terça-feira, 9 de outubro de 2012

FREGUESIA DE SANTA CATARINA DA SERRA


REGIÃO                   CENTRO
SUB REGIÃO            PINHAL INTERIOR
DISTRITO                 LEIRIA
CIDADE                    LEIRIA
FREGUESIA            SANTA CATARINA DA SERRA
Heráldica

Brasão
 Escudo vermelho, faixa ondeada de prata, carregada de uma faixeta ondeada azul, acompanhada em chefe de uma roda de navalhas de ouro e de uma armação de moinho de negro, vestida e cordoada de prata e, em contra-chefe, de dois ramos de oliveira, de prata, frutados de ouro, com os pés passados em aspa. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: "SANTA CATARINA DA SERRA".
Bandeira: 
Esquartelada de branco e azul. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.
Selo:
Nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra - Leiria".
Parecer emitido nos termos da Lei nº 53/91, de 7 de Agosto, Lisboa, 23 de Outubro de 2007.

Localização
 A Freguesia de Santa Catarina da Serra está implantada na Beira Litoral, Concelho e Distrito de Leiria
História
A História faz parte de nós, faz parte do passado e é devido a ela o que somos hoje.
Desta forma, e ajudando a não esquecer as nossas origens, a ForSerra com a ajuda do nosso Historiador, Vasco Silva, colocou online inúmeras fotografias de artefactos históricos sobre a freguesia de Santa Catarina da Serra.
Caracterização da Freguesia
Santa Catarina da Serra (SCS) localiza-se no sector SE do concelho de Leiria. Com uma área de 36,5 km2, confronta a Norte com as freguesias de Arrabal (concelho de Leiria) e Cercal (concelho de Ourém), a Sul com as freguesias de Atouguia e Fátima (concelho de Ourém), a Este com as freguesias de Gondemaria e Cercal (concelho de Ourém) e a Oeste com as freguesias de S. Mamede (concelho de Batalha) e Chainça (Leiria).
Turismo
A nível do Turismo a freguesia de Santa Catarina tem atualmente alguns pontos de interesse nomeadamente as igrejas e alguns monumentos a edificações.
Patrimonio
 Capela Quinta do Salgueiro

Construída em 1726-27, a Capela da Virgem Santíssima do Rosário, na Quinta do Salgueiro (Santa Catarina da Serra (Leiria), foi propriedade do Padre Jorge Pereira, filho de José Pereira, tendo passado, mais tarde, para a posse dos Barões do Salgueiro. No interior existem duas lápides tumulares em Latim, assim como frescos setecentistas.
Cruzeiros

Cruzeiro da «Cruz da Loureira» (1964)
Datado de 1964, o cruzeiro da designada "Cruz da Loureira" (cruz significava, no século XVIII, cruzamento) veio substituir um outro, mais antigo, em madeira. Desta forma, nos inícios dos anos 60 da centúria de Novecentos foi edificado o actual, em calcário de cantaria. O mesmo foi encomendado à família Vicente, de Chaínça, exímia em todo o tipo de trabalhos de cantaria. Foi catalogado na Base Geo-Referenciada do Património Histórico-Cultural da Freguesia de Santa Catarina da Serra, a 27.8.2008


Cruzeiro da Rua do Covão Grande, (finais do século XIX)
Na estrada de acesso ao antigo lugar de Covão Grande, hoje Loureira, existe, ainda, um cruzeiro antigo. De metal, as características do mesmo indicam ter sido elaborado em finais do século XIX ou inícios da centúria de Novecentos. Virado à EN357, tem escrito «PELAS / ALMAS / P(ai) N(osso). No lado oposto, virado à Rua do Covão Grande, surge a mesma inscrição epigráfica.


Cruzeiro do Juiz José Alberto, (1902)
Este cruzeiro, datado de 1902, foi mandado elaborar, na Loureira, por José Alberto. Para além dos designados Símbolos da Paixão, na parte de trás do mesmo, na base, existem as seguintes inscrições: «JUIZ JOZE ALBERTO / 1902», da parte da frente, e «AMO-TE Ó CRUZ NO / VERTE-SE FIRMADA / EX.DA?...», da parte de trás. Esta refere-se a um poema do historiador Alexandre Herculano, intitulado "A Cruz Mutilada" (1839).
Cruzeiro do cemitério público de Santa Catarina da Serra (1921)
Na via principal do cemitério público de 1919, o actual, em Santa Catarina da Serra, Vila e Sede de Freguesia, existe um grande cruzeiro, datado de 1921. Este foi benzido por D. José Alves Correia da Silva, 1.º Prelado de Leiria, depois de restaurada a Diocese, em 1918. Para além dos citados Símbolos da Paixão de Cristo, convencionais, na base apresenta, esculpidos, uma caveira e diversos ossos, simbolizando a morte. Em epígrafe lê-se «FOI BENZIDO JUNTO / COM ESTE CEMITERIO / PELO EX(celentissi)MO BISPO DE LEIRIA / D(om) JOSE A(lves) C(orreia) DA SILVA NO DIA / 23-8-921, O QUAL CONCEDEU 50 / D(ias) D(e) INDULGÊNCIAS A QUEM AQUI / RESAR 1 P(ai) N(osso) E 1 A(ve) M(aria)»
Cruzeiro no antigo cemitério público de Santa Catarina (1869)
O cruzeiro existente no antigo cemitério de Santa Catarina da Serra, junto ao adro da Igreja Matriz, tem a seguinte inscrição: «MISSÃO. QUEM REZAR HUM P(ai) N(osso) E UMA A(ve) M(aria) COM GL(oria) DIAN / TE DESTA CRUZ A PAIXÃO DE N(osso) S(enhor) GA(n)HA 100 DIAS D(e) INDUL(genci)A. 1869. / 1869». Apesar de tudo, a primeira sepultura efectuou-se em 1870. Este cemitério tornou-se escasso, pelo que se decidiu abandoná-lo em 1918. No ano seguinte, 1919, os defuntos passaram a ser depositados no cemitério actual.


Cruzeiro no acesso ao actual cemitério público (posterior a 1919)
No acesso ao actual cemitério público de Santa Catarina da Serra, datado de 1919, pela calçada, existe este cruzeiro que, em epígrafe, tem escrito «NOVO P(ai) N(osso)». Este será posterior a 1919, ou seja, à edificação do núcleo cemiterial.
Cruzeiro no sítio da Bemposta (1943)
Na Rua do Cruzeiro, antiga via de acesso ao cemitério público de Santa Catarina da Serra, encontrava-se um cruzeiro datado do ano de 1943. Estava posicionado na curva, à entrada da referida rua, com um outro cruzeiro, de menores dimensões. Assim, enquanto este permaneceu no mesmo local, o de 1943 foi transferido da entrada da Rua do Cruzeiro para a estrada que dá acesso à sede de freguesia, numa posição mais favorável aos transeuntes, nomeadamente peregrinos. Em epígrafe lê-se: «COMPA / DECEI / VOS DE / NOS AO / MENOS / VOS OS / QUE SO / IS NOS / SOS AM / IGOS. / 1943. / P(ai) N(osso). A(ve) M(aria). 100 INDUL(gencias)».

Lugar de Vale Sumo
Cruzeiro do adro da capela de Vale do Sumo (finais do século XIX)
O cruzeiro da Capela de São Miguel, em Vale do Sumo, que não se encontra datado, embora se saiba ser antigo, provavelmente de finais do século XIX. Apresenta uma decoração escultórica simples, isto é, sem os usuais instrumentos da "Paixão de Cristo", ou motivos fitomórficos, característicos em outras estruturas similares.
Cruzeiro no acesso ao cemitério de Vale do Sumo (1957)
Para além do cruzeiro da Capela de São Miguel, em Vale do Sumo, e do cruzeiro do respectivo cemitério público, datado de 1929, no exterior do núcleo cemiterial encontra-se um outro, com a data de 1957. Tem a seguinte epígrafe: «REZAI PELAS / ALMAS DOS / QUE FORAM / NOSSOS / AMIGOS. / P(ai) N(osso). A(vé) M(aria)».


Igreja Matriz


Na transição dos séculos XIX-XX, a Junta de Paróquia de Santa Catarina da Serra, presidida pelo Padre Francisco da Gama Reis (2.1.1893-15.9.1902), decidiu, em acta de 1.4.1900, efetuar obras de remodelação na Igreja Matriz. A 1.6.1900 verificou-se a necessidade de realizar um projecto, de modo a permitir o respectivo orçamento. Entrementes, decide-se reaproveitar a cantaria do templo e realizam-se alguns trabalhos. Solicita-se a colaboração do povo. Se em 15.5.1901 existe um esboço elaborado por locais, a 1.10.1901, o presidente da Junta de Paróquia solicita outra planta, projecto e orçamento. Desta forma, no dia 5.3.1902, em sessão extraordinária, estudaram-se os «meios mais faceis para a reedificação da Igreja Matriz, na qual, resolveram seguir a planta do architeto o excelentissimo senhor Ernesto Korrodi» (1870-1944), 
Os primeiros trabalhos iniciaram-se a 12.10.1902. As constantes arrematações divulgavam-se através de pregão público. O operário que oferecesse o menor valor tinha de cumprir, porém, um rigoroso conjunto de critérios, ser idóneo e ter testemunhas. António Vieira, de Pinheiria, foi o primeiro arrematante. A demolição, escavação e arrumação da cantaria deveria ser paga a 116 réis o metro cúbico. O prazo de conclusão, imposto, seria 5.5.1903. A 2.11.1902, a rocha branca, dura, com 1 decímetro de espessura e assente no baptistério foi arrematada a Francisco Vieira, de Pinheiria, em vários lanços, a 890 réis o metro quadrado de lajedo de pedra branca, a 5.400 réis «cada metro de tijolo, isto é, cada metro cúbico, posto no local da obra: a cento e vinte cada metro leniar de guarda vassouras, incluindo os tacos e pregos a seiscentos e setenta cada metro de vigamento e soalho, sachristia, incluindo os appoios». A 1.3.1903, o Padre Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves (1903-48), natural de Ulmeiro, é presidente da Junta de Paróquia, tendo assinado a primeira acta a 15.3.1903. A 7.6.1903 coloca-se em hasta pública a arrematação da demolição das paredes da nave principal, da empena da fachada, a alvenaria das paredes laterais e a empena da nave principal. As cantarias (arcos, capitéis, pilares, pilastras) foram devidamente guardadas. Outros materiais seguiram para o adro da Igreja. O arrematante, ao qual era exigido um fiador, ou 20 mil réis, ficou a ser Francisco de Oliveira, de Vale do Pinheiro, freguesia de Arrabal. 
Este pedreiro, casado, aceitou o trabalho por 549 réis o metro cúbico. Os trabalhos principiavam quinze dias depois e terminavam dois meses mais tarde. Foi fiador José Francisco, de Cercal, pedreiro. A 5.7.1903, António Ferreira Constantino, de Pinheiria, carpinteiro, casado, é arrematante.
Durante o processo de reedificação da Igreja Matriz, a Junta de Paróquia oficiou solicitar à Câmara Municipal de Leiria o serviço braçal, imposto, da freguesia de Santa Catarina da Serra, para as obras. Por outro lado, a Fábrica da Igreja teve de vender inúmeros imóveis, para suportar as despesas. Assim, a 20.9.1903 procedeu-se à venda de vários olivais da paróquia, tal como de «muitissimas oliveiras em terrenos diversos, em beneficio das obras». A 4.6.1905, a Junta, não tendo «fonte alguma de receitas», volta a apelar ao povo, para que contribua com esmolas. A edilidade solicita ainda ao governador civil de Leiria a venda de dois depósitos artificiais de água, poços, um no limite de Vale do Sumo e outro no de Barrocaria, freguesia de Olival, concelho de Ourém.
As obras de construção, que, em alguns períodos, se confundem com as de demolição, iniciaram-se no ano de 1903. Até 3.6.1904 avançou-se bastante nos trabalhos de cantaria e alvenaria. Para além da madeira aproveitada do anterior templo, a Igreja Matriz recebeu encomendas da Mata Nacional de Leiria, em pinheiros. Em 1904, José dos Santos, de Ulmeiro, e António Vieira, de Pinheiria, já citado, dão início à edificação da capela-mor. A 21.5.1905, José Pereira Bento, de Sobral, edifica alguns portais no terreno da Igreja Matriz. Em 3.12.1905, a Junta deliberou que ao empreiteiro da obra da torre sineira não se atribuísse mais de 200 mil réis, até que se concluísse o trabalho e o mesmo fosse aprovado por Ernesto Korrodi. Na realidade, é nos anos de 1905-06 que se efectuam as últimas intervenções no edifício. A execução do «reboco do interior da Egreja e respectivo estuque em liso e moldura» coube, em auto de arrematação, a 1.4.1906, a Manuel Maria Pires Martins, estucador, natural da freguesia de Afife, concelho de Viana do Castelo. Exigia-se ainda uma «moldura com dois emblemas e um florão na capella-mor, na importancia de cento e trinta mil reis». O trabalho deveria estar concluído até 15.9.1906. No dia 6.5.1906 tratou-se de arrematar a rocha branca para o pórtico da Igreja e o calcário liós para os degraus do altar-mor. Manuel Inácio Vicente, de Chaínça, casado, canteiro, comprometeu-se a «fazer a obra de cantaria lisa sem moldura» e o aparelho do liós, respectivamente, a 14.700 réis e a 9.700$000 o metro cúbico. A 16.9.1906, a edilidade tratou de observar o trabalho de estuque e ornato da capela-mor e do corpo do templo. Depois de «examinada a obra e ouvido o parecer do senhor engenheiro Ernesto Korrodi, houve por bem a Junta approvar a obra, e louvar o senhor Pires Martins».
A 16.12.1906, a Junta de Paróquia de Santa Catarina da Serra reconhece Luís Pereira Lopes e Augusto Alves pelo facto de o primeiro ter mandando fazer o altar de Nossa Senhora da Conceição e o segundo a oferta da imagem de Santa Quitéria. No dia 3.2.1907 seguiu-se a arrematação, por edital, da colocação de forro nas naves laterais e sacristia da Igreja. Por fim, a 20.5.1911, a Junta de Freguesia, presidida pelo Dr. José Francisco Alves (9.11.1910-2.1.1914), deliberou colocar um relógio de pesos na torre, com corda para 8 dias e toques às horas, 2, e meias horas, 1. A instalação do mecanismo seria feita até ao dia 31.12.1912, sob pena de multa de 500 réis, por dia, aos arrematantes.

Fonte: Vasco JR Silva.

O Interior da Igreja de Santa Catarina da Serra

Em 1549, no local onde hoje se ergue a igreja matriz, existia uma outra, bastante mais pequena. O altar não tinha qualquer painel mas apenas um nicho em pedra, dourado, onde se guardava a imagem da padroeira, Santa Catarina,V.M.. Ao lado, estavam expostas as imagens do Espírito Santo e de S. Francisco. Fora da capela-mor, mas no corpo da igreja, existiam 3 altares com as imagens da Senhora do Rosário, S. Sebastião e Santo Amaro; Senhora da Purificação e S. Silvestre; e Santo António. Havia sacristia, capela da pia de baptizar, abóbada e um sino.
Esta igreja, ao longo dos anos, foi sujeita a várias alterações e a última foi no ano de 1903 ficando com a mesma capela-mor, onde actualmente se encontram expostas as imagens de Santa Catarina, S. Sebastião, Senhora do Rosário e S. José. Um pouco mais abaixo, mas dentro da mesma capela, estão dois altares laterais, em pedra, com as imagens do Espírito Santo e Senhora da Conceição e, ainda mais abaixo, fora da dita capela, estão do lado esquerdo, os altares do Coração de Jesus, Senhora das Dores e Santa Quitéria. Do lado direito, os altares do Santíssimo, com a imagem da Senhora do Rosário, Santo António e S. Miguel. Ao fundo o baptistério. 

O altar da Senhora da Conceição e a imagem da santa foram oferecidos, em 1906, pelo religioso Luís Pereira Lopes, da Pinheiria e a imagem de Santa Quitéria foi oferecida no mesmo ano, por Augusto Alves, ambos naturais desta freguesia. O altar da Senhora das Dores foi construído em 1872 no tempo do pároco Domingos José Lopes, de acordo com a legenda existente no arco.
As traseiras do altar principal foram guarnecidas com retábulo de madeira castanha, dourada, retirado da igreja do Convento de Santo António da Encosta do Castelo de Ourem e carreados para Santa Catarina da Serra por seis juntas de bois, juntando-se-lhe ainda, a mesa da sagrada Comunhão e um outro retábulo, mais pequeno, para a capela de S. Guilherme. Quando se preparavam para fazer a aplicação deste retábulo verificaram que não cabia no arco preparado para o receber, tornando-se necessário erguer um novo arco, mais avançado. Este segundo arco por ter um raio de curvatura mais estreito do que o primeiro, apresentava uma falha que, para a eliminar, foi necessário recorrer a uma montagem secundária com as falcas de dois choupos, bem curtidos, criados nas margens da ribeira dos Sete Rios.
A torre da igreja foi inicialmente adjudicada a Manuel Ferreira Filipe, do lugar da Loureira que, por falta de jeito e perícia, não concluiu a obra, tendo esta sido posteriormente adjudicada a um outro empreiteiro. A demolição das paredes da nave central e da empena da fachada, a reconstrução de alvenaria das paredes laterais e da empena da nave central, foram adjudicadas no dia 5 de Julho de 1903 a Francisco de Oliveira, vulgo Fragoso, pedreiro, de Vale de Pinheiros, freguesia do Arrabal, ao preço de 549 reis por cada metro cúbico de alvenaria das paredes laterais e empenas da nave central, constituindo fiador o paroquiano José Francisco, pedreiro, do Cercal. Ao empreiteiro António Vieira, casado e residente na Pinheiria, foram adjudicados, no mesmo dia 5 de Julho, pela quantia de 9.980 reis por cada metro cúbico de cantaria lisa de pedra em pilares, bases e aduelas de arcos, guarnição das empenas, pilastras, parapeitos de janelas, pela quantia de 11.980 reis por cada metro cúbico de cantaria de pedra branca, trabalhada em moldura, em bases de pilares e pilastras, frisos, capiteis, consolas da tribuna, janelas da fachada principal, reparação e modificação do pórtico da entrada. No ano de 1906 foram adjudicados a Manuel Pires Martins, natural da freguesia de Afife, concelho de Viana do Castelo, os trabalhos de rebocos, estuque em liso e molduras com dois emblemas e um florão, na capela-mor, pela importância de 130 mil reis, com a condição de concluir a empreitada até ao dia 31 de Agosto do dito ano. A pedra branca para o pórtico da igreja e a pedra lios para os degraus do altar - mor, foi adjudicada a Manuel Inácio Vicente, da Chaínça, por 10.900 reis, sendo lisa, e em ornato por 14.700 reis; o aparelho da pedra lios foi adjudicado por de 9.700 reis o metro cúbico. A capela-mor ficou concluída no dia 15 de Setembro de 1906.
• tecto do templo, na área da nave principal, é suportada por arcos em pedra branca, trabalhada. Teve púlpito, para as pregações, construído em pedra com suas escadas em caracol. Na retaguarda, no plano superior existe o coro. Na capela-mor é ladeada por duas sacristias.

Bibliografia:
O COUSEIRO ou Memórias do Bispado de Leiria, fls. 180
Actas da Junta de Freguesia

Casa do Povo
A Casa do Povo de Santa Catarina da Serra foi criada a 1 de Março de 1973, para servir a população na área da saúde. Em 1993, foi criada a Associação da Casa do Povo, alterando os estatutos para instituição de utilidade pública,  esta alteração deu lugar à cultura, ao desporto e ao lazer, com as seguintes atividades: o côro infantil e juvenil, escola de música, festivais "cantigas da Serra", concursos de baile de máscaras, marchas populares, ginástica de manutenção, passeios pedestres e BTT "mini maratona" são algumas das actividades desenvolvidadas pela Casa do Povo.
Atualmente a Casa do Povo promove o ensino de música onde realiza anulamente o PIM, Projeto de Intervenção Musical. Este projecto é a audição de todos os alunos da associação. Passeios Pedestres e aulas de ballet são também algumas das vertentes que a Casa do Povo dá apoio. 
Esta associação integrou uma das cinco sócias fundadoras da Associação macro da Freguesia de Santa Catarina da Serra, em Janeiro de 2009, a ForSerra.

Escolas
Criado por despacho do Ministro Guilherme de Oliveira de 4 de Maio de 1999,o Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra é constituído pela Escola Sede, com turmas do 1.º ao 9.º ano, por três escolas do 1.º CEB, Chainça, Loureira e Vale Sumo e por quatro Jardins de Infância, Loureira, Santa Catarina da Serra 1 e 2 , Vale Sumo e Magueigia. Frequentam actualmente o Agrupamento seiscentos e dez alunos, oriundos das freguesias de Santa Catarina da Serra, Chainça e também do Arrabal. Sessenta e três professores, vinte e uma assistentes operacionais e seis assistentes técnicas prestam diariamente um serviço de qualidade para todos os alunos. As Associações de Pais, dos Jardins e Escolas contribuem com o seu papel de complementaridade para a formação integral dos alunos. Neste momento, está criada a FORESCOLAS, associação única para todo o Agrupamento.
A escola sede, Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra, abriu as suas portas no ano lectivo de 1995/96, tendo sido inaugurada pelo então presidente da República, Dr. Mário Soares em 17 de Fevereiro de 1996. Foi implantada na freguesia de Santa Catarina da Serra para colmatar a ausência de um estabelecimento de ensino estatal, para os alunos das freguesias supra citadas.
Hoje, o Agrupamento tem como documentos orientadores e de suporte do seu processo educativo, o Projecto Educativo, o Projecto Curricular, o Plano Anual de Actividades, o Regulamento Interno e os orçamentos do Estado e Privativo.
O Projecto Educativo, que define a política educativa para os próximos quatro anos, assenta em quatro princípios fundamentais que consideramos como motores de todo o processo de aprendizagem para os alunos:
Primeiro e fundamental - A aprendizagem. Ao serviço da aprendizagem dos alunos, os profissionais deste Agrupamento colocam todos os seus conhecimentos e toda a sua generosidade; o segundo, valorizar a diversidade, no principio de uma Escola para todos orientada para a aprendizagem dos valores e da cidadania democrática; o terceiro, a abertura da escola à comunidade, numa interacção, respeitando o papel de cada um; o quarto, a valorização do património cultural.
Contribuindo para o sucesso das aprendizagens dos alunos, uma panóplia de recursos pedagógicos, um corpo de docentes e não docentes, com sentido profissional, as associações de pais como parceiros interessados para o sucesso do Projecto Educativo, as excelentes relações institucionais com os órgão autárquicos, as parcerias com algumas estruturas económicas fazem com que hoje o Agrupamento seja uma realidade e uma referência traduzida nos resultados que os nossos alunos obtêm, quer na avaliação interna, quer na externa.
Através do link que conduzirá à página da Escola podem mergulhar e absorver todas as potencialidades que este Agrupamento coloca ao serviço do Processo Educativo.

Infraestrutura
·                                                                                                         Centro de Saúde
·         Escolas e Jardins de Infância

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    Parque da Feira da Loureira
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    Parque Merendas Vale Maior
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        Loteamento da Fazarga
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   Parque de Merendas do Vale Mourão
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        Quartel de Bombeiros
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    Casa Museológica do Rancho Folclórico
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              Jardim das Oliveiras
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           Auditório de Santa Catarina da Serra
 ·                                     Complexo Desportivo da União Desportiva da Serra
·                                                                                                              Salão Paroquial
  • Associativismo


Gastronomia
Chicaro da Serra



Ingredientes
·         Azeite: q.b.
·         Salsa: q.b.
·         Cebola: q.b.
·         Cinza (de madeira de oliva): q.b.
·         Chícharos: q.b.
·         Sal: q.b.

Preparação

1.   No dia anterior prepare um recipiente com os chícharos, colocando um pano ou saca de pano com as cinzas sobre eles, enchendo-o na totalidade com água, para ser feita a “barrela aos chícharos”.
2.   Depois de demolhados deverão ser limpos com nova água e postos a ferver, quando cozidos, podem lavar-se novamente para tirar o sabor à cinza.
3.   O último passo é colocá-los em água e sal até levantar fervura.
4.   Sirva-os numa travessa sobre sopas de broa, guarnecidos com cebola e salsa, picados e regados com um fio de azeite.
5.   Para acompanhar, poderá servir com bacalhau assado.


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