sexta-feira, 20 de abril de 2012

FREGUESIA DE NAVE DE HAVER

REGIÃO              CENTRO
SUB REGIÃO       BEIRA INTERIOR NORTE
DISTRITO            GUARDA
CIDADE             ALMEIDA
FREGUESIA        
NAVE DE HAVER
Heráldica
Brasão: 
Escudo de azul, dois pares de bandarilhas de prata, guarnecidas de vermelho, passadas em aspa; em chefe, saco de contrabandista de prata, atado de vermelho; em campanha, bocal de poço de prata, lavrado de negro, com ferros e corda do mesmo. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «NAVE de HAVER».


Bandeira: 
Branca. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.


Selo: 
Nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Nave de Haver - Almeida».

Historia
 Nave de Haver localiza-se na margem direita da Ribeira de Tourões, da qual se encontra a 3,5 Km aproximadamente. Esta freguesia dista 25 Km do concelho de Almeida, 8 Km de Vilar Formoso e 45 Km da Guarda. 
Outrora, Nave de Haver fora curato de Vilar Maior. No século XVIII, Poço Velho, lugar anexo a Nave de Haver, fora termo de Castelo Bom e Bispado de Pinhel. Nave de Haver possui uma área de 80 Km2, aproximadamente. Esta freguesia do concelho de Almeida encontra-se limitada pelas freguesias de Malhada Sorda, Freineda, Batocas, Vilar Formoso, Fuentes de Oñoro, Espeja e Almedilla del Chozo (do lado de lá da raia). 

A origem do topónimo Nave de Haver admite várias interpretações. O substantivo “nave” remete para a origem vasconça “nabe”, através do português arcaico e do castelhano “nava(s)”- Nave(s), tendo como significado, planície ou planura cercada de montanhas. 
Relativamente à palavra castelhana “haberio”, esta remete-nos para a actividade agrícola, visto significar animal de carga, gado ou conjunto de animais domésticos à disposição do seu senhor. 



Na região de Salamanca, a palavra “averar” tinha grande uso, significando a condução de gado pela beira dos campos cultivados. No que toca ao nascimento desta freguesia raiana, é possível que tenha surgido no século XII, embora nem sempre tenha conservado a actual denominação. 

Nave de Haver tem por orago São Bartolomeu. Segundo a voz do povo, este Santo aparece associado ao diabo, visto ser o único dos doze apóstolos de Cristo com poderes absolutos de o dominar, libertando o "moço" (nome por que é conhecido o diabo) apenas a 24 de Agosto (dia de São Bartolomeu), com o intuito de evitar a sua revolta por estar preso todo o ano. Acredita-se ainda que no dia do Santo acontecem muitos acidentes e por isso os crentes procuram fazer apenas trabalhos menores e pouco perigosos. São Bartolomeu é o Santo padroeiro dos objectos perdidos, esposas enganadas e outros milagres extraordinários. Aquando de uma oferta ao Santo, o povo nunca se esquece do "moço", por receio de que, menosprezando-o, este se possa ofender e vir a vingar-se. No imaginário e na memória dos habitantes de Nave de Haver perduram as histórias do tempo do contrabando e da emigração, sendo estas confirmadas por alguns contos da freguesia. Algumas destas narrações já foram publicadas no Boletim Paroquial “Nordeste”, entre elas destacam-se: O conto dos cachorrinhos de oiro; Manuel Hilário e Emigrantes.
Em Nave de Haver faz-se há anos atrás a exploração de volfrâmio por processos artesanais e com a mercantilização a ser objecto de contrabando. Relevo especial merecem as "arcoses" de Nave de Haver, onde há uma formação superficial de aluviões que apresenta uma concentração de minério (cassiterite e limonite) que justifica a sua exploração. Era famosa  a produção de telha artesanal e aqui localizavam-se os únicos telhais do concelho que mobilizam muitas famílias. 
Nave de Haver é 4ª freguesia mais populosa do concelho de Almeida, com 41,14 km² de área e 358 habitantes (2011). Densidade: 8,7 hab/km².
 Integra também a freguesia de Nave de Haver.
Situa-se junto à raia, a cerca de 3,5km da margem direita da ribeira de Tourões, afluente da margem esquerda do rio Águeda. Dista 22km de Almeida e 8km de Vilar Formoso.
 A igreja paroquial é sob a invocação de São Bartolomeu Apóstolo. Em 1940 contava com 1521 habitantes, mas a sua população tem vindo a sofrer um acentuado decréscimo, cifrando-se o volume actual de 358 habitantes. Resta ainda referir a localidade anexa de Poço Velho, que no século XVIII foi termo de Castelo Bom e Bispado de Pinhel.
 Nesta freguesia, todos os anos na 2ª semana de Agosto vão muitos turistas e familiares das pessoas que lá vivem, para verem a festa tradicional dessa mesma freguesia. Essa festa começa de manha por volta das 7:30h, que é quando as pessoas,residentes dessa freguesia, turistas e familiares, vam buscar os touros que estam acompanhados por cabrestos(toros maços)ao lameiro.
No caminho para a praça os touros são levados por cavalos que os rodeiam. Ao "lado" dos cavalos vão tractores e motos.
Depois de irem buscar os touros ao lameiro soltam-nos numa praça que está à entrada da freguesia. Na hora do almoço as pessoas costumam comer e beber nas barracas que abrem a porta da praça, de dia e de noite. Enquanto que a maior parte das pessoas come e bebe, outras estam a cubir os chires dos touros com tropeções, para não aguar as pessoas a quem marrarem.
Depois do almoço voltam todos para a praça, para verem a largada. Ai as pessoas "brincam" com os touros, saltando por cima e passando por frente deles.

Património
Património Edificado:
 Praça de Touros – Urbano / séc. XXI (2003)
Fontanário e Tanque – Urbano / séc. XIX
Património Religioso:


Igreja Matriz – Urbano / séc. XVI / XVII (Maneirista)
Igreja de N. Sr.ª da Conceição em Poço Velho / séc. XVII (Maneirista)


Capela de S. Pedro – Urbano / séc. XVIII (Conjectural)
  • Capela do Santo Cristo – Urbano / séc. XVIII (Conjectural)
  • Capela de St.ª Bárbara – Urbano / séc. XVIII (Conjectural)
Património Natural e Lazer:








“Arcoses” Minerais (Cassiterite e Limonite) - Rural


Biótico de Carvalho Negral na Zona do Carril - Rural
Tradições
Adicionar legenda

Festas e Romarias
Santo António (13 de Junho)
Santíssimo Sacramento (Julho)
Nossa Senhora de Fátima (15 de Agosto)
Santa Bárbara (4 de Dezembro)
Imaculada Conceição (8 Dezembro)
S. Bartolomeu
Gastronomia
Cabrito
Borrego assado
Enchidos
Doce de Abóbora
Salada de Meruges.
Pão de Ló,
Marmelada,
o Doce de Tomate e Cereja,
a Bola Doce e a Bola Parda.
Gastronomia

DOCE DE ABÓBORA
Ingredientes:
1 kg de abóbora amarela sem casca nem pevides
750g de açúcar
raspa de 1 laranja
1 pau de canela
Preparação:
1.   Deita-se dentro de uma panela a abóbora bem lavada, sem casca, nem pevides e cortada em pedaços pequenos.
2.   Junta-se-lhe o açúcar, a raspa de laranja e o pau de canela.
3.   Mexe-se para misturar tudo e leva-se a lume brando para cozer lentamente.
4.   De vez em quando mexe-se com uma colher de pau (cuidado porque tem tendência a salpicar), para não pegar ao fundo e
5.   deixa-se atingir o ponto de estrada (quando se deita um pouco de doce num prato e ao passar com a colher de pau, forma-se uma "estrada").
6.   Retira-se do lume e deixa-se arrefecer, deita-se dentro de frascos.
É óptimo servido com nozes.
Artesanato
Cadeiras em vime


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