sábado, 15 de outubro de 2011

FREGUESIA DE ALCAFACHE

rEGIÃO               CENTRO


SUB  REGIÃO   DÃO LAFÕES


DISTRITO         VISEU


CIDADE           MANGUALDE
FREGUESIA     ALCaFACHE



Adicionar legenda



Brasão:
Escudo de verde, cruz da Ordem de Malta, lira de ouro e fonte de prata jorrando água de prata e azul, tudo bem ordenado. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: «ALCAFACHE».








Bandeira: 
Esquartelada de amarelo e verde. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.



Selo: 
Nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Alcafache - Mangualde».
Parecer emitido pela Comissão de Heráldica emitido em 18 de Março de 2004, nos termos da Lei nº 53/91, de 07 de Agosto.
Publicado em Diário da República - III Serie, nº 147 de Junho de 2004.

Os Símbolos Heráldicos da Freguesia de Alcafache encontram-se registados na Direcção Geral das Autarquias Locais com o nº. 147/2004 de 6 de Julho.

Justificação dos Símbolos
Cruz da Ordem de Malta - representa o facto da Ordem do Hospital ter tido bens em Alcafache, peitando voz e coima, sem os oficiais da coroa entrarem nos prédios, o que mostra que esses haveres eram importantes já em finais do século XIII; os referidos haveres da Ordem do Hospital foram certamente o princípio da Comenda de Alcafache na Ordem de Malta, sendo que do século XV para o século XVI, Alcafache era um concelho desta Ordem.

Lira - representa a vertente cultural e desportiva desta freguesia, que é representada pelas colectividades aí existentes, como é o caso da Sociedade Filarmónica de Tibaldinho (a mais antiga e centenária), do Grupo Coral de Alcafache, da Associação Desportiva e Cultural de Tibaldinho, do Movimento de Jovens Cristãos de Alcafache e da ALCATUNA, além de ter tido Rancho Folclórico.

Fonte - representa as afamadas Termas de Alcafache, situadas no vale do rio Dão; estas termas são indicadas para o tratamento de reumatismos, bronquites, rinites e laringites crónicas. Em complemento às actividades regulares, as Termas de Alcafache em colaboração com a Região de Turismo Dão-Lafões, são responsáveis pela organização de um conjunto de animações culturais.

A HISTÓRIA

A freguesia de Alcafache fica situada na margem esquerda do Rio Dão, no concelho de Mangualde, distrito de Viseu.
É constituída pelas povoações, Aldeia de Carvalho, Casal Mendo, Casal Sandinho, Termas e Tibaldinho.

O povoamento do território que corresponde à actual freguesia é muito remoto, como o atesta a toponímia local, representativa nos casos de “Pedra Alta” (alusão arqueológica), “Banhos” e “Termas”, que nos transportam para as nascentes de águas minerais existentes na freguesia e que teriam sido utilizadas pelos romanos, os quais ocuparam a região de Zurara.

As suas marcas tornam-se evidentes na “Ponte Romana”, que liga as povoações de Alcafache e S. João de Lourosa, bem como os concelhos de Mangualde e Viseu.
O topónimo de “Alcafache”, é de origem árabe e aparece no século XIII sob a forma de Carafáchi e Alcaafáchi.
Nas Inquirições de 1258, está patente o foro da cavalaria da terra de Zurara, sendo citada uma cavalaria sob o título de Caafáchi.

Nas Inquirições de 1290, fala-se da freguesia de S. Vicente de Alcaafáchi e revela-se a existência de bens da Ordem do Hospital, que eram já importantes em finais do século XIII e foram o princípio da Comenda de Alcafache na Ordem de Malta.
Alcafache, do século XV para o XVI era um concelho desta Ordem.
D. Manuel I concedeu-lhe foral, em Lisboa, a 6 de Maio de 1514.
O concelho de Alcafache terá sido extinto no século XVIII. Nessa altura aparece já como freguesia do concelho de Zurara.




Viria a integrar, mais tarde, o concelho de Mangualde, a que hoje pertence, logo que este se formou.


PATRIMÓNIO E TURISMO
Património Arquitectónico:

Igreja Matriz 


Templo construído no final do século XVIII, sendo a capela-mor mandada construír pela Universidade de Coimbra. O seu padroeiro é S. Vicente.




Capelas: 

no lugar de Sta. Maria, no limite da Aldeia de Carvalho;
- Capela de Na. Sra. dos Prazeres,

                                - Capela de Sta. Cruz
                                               na Aldeia de Carvalho;
                      - Capela de Na. Sra. de Fátima,
                                       no lugar de Banho;
- Capela de Na. Sra. da Saúde,
capela particular, que se situa-se no lugar de Banho;



- Capela de S. Frutuoso, em Casal-Mendo;


- Capela de Na. Sra. da Piedade, em Casal-Sandinho;


- Capela de São Miguel, na aldeia de Mosteirinho;


- Capela de S. Lourenço ,
neste templo existe também uma imagem de Santa 
Bárbara. Localiza-se na aldeia de Tibaldinho.


Pelourinho: 
 


Na freguesia existem dois. Um, na Aldeia de Carvalho; outro, na povoação de Mosteirinho.

Nichos/Alminhas: 
Nos lugares de Pêso, Casal-Sandinho e à Quintinha.


Fontes:
- Fonte de Tibaldinho;
- Chafariz de Aldeia do Carvalho. Construído em 1943;
- Fonte de “Chafurdo”, no lugar de Dónegas, limite de Casal Mendo;
- Fonte de Casal-Sandinho.



Forno Comunitário:
 Existe um em Tibaldinho, que foi reconstruído e pertence à Igreja (Santíssimo Sacramento).





Casas Senhoriais:
- Casa de Santa Eufêmia
, localiza-se na povoação de Tibaldinho.












Cruzeiros:
- Cruzeiro da Lama, situa-se no limite de Tibaldinho;
- Cruzeiro de Aldeia de Carvalho;
- Cruzeiro de Mosteirinho.





Ponte Romana –
Situa-se no lugar de Banho. Faz parte da 1ª via romana e liga as duas margens do rio Dão, assim como os concelhos de Mangualde e Viseu. 







Via Romana 
Também conhecida por via romana de Alcafache que ia de Viseu a Seia, passando por várias freguesias do concelho.








Associação Desportiva e Cultural de Tibaldinho 








Foi fundada a 13 de Dezembro de 1976. Conjuntamente com o Grupo Coral de Alcafache, deu lugar ao Centro Social e Desportivo de Tibaldinho. Promove o desporto.






Sociedade Filarmónica de TibaldinhO






Fundada a 24 de Dezembro de 1901, criou, e tem a funcionar, uma Escola de Música;











Grupo Coral de Alcafache 
Teve início a 26 de Setembro de 1975. A sua actividade encontra-se ligada ao Grupo Polifónico e Grupo de Cantares de Janeiras;


Grupo Coral “Jovens Cristãos” de Alcafache 


Fundado em Janeiro de 1992. A sua sede situa-se no Centro Paroquial de Alcafache.

Alcatuna de Alcafache


Património Natural:

Termas de Alcafache 
  Situam-se junto ao rio Dão. As suas águas estão indicadas no tratamento de várias doenças do foro respiratório e reumático.

Toda a região da Freguesia tem o Dão a seus pés, o que constitui uma bonita paisagem que convida a longos passeios a pé.



FESTAS E ROMARIAS

Festa de São Vicente –

 Celebra-se a 22 de Janeiro, no Lugar da Igreja em Alcafache.

Festa de Na. Sra. dos Prazeres –
 Realiza-se no Domingo de Pascoela, no limite de Aldeia do Carvalho.

Festa de Santa Cruz –
Celebra-se no dia 4 de Maio em aldeia do Carvalho.

Festa de São Frutuoso –
Comemora-se no Domingo a seguir ao da Pascoela em Casal-Mendo.

Festa de Na. Sra. da Piedade –
Realiza-se na 1ª quinzena de Setembro em Casal-Sandinho.

Festa de São Lourenço –
Festeja-se no dia 10 de Agosto em Tibaldinho.

Festa de Santa Barbara –
Celebra-se a 4 de Dezembro em Tibaldinho.







Gastronomia: 
Cabrito assado no forno, torresmos à moda da Beira com batata cozida, cozido à portuguesa, peixe do rio Dão com molho de escabeche, arroz de cabidela de coelho ou da serra;






Torresmos a moda da Beira com batatas


Ingredientes:

1,20 kg de batata
Banha
Colorau
Pimenta branca
Sal
2 folhas de louro
3 dl de vinho branco
1 Kg de entrecosto
1,50 Kg de barriga de porco

Confecção:

1.   Corta-se a barriga e o entrecosto em pedaços grandes, tendo o cuidado de que todos tenham febra e gordura.
2.   Tempera-se a carne com sal, folhas de louro, pimenta e colorau.
3.   Rega-se com metade do vinho branco e deixa-se marinar de um dia para o outro.
4.   No dia seguinte escorre-se a carne e leva-se ao lume a fritar até alourar muito bem.
5.   Acrescenta-se o resto do vinho branco, um pouco de banha e a calda da marinada.
6.   Cozem-se as batatas com pele.
7.   Dispõem-se as batatas numa travessa, peladas e cortadas à fatias grossas.
8.   Deitam-se os torresmos por cima.
    9. Servem-se muito quentes, regados com a gordura onde foram fritos.

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