Bulhão Pato - Amigo íntimo de Almeida Garret e Ale xandre Herculano.
Segundo Nuno Catharino Cardoso, "com a morte de Bulhão Pato,
desapareceu, em Portugal, o último representante do romantismo".
Desperta, em "Confissão", a sua crença antiga:
Fui na infância católico exaltado;
tudo era para mim edificante;
ver o altar, ver o trono cintilante,
ouvir, na igreja, a voz do órgão sagrado!
Foi se apagando o amor arrebatado,
e a ciência levou-me, num instante,
com o sopro glacial e penetrante,
o edifício de luz do meu passado!
Deitei-me aos pés dos grandes missionários,
na eloqüência e na fé extraordinários;
mas nenhum me deu sombras de esperança!
O crenças infantis, talvez agora,
volteis a mim, ardentes como outrora:
diz-se que um velho torna a ser criança!...
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