhora da Ribeira (último Domingo de Maio) e S. Gens e S. Tomé (última semana de Agosto). 
Património

                                                  Igreja matriz,
                                              igreja das Veigas,
                               Capela de Nossa Senhora da Ribeira,





moinhos nas margens do rio Maçãs,






                                                     fontes,
                                              forja comunitária,
Casa dos Mouros e
                                      igreja paroquial de Réfega.
Outros Locais
Santuário da Senhora da Ribeira,
                     parque de lazer (com praia fluvial do rio Maçãs).




Gastronomia
Fumeiro (derivados da matança do porco).

Couriço Caseiro

Ingredientes

Serve: 8
·         1 dente de alho
·         3 colheres (chá) de orégano
·         100 ml de vinagre de cidra destilado
·         8 colheres (sopa) de pimenta calabresa em flocos
·         100 ml de água
·         1,2 kg de carne de porco moída

Modo de preparo

Prep: 15 min | 
Tempo adicional: 8 horas
1.   Em um liquidificador, misture o alho, o orégano, o vinagre, a pimenta calabresa em flocos e a água.
2.   Bata até ficar homogêneo.
3.   Coloque a carne de porco em uma vasilha e jogue por cima os ingredientes batidos no liquidificador.
4.   Tampe a vasilha e deixe-a na geladeira por 8 horas ou por um dia.
5.   Mantenha o chouriço na geladeira ou congele para ser usado no futuro.
Artesanato
Ferraria e tecelagem.

Um comentário:

  1. Em breve estarei visitando esta cidade, em, homenagem ao meu falicido papai, Geraldo QUINTANILHA ( Brasil )

    ResponderExcluir