Sonhei que era a tua amante querida,
A tua amante feliz e invejada ;
Sonhei que tinha uma casita branca
À beira de um regato edificada…
Tu vinhas ver-me, misteriosamente,
A horas mortas quando a terra é monge
Que reza. Eu sentia, doidamente,
Bater o coração quando de longe
Te ouvia os passos. E anelante,
Estava nos teus braços num instante,
Fitando com amor os olhos teus !
E, vê tu, meu encanto, a doce mágoa :
Acordei com os olhos rasos d’água,
Ouvindo a tua voz num longo adeus !
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