sexta-feira, 16 de setembro de 2011

FREGUESIA DE ORBACEM


REGIÃO                   NORTE
SUB REGIÃO            MOINHO LIMA
DISTRITO                 VIANA DO CASTELO
CIDADE                      CAMINHA
FREGUESIA             ORBACÉM



BRASÃO



Escudo de azul, roda de azenha de prata lavrada de negro, entre duas lisonjas de ouro, tudo alinhado em faixa; em chefe, palma de ouro posta em faixa e, em campanha, faixeta ondada de prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “orbacém”.




Bandeira: 
Amarela. Cordão e borlas de ouro e azul. Haste e lança de ouro.

Selo: 
Nos termos da Lei, com a legenda: “Junta de Freguesia de Orbacém – Caminha”.
Parecer emitido em 11 de Setembro de 2002, pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses. Em 20 de Setembro de 2002, o Parecer, por proposta desta Junta de Freguesia, foi aprovado em sessão da Assembleia de Freguesia de Orbacém.
Publicado em Diário da República.
Registado na DGAL.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS

Orbacém está situada a cerca de 16 Km da vila de Caminha, a sede do concelho e, sensivelmente, à mesma distância da cidade de Viana do Castelo.
Estende-se em plena Serra de Arga por uma área aproximada de 514 ha, localizada no Vale do Rio Âncora, mais precisamente na margem direita deste Rio encantador, tendo as freguesias de Gondar e Dem do lado Norte, a Poente faz limite com Riba de Âncora, a Sul com Amonde e a Nascente com Montaria.




Já na outra margem do Rio Âncora, novamente Amonde e Freixieiro de Soutelo. (Amonde, Montaria e Freixieiro de Soutelo, todas do concelho de Viana do Castelo).


RESENHA HISTÓRICA


Tal como as restantes paróquias do Vale do Âncora, a freguesia de Santa Eulália de Orbacém tem a sua origem numa "villae" tardo-romana que D. Paio Vermudes, autorizado como estava pela «presúria», chamou a si e aos seus descendentes, conhecedor como era, do valor do campo mineiro que toda a região do Vale do Âncora encerra.
Esta «vila», «Arvezani» seria, posteriormente, doada por D. Ordenho II (914- 924) à Sé de Lugo. Porém, volvidos alguns anos, volta ao poder real, já que D. Afonso IV (926-930) a dá a D. Naustio, Bispo de Tui. 
Um seu sucessor, o Bispo Afonso I, entrega por sua vez a «vila Arvezani» a um seu afilhado, Nuno Soares.
Mais tarde, os descendentes de Nuno Soares e Paio Vermudes, conjuntamente com Frei Ordonho legaram todo o património (1068) para a fundação do Mosteiro de S. Salvador da Torre.



Quanto ao campo mineiro, já explorado pelos romanos, é bem evidente a existência no Vale do Âncora da passagem da Via Quarta, 19 do Itinerário de Antonino, que teria o seguinte trajecto: - Do alto da Pica para o lugar de Meijão, Calçada da Moura de Espantar, Breia de Amonde, Chão da Pica, Ponte de Tourim, Ponte de Saim, calçada para Ribô, calçada da Moura, Rua da Corredoura, até Caminha.

Não obstante algumas especulações de tipo documental, ou algumas fantasias inconsistentes, sabe-se que Orbacém já figura em documentos do século X, com o nome de «Erbcazaim».
Nas inquirições de 1258, ao dizer-se que o rei não é padroeiro, significa que a nobre estirpe dos «Velhos de Vitorino das Donas» mantinha o seu senhorio em Orbacém. No entanto o rei reservava para si alguns direitos, como o de alojamento e de acompanhamento, se quiser fazer caçadas na Serra de Arga, quando vier a Ponte de Lima.
No rol de benefícios mandado fazer por D. Dinis, em 1320, para pagamento da taxa ao rei «ecclesiam Sancte Eollalie de Ervecem» pagava sessenta libras.
Segundo o Censual do cabido de Tui para o arcediagado da Terra da Vinha, em 1321, Orbacém pagava dois quarteiros de cereais não especificados, uma libra de cera e procuração ao cabido.
Entre 1514 e 1549 esteve anexada à paróquia de Meixedo, do concelho de Viana do Castelo, rendendo as duas para a Mitra 50 mil reis.
No Censual de D. Frei Baltazar Limpo (1551-1581), Orbacém pertencia ao Mosteiro de São Salvador da Torre que, nesta época, já estava integrado na câmara arcebispal.
Em 1758, nas Memórias Paroquiais, segundo a discrição do Abade António da Costa Rebelo, da freguesia de S. Paio de Meixedo, diz-se que a freguesia de Santa Eulália de Orbacém era um curato anexo à abadia de Meixedo.
Na Estatística Paroquial de 1862, Orbacém figura como vigariaria de concurso, da apresentação da Mitra, passando, depois, a freguesia independente com o título de reitoria.
Em 1839 pertencia à comarca de Monção, em 1852 à de Viana do Castelo e, em 1878 à de Caminha.
A confirmar esse passado nobre da freguesia de Santa Eulália de Orbacém, são bem evidentes vestígios de explorações mineiras e construções como a Igreja Paroquial que é assim referida por alguns autores:" 
Para quem passa na estrada que liga Vila Praia de Âncora a Lanheses, não lhe é estranha esta bela construção rural, situada numa encosta de verdura luxuriante, poucos metros antes da Ponte de Tourim e tem, à entrada do Adro, uma interessante figura barroca que sustenta um curioso relógio de sol".
Por força do Decreto-Lei n.°48.590, publicado no Diário do Governo n.°228, I Série, de 26 de Setembro de 1968, que criou a freguesia de Dem e estabeleceu os novos limites das freguesias de Gondar e de Orbacém, o território e a população da freguesia de Santa Eulália de Orbacém ficaram reduzidos a menos de metade.
A falta de Serviços Públicos e a escassez de estabelecimentos comerciais e industriais, obriga a população a deslocar-se com frequência às vilas e cidades mais próximas, quer para efeitos de emprego quer para troca de produtos comerciais. Apesar de a localidade estar relativamente bem servida de rede viária, por estradas Municipais, Nacionais e pela A28, os meios de transportes públicos são insuficientes.
No âmbito da saúde, da assistência social e do ensino, as carências são totais, os estabelecimentos mais próximos nestas áreas essenciais situam-se em Vila Praia de Âncora, a cerca de 8 Km.
No capítulo das infra-estruturas básicas, a rede pública de distribuição de água
ao domicílio cobre praticamente toda a área da freguesia, mas a rede de saneamento ainda não está instalada, sendo as águas residuais tratadas por meio de fossas sépticas.


No que concerne à cultura e ao lazer, a freguesia está dotada de um Centro Social e Cultural, com salão de festas e outras dependências, espaços por onde têm passado actividades diversas relacionadas com o folclore, reuniões de convívio e até espectáculos de música clássica. Dispõe de um polidesportivo descoberto e duas pequenas áreas de lazer muito agradáveis.
À semelhança do que acontece com outras povoações vizinhas, a paisagem que envolve as margens do Rio Âncora, as vistas que se observam do lugar de Cabanas e a própria ruralidade da freguesia, constituem os principais pólos de atracção turística.



Gastronomia

( Enchidos de Porco ) 

Como Escolher, Servir e Conservar os Enchidos

·         Avalie o cheiro, a cor e o aspecto. Em relação ao aspecto, tenha em conta a boa ou má distribuição da carne e da gordura, bem como a consistência. Considere estes parâmetros de acordo com as características normais de cada género de enchido. Não compre nem consuma enchidos com indícios de bolores.
·         … grelhe, coza, asse, salteie ou sirva ao natural, com pão ou broa.
Os enchidos são indispensáveis em diversos pratos típicos e proporcionam um sabor muito especial aos cozinhados mais banais.
·         Conserve os enchidos curados num local fresco e seco, por um prazo de três meses no máximo. A farinheira é uma excepção. Tem uma validade de cerca de 15 dias após o fabrico.

Alheiras

Linguiça

Ingredientes:

·         5 kg de carne (febra magra e gorda)
·         10 dentes de alho
·         3 l de vinho
·         1 l de água
·         2 folhas de louro
·         2 laranjas
·         100 g de colorau
·         1 malagueta
·         Pimentão em pó
·         Sal

Preparação:

1.  Corta-se a carne aos bocados, para um alguidar de barro.
2.  Tempera-se com sal, os dentes de alho, o vinho, a água, o louro, a malagueta, as laranjas cortadas aos bocados com casca, o pimentão e o colorau.
3.  Envolve-se tudo e alisa-se a superfície.
4.  Mexe-se todos os dias, com uma colher de pau.
5.  No fim de oito dias, enchem-se as tripas de porco, deixando de lado as rodelas da laranja, aperta-se a massa para ligar e picam-se com uma agulha para sair o ar.
6.  O processo de atar é igual ao dos outros enchidos.
7.  Passam-se por água e vão ao fumeiro cerca de dez dias.
8.  Antes de encher, as tripas são lavadas, esfregadas com limões e aguardente e ficam assim temperadas de um dia para o outro.


















































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