REGIÃO
norte
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SUB REGIÃO
trás-os-montes
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DISTRITO bragança
CIDADE vinhais
FREGUESIA Paçó
BRASÃO - escudo vermelho, pelourinho de prata entre duas lebres de ouro, em cortesia. Coroal mural de prata que quatro torres. Listel branco, com legenda a negro: « PAÇÓ - VINHAIS».
Bandeira - esquartelada de branco e vermelho. Cordão e borlas de prata e vermelho. Haste e lança de ouro.
Freguesia constituída pelos lugares de Paço e de Quintela, é designada de Paço de Vinhais para se distinguir de outras povoações com os nomes de Paçô e Passô.
No termo desta freguesia registam-se diversos topónimos indiciadores da existência de estações arqueológicas, que depois de devidamente exploradas fornecerão valiosas indicações sobre o povoamento do actual território da freguesia. Sabe-se que os romanos andaram por aqui como atestam a ponte e o troço de estrada romana, e uma moeda de prata, com a efígie de Tibério aqui encontrada. Numerosos sinais de romanização foram também encontrados no castro de Quintela, sendo ainda visível o fosso construído para minimizar a vulnerabilidade do povoado, do lado noroeste, e a passagem da única linha de muralha. Mas antes dos romanos, outros povos por aqui passaram e se fixaram. Disso nos parece falar o topónimo "Montão de Terra", que para o abade de Baçal era "uma autêntica anta, já violada, como mostra a depressão central, e tem valor especial por acrescentar aos nomes populares já tão variados destes monumentos o de Montão de Terra, que agora surge pela primeira vez.
O mesmo autor fala ainda de outros topónimos de referências arqueológicas como "Tumbiadouro", onde há umas elevações naturais de terrenos em forma cónica, cobertas de carvalhos, que muito bem podiam servir de anta natural", e "Fraga da Moura", onde "há uma longa galeria por um fragueiro adentro, que termina em poço fundo". Conta ainda que "há poucos anos andaram lá três homens de Vinhais à procura de tesouros; tiraram mais de trinta carros de entulho mas nada encontraram do que procuravam". Intensa pesquisa foi a que o levou a correr "uma a uma as muitas fragas do Cabeço da Pena Escrita do termo de Paço.
Antiga vila e sede de concelho extinto em 1836, o seu topónimo deriva de "paacioo", termo arcaico filiado no latino "palatiolu", morada senhorial, de senhor de Honra ou de "villa" agrária, este caso o mais provável. Teve aqui várias propriedades o Colégio dos Jesuítas de Bragança. Em Quintela possuiu o mosteiro leonês de Moreirola algumas propriedades de que não fazia foro à coroa. O reitor de Paço foi da apresentação da mitra com 150 mil réis de rendimento. A povoação sede da freguesia teve foral de D. Dinis, dado em Lisboa a 9 de Setembro de 1310, e foral novo outorgado por D. Manuel I a 4 de Maio de 1512. Alguns anos depois foi levantado o pelourinho manuelino que não sobreviveria à extinção do concelho.
Numa das suas visitas a esta freguesia, o abade de Baçal disse que "não podemos despedir-nos de Paço de Vinhais, apontamos no nosso canhoto de notas em 30 de Abril de 1932, numa excursão a estes sítios sem nos referir à dor de alma que nos causou ao ver o capitel do seu pelourinho a servir de batente à porta de uma loja de bois! É de granito, oitavado, decorado por três ordens de ornatos, que se repetem, alternando em cada face do octógono. Num, uma torre com três janelas, terminada em triângulo coroado por uma cruz; no outro, um triângulo encimado por três círculos contínuos em linha recta e no outro uma carantonha. O centro da base apresenta o orifício onde encaixava o fuste da coluna". E o bom do abade, então, implorava: "Que a mentalidade indígena se amercie do monumento, lídimo brasão do seu povo, mandando-o restaurar, como fizeram os de Vinhais, ou recolher a um museu, onde documentará a importância da sua terra, a glória dos que, pelo seu valor mental, cívico e económico, souberam triunfar abraçados à ideia municipalista, égide de incalculáveis benefícios sociais. É possível que, procurando cuidadosamente, ainda apareçam as outras pedras do monumento".
Felizmente a mensagem foi escutada e compreendida. Homens de cultura como o Pde. Francisco Afonso conseguiram sensibilizar e mobilizar a população, tendo sido detectados alguns dos restos do antigo e nobre monumento, pelo que se promoveu o seu restauro no largo principal da aldeia. Belo e erguendo-se em toda a sua imponência tem como única peça original o capitel que servia de batente na tal loja de bois.
Ali em frente ao pelourinho eleva-se a magnífica igreja matriz de S. Julião. Possui no interior um acervo patrimonial deveras assinalável: a talha barroca de estilo nacional no altar-mor, nos laterais e nos retábulos, para além de pinturas do século XVIII nos tectos. De grande mérito é também a igreja de Quintela, bem como a Capela de S. Lourenço, mas não se pode esquecer o Santuário de Nossa Senhora da Ponte. Ermida de construção recente, alpendrada, no seu recinto se reúne grande número de pessoas durante o segundo fim-de-semana de Julho. Munidas de suculentos e abundantes farnéis, repartem o tempo entre as sombras dos ramos compridos dos castanheiros e dos salgueiros das margens do rio e as manifestações religiosas e recreativas de um bem elaborado programa que lhes é proposto.
Gastronomia
Doce de Ginjas
Ingredientes:
- 1 kg de ginjas
- 1 kg de açúcar
Modo de Preparo
- Lave as ginjas e retire-lhes os pés e os caroços.
- Leve o açúcar ao lume com 1/3 do seu peso em água e deixe ferver (limpando-o da espuma durante a cozedura), até fazer ponto de cabelo (32º Baumé ou 160ºC).
- Junte as ginjas e deixe cozer 25 minutos.
- Coloque o doce em frascos ou tigelas e cubra, depois de frio, com papel vegetal humedecido em álcool.
Lugar maravilhoso é Paçó e Quintela, graças a DEUS o ano passado pude ir conhecer esta terra de onde em 1880 saiu meu Bisavô GERMANO AUGUSTO LOPES para o Brasil.
ResponderExcluirSó lamento não ter achado nenhum parente e os que encontrei não souberam ou não quiseram falar nada, parece que não se preocupam com seu passado.
Mas o lugar é maravilhoso, as pessoas também, voltarei com certeza, para continuar minhas pesquisas de minha ancestralidade.
Saudo a todos os moradores de Paçó e Quintela, e também Santa Cruz.
Mozar Lopes - Castro-Paraná-Brasil
Cermano Augusto filho de Venâncio José Lopes e Balbina dos Santos, natural de Quintela, 24 anos de idade, solteiro, teve passaporte atribuido em 1880.06.07 levando para o Brasil, como acompanhante, seu irmão Carlos Alberto, de 19 anos e pelo qual era responsável.
ExcluirA Junta de Freguesia de Paçó erra ao considerar a Fraga da Moura como pertencente ao termo de Paçó. Sempre se considerou incluida no termo de Rio de Fornos. As marras do baldio assim definem:"do marco de Cubos em linha directa à raina do moinho do Mosteiro, dali para o marco da Eira Velha, dali, pela rodeira a leste da Fraga da Moura, para a Portela d'Agrade".
ResponderExcluirSempre o Abade de Baçal se referiu à dita Fraga da Moura como sita no termo de Rio de Fornos.
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