segunda-feira, 19 de setembro de 2011

FREGUESIA DE COELHOSO - BRAGANÇA


Região              norte
Sub região      trás-os-montes
Distrito            Bragança
Cidade               bragança
Freguesia  Coelhoso



Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Publicada no Diário da República, III Série de 22/07/2002

Armas –
Escudo de prata, coelho de negro malhado de ouro e animado de vermelho, entre duas picaretas de negro encabadas de vermelho, postas em pala e alinhadas em faixa; campanha ondada de cinco tiras de azul e prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "COELHOSO – BRAGANÇA".











Trilogia dos Milagres

Com um população que se aproxima das 600 pessoas, Coelhoso é a aldeia mais populosa de todas as que já visitámos. Tem 3 escolas, pré primária e telescola, onde estudam 25 alunos. Os habitantes contam com um exemplar Posto Médico, uma Casa do Povo, 4 associações religiosas, culturais e desportivas, e vão desfrutar brevemente de um modelar Centro de Dia.
Quanto a agricultura, ali se produz: boa castanha, bom azeite e bom vinho. Do tocante à pecuária, nos seus terrenos pastam 8 gados ovinos, com mais de 500 cabeças, havendo apenas uma dúzia de cabras. Criam umas 40 vacas mirandesas – a raça mais apropriada para aqueles terrenos. 
Para a faina têm mais de 100 tractores agrícolas, o que é um exagero para a parca agricultura. Quanto a nós, andam ao contrário, isto é: devia haver poucos tractores e muitas terras cultivadas. Para isso, seria fundamental constituírem uma cooperativa agrícola, porque o futuro esta nesta forma de associativismo.

A anterior Junta de Freguesia deixou alguma obra feita, como a construção da sede própria, o arranjo de caminhos, o calcetamento de ruas e o rompimento de uma artéria. Por outro lado a actual Junta composta por pessoas dinâmicas e com espírito empreendedor, está cheia de vontade e pretende concretizar a reabilitação da Casa do Povo, construção de edifícios para as quatro associações, a par de um grande salão para actividades multidisciplinares; dignificar o Cemitério, recuperar fontes, tentar alterar o PDM no sentido de aumentar a área de construção urbana, limpar e plantar castanheiros, pinheiros e cerejeiras; reabilitar os monumentos históricos nomeadamente com aproveitamento turístico da Senhora da Ribeira, e ligação rápida com Argozelo e Coelhoso, também com aproveitamento do Santuário do São Bartolomeu (Argozelo). 


Como se vê, projectos não faltam; oxalá todos venham a ser concretizados nesta grande aldeia.

Noutros Tempos

Situada num vale de grande fertilidade, a freguesia de Coelhoso dista 27 quilómetros de Bragança a Sul de Bragança, sede de Concelho. Na área desta freguesia, antiga São Tiago de Coelhoso, anexa à reitoria de São Genes de Parada, passou mais tarde a freguesia independente com o título de reitoria. 
Pertenceu ao antigo Concelho de Izeda, até à sua extinção em 24/10/1885, passando para o de Bragança. De referir que o Mosteiro do Castro de Avelãs possuiu em Coelhoso importantes e avultados bens. Apoiados no "Dicionário Enciclopédico das Freguesias", ali se diz que "Coelhoso é terra de povoamento muito remoto que deve ascender a época Castreja. De tempos de Antanho é também o berrão que se conserva num largo no meio da povoação. Trata-se de uma escultura em granito representando uma porca (fêmea de marcação sexual bem definida) do tipo da Porca da cidade de Bragança".

Abade de Baçal falava do triste fadário que perseguia que uma pedra com o Brasão de Armas que em Coelhoso se encontra metida na parede de um quintal em frente ao Largo da Fonte Sobre as obras nas igrejas o letrado Abade refere que "Mestre José Agostinho Fernandes do lugar de Coelhoso lançou uma obra de carpinteiro e pedreiro, por 370 mil réis (…)" Acerca de Pedra de Armas não foi possível apurar a quem pertenceu. Esta gravada num bloco de granito solto deslocada do edifício em que primitivamente foi colocada e pertence (não se sabe bem como) a família do padre Francisco Manuel da Rocha, que já foi ministro da guerra. Ainda apoiada na mesma obra é pertinente dizer que em Novembro de 1880 foi autorizada Afonso Martins de Paço de Outeiro, a montar uma máquina de destilação de vinho para água ardente em Coelhoso. Saltando para o tema da etnografia, diz no o ilustríssimo Abade:
 "A água do milagre com que em Coelhoso espargem os gados, (Fonte dos Milagres) é correspondente à de tantas outras fontes santas relaciona-se com a água lustral do paganismo, de uso constante rios seus actos litúrgicos (…), a qual ficava benta desde que nela se apagava um tição acesso tirado da fogueira de um sacrifício". "Colocavam esta água na entrada dos templos em pias de pedra para se purificar antes de oferecer o sacrifício, da mesma forma que nos os cristãos fazemos com as pias de água benta, que naquelas devia filiar-se. É de notar que na bênção da água lustral também entrava sal" 

Sobre a toponímia, deixou no Francisco Manuel Alves (Abade de Baçal): "Coelhoso (Coeloso nas inquirições tiradas pelos anos de 1258), vem de Coelhoso: terra abundante de Coelhos(…). O Foral de Bragança dado em 1187, impõe a cada vizinho (fogo) a multa de duas peles de coelho, se matarem o maneirinho." O coelho deu o nome a muitos sítios do termo e povoados.

Actividades econômicas




Agricultura, pastorícia, olivicultura, avicultura, construção civil e comércio.



Festas e Romarias
S. António (13 de Junho), Espírito Santo (7 semanas depois da Páscoa), Santa Bárbara (15 de Agosto) e S. Tiago (25 de Julho).
Património




Igreja matriz, 
Capela de Santo António, fonte, castro Mau e cabeça de anta.   







Outros locais






Mina da Ribeira e Paisagem natural (rio Sabor).





Gastronomia

Alheira, salpicão, linguiça, botelo com cascas, cozido à transmontana e posta à mirandesa.



COZIDO A TRANSMONTANA


Ingredientes:

·         1 orelha de porco
·         1 pé de porco
·         500 g de vitela
·         250 g de carne de porco do peito em meia cura
·         1 linguiça
·         1 salpicão
·         2 chouriços de sangue
·         1/2 frango
·         1 rabo de porco
·         300 g de focinho de porco
·         400 g de batatas
·         1 couve de repolho
·         4 cenouras

Preparação:

1.  Cozem-se as carnes numa panela com água, menos os chouriços de sangue, que deve ser cozidos à parte.
2.  Tiram-se as carnes para uma travessa e cortam-se aos bocados.
3.  Na água da cozedura das carnes, cozem-se as batatas, as cenouras e o repolho.
4.  Devem meter-se as carnes na panela para aquecerem.
5.  Serve-se tudo cortado aos bocados, as hortaliças no meio e as carnes à volta.
6.   Acompanha-se com arroz branco.

Artesanato
Tecelagem.

Colectividades



Associação Desportiva de Coelhoso, Grupo Cultural e Recreativo de Coelhoso e Associação Coelhosocaça.







Orago


S. Tiago.














Tradições
  

Jogos tradicionais: jogo do fito, jogo da malha e jogo da relha.





























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