SUB
REGIÃO OESTE
DISTRITO LEIRIA
CIDADE CALDAS DA RAINHA
FREGUESIA COTO
Heráldica
Brasão
Escudo de vermelho, faixa ondada de três tiras de prata e azul; em
chefe, uma rosa heráldica de ouro, botoada do campo, apontada de verde e um crescente de prata; em contra-chefe, camaroeiro de ouro. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "COTO - CALDAS da RAINHA".
Bandeira
Amarela. Cordão e
borlas de ouro e vermelho. Haste e lança de ouro.
Selo
Nos termos da Lei,
com a legenda: "Junta de Freguesia de Coto - Caldas da Rainha"
|
Historia
CALDAS DA RAINHA |
A freguesia do Coto, a mais pequena do concelho das Caldas
da Rainha, situa-se a 4 quilómetros da cidade Termal, no centro do concelho. É
limitada a Norte pelas freguesias de Tornada e Salir de Matos, a Sul pelas
freguesias de N. Sra. do Pópulo e Salir de Matos, a Este pela freguesia de
Salir de Matos e a Oeste pela freguesia de Tornada.
A freguesia engloba os aglomerados de Coto, Vale do Coto,
Casais da Ponte, Casais da Serralheira e Casais de S. Jacinto.
Origens
Não existem muitos elementos para se
falar da história da freguesia do Coto. Alguns documentos fazem referência ao
lugar: os registos mais antigos são do século XIV. Por exemplo, um mapa de
propriedades da Igreja de Santa Maria de Óbidos e de bens deixados ao Clero,
podemos ler “o casal deixado à igreja por mestre Gil, no Coto (junto a
Tornada)”.
O referido documento especifica a propriedade, a qual fica
junto ao limite Sul da extensão máxima dos Coutos de Alcobaça. Presume-se que
este Casal pudesse ter dado origem ao nome do lugar.
Cotto, no anno de 1610
“(....)E
porque entrando na Hermida de S. Sebastião sita no Rocio da villa vi hum
Baustiteiro, parecendome houvera outra freguesia nesta villa alem da de nossa
Senhora do Populo, perguntei ao padre vigario o que significava aquelle
bautisteiro e me respondeo por escrito dizendo. Achey por tradição que os
lugares da Torre e Formigal que erão da freguezia de S. Pedro de óbidos; e os
de Cazal novo e Cotto, que erão da Igreja de Santa Maria da mesma villa, e o
lugar do Avenal com os moinhos todos até à quinta dos pinheiros que he de Paulo
da Serra de Morais vinhão todos á freguezia de Sam Sebastião que se chamava
como annexa á Igreja matriz de
Nossa Senhora do Populo, e por cessarem as duvidas aquem pertencião as offertas se ao vigario se ao Parocho que os curava se consertarão os dittos freguezes com o o vigario lhe darião todos os annos pella offerta quinze alqueires de trigo e sempre os pagarão ate se passarem a Igreja Nova de Nossa Senhora dos Anjos feyta em Cotto, no anno de 1610.
Nossa Senhora do Populo, e por cessarem as duvidas aquem pertencião as offertas se ao vigario se ao Parocho que os curava se consertarão os dittos freguezes com o o vigario lhe darião todos os annos pella offerta quinze alqueires de trigo e sempre os pagarão ate se passarem a Igreja Nova de Nossa Senhora dos Anjos feyta em Cotto, no anno de 1610.
Nesta desanexação que os freguezes de S. Sebastião fizerão
para a Igreja do Cotto ficarão nesta Igreja de Nossa Senhora do Populo os
moradores da Azenha que chamão da costa junto ao Formigal e todos os moinhos
ate a quinta do Pinheiro que herão da freguezia de S. Tago por freguzes dp
vigario a quem pagão os fogos inteiros.
Hum alqueire de trigo e hum almude de vinho; e meyo fogo de viúva paga metade; e o Proste da Igreja de Sam Tiago por mando do Prior e beneficiados paga de composição ao dito vigário outo centos e noventa reis, conforme a Lembrança que deixou o vigario Francisco Nunes poe elle assinada a primeira folha do Livro dos Bautizados feita em 28 de Abril do anno de 1611 em cujo tempo se trespassarão os mais freguezes de Sam Sebastião pera a Igreja de Nossa Senhora dos Anjos do Cotto(…)1 1)In. O Hospital das Caldas da Rainha até ao ano de 1656, Jorge de S. Paulo, Tomo II, p397.
Hum alqueire de trigo e hum almude de vinho; e meyo fogo de viúva paga metade; e o Proste da Igreja de Sam Tiago por mando do Prior e beneficiados paga de composição ao dito vigário outo centos e noventa reis, conforme a Lembrança que deixou o vigario Francisco Nunes poe elle assinada a primeira folha do Livro dos Bautizados feita em 28 de Abril do anno de 1611 em cujo tempo se trespassarão os mais freguezes de Sam Sebastião pera a Igreja de Nossa Senhora dos Anjos do Cotto(…)1 1)In. O Hospital das Caldas da Rainha até ao ano de 1656, Jorge de S. Paulo, Tomo II, p397.
A paróquia do Coto é criada em 28 de Abril de 1610, em 1836
com a reforma administrativa de Passos Manuel, o Coto deixou de pertencer a
Óbidos e foi integrado no concelho das Caldas da Rainha.
Patrimônio
Não há registos documentais conhecidos sobre a origem desta capela, supostamente anterior ao século XVII, construída na "antiga carreira do gado". A capela de S. Jacinto no Coto, obra assinalada pela data de 1745 sobre a porta da sacristia tem uma frontaria muito sóbria, delimitada por pilastras de pedra e com um frontão triangular de um equilibrado valor barroco clássico que revelam a remodelação da época de D. João V.
O interior, igualmente muito sóbrio, a nave rectangular e
a capela-mor, sensivelmente quadrada, estão ligadas por um arco triunfal de
pedra com um invulgar fecho. Com excepção do altar-mor maneirista, de talha
policromada, da primeira metade do século CVII (mas cujo frontão triangular foi
possivelmente refeito nas obras do século seguinte), todo o interior apresenta
uma escala harmoniosa devido à decoração de azulejos figurativos azuis e
brancos que reveste integralmente as paredes da nave e da capela-mor, formando
um dos conjuntos mais notáveis do género, existentes em Portugal.
A integração dos azulejos, é extremamente cuidada e
conseguida através da plataforma pintada de todo o espaço, que suporta os
painéis figurativos, pontuada por cartelas que alternam com pedestrais onde
assentam as pilastras que enquadram os painéis, bem como o remate
arquitectónico interno da porta da frontaria, de estreitas composições que
ladeiam o arco triunfal, de decoração que reveste inteiramente as costas do
mesmo, culminado no extraordinário cortinado que enquadra o altar, afastado por
anjinhos esvoaçantes, uma das composições mais cenografias da azulejaria
barroca portuguesa.
A temática utilizada, associada ao orago da Ermida, São
Jacinto, é muito invulgar, e talvez única na azulejaria portuguesa. Esta Santo
polaco, nascido cerca de 1200, estudou em Cracóvia, Praga, Bolonha e Paris, e
em Roma tornou-se dominicano e recebeu o hábito das mãos de São Domingos, (…)
Costuma ser representado com o hábito de dominicano, a segurar uma imagem de
Nossa Senhora e com um cibório, e aparece associado à flor de jacinto. Imagens
do Santo e de um Dominicano preenchem os painéis ao fundo da nave. Nos quatro
painéis nas extremidades das paredes laterais, as cenas representam milagres:
São Jacinto salva uma imagem da Nossa Senhora de uma igreja em chamas;
atravessa o rio Dnieper com dois companheiros, para fugir aos inimigos,
"montados" apenas na sua capa; expulsa demónios de uma árvore, e dá
assistência a um grupo de enfermos. A ladear as janelas da nave, cenas mais
estreitas mostram apenas o Santo a ser recebido no Céu.
A qualidade pictórica dos azulejos da Ermida de São
Jacinto é excepcional, na elaboração de todos os adereços, na espacialidade dos
fundos das cenas e na realização extremamente cuidada das composições e das
várias figuras, explorando todas as possibilidades expressivas das gradações do
azul de cobalto, desde as transparências mais subtis até aos tons carregados
mais densos e dramáticos, evidenciando-se, pela individualidade da sua
realização, entre os muitos conjuntos da época de pendor mais repetitivo, que
são indubitavelmente produto da oficina, não documentada, mas identificável, a
partir da análise formal e estilística, de Bartolomeu Antunes e de Nicolau de
Freitas, situada no Bairro das Olarias à Senhora do Monte, em Lisboa, a qual
realizou os melhores trabalhos deste período, designado por "Grande
Produção Joanina"; (…)
Transcrição
em parte do parecer do Prof. José Meco
A antiga Igreja paroquial da Freguesia do Coto, dedicada a
Nossa Senhora dos Anjos, foi mandada construir em 1610, aquando da criação da
paróquia.
A sua arquitectura em termos artísticos não é relevante.
De salientar os seus castiçais em latão do início do século XVII.
- Outros
locais de interesse turístico:
- Miradouro do Vale do Coto
- Orago:
- Nossa Senhora
dos Anjos
- Actividades económicas:
- Agricultura,
- Pecuária,
- Floricultura,
- Indústria de cerâmica,
- Serralharia,
- Comércio geral,
- Prestação de serviços,
- Formação agrícola,...
Feiras: Mercado Semanal (aos Sábados) - Festas e Romarias:
- Festa do Chouriço (Fevereiro),
- Festa de São Jacinto (Julho),
- Festa em Honra de Nossa Senhora dos Anjos (1ª semana de Setembro
- Gastronomia:
- Cozido à portuguesa,
- Borrego no Forno,
- Leitão
- Doces tradicionais
Borrego no Forno
Colaboração de Lídia Amaral
Colaboração de Lídia Amaral
Ingredientes:
- Uma perna de borrego com 1,5 kg ;
- 150 gr de toucinho ;
- 40 gr de banha ;
- 6 dentes de alho ;
- Um limão ;
- Uma cebola ;
- Uma folha de louro ;
- Uma colher (café) de colorau ;
- 1 dl de vinho branco ;
- 0,5 dl azeite ;
- Sal ;
- Pimenta ;
- Piripiri.
Confecção:
1.
Limpe a carne de peles e gorduras e
faça-lhe três cortes medianamente fundos.
2.
Tempere-a com sal, pimenta, colorau e
piripiri.
3.
Nos cortes que efectuou meta dois
dentes de alho esmigalhados.
4.
Coloque num tabuleiro e regue com o
azeite, sumo do limão e vinho.
5.
Adicione a banha, a folha de louro, o
toucinho cortado em tiras e a cebola aos quartos.
6.
Leve a assar em forno quente tendo o
cuidado de vigiar e ir regando com o molho ( se necessário acrescentar um pouco
de água ).
7.
Serve-se com batatas assadas e
salada.
- Artesanato:
Nenhum comentário:
Postar um comentário