sexta-feira, 9 de março de 2012

FREGUESIA DE ODIAXERE



REGIÃO             ALGARVE
SUB REGIÃO      ALGARVE
DISTRITO           FARO
CIDADE             LAGOS
FREGUESIA       ODIÁXERE




Brasão: 
Escudo de prata, uma pala ondada de azul, nascente de campanha diminuta do mesmo e acompanhada de um crescente de vermelho, à dextra e de armação de moinho de negro, vestida e cordoada de vermelho, à sinistra. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «ODIÁXERE».

Bandeira: 

Esquartelada de azul e branco. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.
Selo: 
Nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Odiáxere - Lagos».

HISTORIA



Odiáxere é uma das freguesias do concelho de Lagos e encontra-se limitada a Norte pela Barragem da Bravura, a Oeste, pela freguesia de Bensafrim, a Este, pela freguesia de Mexilhoeira Grande e a Sul, pela ria de Alvor (Meia Praia).
 Odiáxere possui uma área de 31,25 Km2. No que toca ao topónimo de Odiáxere são várias as hipóteses interpretativas entre os teóricos. 
Ao longo da História, o topónimo foi sofrendo algumas modificações. 
A designação mais remota parece ser Odiáxere, que coexiste umas vezes com a designação de Diáxere e já no século XVII-XVIII com a designação de Nossa Senhora da Conceição de Odiáxere. Segundo alguns linguistas, a forma correcta deve ser Odiáxere, designação que mantém actualmente.
 A origem do topónimo revela a presença árabe na Península Ibérica e uma referência à água, pois “odi” significa rio.
 Na opinião de Estácio Veiga ( Séc. XIX), Odiáxere possui elementos arqueológicos datados de vários milénios, como o confirmam alguns achados. Com base no estudo monográfico da localidade, José António de Jesus Martins afirma, 
“ Temos conhecimento de muitos vestígios de várias antiguidades de Odiáxere, situadas na proximidade das margens da sua ribeira. Ali apareceram muitos instrumentos lícitos e diversas sepulturas. Em finais do século XIX, no lugar do Chocalho encontraram-se sepulturas quase quadrangulares constituídas por lajes em forma de caixa sem alinhamento. Encontraram-se também pedaços de ossos e uma tigela de barro grosseiro. Numa palavra, podemos dizer que se encontraram achados neolíticos isolados. Da idade do Bronze foram encontradas sepulturas isoladas com inumação. Através da documentação consultada encontramos referências ao aparecimento de celeiros subterrâneos denominados “Tulhas”, silos ou matmores. (...) A partir do momento em que a localidade cresce, aparecem estruturas tipicamente rurais cujos vestígios não são passíveis de assinalar no momento presente. No nível da estrutura central da localidade encontramos um templo de características tipicamente muçulmanas que mais tarde se converteria num templo cristão. As suas origens não são especificamente datáveis, mas a estrutura observada não nos deixa quaisquer dúvidas da sua origem árabe. Após a reconquista cristã o templo árabe é reconvertido ao domínio cristão, à dimensão político-social da ordem do catolicismo imperante no Portugal de Trezentos. Será este templo cristão que possuirá, no século XVI, um dos mais belos Arcos jamais existentes no Algarve e em todo o país.”
Odiáxere tem como Padroeira Nossa Senhora da Conceição. O dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi proclamado pelo Papa Pio IX, em 1854, com a bula Ineffabilis. Em Portugal, o culto foi oficializado por Dom João IV, primeiro rei da dinastia de Bragança, que fora aclamado a 1 de Dezembro de 1640, aquando do início da festa da Imaculada Conceição. Seis anos depois, com a aprovação das Cortes de Lisboa, o rei dedicou à Virgem Imaculada o reino português. 










O solar da padroeira é Vila Viçosa, que deu seu nome a uma ordem honorífica instituída por Dom João VI em 1818, com a denominação de Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.




PATRIMONIO


E um edifício religioso localizado no Concelho de Lagos, em Portugal.
O edifício apresenta uma arquitectura predominantemente barroca, com um portal principal, de estilo manuelino, formando um arco pleno de intradorso, decorado por motivos entrelaçados; a bandeira do arco é totalmente ocupada por um cairel.[1]


O corpo, de nave única, é de forma rectangular, com uma cabeceira quadrangular. Na parede de fundo, encontra-se um arco triunfal pleno, ladeado por dois altares, enquanto que a capela-mor, com um tecto de madeira formando um perfil de abóbada de berço, ostenta um retábulo em talha dourada, ladeado por colunas salomónicas.[1]
Localização
 A igreja localiza-se ao longo da Rua de São João e do Largo da Liberdade, no centro da localidade de Odiáxere.[2]
Classificação e protecção
Este monumento encontra-se classificado, segundo o Decreto n.º 2/96, DR n.º 56, de 6 de Março de 1996, como Imóvel de Interesse Público.[3]
História
A igreja foi construída entre os Séculos XV-XVI, tendo sofrido, em 1677, obras de ampliação e remodelação no interior; o revestimento de azulejaria foi colocado nesta altura. Na primeira metade do Século XVIII, foi construído o retábulo e alguns silhares de azulejos, e, no Século XIX, o edifício sofreu, de novo, modificações, tendo sido reconstruída a torre sineira, e a fachada foi alterada.

FORTE DA MEIA PRAIA

Forte da segunda metade do séc. XVII, construído por ordem de D. Nuno da Câmara, Conde de Pontével, enquanto Governador do Algarve. Fica isolado, no cimo de um pequeno monte, no extenso areal da Meia Praia e junto à orla marítima.

O terramoto de 1755 causou desmoronamentos em diversas zonas do forte, tendo servido como Posto da Guarda-Fiscal até entrar em decadência.
O forte está abandonado e permite que se entre no seu interior. No terraço, a vista sobre a baia e a Praia de S. Roque (chamada meia-praia) é soberba.
O forte, este pedaço indelével da nossa história, é um dos exemplos da incúria e do pouco respeito que as entidades oficiais reservam ao nosso património colectivo! Este edifício está degradado, vandalizado e apesar de ser propriedade pública, num local com manifesto interesse turístico, está votado ao abandono.

RIA DO ALVOR
A Ria de Alvor localiza-se no barlavento algarvio, entre as cidades de Portimão e Lagos. Forma um amplo e complexo sistema estuarino, para o qual drenam as ribeiras de Odeáxere e Arão, a poente; e as ribeiras do Farelo e Torre, a nascente, com origem nas Serras de Monchique e Espinhaço de Cão. 

A zona lagunar encontra-se separada e protegida do mar por duas línguas de areia, a Praia de Alvor a nascente e a Meia-Praia a poente, rodeando dois promontórios, a Quinta da Rocha e a Abicada. 
Para quem vem de Lisboa, seguir pela A2 e depois pela A22, saindo no nó de Alvor. 


Para chegar à Quinta da Rocha, na EN125, no cruzamento da Mexilhoeira Grande – vila situada entre as cidades de Portimão e Lagos – virar para Sul, 150 metros mais à frente atravessar a passagem de nível e seguir em frente, cerca de 2,5 km, até chegar junto do sapal e estuário.



Aqui pode-se deixar o carro e explorar a pé o dique. No caso de querer explorar a Ria de Alvor a partir do sistema dunar deverá tomar a direcção de Alvor. Aqui chegado, deixar o carro na zona ribeirinha e seguir a pé entre o sistema dunar e o estuário/sapal até ao molhe e regressar pela praia.
Atravessam-se campos agrícolas, grande parte abandonados, dominadas por culturas de pequena dimensão compostas por amendoeiras, oliveiras, alfarrobeiras, romãzeiras, marmeleiros e figueiras, bem como alguns pequenos pomares de citrinos e baldios.

 Os seus 1700 hectares compreendem o estuário, dunas, sapais e salinas, bem como as penínsulas da Quinta da Rocha e da Abicada com os seus habitats mistos de mato, floresta e agricultura. 
Foi designada sítio da rede Natura 2000 devido à presença de espécies e habitats prioritários, a nível europeu. Apesar de ser uma zona relativamente pequena no âmbito da Rede Natura 2000 em Portugal, deve ser reconhecido à Ria de Alvor o seu elevado valor intrínseco, em termos de biodiversidade:  
 a existência de 19 habitats de interesse comunitário, incluindo três habitats prioritários (lagunas costeiras; estepes salgadas mediterrânicas; dunas fixas com vegetação herbácea);

 - 6 espécies, incluindo uma espécie de conservação prioritária;

- 290 espécies de aves, mais de 500 espécies de plantas vasculares, mais de 500 espécies de mariposas (incluindo 275 espécies de macromariposas), 75 espécies de borboletas, 200 espécies de coleópteros e  104 espécies de ictiofauna.  
 É a mais importante zona húmida do barlavento algarvio e constitui a última zona verde não desenvolvida em termos urbanísticos desta frente marítima. Constitui um importantíssimo ponto de passagem ornitológico do corredor migratório Atlântico-Este.

 A Ria de Alvor é uma zona pequena com delicados equilíbrios ambientais, mas muito valiosa como catalisador para um turismo de qualidade de enorme potencial económico para todo o Algarve.  
Os sapais da Ria de Alvor são frequentados por diversas espécies de limícolas, que aqui se alimentam durante a preia-mar. É fácil observar fringilídeos (pintassilgo, chamariz, verdilhão, pintarroxo) e ainda trigueirão, pega-azul, poupa e, na época de nidificação, durante o dia no topo de um poste telefónico ou casa em ruínas, o mocho-galego.

 Nas áreas de pastagem, a acompanhar o gado bovino ou caprino, temos garças-boieiras. No Verão, o abelharuco e as diferentes andorinhas mostram sua beleza e agilidade.  
Raridades:

 Ganso-de-faces-pretas, pato-ferrugíneo, eider, pato-de-cauda-afilada, tarambola-americana, abibe-sociável, pilrito-semipalmado, pilrito-de-uropígio-branco, pilrito-de-colete, perna-verde-fino, maçarico-solitário, maçarico-sovela, moleiro-rabilongo, gaivota-de-bico-fino, gaivota-de-bico-riscado, garajau-real,andorinhão-pequeno, petinha de Richard, chasco-de-barrete-branco, felosa-agrícola, felosa-icterina, felosa-bilistada, escrevedeira-rústica.  
Nos campos agrícolas, durante a migração outonal é possível observar o movimento de centenas de passeriformes que procuram áreas de repouso e alimentação durante esta epopeia que é a migração.

Destacam-se como migradores de passagem chasco-cinzento, rouxinol-pequeno-dos-caniços, felosa-poliglota, felosa-das-figueiras, toutinegra-de-barrete-preto, felosa-comum, papa-moscas-cinzento, papa-moscas-preto, bem como outras espécies de felosas.

No Inverno é comum observar alvéola-branca, pisco-de-peito-ruivo e rabirruivo-preto. Ao longo do ano, para além das aves associadas a campos agrícolas, é possível encontrar o alcaravão.  
Na área de sapal pode-se observar flamingo, garça-real, garça-branca-pequena, maçarico-de-bico-direito, borrelho-de-coleira-interrompida, borrelho-grande-de-coleira, pernilongo, cotovia-de-poupa e muitas outras aves limícolas.

Na laguna, durante a maré vazia, as gaivotas-argênteas descansam nos bancos de areia a descoberto. Entre elas há sempre a oportunidade de ver outras espécies de aves como o corvo-marinho-de-faces-brancas, o ostraceiro, o pilrito-das-praias, o garajau-comum e o garajau-grande.

Na época de nidificação, a andorinha-do-mar-anã encontra nesta área um local privilegiado de alimentação, nidificando no sistema dunar que separa a ria do mar.  
Junto às salinas, nos bancos de vasa e sapal que se encontram na ribeira de Odiáxere, a presença do maçarico-galego, da rola-do-mar e da tarambola-cinzenta não passa despercebido. Aqui, e ao longo dos diques, durante os meses de Inverno, esconde-se o pisco-de-peito-azul.

No Verão a alvéola-amarela mostra os seus voos graciosos nas áreas interiores de sapal.
Gastronomia
Camarões ao Alho
Ingredientes
·         6 colheres (sopa) manteiga ou margarina
·         1 colher (sopa) de cebola verde picada
·         1 colher (sopa) de azeite de oliva, óleo para salada
·         4 a 5 dentes de alho amassados, picados
·         2 colheres (chá) de suco de limão
·         1/2 colher (chá) de sal
·         350 g de camarão cru com casca
·         2 colheres de salsa picada
·         1/4 de colher (chá) de casca de limão ralada
·         Tempero líquido de pimenta malagueta
·         Pedaços de limão
Modo de Preparo
  1. Em uma frigideira, em fogo médio, derreta a manteiga
  2. Misture a cebola, o óleo, o alho, o suco de limão e o sal
  3. Cozinhe até começar a borbulhar
  4. Junte o camarão e cozinhe, mexendo ocasionalmente, até o camarão tornar-se rosado (cerca de 5 minutos)
  5. Adicione a salsa, a casca de limão e o tempero de pimenta malagueta
Coloque no prato em que vai ser servido e enfeite com pedaços de limão



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