domingo, 23 de outubro de 2011

FREGUESIA DE JUNQUEIRA



NORTE                       NORTE

SUB  REGIÃO       GRANDE PORTO

DISTRITO             PORTO

CIDADE                VILA DO CONDE
FREGUESIA         JUNQUEIRA
Heráldica 
Brasão 

 Escudo verde, igreja de prata realçada de negro, entre duas espigas de milho de ouro, folhadas de prata, pé de água ondado de prata e azul de três tiras, tendo movente meia roda de azenha de ouro. Coroa mural de prata de três torres.






Listel branco, com a legenda a negro “JUNQUEIRA – VILA DO CONDE”


Justificação de Simbologia
Escudo
Escudo de verde.
Coroa Mural
Coroa Mural de prata de três torres
Listel
Listel branco, com a legenda a negro “JUNQUEIRA – VILA DO CONDE”


Igreja
Igreja de prata, realçada de negro – Representa o secular Mosteiro de São Simão da Junqueira.




Espigas de Milho
Nos flancos, duas espigas de milho de ouro, folhadas de prata - Representam a agricultura, umas das principais sectores de actividade da freguesia.
Burelas Ondadas
Pé ondado, de três burelas de prata e azul – Representam os rios que banham a freguesia, o Rio Ave e o Rio Este.
Roda de Azenha
Movente das burelas, meia roda de azenha de ouro – Representa as azenhas e moinhos de água existentes na freguesia, que muito contribuíram para o seu desenvolvimento durante muitos séculos.



1º Brasão
O primeiro brasão dado a conhecer, embora reconhecido pela freguesia e utilizado pela Junta de Freguesia, nunca foi legalizado, razão pela qual, face à nova Lei n.º 53/91, de 7 de Agosto, tal brasão não obedecia às novas regras agora aprovadas







A Freguesia da Junqueira pertence ao Distrito do Porto e ao Concelho de Vila do Conde, localiza-se a norte do Rio Ave e encontra-se a cerca de 9 km da sede do Concelho.

Freguesia  de S. Simão da Junqueira, pertence ao Concelho de Vila do Conde, Distrito do Porto, em termos civis, uma vez que em termos eclesiásticos, pertence à Arquidiocese de Braga. Tem como oragos S. Simão e S. Judas Tadeu.


As origens desta terra perdem-se na bruma dos tempos, se atendermos à existência do conjunto Megalítico do Fulom, mais conhecido pelas “Mamoas do Fulão”, construções tumulares com cerca de 5000 anos, o que equivale a 3000 anos a. c.. Mas, a história desta localidade desenvolve-se essencialmente à volta do Mosteiro, conhecido pelo Mosteiro de S. Simão da Junqueira.





O MOSTEIRO DE S. SIMÃO DA 


JUNQUEIRA


Em documento de 1084 pode ler-se « Ad monasterium Sancti Simeonis », para, à posteriori, em 1104 e 1109, dois documentos situarem o Mosteiro « ...subtus mons civitas Boconti, Território Portucalensis, discurrente inter Ave et Alister », isto é, junto à Cividade de Bagunte, entre os rios Ave e Este, em território portucalense.
A VIII das kalendas de Abril da Era de 1174 – 25 de Março de 1136, D. Afonso Henriques, ainda Infante, faz grande doação (1) do couto de S. Simão da Junqueira, a D. Paio Guterres « Tibi vassalo meo fideli prolis Guterris », onde se inclui o referido mosteiro e outras propriedades, para além de direitos reais.
O primeiro documento de 1084, já citado, é uma doação feita por Sugério Rauco aos seus dois filhos: Mendo e Aldora, com a cláusula de não a poderem alienar senão a favor do dito mosteiro. Testemunharam este acto o Arcediago “Arias” e os clérigos Paio Dias e cónego Paio Grosso e Dom Fafia Guterres.







Foi, assim, à sombra do Mosteiro, sob a Regra de S. Agostinho, que se desenvolveu a freguesia da Junqueira, com três fases perfeitamente distintas, a saber:


1. O primeiro período compreende os priores vitalícios, desde a sua fundação pelo arcediago Arias, até ao último, D. João Gonçalves, em 1516. Neste espaço de tempo, a 26 de Novembro de 1443, o arcebispo de Braga D. Fernando da Guerra, autorizado pelo Papa Martinho V, extinguiu o Mosteiro de S. Cristovão de Rio Mau, e incorporou-o in perpetuum no de S. Simão da Junqueira.


2. O segundo período vai até 1595, abrangendo os” Commendatários”, sendo D. Diogo Pinheiro o primeiro, com os títulos de Prior de Guimarães, Bispo do Funchal e Prelado de Tomar. Entre outros, foi nomeado, após a morte do primeiro, o seu filho, Pero Gomes Pinheiro, fidalgo e capelão do Cardeal D. Henrique. De salientar que D. Sebastião, em 1578, deu em forma de contrato à congregação de Santa Cruz de Coimbra, o Mosteiro da Junqueira, com reserva para si de cinco partes das rendas, num total das doze existentes, ficando o Mosteiro com um encargo para a Coroa de 180$0000 reis anuais.



3.O terceiro período vai até à sua extinsão pelo Breve de Clemente XIV, de 4 de Julho de 1770. Nesta fase, reinando D. Pedro II, finais do século XVII, avançou a construção do novo templo, dedicado a S. Simão e S. Judas Tadeu.


A 17 de Dezembro de 1772, o Cardeal da Cunha, vende o Mosteiro da Junqueira a Manuel Gomes Rodrigues da Fonseca Oliveira d´Andrade, cavaleiro professo da Ordem de Cristo e Governador do Castelo da Póvoa de Varzim.

De salientar que, nesta altura, a venda verificada, também compreendeu o padroado da Igreja da Junqueira e a Capela de Santa Isabel (não tendo dados precisos, posso, no entanto, considerar que esta capela não é mais que a da Senhora da Graça, eregida em 1713). 
 Também, aquando da venda, o órgão da Igreja da Junqueira foi adquirido pela Misericórdia de Vila do Conde, enquanto que os “cadeiraes” do coro foram parar à Colegiada da Matriz, e as grades do mesmo coro, foram para a Igreja da Lapa.
  À sua morte, o mosteiro passou ao genro de Manuel Gomes d´Andrade, Bento José Rodrigues d´Oliveira Machado, “Morgado de S. Simão”, casado com Ana Eufrásia.
Entretanto, em data não precisa, o Mosteiro passa para as mãos de António Maria Correia d´Abreu e de D. Maria dos Anjos Neves Correia d´Abreu, do Porto.
Em 1923, ou antes, o edifício e cerca do Mosteiro pertence a Dª Rosinda de Castro Rebello de Carvalho, da Casa dos Pereiras, de Lousada, mantendo-se até ao momento na posse dos herdeiros.
A freguesia da Junqueira manteve ao longo da sua existência, uma certa predominância, face às localidades vizinhas.
É evidente que um dos grandes factores para tal hegemonia, ficou a dever-se ao Mosteiro, velhinho dos seus nove séculos. Também o facto de ser uma terra arável e fértil, com muita água no Rio Este a norte e o Rio Ave a sul, contou para um acelerar do progresso.  A fundação do Mosteiro é do séc. XI, pelo arcediago ARIAS. Foi neste Mosteiro, extinto por bula  do Papa Clemente XIV, de 1770, e os seus bens incorporados no convento de Mafra.     






Localização
Porto, Vila do Conde, Junqueira
Protecção
Imóvel de Interesse Público, Desp. Fevereiro 1975
Enquadramento
Rural, destacado, flanqueado.

Centrada na planta do edifício em U, a casa apresenta-se reconstruída em redor do antigo claustro do Convento num barroco convencional. O rés-do-chão foi deixado para armazéns e a zona nobre colocada no 1º andar. O conjunto foi concebido como uma sucessão de compartimentos, abrindo para um corredor sobre um antigo claustro, hoje praticamente inexistente. A iluminação é feita por janelas de guilhotina situadas no andar nobre, sendo as do primeiro gradeadas. 


O acesso é realizado por larga escadaria, de um só lanço, situada na fachada principal. Interior tectos de caixotões, tectos de estuques lavrados, bem como revestimento de azulejo dos séc. 17 e 18. 
O pavimento apresenta-se lajeado em algumas divisões e em soalho de tábuas corridas noutras, e uma porta de entrada para divisão interior, almofadada, com notável decoração. A entrada original do claustro é hoje o pátio da casa onde se evidencia uma fonte granítica de elaborada composição arquitectónica sendo de realçar a escultura da guia.


A igreja paroquial é um templo imponente, com uma bela e harmoniosa frontaria. Integra duas torres sineiras, gémeas. Sobre o pórtico fica uma altíssima janela de recorte ovalada, com belo vitral. 
Ladeiam-no dois ni­chos com as imagens de Si­mão e S. Judas Tadeu.
Em 1758 o cura João Antunes de Azevedo consi­derou a igreja como ‘das melhores da província”, re­ferindo-se aos seus altares, em número de oito: o altar-mor, com os santos padroei­ros, o de Nossa Senhora da Encarnação, de S. Teotónio, o do Santíssimo Sacramen­to, o de Nossa Senhora do Rosário, a de 5. José, o de Santo António e o do Santo Cristo.

Capela Nossa Senhora da Graça


Situada no centro da freguesia, a Capela da Sr.ª da Graça, apresenta-se graciosa e bem conservada.
Descrição
Planta longitudinal, composta por nave única, precedida por alpendre rectangular, e capela-mor também rectangular. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas e três águas. Alpendre com cobertura assente em colunas jónicas. 

O portal é encimado por um óculo quadrilobado. Sobre o portal lê-se 1773. Apresenta o retábulo da Capela-mor, em barroco, estilo nacional, em madeira dourada, possivelmente dos anos de transição entre os séculos XVII e XVIII. A rematar a fachada principal, do lado Sul vê-se um campanário e sobre os vários cunhais bolas sobre plintos. 
No interior as paredes da nave são revestidos a azulejos de padrão azuis e brancos, com cercaduras de flores. Os altares apresentam talha dourada. Tecto de masseira formando caixotões pintados. Capela-mor com grande retábulo de talha dourada e tecto de caixotões em talha dourada. As paredes laterais da capela – mor estão cobertas com talha e baixos relevos, com representações da Anunciação, Visitação, a Virgem e o Menino. No exterior, surge o “alpendre”, onde se regista a data de 1713. De salientar que esta capela foi mandada eregir  pelos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, servindo de apoio à freguesia, enquanto se concretizava a construção da Igreja Paroquial.



Foram grandes beneméritos desta Capela Randolfo Pinto Ferreira e um seu irmão José Pinto Ferreira, para além de José Maria da Costa Amorim.


Capela do Senhor do Padrão
Esta Capela situada no Lugar de Barros, extremo norte da freguesia, apresenta-se simples e airosa.
O retábulo da Capela – mor, apresenta um estilo neoclássico, com madeira pintada de branco e dourada. No centro surge o crucifixo do Senhor do Padrão, em granito, havendo imprecisão na sua data – séculos XVI ou XVII.
No corpo da Capela aparecem várias imagens, todas elas recentes.
Aponta-se a construção desta Capela para os anos finais do século XIX.


Capela de S. Mamede

A Capela de S. Mamede situa-se no Lugar de Casal Pedro, na encosta nascente, com largas vistas, podendo ver-se o mar daquele sítio.
A sua construção não é de todo garantida, mas, segundo Monsenhor Ferreira, na publicação “A Igreja e o Estado, nos quatro primeiros séculos”, a fábrica da freguesia, com referência à Capela de S. Mamede, já existia em 1758, portanto século XVIII.
De salientar ainda a sua reedificação em 1868, pelo pároco de então, Joaquim António da Costa, sobre as ruínas de uma pequena Capela, cuja fundação data do ano de 1700, segundo epígrafe em mármore, constante na capela.

Mamoas do Fulão

O que são as Mamoas?

As Mamoas são monumentos funerários, constituídos por uma Anta ou Dólmen que se encontram no interior de um monte de terra que o recobre formando uma elevação artificial. O nome Mamoa ou Mamua, dado pelo povo, provêm da semelhança deste monte com os seios femininos.


Estas elevações correspondem a uma cultura muito antiga, com cerca de 5000 anos, espalhada por toda a Europa e parte da Ásia, a que se chama Cultura Megalítica (de Mega = grande e Lithos = pedra) por causa das grandes pedras que compõem o Dólmen.
As Mamoas do Fulom são dois túmulos, descobertos para a ciência por Francisco Martins Sarmento no final do século XIX, bastante destruídos no início do século XX, mas que preservam a essência do monumento, que é a elevação exterior.
 Alguns autores associam esta elevação a uma “gravidez” da terra, logo a um culto à Mãe Terra
No Fulom, a destruição dos Dólmenes provocou a perda de informação sobre os períodos em que os túmulos foram utilizados. Todavia, sabemos, por outros exemplos que eles terão sido usados em diversas épocas, ao longo de mais de 2000 anos! 
No seu interior os mortos eram sepultados com materiais destinados a garantir um mínimo de continuidade do seu estatuto numa vida para além da morte. Os corpos encontrados (em regiões de solos alcalinos) aparecem muitas vezes em posição fetal – a posição dos bebés no seio materno– o que reforça a ideia de um culto à Terra Mãe. O Dólmen seria um útero de pedra onde o morto encontraria o repouso do retorno à sua mãe grávida.
Dotados de uma tecnologia mais evoluída a partir do Neolítico e da invenção do machado de pedra polida, muito mais eficaz do que os seus antecessores de pedra lascada, os homens puderam criar espaços de cultivo e pastagem em clareiras artificiais capazes de garantir a sua fixação num dado território. Nesses novos territórios construíram os seus túmulos - as Mamoas.
As grandes pedras do Dólmen foram cortadas com recurso a cunhas de madeira muito seca ( seca junto a uma fogueira). Essas cunhas eram enfiadas em orifícios alinhados na pedra e depois eram regadas com água. Quando inchavam com a água as cunhas partiam a pedra em grandes blocos.
Uma vez cortados, os grandes blocos de pedra eram arrastados até ao local onde se queria fazer o túmulo. Os Esteios – blocos que ficavam ao alto e constituíam as paredes do túmulo, eram deixados cair para dentro de buracos aberto no solo, ficando semi enterrados, como se pode ver na figura do painel 1. Até a terra envolvente ficar mais sólida eram provavelmente fixados com troncos. Não sabemos se utilizavam animais para puxar as pedras, mas dado que eram pastores, esse facto é muito provável. Não sabemos também se o sistema de atrelagem ao animal seria o desenhado. O desenho constituí pois apenas uma hipótese.
Quando o Dólmen estava quase completo, faltando apenas a tampa ou tampas (o dólmen tinha corredor), construía-se uma rampa de terra e pedras, que preparava a Mamoa, servindo ao mesmo tempo de acesso ao topo para colocação das pedras de cobertura.
Uma vez mais o desenho é conjectural, uma vez que não sabemos se o sistema de tracção era o representado e tão pouco sabemos se as pedras eram transportadas em cima de rolos de madeira.
No final da construção do Túmulo, todo o conjunto era tapado, deixando as aberturas abertas apenas durante o enterramento, certamente acompanhado de cerimónias rituais que desconhecemos.
Estes túmulos não eram sepulturas colectivas, mas eram, muitas vezes, reutilizados. Neles deveriam ser enterrados os notáveis das comunidades. Os materiais associados aos enterramentos deste género, em Vila do Conde, falam-nos de guerreiros - porque aparecem armas – e de metalúrgicos – porque aparecem cadinhos de fundição. Note-se que nas comunidades primitivas os metalúrgicos, senhores da fundição dos metais, eram considerados como dotados de poderes extraordinários – já então o poder que era conferido pelo saber se equiparava ao domínio das armas! Outros elementos, também presentes, como cerâmicas e ornamentos teriam um uso mais comum.






Mais um espaço, agora megalítico, que mostra bem a dinâmica envolvente da Junqueira, no contexto das Terras de Faria, ao longo dos séculos, neste caso, milénios.
Apesar de quase desconhecido, o Conjunto Megalítico do Fulom é, sem dúvida, um dos mais importantes marcos da nossa herança cultural.



Truta de Chantada
 Em 1819, o Morgado de S. Simão, Senhor do Mosteiro, Bento José Rodrigues d´Oliveira Machado, dado aos seus gostos piscatórios, construiu no Lugar de Chantada um pesqueiro, onde variedade de peixes abundava.
A ribeira de Chantada, com ligação ao Rio Ave, recebia barbos, escalos, trutas, salmões, enguias, entre outras espécies.
Em dia afortunado, coube-lhe em sorte uma grande truta, que ele quis perpetuar no local que a pescou. 
Assim, gravou em baixo relevo a respectiva truta, no tamanho normal e com a data registada no seu interior. Na altura, corriam os mais saborosos  comentários, dizendo-se que a truta tanto pesava cinco quilos, como uma arroba.
O certo é que, com fidelidade, ali está registada a proeza do Morgado.





Nas páginas do livro “A Filha do Arcediago”, Camilo Castelo Branco, descreve uma cena, envolvendo a “Estalagem das Pulgas”, nome criado pelas circunstâncias que o poeta viveu (Em anexo reproduzimos espaços do livro “A Filha do Arcediago”, onde o facto é relatado em pormenor).
Uma estalagem aqui existente e que   outrora pertencera ao Mosteiro, ficou célebre numa novela de Camilo Castelo Branco "A Filha do Arcediago", onde relata a noite tormentosa que ali passou, com um exército, sedento de sangue, de pulgas velhas e novas. Ficou, por isso, conhecida pela " Estalagem das Pulgas " e ainda hoje existe o lugar de Casal de Pedro.



Gastronomia

Pescada a Marinheiro
Ingredientes:
1,2 kg de pescada
Sumo de meio limão
50ml de azeite
2 cebolas
4 tomates pelados
1 c.(sopa) de alho granulado
400g de mexilhões limpos
1 dl de vinho branco
700 g de brócolos
Farinha para panar
Sal e pimenta q.b.

Modo de preparação:

1.   Tempere a pescada com o sumo de limão, sal e pimenta.
2.   Passe-a por farinha e frite-a lentamente no azeite; retire-a e reserve-a.
3.   Corte as cebolas em meias-luas e o tomate em pedaços.
4.   Adicione à gordura, deixe refogar e junte o alho granulado.
5.   Acrescente os mexilhões, refresque com o vinho, tape e cozinhe por mais cinco minutos.
6.   Junte o peixe e deixe ferver cerca de três minutos.
Coza os brócolos em água com sal e sirva-os com o peixe.

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