segunda-feira, 24 de setembro de 2012

FREGUESIA DE GAFANHA DA ENCARNAÇÃO

REGIÃO                    CENTRO
SUB-REGIÃO            BAIXO VOUGA
DISTRITO                AVEIRO
CIDADE                   ILHAVO
FREGUESIA             GAFANHA DA ENCARNAÇÃO

Brasão: 
Escudo de ouro, duas proas de moliceiro de negro e prata, guarnecidas de decoração tradicional, moventes dos flancos, a da dextra volvida e de campanha de cinco burelas ondadas de verde, prata, azul, prata e verde; em chefe, coroa Mariana de azul, com sua pedraria. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: «GAFANHA da ENCARNAÇÃO».




Bandeira: 
Esquartelada de verde e amarelo. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.
Selo: 
Nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia da Gafanha da Encarnação - Ílhavo».



Por ordem da antiguidade, as Gafanhas iniciaram-se com a da Cale da Vila, da Gramata, dos Caseiros, da Vagueira e da de Aquém.

A Gafanha da Gramata , ou Gafanha da Maluca, só em 1848 começou a designar-se de Gafanha da Encarnação , por naquele ano a Joana maluca e o seu segundo marido terem mandado construir a primeira capela deste lugar , dedicada a Nossa Senhora da Encarnação.
A designação de "Gramata" adveio do nome de uma planta marinha abundante na zona. A actual Gafanha da Encarnação tomou então aquele nome, não só pela existência da tal planta , mas pela necessidade de a distinguir da já existente Gafanha da Cale (Canal) da Vila (Aveiro), que se tornaria a Gafanha da Nazaré. Erradamente, chegou a supor-se que o nome de Gramat viria de Joana gramata, mas de facto foi contrário, Joana rosa de Jesus é que tomou o nome popular de joana Gramata. 
HISTORIA
 A Gafanha da Encarnação é um local interessante, extraordinário, rico e em franco desenvolvimento social e cultural. Mas vamos conhecer um pouco do passado e da identidade desta terra.

A Gafanha da Encarnação está situada entre a Gafanha da Nazaré e a Gafanha do Carmo, confinando a oeste com o braço do canal de Mira da ria de Aveiro e a este com a Gafanha de Aquém. 
 É uma povoação em desenvolvimento demográfico e imobiliário. 
As pessoas são extremamente simpática, generosas e acolhedoras. No entanto, não escondem traços do seu passado agarrado à agricultura e à pesca, que os conotou com alguma rigidez de pensamento e uma frontalidade sempre presente no diálogo. O território é completamente plano, de arenito, contendo uma profusa rede viária, bem como uma zona industrial em franca expansão. A Gafanha da Encarnação sempre se enquadrou numa maior relação com a Costa Nova.



Durante muito tempo, entre o cais da Costa Nova e o da Mota da Gafanha da Encarnação efectuava-se uma carreira regular de barca que transpunha a ria e unia as margens levando, qual ferry-boat, gentes e haveres. Hoje ainda se podem ver esses cais de embarque e, de quando em vez, uma singela barca que faz a ligação, mais turística do que profissional, recordando o passado.
A Gafanha da Encarnação figurou, no seu passado, com fazendo parte da administração religiosa e civil de Vagos. A desanexação paroquial da Gafanha da Encarnação de Vagos ocorreu em 1835, passando a fazer parte da paróquia de Ílhavo. Da mesma forma, Ílhavo ficou responsável civil e administrativamente por esta Gafanha em 1853 (ou, segundo outros, em 1855 ou 1856), abandonando esta o foro de Vagos, do qual fizera parte desde sempre.

 A Gafanha da Encarnação administra o lugar que é agora a Paróquia Nossa Senhora da Saúde da  Costa Nova do Prado e parte do lugar da Praia da Barra.

Na Gafanha da Encarnação, em 1848, é construída, a mando de Joana Gramata e seu segundo marido, uma capela dedicada a Nossa Senhora da Encarnação. Mais tarde, foi iniciada a construção da futura igreja paroquial, facto que principiou em 1907, levando à demolição da anterior capela. (É um costume verdadeiramente insano e inculto a destruição dos edifícios antigos com valor histórico e patrimonial). 


Em 1909 a igreja fica erguida, completando-se totalmente a sua decoração interior apenas no ano de 1940. Em 1993 foi inaugurado o novo templo paroquial desta Gafanha. 


Também na Gafanha da Encarnação era criada a Irmandade de Nossa Senhora da Encarnação e Almas em 2 de Setembro de 1901.

Ainda em 1883, na Gafanha da Encarnação, é construída uma bela capela destinada ao culto e devoção ao Senhor dos Aflitos, mas, tal como a sua congénere no Areão, foi destruída incompreensivelmente em 1932. A Gafanha da Encarnação conheceu ainda mais uma capela levantada no mesmo ano (1883): é a capela de Nossa Senhora das Dores. 
No entanto, não teve melhor sorte do que a outra.

Os nomes das diversas Gafanhas, à partida não levantam problemas nem suscitam grandes curiosidades, uma vez que quase todas advêm de circunstâncias religiosas, designadamente do culto à Virgem Maria, nas suas vertentes milagrosas. Mas não podemos deixar de referir a tríplice denominação de uma desta Gafanha. A Gafanha da Encarnação conhece ainda outras duas designações, a de Gafanha da Gramata (já anterior e primitiva) e a de Gafanha da Maluca.
O primeiro nome desta Gafanha foi o de Gafanha da Gramata e não foi, portanto, como se pensa, a Joana Gramata (anciã e patriarca desta terra, uma das primeiras a povoá-la) quem forneceu o vocabulário à Gafanha, nem mesmo o seu avô. Pelo contrário, eles o teriam recebido desta região, que por sua vez o receberia da planta marinha. Esta planta marinha é uma espécie de erva, semelhante ao junco e coadjunta a este nas praias, muito abundante nesta Gafanha.
 Esta Gafanha é igualmente conhecida por Gafanha da Maluca. No que diz respeito a este nome, aliás profundamente popular e apenas legítimo neste domínio, a sua origem já está conforme a vida de Joana Rosa de Jesus, também conhecida ao tempo por Joana Gramata ou Joana Maluca, que foi casada com José Domingues da Graça, a quem por alcunha chamavam "o maluco". E eis aqui muito simplesmente como a alcunha do marido se transmitiu à esposa e, por sua vez, à Gafanha da Gramata. A Gafanha da Gramata ou da Maluca só posteriormente ao ano de 1848 começou a denominar-se Gafanha da Encarnação, por naquele ano (como já disse) a Joana Maluca e seu segundo marido mandarem construir a primeira capela deste lugar, dedicada a Nossa Senhora da Encarnação.

 A Gafanha da Encarnação foi independente civilmente em 1926 e religiosamente em 1928.
A Gafanha da Encarnação é um local que vale a pena visitar, experimentar a sua gastronomia, conviver com as suas pessoas, observar as suas casas típicas, ir aos locais de turismo e viver, quem sabe, neste local maravilhoso.





Gastronomia


Cataplana
Ingredientes para 2 pessoas:

1/2 Frango
250gr de ameijoas (eu usei das congeladas)
6 camarões grandes
2 dentes de alho
1 folha de louro
colorau
pimenta
sal
1 copo de vinho branco
2 cebolas médias
azeite
um pouco de bacon ou presunto ou chouriço
Coentros

Preparação:

1.   Começe por partir o frango em pedaços pequenos, e tempere com sal, pimenta, colorau e o alho esmagado.
2.   Leve o azeite ao lume juntamente com a folha de louro e a cebola cortada em meias luas finas.
3.   Quando começar a querer alourar junte o vinho branco e deixe ferver uns minutos.
4.   Entretanto, leve a carne a alourar na cataplana bem quente com um pouco de azeite.
5.   Ponha as ameijoas e os camarões por cima da carne e regue com a cebolada.
6.   Coloque os pedacinhos de bacon ou chouriço e polvilhe com os coentros.
7.   Feche a cataplana deixe cozinhar em lume brando durante 15 minutos!
8.   Sirva com batatas fritas em cubinhos e uma salada!
















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