sábado, 10 de dezembro de 2011

FREGUESIA DE AIRÃES



REGIÃO             NORTE
SUB REGIÃO     TAMEGA
DISTRITO          PORTO
CIDADE             FELGUEIRAS
FREGUESIA       AIRÃES

HERALDICA



Brasão: 
Escudo de ouro, faixa de azul adamascada de prata e realçada de negro, acompanhada de uma cruz da Ordem de Cristo e de um morrião de negro, realçado de prata e emplumado de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "AIRÃES - FELGUEIRAS".


Bandeira: 
Azul. Cordão e borlas de ouro e azul. Haste e lança de ouro.

Selo: 
Nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Airães- Felgueiras".


História 
O nome Airães provém de Arianis, genitivo de Arias. Refere-se a D. Arias Nunes, bispo de Dume no século X e filho de D. Hermenegildo Guterres, conde portucalense.
A história da freguesia está interligada à sua igreja, fundada no século X, possivelmente pelo referido Arias Nunes, ou por Ariane, filho de D. Mumadona, a quem pertenceu. 
Nas Inquirições de 1221 a igreja surgia nomeada como ecclesia de Araes, no julgado de Felgueiras. Em 1394, passou a pertencer à Ordem de Avis; em 1517 à Ordem de Malta e à de Cristo, da qual foi importante Comenda, vindo entretanto a tornar-se em Igreja Paroquial. Em 1977, obteve a classificação de Monumento Nacional.
 Monumento - Assim sendo, esta freguesia é detentora desse monumento significativo da implantação das construções de estilo românico na região – a igreja de Santa Maria de Airães, classificada como Monumento Nacional, a qual integra o percurso turístico-cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa, como importante exemplar da longa permanência do padrão construtivo da época românica na mesma área geográfica.
 Nela, o aspecto tardio dos capitéis do portal ocidental e das molduras e capitéis da cabeceira indica que a igreja deverá datar do final do século XIII ou do início do século XIV, embora esteja documentada desde 1091. Conforme apontam referências documentais, para a sua existência em finais da primeira centúria do novo milénio, embora seja de 1184 a data hipoteticamente inscrita numa pedra entretanto desaparecida do púlpito, contudo referida nas primeiras décadas de setecentos por Francisco Craesbeeck (1673-1736).
Pormenorizando mais alguns aspectos desta igreja: Na sua caracterização, merece referência especial um conjunto de elementos únicos. O sino-saimão, esculpido em alto-relevo, é um desses pormenores que singularizam o templo. O pórtico é muito sóbrio, elegante e bem proporcionado, sendo que apenas o arco interior é ligeiramente apontado. Outro dos elementos singulares, único em todo o concelho, é o fuste prismático nas duas colunas externas. 
A torre da Igreja, embora manifestamente medieval, é posterior à construção original. Sofreu alterações nos séculos XVII e XIX, dotado de elementos arquitectónicos e gramática decorativa filiados no gótico, remontando a esta mesma campanha de obras o alargamento do seu interior, tendo-lhe sido acrescentadas duas partes, passando de uma a três naves, até que o movimento barroco acrescentou à capela-mor o revestimento com painéis azulejares (ainda que de padrão seiscentista policromos a azul e amarelo,) que podemos observar nos nossos dias, assim como o altar central e sacrário de talha dourada e profusamente decorados com motivos fitomórficos, para além dos próprios retábulos colaterais, executados em talha polícroma, com copiosa decoração composta dos mesmos elementos fitomórficos, a par de concheados. Da primitiva traça conservam-se a cabeceira e a parte central da fachada principal, na qual se inclui o pórtico de quatro arquivoltas.
O seu pórtico tem um arranjo similar aos portais das igrejas de terras vizinhas de São Vicente de Sousa, de S. Salvador do Unhão e de São Pedro de Ferreira. As quatro arquivoltas não apresentam decoração e a forma e dimensão dos capitéis indicam soluções já góticas.
No embasamento da igreja há silhares almofadados, de tipologia romana, que sugerem a existência remota de um antigo edifício, eventualmente um templo paleocristão ou suevo-visigótico.


Outros pontos de referência - Realce ainda para fragmentos do antigo Pelourinho, desmantelado algures no tempo, e para a Ponte de Airães sobre o rio Tresousa (que segue para a vizinha freguesia da Pedreira, sendo portanto um afluente do rio Sousa, cujas águas se juntam depois em S. Cristóvão de Lordelo).



Festividades e Gastronomia –
 A festa de Santo Amaro realiza-se em 15 de Janeiro e a festa de Santa Maria de Airães em 15 de Agosto. Nos dias de festa é usual comer cabrito e vitela assada nos fornos antigos de barro. A festa anual da Nossa Senhora da Padroeira (Santa Maria) a 15 de Agosto, começa por uma missa e procissão e depois há um arraial com ranchos folclóricos e banda de música. 


Tanto a Padroeira (Santa Maria) como Santo Amaro têm grande fama de milagres, especialmente o Santo Amaro a quem as pessoas trazem representações do corpo humano em cera no dia da festa.





VITELA ASSADA

Ingredientes:

1 Kg de carne de vitela (250g por pessoa);
 2,5 dl de óleo de girassol;
 5 dl de azeite;
1 colher de sopa de banha;
4 dentes de alho;
2 folhas de louro;
salsa;
1 colher de sopa de pimentão doce;
sal grosso (de preferência integral).

Preparação:

1.   Antes de iniciar a confecção deste prato acenda o forno à temperatura máxima (250 ºC).
2.    Molhe a peça de carne em água bem fria e tempere-a com sal grosso.
3.   Num almofariz esmague o alho, o piripiri e o pimentão doce.
4.   Depois de bem esmagados junte-lhes o óleo, o azeite, a banha, a salsa e as folhas de louro e barre a carne com este preparado.
5.   Coloque a carne num tabuleiro de ir ao forno que tenha por dimensão interior aproximadamente o tamanho da peça de carne.
6.   Leve ao forno durante uma hora, à temperatura máxima. De vez em quando volte a carne e regue-a com o molho.
Acompanhamento: batatas douradas no forno, arroz e salada.



Rancho Folclórico –
O Rancho Folclórico de Santa Luzia de Airães iniciou a sua actividade em 1983. Iniciou a sua actividade como Rancho Infantil. É assim que, em 18 Agosto de 1987 o mesmo se legaliza por escritura pública no Cartório Notarial de Amarante, destinado à divulgação da música, traje e danças da região. Continuam a prestar um serviço à juventude, mas com mais qualidade servindo também a cultura da região e a sua consequente divulgação. A partir daí, procurou afirmar-se no panorama Folclórico Nacional e regional, apostando na qualidade da reprodução do traje, danças e cantares de tempos mais remotos, com exposição na sua sede.



Cultura e Desporto 


 No aspecto associativo tem a APA – Associação Progresso de Airães, fundada em 1986 e que se dedica ao futebol, estando a sua equipa inscrita no campeonato de Amadores da Associação do Porto. 
Existe ainda também um Grupo de Escuteiros, o “Agrupamento de Escuteiros 1275-Airaes”, criado em 2006 e que tem Santo Amaro por Patrono; como ainda há um conjunto típico de música popular, denominado “Estrelas do Paraíso”, o qual viveu tempos áureos até há alguns anos atrás; 
tal como possui um dos melhores grupos etnográficos do concelho de Felgueiras, o “Rancho Folclórico de Santa Luzia de Airães”, fundado em 1977; e também uma agremiação desportiva de cicloturismo, a chamada “Airães a Pedalar Associação”, cuja actividade teve início em 2006.








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