Extractos
O ruído do mar, o seu roído
através de canais. Que banho o
sopra e elege por ruínas e ruínas
e que História o
destrói, cantando
o ido, a memó-
ria nos
sos?
O lar se imove, sob o fluxo
do mar; pasto em molduras
e no fogo, em sua cálida
grafia. Eis
o presente: raso
de larvas e de história
em seu casulo inserto.
Desses campos,
mente
capta o roído, o brilho, a tessitura
dos luares, em vasta ruína.
Escreve ou pensa: uma toalha, vítrea.
Resiste ao clamor, ao denso
das retinas, vivas: dorsos
jovens, rútilos ou apenas
servidores de imagens, destruídas.
Nem sempre, entre os ilíacos, quem pense
nessa glória — o pó, a crosta pública,
o rito deste crânio — no regime
do inverno, na póstuma
tensão das suas fibras
distendidas; o mar, erecta
brisa sobre a testa. Cego,
cego! O ar respira, canta, re-
conduz ao recto mar, roído,
e fixo — em toda a dureza
da matéria — a vasta flora
da nevrose: extintas
manhãs por entre os dias, trilhos,
as regiões sem beleza ou a difícil
rota – extractos, lava
O puro gás.
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