terça-feira, 27 de dezembro de 2011

FREGUESIA DE JUNCEIRA





REGIÃO                    CENTRO
SUB-REGIÃO            MEDIO TEJO
DISTRITO                 SANTAREM
CIDADE                   TOMAR
FREGUESIA             JUNCEIRA


SÍMBOLOS HERÁLDICOS
Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Publicada no Diário da República, III Série de 28/11/1997

Brasão:
Escudo de ouro, com um fio de prumo com sua noz de negro entre um cacho de uvas de púrpura folhado de verde e um ramo de oliveira de verde frutado de negro; em chefe, cruz da Ordem de Cristo. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro: “JUNCEIRA”.


Bandeira –
De verde, cordões e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.




HISTORIA
A Junceira é uma freguesia do concelho de Tomar e dista cerca de 10 km da asede de concelho.
Ocupa uma área aproximada dos 13,2 km quadrados e conta com uma população de 833 habitantes, aproximadamente.
Esta freguesia foi criada em 5 de Fevereiro de 1570, antes de ser fregusia, era uma vigararia da Ordem de Cristo



Ocupa uma área aproximada dos 13,2 quilómetros quadrados, que compreende os lugares de Balancho, Cardelas, Carril, Casal do Arroz, Celão, Fonte D. João, Hortinha, Junceira, Matacão, Monte Novo, Outeiro Pai Mouro, Paixinha, Poço Redondo e Vales. Os seus limites confinam com as freguesias de Casais, Olalhas, Serra, São Pedro de Tomar e Santa Maria dos Olivais. 

O povoamento da região na qual se integra a actual freguesia de Junceira iniciou-se em épocas remotas, como nos atestam os vestígios arqueológicos que aqui se encontraram ao longo do tempo. 


A criação da freguesia veio a ocorrer apenas no século XVI, no dia 9 de Fevereiro de 1570, como nos informa um documento existente na Torre do Tombo.


PATRIMÓNIO TURÍSTICO










Na área desta freguesia, existiu uma mina de ouro, no lugar de Poço Redondo, que chegou a ser explorada durante o século XX, estando actualmente abandonada.

A Igreja Matriz
da Junceira, reconstruída em 1820, e que apresentava o altar-mor com talha dourada setecentista. Encontravam-se neste templo vários painéis seiscentistas. Os maiores representavam o Chamamento de S. Mateus para a vida apostólica e de degolação do mesmo santo. Com as recentes obras de conservação, esta igreja sofreu alterações ao nível do Altar Mor.
                        Fonte de D. João
                         Ponte romana
Capela de S. Simão
Obelisco
Antigas minas de extracção aurífera
                      Barragem do Carril


     DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL


Actividades Económicas –
Construção Civil, Comercio e Serviços

Área da Saúde:
Duas extensões do Centro de Saúde, uma na sede da freguesia e outra no lugar do Poço Redondo, ambas asseguradas com serviço de enfermagem.

Área Apoio à 3." Idade:
Existe o lar de S. Mateus que apoia cerca de 75 idoso através das valências de lar, apoio domiciliário e centro de dia, dispõem de serviços de médico, enfermagem, fisioterapia e animação sócio-cultural.


 Área da Educação:
Existe Escola Primária e um Jardim de Infância (Junceira), este assegura os tempos Livres e refeições (através da Associação de Pais).

GENERALIDADES
Padroeiro:  


S. Mateus
Festas e Romarias: 
Festa do Padroeiro S. Mateus (1.° Fim de semana de Junho),
Espírito Santo (1.ª Quinzena de Junho e 2.° fim de semana de Setembro),
S. Simão (Último fim de semana de Setembro e
Santo António (Sábado mais próximo de 13 de Junho).


Património cultural e edificado: 


                                 Igreja Matriz,
                                Fonte D. João,
                             Ponte Romana e
Capela de S. Simão.
Outros Locais: 
Obelisco,
antigas minas de extracção aurífera,
Barragem do Carril e
local lendário “Cadeira da Moira”
Colectividades: 
Centro Recreativo Cultural e Desportivo D. João;
Centro Cultural Carril - Vales;
Associação de Melhoramentos e Cultura do Poço Redondo;
Associação Cultural, Desportiva e Recreativa da Freguesia de Junceira,
Associação Cultural e Recreativa Outeirense.

LENDA DA MOIRA DA PAIXINHA
Contam-se, cá pela aldeia,
Lendas de fadas e moiros,
Encantos, histórias antigas,
Bruxarias e tesoiros.
A da parteira, já velha,
Que, em noite de invernia,
Ouviu baterem-lhe à porta,
- Alguém que não conhecia.
Abriu e um embuçado,
Lhe suplicou a chorar:
- Venha comigo, senhora,
Minha mulher ajudar.
Foram p' Io meio de pinhais.
E sem candeia, nem tocha !
Até que o homen parou
E bateu lá numa rocha.
E
a pedra se abriu !
Uma porta apareceu ! ...
Pasmada co' a maravilha
A parteira, emudeceu.
Desceram uma escadaria
Fortemente iluminada.
Lá no fundo, linda moira,
Numa cama se encontrava.
E o trabalho foi feito
Com eficácia e carinho.
Pouco depois, já se ouvia
O choro de um rapazinho.
O homem agradeceu
Com muita satisfação
E, em pagamento lhe deu...
Uma saca de carvão !!
E recomendou: - Agora,
Vai esquecer tudo o que viu !
 A mulher, nem fala dava,
Enquanto a escada subiu.
Nem soube como, de novo,
No pinhal se encontrou.
Tinha a saca de carvão...
Prova de que não sonhou !
Continuava a chover.
E a velhota, já cansada,
Com o carvão foi atirando,
P' ra não ir tão carregada.
E, quando chegou a casa
Extenuada, a parteira,
O pouco que lhe restava,
Arrenessou p'rà lareira.

Maldizendo a sua vida,
Foi p'rà cama arreliada.
Porém, na manhã seguinte...
Esse carvão... rebrilhava !
Era oiro, do mais puro !
- E deitei fora os demais!
-Lamentava-se a mulher,
A procurar p' los pinhais.
Mas não encontrou caminho,
Nem porta, nem carvão !...
- Perdi toda esta fortuna !
Gritava em desolação.
Também não mais viu o moiro,
(Nem sei se alguém o verá...)
Mas a rocha, do tesoiro,
No pinhal, 'inda lá está !
E dizem, cá pela aldeia,
Que, quem lá for e rezar,
Em noite de lua cheia...
O tesoiro há-de encontrar !...

Gastronomia

Fatias de Tomar

Ingredientes:
  • 24 gemas de ovos ;
  • 1 kg de açúcar
Confecção:
1.   Separam-se as gemas das claras só na altura só na altura em que se vão bater.
2.   Batem-se as gemas durante 1 hora à mão ou 20 minutos na máquina eléctrica.
3.   Deita-se a massa numa forma oval com tampo, muito bem untada.
4.   Introduz-se a forma em banho-maria, já a ferver, e deixa-se cozer durante 1 hora sem nunca parar a fervura da água.
5.   Desenforma-se o bolo e corta-se ás fatias (ao alto, nunca horizontalmente) com a espessura de um dedo.
6.   Tem-se já o açúcar ao lume a ferver com 1 litro de água e com um ponto muito baixo (basta 102º C).
7.   Introduzem-se as fatias nesta calda, deixando-as ferver e virando-as.
8.   Colocam-se as fatias numa travessa e regam-se com a calda. Pode enfeitar-se com fios de ovos.
9.   A calda deve ser constantemente acrescentada com pingos de água para impedir que o ponto suba.
10.               Estas fatias também são conhecidas por «fatias da china».
11.               Existem em Tomar umas panelas de folha, engenhoso utensílio, nas quais se introduz a forma oval e abaulada de que acima falamos.
12.               As referidas panelas são munidas de uma chaminé pela qual se acrescenta água a ferver de modo a manter durante toda a cozedura a forma mergulhada em água a ferver.
13.               Ao bolo dá-se o nome de pão.


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