terça-feira, 27 de março de 2012

FREGUESIA DE LAGOA





REGIÃO              ALGARVE
SUB REGIÃO      ALGARVE
DISTRITO           FARO
CIDADE             LAGOA
FREGUESIA       LAGOA 

BRASÃO
Escudo de verde, cacho de uvas folhado e com seu engaço de ouro e uma infusa de prata alinhados em faixa; em chefe, estrela de oito pontas de ouro, carregada com uma vela acesa de vermelho; ponta ondeada de prata azul. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro em maiùsculas: freguesia de lagoa.

MEMÓRIA DESCRITIVA DO BRASÃO:
§  O escudo em verde representa a agricultura, actividade económica com fortes tradições na economia da freguesia ao longo de séculos.
§  A Vela de Ouro com Chama de vermelho, simboliza e representa as fábricas de velas de cera, que existiam na freguesia.
§  Um cacho de uvas folhado e com o seu engaço de ouro, a simbolizar a produção vitivinícola, dando origem aos afamados Vinhos de Lagoa.
§  A Infusa de prata, simboliza ás fabricas de olaria.
§  Ponta ondeada de prata azul, que representa as lagoas que secaram, e das quais provem o nome da Cidade.
§  Listel branco com as palavras freguesia de lagoa.
§  Coroa mural de três torres, que representa a freguesia
§  Ponta ondeada de prata azul, que representa as lagoas, que deram o nome da hoje, mais jovem cidade algarvia.

ESTANDARTE:
Amarela, cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.


SELO:
Nos termos da Lei, com a legenda: junta de freguesia de lagoa.

BANDEIRA:
Bandeira lisa, de amarelo. Que provem da côr da Vela e do cacho de uvas.
históRIA
Freguesia de Lagoa é uma das seis freguesias do concelho, tem como sede a Cidade de Lagoa que também é sede do concelho, localiza-se no centro do mesmo tem a limita-la as freguesia de Porches a Nascente, Carvoeiro a Sudoeste e Poente, Estômbar a Poente todas estas do mesmo concelho, a Freguesia de Silves do concelho de Silves a Norte, e o Oceano Atlântico a Sul. A Sua área territorial administrativa é de 25,2 Km2 ou seja 28,31% da área do seu concelho.

A sua sede, a cidade de Lagoa, também é sede de concelho com o mesmo nome, dista 8 Km da Cidade de Portimão, 8 Km da Cidade de Silves, 10 Km da Vila de Armação de Pêra e 5 Km da Costa marítima ( Oceano atlântico ).

Lagoa insere-se numa área de formações pré-jurássicas que engloba composições diversas como margas, areias, cascalhes e planícies aluviais, sem um relevo marcado por grandes acidentes ou por superfícies pedregosas. A jovem Cidade assenta numa planície sobre rochas brandas e calcário do miocénio, bem como barros vermelhos de onde terão surgido as primeiras construções de taipa.

A Freguesia de Lagoa está inserida, hoje num dos concelhos do Algarve onde o progresso cresce de dia para dia, em conjunto com as suas restantes freguesias, Carvoeiro, Estômbar, Porches, Parchal e Ferragudo, são as peças do puzzle desse progresso que se iniciou muito concretamente a 16 de Janeiro de 1793, quando foi criado o Concelho, por alvará de D. José I, desmembrando-se de Silves.

A Freguesia de Lagoa estende-se por uma área de 25,2 km2 dos 89 Km2 que representa a área territorial do concelho, Além da Cidade sede, os principais aglomerados populacionais são Benagil, Caramujeira, Lombos, Loubite, Poço Partido, Salicos, Torrinha e Vale d’el Rei

.
O nome da hoje Cidade que é sede de Freguesia terá surgido com o primitivo aglomerado populacional que nasceu em redor de um lago ou de uma lagoa. Secaram-se os pântanos e os charcos para fazer nascer mais habitações e os férteis campos; a população fixou-se, conheceu os povos que se instalaram no Algarve, conheceu o império muçulmano e coabitou com os castelos vizinhos de Estômbar, Porches e Silves; viu as terras árabes serem integradas no reino de Portugal pela espada de D. Paio Peres Correia e dos cavaleiros de Santiago, entre 1242 e 1246.

O simples e humilde “lugar” de Lagoa ficou então integrado no termo de Silves. As propriedades desenvolviam-se e cresciam; o próprio rei não abdicava destas terras e era senhor de um vasto património rústico que entregava aos seus vassalos e locatários. Mas muitos dos locatários desses figueirais e das vinhas, nomeadamente de Lobite, eram mouros livres que por ali ficaram após a reconquista cristã.

No século XIV, cristãos e mouros partilhavam as terras, as figueiras, as searas e as vinhas; coziam o pão nos fornos do rei. Nas terras de Loubite, a caça abundava, desde animais de pequeno porte como o coelho até ao veado. Parece mentira, mas numa época, afinal não muito distante, havia veados em Lagoa.







PRE HISTORICO CLASSICO



Há muita coisa que “não se vê” em Lagoa, mas que faz parte integrante da memória colectiva através do seu passado mais remoto. 
Trata-se de vestígios únicos e riquíssimos que projectam a Freguesia para outros campos, longe da popularidade, mas na elevação da antiguidade de uma terra de valores infindáveis. 


Salientamos, nesses aspectos, as praias plistocénicas, com vestígios dos Períodos paleolítico, epipaleolítico e neolítico, como as jazidas de Benagil e da Marinha; os arqueosítios das mesmas épocas, como a Torrinha, Lobite, Bemposta, Lombos, Monte da Fazenda e Caramujeira. Neste local, conhecido pela sua casta vinícola, tal como na zona de Bemparece, os testemunhos históricos estendem-se à Idade dos Metais.


 Na Caramujeira foram encontrados alguns dos mais belos exemplares de menires fálicos do Neolítico. Os menires repetem-se no sítio do Mato Pinheiro, destacando-se o exemplar que está exposto no jardim do Convento de S. José em Lagoa.
MARCAS SECULARES



As marcas históricas de Lagoa não terminam aqui. Num ou noutro edifício, sem grande dificuldade, podemos encontrar a encimar as frontarias e as platibandas estatuetas religiosas ou profanas de pequeno porte. Com mais facilidade encontramos pequenos pormenores sacros criteriosamente escolhidos para enfeitar as fachadas e as ombreiras, santos protectores em azulejos, sempre com o condão de anjo da guarda, sempre com a missão de intermediários entre Deus e os homens, sempre com o papel da protecção divina. São marcas da profunda religiosidade das gentes Lagoenses, no respeito e na fé.


O mesmo respeito continua na arquitectura da agora jovem cidade algarvia, na genuinidade da sua área mais antiga que podia constituir um autêntico centro histórico, demarcado naturalmente pelas antigas casas térreas, com portas manuelinas, das quais se destaca, entre outras, a casa da rua Pinheiro Chagas, com a sua curiosa porta de arestas chanfradas com a verga decorada com gomos.

Mas também as casas senhoriais e os belíssimos sobrados das Idades Moderna e Contemporânea sobreviveram até aos nossos dias, como são disso exemplo a Casa Pessanha ou a Casa Júdice Ferreira e outras. Admirada nos seus valores, até a nova imagem da Rua 25 de Abril, a grande aposta pedonal da jovem Cidade, está plenamente enquadrada no conjunto e dá-lhe mais vida.



ARTESANATO

O artesanato, também antiquíssimo, encontra novos ventos. Recuperam-se costumes e dá-se continuidade ao genuíno artesão Lagoense, quer pelos “mestres” que resistem isoladamente, quer pela escola de artesanato em franca expansão.
AGRICULTURA


A agricultura encontrou, é sabido, os entraves com que o Algarve da segunda metade deste século foi confrontado. Mas se por um lado a agricultura produz, ainda que timidamente, e se a Adega Cooperativa e os vinhos de Lagoa já conheceram melhores dias, a produção vinícola não deixa de existir, como também os citrinos e a floricultura, que encontram nesta Freguesia o seu espaço.
De qualquer modo, a produção do vinho tem sido relevante e tem contribuído para o desenvolvimento da Freguesia, que continua a ser uma terra de vinho, que leva (tal como no folclore) o nome do Algarve a todo o País.


PRAIAS E BELEZAS NATURAIS

A

 freguesia de Lagoa mantém na sua área administrativa, excelentes praias, nomeadamente as de Benagil e Marinha, de águas límpidas e mornas, de finas areias douradas. Além dessas, ainda podemos encontrar a Praia do Barranquinho e outras cujo acesso só é possível por mar, o que as faz mais raras, como são exemplo disso as praias do Pau, da Malhada do Baraço e Corredoura.


 lém das praias, outros atractivos naturais encantam os que se apaixonam pela costa rendilhada de Lagoa, como a Furna do Barco, cavidade natural entre a Praia do Carvalho e Benagil; a Furna da Malhada do Baraço, na arriba litoral a nascente da Praia da Marinha (com uma nascente de água doce), o Algar Raivoso, outra bela cavidade natural a poente da Praia da Marinha.

GASTRONOMIA
COZIDO
Ingredientes:
Carne de vaca
Entremeada
Sal
Frango
Chouriço (linguiça, nos Açores?)
Chouriço mouro
Repolho
Cenouras
Batatas
Batatas doces
Couve
Modo de Preparo
1.   No fundo de uma panela grande coloca-se carne de vaca com gordura e entremeada, tudo em pedaços grandes, temperados com sal.
2.   Por cima, coloca-se o frango com pele e o chouriço
3.   Acrescenta-se bastante repolho cortado em quartos.
4.   Junte as cenouras, descascadas mas inteiras, batatas-doces descascadas e em pedaços grandes e batatas descascadas também inteiras (de tamanho médio).
5.   Por cima coloca-se o chouriço mouro enrolado em couve, para não rebentar.
6.   Tapa-se a panela e ata-se muito bem.
7.   Coloca-se a cozer e depois de cozido
Coloca-se as carnes numa travessa, os vegetais noutra e sirva.
 















































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