REGIÃO CENTRO
SUB REGIÃO BAIXO MONDEGO
DISTRITO COIMBRA
CIDADE FIGUEIRA DA FOZ
FREGUESIA PAIÃO
BRASÃO
Escudo verde com uma lira de prata tendo em chefe duas tesouras abertas de ouro e, em campanha um arado do mesmo.Coroa mural de prata de quatro torres.Listel branco com a legenda a negro “ PAIÃO”
BANDEIRA
Esquartelada de branco e verde.Cordão e borlas de prata verde. Haste e lança de ouro.
SELO
Nos termos da Lei , com a legenda :
«Junta de Freguesia de Paião - Figueira da Foz»
HISTORIA
Localidade situada aproximadamente a treze quilómetros da sede de concelho, é conhecida como “A TERRA DOS ALFAIATES”, por ter sido a actividade dominante em outros tempos. Hoje em dia, a alfaiataria praticamente desapareceu, devido à preferência pelo pronto-a-vestir.
A esta freguesia pertencem os lugares de Seiça, Casal Novo, Vales, Copeiro, Outeiro, Vale Vendeiro, Telhada, Aceiçó e parte do Casal Verde. Desconhece-se a origem do topónimo Paião, apontando o dicionário para os seguintes significados possíveis: “peixe da costa de Portugal”; “lugar semeado de brunhos ou brunho”, “olho marinho” ou “polegão”.
Pensa-se que a freguesia do Paião tenha sido criada entre os anos de 1601-1607, pois em documentos anteriores a 1600 não há registos comprovativos da sua existência.
Paião foi noutros tempos uma ordem de vigários que estavam ligadas ao Mosteiro de Santa Clara de Coimbra.
Santa Luzia de Lavos e o Paião formavam um só concelho, que viria a pertencer a Montemor-o-Velho; este é extinto em 1853.
A 30 de Junho de 1989, a povoação foi elevada a vila.
Entre os motivos de interesse existentes na sede de freguesia, encontra-se a IGREJA PAROQUIAL, sendo o seu orago Nossa Senhora do Ó. Trata-se de uma Igreja moderna, construída em 1905. No seu interior, uma lápide assinala o início da construção: 2 de Fevereiro de 1896.
A maioria das imagens é recente, excepto a de S. João Baptista e a de S. António, datadas do século XVII.
Quase no centro da povoação, pode-se apreciar uma capela-nicho, com um arco reaproveitado, provavelmente do século XV.
Como se sabe, esta é uma zona de património arquitectónico bastante rico.
Para além dos monumentos já citados, merece referência a FONTE DE S. JOÃO, reconstruída há pouco tempo.
Também o espaço circundante foi arranjado de maneira a criar condições propícias e agradáveis para os visitantes poderem usufruir de uma bela vista panorâmica, que abarca até à Figueira da Foz.
A alguns quilómetros do Paião, encontra-se a CAPELA DE NOSSA SENHORA DE SEIÇA. Construída no ano de 850 pelo Abade João, seria reconstruída no reinado de D. Afonso Henriques ou de D. Sancho I, mais tarde pelos religiosos do mosteiro no ano de 1602. É uma capela invulgar devido à planta octogonal, cercada por colunas dóricas, de pedra. Na porta principal, está inscrita a data de reconstrução, 1602. Dentro, uma lápida que regista os passos do célebre abade, contra os mouros.
As cenas principais da lenda, estão relacionadas com o cerco do castelo de Montemor-o-Velho pelos mouros: degolação de mulheres e crianças; o combate com os mouros; a notícia da ressurreição dos degolados; a queda do criado de D. Afonso Henriques e a sua cura e por fim o ermitão e o rei dando a sua palavra em como fundaria o Mosteiro de Santa Maria de Seiça.
Como últimas referências ao interior da capela, realça-se uma Virgem com o Menino em calcário, do século XIV e os azulejos, de D. Maria, que revestem a parte inferior das paredes e são atribuídos à oficina de Sousa Carvalho de Coimbra.
A remodelação do século XVIII incidiu principalmente sobre a parte mais alta do edifício, com abertura de cinco janelas na frontaria e na porta lateral, onde se introduziram os ditos azulejos, o retábulo e as telas.
Deixando a templo, alguns metros adiante, o visitante depara-se com o grandioso e degradado Mosteiro de Santa Maria de Seiça, hoje pertença de uma entidade privada, à família Carriço.
Foi mandado edificar pelo primeiro monarca português, que morreu antes da obra estar finalizada. Seu filho, D. Sancho I, deu continuidade à construção que, depois de inaugurada, acolheu os frades de Lorvão, da ordem de São Bento, tendo como abade D. Payo Égas (em 1175) e, mais tarde, os da ordem de São Bernardo, que lá permaneceram até à extinção das ordens religiosas.
Uma reedificação do século XVII acrescentou duas capelas laterais à igreja, constituída por uma só nave.
Em tempos mais próximos, a degradação apoderou-se do Mosteiro, que viria mesmo a ser autorizado como fábrica de descasque de arroz. Na fachada, evidenciam-se duas torres sineiras e, na parte intermédia da frontaria, três pilastras.
Em relação a estes monumentos, existe uma lenda contada por Frei Agostinho de Santa Maria no “Santuário Marino”. Diz ela que, correndo o ano de 1160, encontrando-se D. Afonso Henriques em Coimbra, foi vítima de alguns “achaques”, pelo que, a conselho dos médicos, desceu ao longo do rio Mondego, com o objectivo de chegar ao mar, e banhar-se nas suas águas.
Sendo estes sítios que bordejam o Mondego de grande beleza e paz, consta que o rei se sentiu tão aliviado de seus males que, quando chegou à praia, se encontrava já refeito de seus padecimentos.
Muito religioso, sabe-se que o rei, ao saber da existência de uma ermida dedicada a Nossa Senhora, quis ir rezar nela.
Aconteceu que um seu cavaleiro, ao pretender caçar uma lebre que se levantara diante dos seus pés, caíu como morto. Conduzido para a ermida, a fim de ali ser enterrado, logo que o corpo tocou o chão, levantou-se curado. Dando graças à Senhora, prometeu logo ali que entregaria a sua vida ao rei, e que viveria e morreria naquela ermida.
À vista de tal milagre, consta que D. Afonso decidiu fundar aí um convento de monges.
Como já se referiu, a actividade principal desta localidade era a alfaiataria. Hoje, restam sete alfaiates, tendo, em seu lugar, surgido duas fábricas de confecções. A actividade económica diversificou-se: telecomunicações, hotelaria, carpintaria, ramo automóvel. O sector industrial proporciona mais de mil postos de trabalho, sendo responsável pelo declínio da actividade agrícola. Curioso é o facto de nas povoações vizinhas acontecer precisamente o contrário.
As principais carências situam-se ao nível das infra-estruturas e dos acessos.
É na sede de freguesia que se situa o maior aglomerado populacional, tendo saneamento básico mais de oitenta por cento da vila.
As festas mais relevantes da freguesia são as que se realizam em honra de Nossa Senhora do Ó, a padroeira, no dia 8 de Dezembro, e de Nossa Senhora de Seiça, no dia 15 de Agosto, nesta última havendo lugar a uma feira.
A pensar no convívio social, fundou-se há cinquenta anos o GIRP, que organiza dois bailes por ano, entre outras actividades.
Para além desta colectividade existe ainda a S.F.P. (Sociedade Filarmónica Paionense), fundada em 1858. Como o próprio nome indica, dedica-se à formação musical, nomeadamente dos jovens.
Refira-se também o Rancho das Camélias, nascido em 1946, que teve como principal impulsionador Mestre Oleiro. Ao ver-se este rancho a actuar, nota-se que as suas danças e cantares retratam ainda a influência do seu fundador.
já alguns anos que organiza um festival de folclore, no Verão, por onde têm passado grupos nacionais e internacionais de grande qualidade.
Para além desta colectividade existe ainda a S.F.P. (Sociedade Filarmónica Paionense), fundada em 1858. Como o próprio nome indica, dedica-se à formação musical, nomeadamente dos jovens.
Refira-se também o Rancho das Camélias, nascido em 1946, que teve como principal impulsionador Mestre Oleiro. Ao ver-se este rancho a actuar, nota-se que as suas danças e cantares retratam ainda a influência do seu fundador.
já alguns anos que organiza um festival de folclore, no Verão, por onde têm passado grupos nacionais e internacionais de grande qualidade.
PATRIMONIO
CAPELA DOS SANTINHOS
Nos dias 1, 2 e 3 de Julho ocorreu neste lugar a “Festa dos Santinhos”, como habitualmente, organizada pela Comissão. É uma capelinha muito antiga e onde se encontram as imagens de Jesus Cristo Crucificado, Nossa Senhora das Dores, S. João e S. Sebastião, a Senhora da Solidariedade e uma cabeça de S. João Baptista.
Esta Igreja é o templo católico, onde todos os Domingos se reúne a população para a eucaristia. A sua construção teve início a 2 de Fevereiro de 1896.
Esta fonte é uma das muitas que temos na Freguesia do Paião.
Apesar de por vezes estar um pouco degradada e ao abandono, é sempre bom darmos importância ao nosso património. Este ano, nos dias 16 e 17 de Julho, realizar-se-á lá a Festa das Fontes.
Em 2005 foi inaugurada esta estátua em homenagem ao alfaiate do Paião, da autoria do escultor Mário Nunes.
O quartel dos bombeiros funciona numa das antigas escolas primárias do Paião.
Localizada no lugar de Copeiro, a cerca de 1 Km do Paião. A original é muito antiga.
Construída no ano de 850. Ainda existem pessoas que vão assistir a cerimónias, que continuam a ser aqui celebradas, essencialmente a 15 de Agosto, data da Feira de Ano, uma das feiras mais antigas do distrito de Coimbra e que, apesar de ser um local ermo, continua a ser uma festa de grande importância para a freguesia do Paião.
O Mosteiro de Santa Maria de Seiça encontra-se há muito tempo num elevado estado de degradação e à mercê de vandalismo.
A fachada do Mosteiro, com 800 anos, está bastante degradada e ameaça ruir a qualquer momento.
É preciso salvar o Mosteiro de Santa Maria de Seiça, que remonta às origens do país. Doutra forma, perder-se-á definitivamente património de valor histórico incalculável.
Esta fonte, juntamente com a de São João, faz parte do grupo das várias fontes que pertencem ao Paião. Como se pode ver, data de 1965.
A Sociedade Filarmónica Paionense, que já tem 153 anos, além da banda, que participa em diversas festas religiosas e outras, dinamiza também vários eventos ao longo do ano, como o BTT, o Grupo H2O, o Grupo de Expressões, etc.
Esta é a sede da Junta de Freguesia, actualmente dirigida pelo Sr. Presidente Paulo Pinto.
Este restaurante é uma antiga fábrica de curtumes, é um espaço agradável, onde se tem ao dispor cozinha tradicional portuguesa e onde é famosa a sopa da pedra.
Gastronomia
INGREDIENTES:
§ Galinha do campo - 1
§ Alho - 4 dentes
§ Tiras de toucinho - q.b.
§ Salsa - 1 ramo
§ Pimenta, Sal e Colorau - q.b.
§ Manteiga - 50 gr
§ Margarina - 90 gr
§ Cebolas médias - 2
§ Cravinho - 1 cabeça (dispensável)
§ Vinho branco - 1 decilitro
PREPARAÇÃO:
1 - Barre a galinha com uma pasta formada com o alho pisado, o sal, a manteiga e a margarina, e coloque-a numa caçarola de barro.
2 - Guarneça o peito da ave com as tiras de toucinho, presas com palitos.
2 - Guarneça o peito da ave com as tiras de toucinho, presas com palitos.
3 - Junte a cebola cortada aos quartos, a salsa, o cravinho e os outros temperos.
4 - Regue com o vinho branco e leve ao forno.
5 - Vire de vez em quando, para alourar por igual.
6 - Deixe cozer e apurar bem.
7 - Sirva com legumes salteados ou com batatas pequenas, redondas, assadas com a galinha.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPaião é a terra onde nasceu o meu avô materno e minha mãe e quatro dos cinco tios maternos. O meu chamava-se David Teixeira Dias e foi médico de clínica geral durante mais de 40 anos.
ResponderExcluirPaião é a terra dos meus pais e sogros: a minha mãe, a Lucilia Vaz, o meu pai Fernando "Bento" (Rascão), a minha sogra, a adorável Maria Alice Costa, o meu sogro, Olívio de Carvalho. Dos 4, cá na Terra, só a minha mãe com 93 anos, quase 94. Bem.
ResponderExcluirVivendo perto da capital, passei a minha infãncia e juventude na então aldeia do Paião, em tudo o que era férias! A bicleta era escapada para tudo o que era sítio: Carvalhais, Lavos, Leirosa....
ResponderExcluirO Dr. Teixeira tratou-me muitas vezes e é memorável a designação com que o "baptizei" muito pequenina:" O Doutor Sabeu".
ResponderExcluirHistórias que não acabam mais e que marcaram e com que continuo a conviver com o maior dos prazeres!
Desculpe a minha pergunta que espero não ser inconveniente.
ResponderExcluirA razão pela qual quando era criança e tratava o meu avõ David por o Doutor Sabeu ?