REGIÃO CENTRO
SUB REGIÃO
MEDIO
TEJO
MEDIO
TEJO
DISTRITO SANTAREM
CIDADE TORRES NOVAS
FREGUESIA Paço
FREGUESIA Paço
Pal, atiumpaccio, paaço... topónimo que descobre uma forte tradição nobiliárquica, referindo-se, talvez, ao palácio de algum nobre de «pergaminhos» da região (ideia reforçada pela designação Paço das Donas). Até ao Século XIX, pertenceu à comarca de Santarém.
A Freguesia encontra-se situada na zona Norte do Concelho e tem como Padroeira Nossa Senhora do Pranto.
Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Armas - Escudo de vermelho, torre coberta de ouro, arvorando uma bandeira de prata, carregada de uma coroa antiga de azul e assente num monte de prata. Coroa mural de três torres de prata. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: " PAÇO - TORRES NOVAS ".
Autoria do brasão e bandeira
João Carlos Lopes
Simbologia
A tradição refere a existência de uma antigo palácio ou paço, que estaria na origem da toponímia que dá nome à freguesia. A torre coberta de ouro, pretende evocar o antigo paço da tradição
Bandeira - Esquartelada de azul e amarelo, cordão e borlas de ouro e azul. Haste
Simbologia
A tradição refere a existência de uma antigo palácio ou paço, que estaria na origem da toponímia que dá nome à freguesia. A torre coberta de ouro, pretende evocar o antigo paço da tradição
Bandeira - Esquartelada de azul e amarelo, cordão e borlas de ouro e azul. Haste e lança de ouro.
Fundada provavelmente antes de 1932, data em que pela primeira vez é referido o topónimo, como freguesia, Paço é uma povoação com fortes tradições nobiliárquicas. O próprio nome é elucidativo. Paço vem de “palatium”, “paacio”, “paaço” - o palácio de algum importante senhor da região. Poderá ainda significar convento, mosteiro, casa religiosa. A tradição refere a existência de uma antigo palácio ou paço, que estaria na origem da toponímia que dá nome à freguesia. A torre coberta de ouro, pretende evocar o antigo paço da tradição
Bandeira - Esquartelada de azul e amarelo, cordão e borlas de ouro e azul. Haste e lança de ouro.
Mas a primeira hipótese deverá ser a mais verosímil. O facto de ser também conhecida como Paço das Donas faz supor que aqui tivesse havido algum solar ou recolhimento nobre.
Situada em terrenos férteis, propícios à agricultura, Paço pertencia, no século XIX, à comarca de Santarém. Foi um curato de apresentação do Patriarcado, segundo o “Dicionário Geográfico Manuscrito”, ou do Padroado Real, de acordo com a “Estatística Paroquial” de 1862.
Tinha nessa altura, esta freguesia, 843 habitantes. Curiosamente, tem actualmente cerca de 700, o que vem de encontro à diminuição generalizada da população no concelho e mesmo no distrito. O templo paroquial é um templo isolado no campo, num local alto da freguesia. Do adro da igreja, pode contemplar-se um panorama de grande beleza. No seu interior, tem altar-mor de talha vulgar, com a imagem do orago, dois altares colaterais, dedicados ao Espírito Santo e à Nossa Senhora do Rosário. No corpo da igreja existem ainda dois nichos, coro sobre colunas de pedra e um púlpito de varanda com balaústres de pau-santo.
A ermida de Santo António, do lugar de Soudos, é um pequeno templo aldeão. A imagem do orago é uma escultura de pedra, quinhentista. O Menino encontra-se em pé sobre o livro sagrado.
Finalmente, o solar de Vargos. Grande residência rural do século XVIII, com entrada nobre, e uma escadaria de soberba traça para uma varanda de colunas. No interior, uma série de salas com tectos apainelados de madeira e restos de um antigo espólio de muito valor.
Em 1758, esta casa pertencia ao capitão Manuel Lopes Moreira, passando depois por várias famílias. A capela da casa foi por ele edificada em 1726 e dedicada à Sagrada Família. Templo barroco, com empena recortada e sineria de três ventanas. Interiormente, um revestimento de azulejos azuis e brancos. Nos rodapés, estão representadas cenas profanas - caçadas, paisagens - e na parte superior passagens da Sagrada Família.
Uma capela que, embora particular, nada deixa a desejar à maioria dos templos do concelho. A capela-mor, coberta de uma abóbada de berço, também é azulejada com imagens religiosas. No retábulo do altar-mor, de talha setecentista, estão as imagens da Senhora de Santana, S. Joaquim e S. José.
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Actividades económicas: Agricultura, fabrico de malhas, carpintaria, serralharia civil, padaria, construção civil, comércio e serviços
Festas e Romarias:
Festa da Padroeira (1.ª quinzena de Set.), S. Braz — Vila do Paço (fim-de-semana mais próximo de 3 de Fev.), Festa dos Bolinhos e Água Pé — Vargos (1 de Nov.), Festa dos Caçadores (domingos variáveis de Nov.), Santo António — Soudos e S. Sebastião — Pousos
Feiras: Mensal, em Soudos (2.º domingo de cada mês)
Património: Igreja matriz, Capela de Santa Ana na quinta de Vargos e Capela de Santo António
Outros Locais: Solar de Vargos, galeria do pintor australiano Sam Abergromby e turismo rural
Gastronomia
Migas de Bacalhau à Manuel Pescador Ingredientes
1 kg de pão de trigo150 g de pão de milho
3 cebolas médias
700 g de bacalhau
3 dentes de alho
5 tomates maduros
3,5 dl de azeite
1 colher de chá de colorau
1 colher de chá cheia de massa de pimentão
1 ramo de coentros
1 ramo de salsa
Sal e pimenta
Modo de Preparo
- Num tacho de barro, leva-se ao lume o azeite, as cebolas e os dentes de alho às rodelas, os tomates limpos das peles e sementes, a massa de pimentão, o colorau, a salsa e os coentros picados.
- Desfia-se o bacalhau em cru, tiram-se as peles e as espinhas e coze-se.
- Coloca-se num alguidar de barro vidrado o pão de trigo cortado às fatias e o pão de milho desfeito.
- Por cima deita-se o refogado, passado por um passador de furos, e um pouco de água da cozedura do bacalhau; junta-se o bacalhau.
- Tempera-se com sal e pimenta.
- Mexe-se muito bem.
- Depois de se deixar abeberar, serve-se com enguias assadas no espeto.
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