quarta-feira, 18 de abril de 2012

FREGUESIA DE LAGARINHOS

REGIÃO              CENTRO
SUB REGIÃO       SERRA DA ESTRELA
DISTRITO            GUARDA

CIDADE              GOUVEIA
FREGUESIA        LAGARINHOS

BRASÃO


Na Heráldica atual, Lagarinhos fala pelo seu brasão que insere uma prensa de vinho, entre dois ramos de oliveira de verde, frutados de negro, a dar nota das suas potencialidades. 
Embora situada em terreno pouco fértil junto no caminho para a freguesia de Lages (Conc. Seia), outrora sob as normas do foral de Seia (pois foi por Dec. de 06.12.1837, que as povoações de Lagarinhos, Novelães, Paçoinhos, Passarela e Tazém, passaram para o concelho de Gouveia), dado por D. Manuel, em Santarém, a 01.06.1510), as suas culturas proverbiais e da mais longa data, são efectivamente o vinho, o azeite e o fabrico artesanal do Queijo da Serra. 

História
 Lagarinhos, freguesia com cerca de 500 habitantes, o seu Orago é a Santa Eufémia. São assinaladas aqui, também, as festividades da Senhora da Lagoa, do Senhor dos Remédios e a de Santo Amaro.



A terra muito fértil permite excelentes produções agrícolas da melhor qualidade, sobretudo de vinho e de azeite; e de lacticínios, neste caso, de um afamado queijo da serra.
Entre a gastronomia de Lagarinhos, recomenda-se a lambicada de cabrito e o bolo regional.

BOLO
Ingredientes
4 ovos
200 gramas de manteiga ou margarina 
2 xícaras de açúcar
1 pitada de sal
10 gotas de essência de baunilha
2 xícaras de farinha
1 xícara de maizena
1 xícara de leite
1 colher das de sobremesa de fermento em pó
Modo de preparar
1. Bater o açúcar e a manteiga, com a essência de baunilha até branquear.
2. Acrescentar as gemas uma a uma, batendo sempre, até levantar bolhas.
3. Peneirar a farinha, a maizena e o fermento e ir acrescentando pouco a pouco, alternando com o leite, sem parar de bater.
4. Em separado, bater as claras em neve, com a pitada de sal.
5. Misturar as claras delicadamente à mistura
6. Assar em forma untada e polvilhada com farinha de trigo, em forno médio, por aproximadamente 40 minutos.
A igreja Matriz constitui, com as capelas de Santo António e Santo Amaro, esta em Passarela, um conjunto arquitetónico notável.
A freguesia possui duas instituições de solidariedade social: a Associação de Beneficência Cultural e Recreativa e o Abrigo da Sagrada Família; e duas colectividades: o Centro de Instrução e Recreio e o Clube Cultural e Recreativo de Passarela. A freguesia de Lagarinhos inclui as localidades de Passarela e Novelães.
Lagarinhos é uma freguesia do concelho e comarca de Gouveia (~8 km, a O), distrito e diocese da Guarda (~47 km, sendo, anteriormente, ~22,5 pela antiga carreira). Localiza-se na região SO do concelho, na delimitação intermunicipal com o concelho de Seia, num pendor entre os 470 e os 500m de altitude, entre as linhas de água do Brunhal e a da Fonte Estanhada, a flanco O, da Estrada da Beira, acedendo-se no cruzamento entre VNTazem e Moimenta da Beira. 
Circundam-na as freguesias de Moimenta da Serra, a SE; Paços da Serra, a S; Pinhanços, a SO; Lajes, a O; VNTazém, a NO; Rio Torto, a N. Em 1839 encontrava-se inserida na comarca de Seia e em 1852 já na de Gouveia. 
Compreende o lugar de Novelães, Passarela, Ribeira de Ben Doiva. Qtas: CasteIhano, Miguel e Ponte Pedrinha (local de azenhas) e Moinho da Ribeira de Ben Doiva. 

Perifericamente, registam-se ainda lugares e sítios como: Alveirinho (moinho que mói o pão alvo), Areal, Cadaval (terreno que depois de desmatado ainda fica com os troncos), Campo de Jogos, Covelo (Covellus, pequeno campo de trigo), Dualhas (de dois foreiros), Lameiras, Moledo (de molendinum, um local de moinhos), Monte das Mortas, Novelas (ant.renovo, rebento, ou referido a pasto para novilhas), Ponte de Moimenta, Pitorro (o gordo), Presas (represamento de água para regar por gravidade), Qta da Alagoa(+), da Barroca(+) (côrrego), da Bocha (de bucula, pastagem de vitelos), do Pisão (batimento do tecido), Tinto (da aplicação da cor aos tecidos), Vila Amélia, Vincinto (local de prisão ancestral), Vinha Grande... 

Santa Eufêmia, padroeira

Orago Santa Eufêmia (de Calcedónia da Bitinia, Asia Menor, de S.Paulino de Nola e de S.Pedro Crisólogo) que exalçaram a sua memória, e o bispo de Poitiers a enaltece também em seu célebres hinos. De virginitate, colocada depois da Santíssima Virgem. 
Aquando do repovoamento nacional, foi um curato do provimento do prior de Vila Nova do Casal, no termo desta Villa, mais tarde, VNTazem. A Igreja Matriz, é considerada do séc. XVI (1QUINTINHA
574), tendo beneficiado de uma grande reparação em 1899. 
Uma Capela de granito aparelhado, com as insígnias episcopais, assinalará a dignidade da apresentação paroquial do templo religioso cristão. Referenciam-se ainda as Capelas (particulares) da Senhora da Alagoa e da Barroca e anota-se um Cruzeiro e cinco Alminhas. 

Com relativo interesse, anotemos, também aqui e agora, o texto original do martirológio de Sant’Eufêmia que se revela assaz cruento e façamos-lhe corresponder, tanto quanto susceptível, a sua tradução literal. Os actos contêm essa impressionante bestialidade humana, que envergonha até as próprias feras, numa outra (in)tradução -”o homem lobo do homem”: 
 (Calcedónia, é a terra natal de Santa Eufêmia, Virgem e Mártir; a qual, sob o Imperador Diocleciano e o Procônsul Prisco, sofreu os mais atrozes tormentos, encarceramento, flagelações, o suplício da roda e do fogo, esmagamento sob pesadas pedras, a dentuça das feras, golpes de azorrague, o corte por serras aceradas e a frigideira ardente, mas a tudo foi superior pela Fé em Cristo. Mas quando ela foi novamente exposta às feras do anfiteatro, aqui, havendo implorado ao Senhor para que de pronto recebesse a sua alma, só então uma das feras lhe arrancou um pedaço do seu santo corpo, enquanto as outras lhe lambiam os seus pés, e, assim, entregou a sua alma imaculada a Deus (Annus Domini 303, Dies XVI, Kal.Octobris = a 16.09.303). 
Na sua raiz grega, o vocábulo eufêmía significa, “bom augúrio, bem-fa1ante”. O seu antónimo é blasfêmía ou disfêmia. Um outro conceito é o ligado ao “eufemismo” (ant. disfemismo), a referir-se ao emprego intencional de palavras, comportamentos empolados e sofisticos, em vez da posição frontal positiva/negativa que não tente assumir-se, assim se amoldando, “in casu “, um desfigurar mórbido da lei da morte e da vida desde o “primeiro instante do seu ser” até ao seu último suspiro, sem admitir o ferrete de Prisco ou um mínimo remorso de consciência. O jus de Ulpiano “jus ars boni et requo” (o direito é a arte do bom e do équo), aqui sim a ter de esmiuçar-se em todo o implícito, também com a oogenia vital, na fase em que a palavra “MÃE” (com todas as letras maiúsculas) se sublima na nidificação - chave para a vida. 
Evitar-se-iam estas ambiguidades, “ex vi”, incluso nos próprios e vislumbráveis textos das leis e nas ágoras. Assim se tenta e procura, num arrivismo cego, ainda que “ad referendum “por obstinação do já vencido ante o preclaro ad rem, rodear a palavra morte com a eutanásia, nados-mortos e abortos, por causas bem diversas contra-natura, o nascimento com a eugenia “artificial”, o comportamento mais reprovável, por antífrase, onde tudo seja algo de “benevolente”, “benemérito”, “salvífico”, neste domínio de tão apetecível frenesim de eupatias sociais, sem euripos (fosso entre plateia e as feras) que valham e tendam às eutímias autorais (sossego do espírito), na mescla de atrofias, distocias e eutocias [parto a/normal], cujos efeitos aborticios jamais se lhe aplicaram no período da gestação dessas mentes do fácil, do hedónico, do (i)”responsável”, ante a Transcendência, ante a Natureza e ante o Homem (ou o homúnculo). a reger-se perplexo em plano inferior às próprias feras na arena da natureza procriadora. 
Eufemismo vai ao ponto de se denominar Ponto Euxino (Mar Negro, funesto), considerando-o um “mar hospitaleiro, sereno, calmo”, quando se queria referir à sua antiga aura pelos seus terríveis naufrágios. 
“Eufemia” significa também elegância na linguagem, elogio ou louvaminha. Daí que se usasse também em grego a palavra eufêmía para denominar a “boa fama”, que ao longe voe - já que as palavras voam irrevogáveis, se bem que quanto ao fáctico pereça no irreversível. 
Foi o procônsul Prisco que deteve Eufêmia juntamente com mais quarenta e nove cristãos, os quais durante dezanove dias foram massacrados para ver se, assim, conseguiam obrigá-los a renegar a sua virtude e a sua Fé. Eufêmia, fazendo honra ao seu nome, justificou de uma forma tão “famosa” e convincente que, de imediato, dois verdugos, Sóstenes e Víctor, se negaram a desempenhar a sua lúgubre e nefanda tarefa, pelo que também eles foram lançados às feras. Os outros mártires, porém, foram, bem mais longe e longe demais, levados para Roma para servirem de diversão à plebe (eufemismo no “Zé divertido”! -mas eram os grandes na sua euforia sanguinária, que apontavam o polegar para baixo! 
Também Eufêmia foi arrojada aos leões, que a respeitaram por muito tempo. Mas a Santa vendo que o seu destino era o martírio, rezou ao Senhor para que os leões acabassem com ela. A sua oração foi escutada e um dos leões se abeirou e lhe arrancou um pedaço vital. Seu corpo, que os leões não quiseram devorar mais, foi recolhido e sepultado pelos seus próprios e inermes pais e enterrado, antes que fosse lançado à romana cloaca das imundícies. 
Do século V, é digna de menção uma outra Eufêmia Flávia Aélia Márcia, imperatriz do Oriente que alcançou esta dignidade desde a plebe, sendo filha de uma família humilde. Seu pai “desnaturado” decidiu vendê-la como escrava a um romano que, enamorado dela, decidiu manumiti-la (libertá-la) para a elevar à condição de esposa, dignificando um elo responsável pela prole que sobreviesse. Um gesto de dignidade, a todo o tempo possível a exemplares “patrícios”, cuja “assinatura panfletária” de um sentido de opinião acirrada no contra-natura, se referendável, não deixa de ser a já definida e benquista ante o acervo ululante de um novo lavar as mãos poncioplilático e/ou de um novo crucifige eum - eles, a “turba”(sem desprimor) é que ass(ass)ina o primeiro instante de uma vida no mais imo e sagrado ventre de uma MÃE, como tal. 




A nóvel Eufêmia, ao mudar de estado, mudou também de nome, substituindo o de Lucípia, que era o da sua família. Seu marido chegou a ser Imperador de Oriente, com o nome de Justino I (450-527), que antes de entrar para o exército, provinha de classe humilima e tinha sido pastor. A mudança do nome foi um costume muito romano que herdámos para identificar e reconhecer ambos os destinos num só e por isso a descendência é o fruto do seu amor e da sua mútua responsabilidade - a nossa viagem tem essa primeira vital estação.




POLIESPORTIVO


QUINTA DA PONTE PEDRINHA
A Quinta da Ponte Pedrinha, de Maria de Lourdes Mendes Oliva Nunes Osório, situa-se na Região do Dão, entre Seia e Gouveia, e está na posse da família desde o Séc. XVIII.
 A sua vinha, implantada em solos graníticos desde há mais de 30 anos, tem raízes profundas nesta Quinta, raízes que se agarram à terra e à vida das pessoas que nela habitaram, gerando TRADIÇÃO!
Os hectares de vinha que oferecem vida aos seus vinhos dão contornos de rara beleza à paisagem circundante. A tecnologia associada à vinificação levou à construção de uma adega à altura dos pergaminhos dos vinhos que sempre aí se produziram.

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