terça-feira, 11 de dezembro de 2012

FREGUESIA DE COTO



REGIÃO                   CENTRO
SUB REGIÃO            OESTE
DISTRITO                 LEIRIA
CIDADE                    CALDAS DA RAINHA
FREGUESIA            COTO


Heráldica
Brasão


Escudo de vermelho, faixa ondada de três tiras de prata e azul; em 

chefe, uma rosa heráldica de ouro, botoada do campo, apontada de verde e um crescente de prata; em contra-chefe, camaroeiro de ouro. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "COTO - CALDAS da RAINHA".
 Bandeira
Amarela. Cordão e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança de ouro.
Selo
Nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Coto - Caldas da Rainha"
Historia
CALDAS DA RAINHA
Coto é uma freguesia portuguesa do concelho de Caldas da Rainha, com 5,50 km² de área e 1 344 habitantes (2011). Densidade: 244,4 hab/km².
A freguesia do Coto, a mais pequena do concelho das Caldas da Rainha, situa-se a 4 quilómetros da cidade Termal, no centro do concelho. É limitada a Norte pelas freguesias de Tornada e Salir de Matos, a Sul pelas freguesias de N. Sra. do Pópulo e Salir de Matos, a Este pela freguesia de Salir de Matos e a Oeste pela freguesia de Tornada.
A freguesia engloba os aglomerados de Coto, Vale do Coto, Casais da Ponte, Casais da Serralheira e Casais de S. Jacinto.
Origens
Não existem muitos elementos para se falar da história da freguesia do Coto. Alguns documentos fazem referência ao lugar: os registos mais antigos são do século XIV. Por exemplo, um mapa de propriedades da Igreja de Santa Maria de Óbidos e de bens deixados ao Clero, podemos ler “o casal deixado à igreja por mestre Gil, no Coto (junto a Tornada)”.
O referido documento especifica a propriedade, a qual fica junto ao limite Sul da extensão máxima dos Coutos de Alcobaça. Presume-se que este Casal pudesse ter dado origem ao nome do lugar.
Cotto, no anno de 1610
(....)E porque entrando na Hermida de S. Sebastião sita no Rocio da villa vi hum Baustiteiro, parecendome houvera outra freguesia nesta villa alem da de nossa Senhora do Populo, perguntei ao padre vigario o que significava aquelle bautisteiro e me respondeo por escrito dizendo. Achey por tradição que os lugares da Torre e Formigal que erão da freguezia de S. Pedro de óbidos; e os de Cazal novo e Cotto, que erão da Igreja de Santa Maria da mesma villa, e o lugar do Avenal com os moinhos todos até à quinta dos pinheiros que he de Paulo da Serra de Morais vinhão todos á freguezia de Sam Sebastião que se chamava como annexa á Igreja matriz de 
Nossa Senhora do Populo, e por cessarem as duvidas aquem pertencião as offertas se ao vigario se ao Parocho que os curava se consertarão os dittos freguezes com o o vigario lhe darião todos os annos pella offerta quinze alqueires de trigo e sempre os pagarão ate se passarem a Igreja Nova de Nossa Senhora dos Anjos feyta em Cotto, no anno de 1610.
Nesta desanexação que os freguezes de S. Sebastião fizerão para a Igreja do Cotto ficarão nesta Igreja de Nossa Senhora do Populo os moradores da Azenha que chamão da costa junto ao Formigal e todos os moinhos ate a quinta do Pinheiro que herão da freguezia de S. Tago por freguzes dp vigario a quem pagão os fogos inteiros. 
Hum alqueire de trigo e hum almude de vinho; e meyo fogo de viúva paga metade; e o Proste da Igreja de Sam Tiago por mando do Prior e beneficiados paga de composição ao dito vigário outo centos e noventa reis, conforme a Lembrança que deixou o vigario Francisco Nunes poe elle assinada a primeira folha do Livro dos Bautizados feita em 28 de Abril do anno de 1611 em cujo tempo se trespassarão os mais freguezes de Sam Sebastião pera a Igreja de Nossa Senhora dos Anjos do Cotto(…)1 1)In. O Hospital das Caldas da Rainha até ao ano de 1656, Jorge de S. Paulo, Tomo II, p397.
A paróquia do Coto é criada em 28 de Abril de 1610, em 1836 com a reforma administrativa de Passos Manuel, o Coto deixou de pertencer a Óbidos e foi integrado no concelho das Caldas da Rainha.
Patrimônio


Não há registos documentais conhecidos sobre a origem desta capela, supostamente anterior ao século XVII, construída na "antiga carreira do gado". A capela de S. Jacinto no Coto, obra assinalada pela data de 1745 sobre a porta da sacristia tem uma frontaria muito sóbria, delimitada por pilastras de pedra e com um frontão triangular de um equilibrado valor barroco clássico que revelam a remodelação da época de D. João V.
O interior, igualmente muito sóbrio, a nave rectangular e a capela-mor, sensivelmente quadrada, estão ligadas por um arco triunfal de pedra com um invulgar fecho. Com excepção do altar-mor maneirista, de talha policromada, da primeira metade do século CVII (mas cujo frontão triangular foi possivelmente refeito nas obras do século seguinte), todo o interior apresenta uma escala harmoniosa devido à decoração de azulejos figurativos azuis e brancos que reveste integralmente as paredes da nave e da capela-mor, formando um dos conjuntos mais notáveis do género, existentes em Portugal.
A integração dos azulejos, é extremamente cuidada e conseguida através da plataforma pintada de todo o espaço, que suporta os painéis figurativos, pontuada por cartelas que alternam com pedestrais onde assentam as pilastras que enquadram os painéis, bem como o remate arquitectónico interno da porta da frontaria, de estreitas composições que ladeiam o arco triunfal, de decoração que reveste inteiramente as costas do mesmo, culminado no extraordinário cortinado que enquadra o altar, afastado por anjinhos esvoaçantes, uma das composições mais cenografias da azulejaria barroca portuguesa.
A temática utilizada, associada ao orago da Ermida, São Jacinto, é muito invulgar, e talvez única na azulejaria portuguesa. Esta Santo polaco, nascido cerca de 1200, estudou em Cracóvia, Praga, Bolonha e Paris, e em Roma tornou-se dominicano e recebeu o hábito das mãos de São Domingos, (…) Costuma ser representado com o hábito de dominicano, a segurar uma imagem de Nossa Senhora e com um cibório, e aparece associado à flor de jacinto. Imagens do Santo e de um Dominicano preenchem os painéis ao fundo da nave. Nos quatro painéis nas extremidades das paredes laterais, as cenas representam milagres: São Jacinto salva uma imagem da Nossa Senhora de uma igreja em chamas; atravessa o rio Dnieper com dois companheiros, para fugir aos inimigos, "montados" apenas na sua capa; expulsa demónios de uma árvore, e dá assistência a um grupo de enfermos. A ladear as janelas da nave, cenas mais estreitas mostram apenas o Santo a ser recebido no Céu.
 A qualidade pictórica dos azulejos da Ermida de São Jacinto é excepcional, na elaboração de todos os adereços, na espacialidade dos fundos das cenas e na realização extremamente cuidada das composições e das várias figuras, explorando todas as possibilidades expressivas das gradações do azul de cobalto, desde as transparências mais subtis até aos tons carregados mais densos e dramáticos, evidenciando-se, pela individualidade da sua realização, entre os muitos conjuntos da época de pendor mais repetitivo, que são indubitavelmente produto da oficina, não documentada, mas identificável, a partir da análise formal e estilística, de Bartolomeu Antunes e de Nicolau de Freitas, situada no Bairro das Olarias à Senhora do Monte, em Lisboa, a qual realizou os melhores trabalhos deste período, designado por "Grande Produção Joanina"; (…)
Transcrição em parte do parecer do Prof. José Meco
A antiga Igreja paroquial da Freguesia do Coto, dedicada a Nossa Senhora dos Anjos, foi mandada construir em 1610, aquando da criação da paróquia.
A sua arquitectura em termos artísticos não é relevante. De salientar os seus castiçais em latão do início do século XVII.
  •  Outros locais de interesse turístico:
    • Miradouro do Vale do Coto 
  • Orago: 
  • Nossa Senhora dos Anjos 
  • Actividades económicas:
    • Agricultura,
    • Pecuária,
    • Floricultura,
    • Indústria de cerâmica,
    • Serralharia,
    • Comércio geral,
    • Prestação de serviços,
    • Formação agrícola,...
      Feiras: Mercado Semanal (aos Sábados) 
    • Festas e Romarias:
    • Festa do Chouriço (Fevereiro),
    • Festa de São Jacinto (Julho),
    • Festa em Honra de Nossa Senhora dos Anjos (1ª semana de Setembro


    • Gastronomia:
    • Cozido à portuguesa,
    • Borrego no Forno,
    • Leitão
    • Doces tradicionais 
Borrego no Forno
Colaboração de Lídia Amaral
Ingredientes:
  • Uma perna de borrego com 1,5 kg ;
  • 150 gr de toucinho ;
  • 40 gr de banha ;
  • 6 dentes de alho ;
  • Um limão ;
  • Uma cebola ;
  • Uma folha de louro ;
  • Uma colher (café) de colorau ;
  • 1 dl de vinho branco ;
  • 0,5 dl azeite ;
  • Sal ;
  • Pimenta ;
  • Piripiri.
Confecção: 
1.   Limpe a carne de peles e gorduras e faça-lhe três cortes medianamente fundos.
2.   Tempere-a com sal, pimenta, colorau e piripiri.
3.   Nos cortes que efectuou meta dois dentes de alho esmigalhados. 
4.   Coloque num tabuleiro e regue com o azeite, sumo do limão e vinho. 
5.   Adicione a banha, a folha de louro, o toucinho cortado em tiras e a cebola aos quartos.
6.   Leve a assar em forno quente tendo o cuidado de vigiar e ir regando com o molho ( se necessário acrescentar um pouco de água ).
7.   Serve-se com batatas assadas e salada.
  • Artesanato:
Tapeçaria e cestaria em vime

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