SUB REGIÃO BAIXO MONDEGO
DISTRITO COIMBRA
CIDADE MEALHADA
FREGUESIA BARCOUÇO
Heráldica
Brasão:
Escudo de azul, com dois ramos de videira de prata frutados de ouro, postos em aspa, em campanha, monte de ouro, mvente da ponta. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "Barcouço".
Branca. Cordão e borlas de prata e azul. haste e lança de ouro.
Topônimo
O topónimo Barcouço levanta ainda hoje algumas dúvidas, pois se alguns estudiosos afirmam que a palavra deriva do árabe "bárr-", com o significado de campo, e "causon", relativo a arco, referindo-se assim a um "Campo do Arco", outros entendidos afirmam que está errada esta opinião, pois Barcouço é um derivado medieval de "barco", com o sufixo "-ouço", e o facto de na freguesia apenas existir um pequeno curso de água, não navegável, não é impeditivo para a atribuição do topónimo, pois situações deste género repetem-se noutras localidades do País.ORAGO
Um orago ou padroeiro é um santo ou anjo a quem é dedicada uma povoação, ou um templo. A palavra descende de oráculo, que significa a resposta de Deus.
Na legislação que estabelece a simbologia associada às freguesias portuguesas, surgem frequentemente menções aos oragos dessas freguesias. Este facto tem dois significados: por um lado, tem o significado religioso de estender a "protecção" do santo para lá do templo, a toda a freguesia; por outro lado é um arcaísmo que reflecte nos dias actuais as origens antigas das freguesias.
Nossa Senhora do Ó
. (in: SILVA, Pe. Martinho da. Flores de Maria)
É uma devoção mariana surgida em Toledo, na Espanha, remontando à época do X Concílio, presidido pelo arcebispo Santo Eugênio, quando se estipulou que a festa da Anunciação fosse transferida para o dia 18 de Dezembro. Sucedido no cargo por seu sobrinho, Santo Ildefonso, este determinou, por sua vez, que essa festa se celebrasse no mesmo dia, mas com o título de Expectação do Parto da Beatíssima Virgem Maria. Pelo fato de, nas vésperas, se proferirem as antífonas maiores, iniciadas pela exclamação (ou suspiro) “Oh!”, o povo teria passado a denominar essa solenidade como Nossa Senhora do Ó
HISTORIA
Situada numa colina, a freguesia de Barcouço pertence ao concelho da Mealhada, de cuja sede dista aproximadamente 8 Km, no distrito de Aveiro. O seu orago é a Nossa Senhora do Ó, celebrada anualmente em Junho; para além desta romaria outras se celebram, como é o caso da festa em honra de S.Bento, na Terça-feira de Páscoa e outra, em honra de S.Tomé, a 25 de Julho.
O povoamento do território de Barcouço parece ter-se iniciado no local onde foi edificada a Igreja Velha, pois ai foram descobertos vestígios arqueológicos que remontam à época romana, como é o caso de moedas, mós de moinho, fragmentos de azulejo e de tijolo.
Eclesiasticamente, Barcouço tinha inicialmente igreja “própria”, com padroeiros leigos, porém no século XVIII, era já apresentada pelo Bispo de Coimbra por concurso sinodal, sendo atribuído ao priorado de Barcouço a elevada quantia de 800mil réis. Barcouço tinha anexa Vil de Matos, e foi responsável pela sua erecção paroquial, motivo pelo qual o pároco de Vil de matos foi cura amovível, da apresentação do pároco de Barcouço.
No aspecto administrativo, Barcouço terá sido um pequeno concelho criado na Idade Média, de princípio senhorial.
Extinto o diminuto concelho de Barcouço em 1834, a sua freguesia foi integrada no concelho de Ançã que, com o seu termo, era do senhorio de D.Luís de Castro, Marquês de Cascais. O título de Marquês de Cascais foi criado em 19 de Novembro de 1643,para D. Álvaro Pires de Castro, fronteiro-mor e alcaide-mor de Lisboa e conselheiro de Estado; D.Álvaro Pires de Castro foi embaixador de D.João VI a França, por morte de D. Luís XIII e, em reconhecimento da sua fidelidade a D.Afonso VI, D.Pedro desterrou-o para Ançã. O concelho de Ançã acabou por ser também extinto a 31 de Dezembro de 1853, aquando de uma grande reforma administrativa ocorrida em Portugal. Barcouço acabou por integrar o concelho da Mealhada, no qual ainda hoje se mantém.
Extinto o diminuto concelho de Barcouço em 1834, a sua freguesia foi integrada no concelho de Ançã que, com o seu termo, era do senhorio de D.Luís de Castro, Marquês de Cascais. O título de Marquês de Cascais foi criado em 19 de Novembro de 1643,para D. Álvaro Pires de Castro, fronteiro-mor e alcaide-mor de Lisboa e conselheiro de Estado; D.Álvaro Pires de Castro foi embaixador de D.João VI a França, por morte de D. Luís XIII e, em reconhecimento da sua fidelidade a D.Afonso VI, D.Pedro desterrou-o para Ançã. O concelho de Ançã acabou por ser também extinto a 31 de Dezembro de 1853, aquando de uma grande reforma administrativa ocorrida em Portugal. Barcouço acabou por integrar o concelho da Mealhada, no qual ainda hoje se mantém.
Como foi referido, a actual Igreja Paroquial não é a primitiva, pois antes desta terão existido duas, uma no Lugar da Igreja Velha, topónimo de grande significação, e uma outra no mesmo local onde se encontra a actual Igreja Paroquial. O Segundo tempo foi construído com os materiais da primitivo igreja que foi sagrada em 1321, embora seja possível que a sua edificação remonte a épocas anteriores. O actual tempo paroquial faz parte do património cultural e edificado da freguesia, assim como a capela de S.José e os vestígios da Igreja Velha. Como locais merecedores de uma visita, encontram-se o Adro da Igreja e as ruínas de Rio Covo.
A agricultura e a vitivinicultura são as actividades mais tradicionais da freguesia e mantêm.se ainda hoje como uma importante fonte de rendimentos, porém, a pequena indústria e o comércio implantaram-se no local, ocupando uma considerável percentagem de população, contribuindo assim para o progresso e desenvolvimento de Barcouço.
Patrimonio
Local: Grada
Data: 1761
Data: 1761
Capela de arquitectura simples e despretenciosa, de feição rural. Apresenta um pequeno campanário sob o qual se observa um curioso relógio de Sol
Local: Adões
Data: Século XX
Data: Século XX
Capela dedicada a Nossa Senhora do Livramento, de arquitectura simples, de feição rural. Observa-se um pequeno campanário e duas curiosas aberturas para deixar entrar as esmolas.
IGREJA PAROQUIAL
FONTE DE SAZES
Local: Barcouço
Data: 1899
Data: 1899
Fonte de mina, situada no espaço do Jardim do Centro de Dia de Barcouço.
Local: Cavaleiros
Data: 1600
Data: 1600
Capela dedicada a São Simão, de arquitectura simples mas com finos recortes, como é o caso do telheiro que cobre a porta de entrada, com colunas em pedra. Na trava que fica sob o vão da porta principal está inscrito a data de 1600.
Local: Ferraria
Data: 1972
Data: 1972
Capela de arquitectura simples com telheiro a cobrir a porta de entrada. Pinta da de branco com friso em cinzento. Inscrição: “Construída em 1972”.
Local: Ferraria
Data: 1964
Data: 1964
Fonte revestida com azulejo azul e branco. Tem forte presença no largo onde se insere. Inscrição: “CM Mealhada 1964”.
Local: Rio Covo
Data: Século XX
Data: Século XX
Capela de pequenas dimensões mas com alguns pormenores interessantes. Dedicada a São José foi erguida como forma de pagar uma promessa por uma graça concedida.
CAPELA DO PISÃO
Na. Sra. do Ó em Junho;
S. Tomé no dia 25 de Julho;
S. Bento na terça-feira de Páscoa;
S. José no dia 19 de Março em Rio Covo. Leitão à Bairrada; Chanfana; Cabrito assado; Negalhos; Cabidela de Leitão.
Negalhos
Ingredientes:Para 4 a 5 pessoas
- 2 buchos de carneiro
- 250 g de toucinho
- 1 cebola
- 2 folhas de loureiro
- 2 cravinhos
- 2 colheres de sopa de azeite
- 5 dl de vinho tinto
- 5 dl de água
- 2 dentes de alho
- 1 ramo de hortelã
- sal
- pimenta
1. Limpam-se e arranjam-se os buchos ( Prepara-se o bucho como a dobrada, isto é, lava-se impecavelmente, raspa-se e escalda-se).
2. Em seguida, cortam-se em quadrados, no centro dos quais se coloca um bocadinho de toucinho e uma folha de hortelã.
3. Envolvem-se formando umas trouxinhas, que se atam com uma linha grossa.
4. Colocam-se os negalhos num caçoilo (tacho de barro) com a cebola picada, as folhas de louro partidas, os cravinhos, o azeite, o vinho tinto, a água, os dentes de alho, sal e pimenta.
5. Tapa-se e leva-se ao forno durante 3 horas.
Boa tarde
ResponderExcluirPorque não consta aqui a capela de São Tomé?
Pior ainda são algumas fotos não pertencerem sequer, à freguesia de Barcouço.
ExcluirDenota-se bem como o património (religioso) está decadente, a precisar de restauro.