terça-feira, 3 de julho de 2012

FREGUESIA DE MAIORCA

REGIÃO                   CENTRO
SUB REGIÃO            BAIXO MONDEGO
DISTRITO                 COIMBRA
CIDADE                    FIGUEIRA DA FOZ
FREGUESIA             MAIORCA


Heráldica
Brasão:
 Escudo de verde, torre quadrangular de prata, lavrada de negro, aberta e frestada de vermelho, entre um ramo de oliveira e um ramo de sobreiro, ambos de prata e frutados de ouro, postos em orla, com os pés passados em aspa e atados com torçal de ouro; campanha diminuta ondada de três tiras de prata e azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: «MAIORCA». 

Bandeira:
Esquartelada de amarelo e verde. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro. 

Selo:
Nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Maiorca - Figueira da Foz». 
Documentos Oficiais: 

Parecer emitido a 24 de Janeiro de 2006.



Topônimo
Corre na tradição popular que a origem do nome de Maiorca acompanha o denominativo nome de Montemor-o-Velho. Reza a lenda da grande rivalidade que existia entre os habitantes das duas localidades, por cada uma considerar a sua terra como o sítio mais elevado. Assim, e gritando os de Montemor do alto do seu castelo “Monte…mor! Monte…mor! E os de Maiorca respondiam a despique, Maior…Cá! Maior…Cá!




Explicação mais credível parece ser a etimológica, segundo a qual o topónimo resulta da junção dos vocábulos árabes mal (muito) e Horca (apertado). Assim se caracteriza Maiorca: uma ínsua apertada entre os rios Foja e Mondego.



HISTORIA






A sua historia e projectada a limites de povoamentos fenícios, romanos e árabes. Foi uma vigaria do Cabido da Sé de Coimbra. Foi couto da Universidade de Coimbra e sede do concelho com juiz ordinário, vereadores e almotacés, desde 1834 até 1853, data a partir da qual integrou o concelho da Figueira da Foz. 


Segundo a crónica da ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, Maiorca teria sido doada como vila, a Santa Cruz de Coimbra, pela Rainha D. Dulce, mulher de Sancho I, em atenção ao seu confessor, D. João Frois, que era prior do convento. Este dar-lhe-ia foral em 1194. Constituiu, até ao início do século XIX, o couto de Maiorca. Tinha, em 1801, 2 613 habitantes. Foi sede de concelho até 1855. Era constituído pelas freguesias de Alhadas, Brenha, Ferreira-a-Nova, Maiorca e Quiaios. Tinha, em 1849, 12 846 habitantes. A área do antigo concelho correspondia à zona norte do actual município da Figueira da Foz. Mais recentemente, foi elevada a Vila pela Lei 62/95, publicada em diário da República, I Série A, nº 200 de 30 de Agosto de 1995.

Lendas
Maiorca provém da língua árabe, mais concretamente das palavras mal, significando "muito", e horca, significando "apertado". Esta designação foi utilizada devido à localização original da povoação, apertada entre dois braços do rio Mondego.
A tradição popular adoptou uma lenda para explicar o nome do povoado. De acordo com esta lenda, os habitantes de Montemor-o-velho afirmariam, do cimo do seu castelo, que o monte onde este se encontra edificado era o maior da região, ao que os habitantes de Maiorca responderiam, em referência ao seu próprio monte, "maior cá". Vendo esta disputa de fora, a população de Verride diria "vede e ride"


Tradições
Maiorca… “tiveste o FORTE DAS BELAS tiveste a Beira Alta…” quantas pessoas de Maiorca já não cantaram esta canção. 
Na passagem do século XIX para o século XX existiram duas associações: o Forte das Belas e a Beira Alta. 
Queremos homenagear todas as associações desta Vila e os homens e mulheres que se dedicaram a reavivar e perpetuar no tempo tradições, usos e costumes.
Sem sede e erigido uma vez por ano junto ao Palácio do Conselheiro Lopes Branco, esta associação tinha o Rancho do Forte das Belas que rivalizava com o rancho da Beira Alta que levantava o seu pavilhão no Largo Actor Dias.
O povo e a nobreza saía à rua para se juntarem em dias de muita festa, como hoje se realiza em Maiorca. 


 No mesmo mês de Agosto, mas com uma diferença de 100 anos, voltamos a juntar a população de Maiorca para a festa. 
Concluímos, portanto, que mudam-se os tempos e as vontades mas as instituições continuam numa permanente procura da preservação dos usos e costumes de outros tempos.
É que, uma identidade forte pode proporcionar um futuro melhor, e só podemos ter uma identidade forte se conhecermos o passado.
 
E é igualmente importante que os jovens respeitem e valorizem a memória colectiva que chegou até nós e que a saibam transmitir para o futuro.


Turismo
O aglomerado rústico, a nobreza e qualidade dos seus edifícios civis e religiosos, na envolvente paisagística e na narrativa histórica desta vila secular faz de Maiorca uma das mais genuínas e bem preservadas vilas do Concelho da Figueira da Foz, terra que valoriza o seu património, criadora de iniciativas de sucesso turístico e de desenvolvimento cultural muito significativas. 





Vale a pena visitar o Parque de Merendas junto ao Lavadouro, com a sua fonte de cinco bicas, o 


Parque do Lago, o Palácio Conselheiro Roberto Oliveira Lopes Branco, o

Paço de Maiorca outrora propriedade e residência dos Viscondes de Maiorca, a Casa da Baía ou Casa da Quinta, a Quinta d`Anta onde viveu o Poeta João de Lemos, a igreja de Santo Amaro, a Igreja Paroquial de S. Salvador e as suas capelas – do Senhor Jesus da Paciência, de Nossa Senhora da Piedade, de Nossa Senhora da Conceição, de S. Bento e de Nossa Senhora da Encarnação. E percorrer as ruas estreitas de Maiorca que constituem o seu núcleo histórico, subir até à Vale, Serra de Castros, Serra de S. Bento e Sanfins e por fim percorrer a Rota de Maiorca, onde se pode admirar a beleza e encanto dos vastos arrozais, a margem do Rio Mondego, a Fonte de Oliveira, o Arco do Esterco, onde passa a Estrada
do Dique das Pontes, que vai de Sta Eulália ao Sapagal, o Arco da Porqueira, a  Abrigoeira, a  Arruela, as Cinco Portas e ainda a Recta das Pontes (antigamente pontes de madeira e agora as denominadas Ponte Cimonte, Ponte da Vala Nova, Ponte do Rio Foja, Ponte de Anquinhos, Ponte do Alto Negrão e a já destruída Ponte da Vala Real).


Festas e Romarias
Maiorca terra de um povo muito alegre, sempre teve as suas festas religiosas, bem como profanas.
Como festa extremamente religiosa destaca-se a de Nosso Senhor da Paciência, realizada no terceiro domingo de Novembro. Começando no sábado à noite, com uma procissão que vai buscar a imagem do Senhor à sua capela no lugar de Cruzes, esta permanece na Igreja Matriz durante oito dias. No domingo, após a vinda da imagem, a procissão percorre as ruas de Maiorca, com o Santo padroeiro, ou seja, Nosso Senhor da Paciência e, no domingo seguinte, este regressa à sua capela. Sempre que Nosso Senhor da Paciência sai à rua, os crentes que fizeram promessas manifestam a sua devoção de várias maneira (de joelhos, rastejando-se).

Festa de Nossa Sra. da Conceição, no lugar de Alegria, que se realiza a 8 de Dezembro, e a Festa de S. Bento, realizada na Serra do mesmo nome, no segundo domingo de Maio, com a missa, seguida da procissão em honra do Santo. No final há a parte profana, onde se pode bailar ao som de conjuntos apropriados, assistir à exibição de ranchos, fogo de artifício e gaiteiro.
Em Julho, em Anta, tem lugar a festa de Nossa Senhora da Piedade, com missa, procissão e baile nocturno para alegrar o público que ali ocorre.

Uma das maiores festas da região é a de Santo Amaro da Boiça, santo milagreiro, com fama de curar pernas e braços. No dia da procissão, 15 de Janeiro, os crentes vão pagar as suas promessas, à volta da capela, ofertando braços ou pernas feitos em pão ou cera.

Ocorrem ainda as festas de Nossa Senhora das Dores, no lugar de Sanfins.


Feiras e eventos



FINDAGRIM (Feira Industrial e Agrícola de Maiorca)
Desfile de Carroças Tradicionais
FestiMaiorca (Festival internacional de Folclore)
"Maior...BTT...CA" (Prova de BTT)
Semana Gastronómica (Organizada pelo núcleo jovem da União Filarmónica Maiorquense)
Concentração Motard (Organizada pelo Grupo Motard Senhores da Paciência)







Gastronomia

Da cozinha típica desta freguesia, fazem parte deliciosos pratos como, por exemplo, a Caldeira de Enguias, a Padela Assada, a Sopa à Lavrador e Sarrabulho.
Relativamente às doçarias, destaque para as Mocas, as Papas de Moado o arroz doce e as delícias de Maiorca.

Arroz Doce
Artesanato
A Freguesia de Maiorca são produzidos alguns objectos de artesanato, nomeadamente rendas, bordados Patrimônio Igreja Paroquail de São Salvador
A Igreja Matriz da povoação pensa-se que terá começado a ser construída no século XVII e que a sua edificação se processou por várias etapas: primeiro, o corpo da igreja, depois a capela-mor, a sacristia e, finalmente, a torre. Actualmente, o templo é composto por um corpo central e duas capelas laterais. Paço de Maiorca / Paço dos Viscondes de Maiorca
 O Paço de Maiorca ou Paço dos Viscondes de Maiorca é um palácio situado na freguesia de Maiorca, no concelho da Figueira da Foz, em Portugal.
 Situa-se a cerca de 12 quilómetros da Figueira da Foz. Foi edificado no século XVIII, tendo pertencido aos Viscondes de Maiorca. Foi declarado Imóvel de Interesse Público em 
Setembro de 1977.
Tal como outros palácios rurais de Portugal, é marcada a influência barroca na sua arquitectura. A fachada, de carácter assimétrico, é composta por um portal central. A planta é de natureza longitudinal, encontrando-se o interior ricamente decorado, com destaque para os azulejos de inspiração rococó que se apresentam em algumas das suas salas e para as pinturas dos tectos. A sua cozinha é octogonal, de grandes dimensões, com representações de cenas culinárias. De relevo são também a chamada sala de papel e a capela do século XVI, com altar atribuído ao escultor João de Ruão, revestido em talha dourada. No interior da capela, destacam-se ainda as paredes ornamentadas com azulejos da Flandres e frescos. O palácio encontra-se integrado numa propriedade vasta, com grandes jardins, onde é possível caminhar e desfrutar da natureza. Em frente à fachada do paço, fora da propriedade principal, encontra-se o chamado terreiro do paço, onde podem circular peões e automóveis. No terreiro do paço, encontra-se ainda um pequeno jardim com bancos e alguns painéis com informações e mapas sobre caminhadas na região circundante. O paço encontra-se aberto ao público diariamente, sendo as visitas de estudo escolares gratuitas. Foi adquirido pela câmara municipal da Figueira da Foz em 1999, durante o período em que Pedro Santana Lopes foi presidente da autarquia, para que fosse aberto ao público como património cultural.  Capela da Alegria e Capela de Nossa Senhora da Conceição
Situam-se ambas no no lugar de Alegria. a Capela da  Alegria, revestida pelo Mártir Santo e Nossa Senhora da  Alegria; e a Capela de Nossa Senhora da Conceição,  composta pelas imagens da Nossa Senhora da Conceição  e S. José. Capela de Nossa Senhora da Encarnação
Situa-se no lugar de Sanfins. Contém as imagens da Virgem com o Menino, do século XVII, Santo Estêvão e S. Pedro, século XVI. Capela de Nossa Senhora da Piedade
Em Anta situa-se a Capela de Nossa Senhora da Piedade, que ostenta no seu interior imagens de Santa Maria Madalena, São Sebastião (século XV), Santa Luzia e Santo Ovídio (século XVI) Capela de Santo Amaro
Situa-se na povoação de Santo Amaro da Boiça, tem as imagens de Santo Amaro, a de Nossa Senhora da Ascensão, a de S. João Baptista e a de Santo António Capela de São Bento
Situa-se no lugar de Serra de São Bento. Nela existem imagens de pedra do século XVI, como a de S. Bento, a da Virgem com o Menino e a do Menino Jesus. Capela do Senhor da Paciência
Na povoação de Cruzes, fica a Capela do Senhor da Paciência, padroeiro da freguesia Casa da Quinta
 Começou por denominar-se Casa da Baía, devido ao facto de os belos campos de Maiorca formarem uma autêntica baía, quando alagados por ocasião das cheias. No pórtico principal pode-se observar uma inscrição datada de 1631. No entanto, esta pode não ser a data da fundação do edifício, mas sim da sua reconstrução. Solar nobre, possui uma valiosa colecção de azulejos e uma grande beleza arquitectónica interior.

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