SUB REGIÃO PINHAL INTERIOR
DISTRITO LEIRIA
CIDADE POMBAL
FREGUESIA ALBERGARIA DOS DOZEBrasão
Escudo de verde, locomotiva de prata, realçada de vermelho, entre uma asna diminuta de verguetas, de ouro e uma bilha de ouro, as três figuras dispostas em pala. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: " Albergaria dos Doze"
Bandeira:
Branca. Cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.
Selo:
Bandeira:
Branca. Cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.
Selo:
Nos termos da Lei, com a legenda: " Junta de Freguesia de Albergaria dos Doze- Pombal"
SIMBOLOGIA
Cor Verde –
SIMBOLOGIA
Cor Verde –
Representa a cor de pinhal que envolve a localidade.
O verde representa também a esperança num futuro cada vez melhor.
Asna-
representa o albergue que evoca a origem do nome da Freguesia e a hospitalidade e acolhimento que os habitantes desta terra sempre têm demonstrado ao longo dos tempos.
Locomotiva-
Simboliza o grande desenvolvimento que trouxe a toda a região a construção da Linha do Norte.
Bilha-
Relembra a fama que a água de Albergaria adquiriu outrora pela sua qualidade, o que levou à sua comercialização na estação da CP. o recipiente utilizado era uma bilha de barro. As vendedeiras aguardavam as paragens dos comboios e gritavam bem alto o pregão: " Comprem bilhas com água!!
História
A povoação cresceu num vale que é rasgado pelo rio Arunca e é atravessada pela via de caminho de ferro, Linha do Norte. A povoação é abraçada por um manto de pinheiros que originou, desde muito cedo, indústrias resinosas e as de madeiras.
A maior altitude da principal via férrea portuguesa é atingida quando esta atravessa o túnel de 659 metros de comprido, concluído em 1863, sob uma colina por detrás do campo de futebol do Vale das Éguas,
com marco geodésico de 314 m de altitude, no qual também se faz a delimitação do concelho de Pombal com o de Ourém, a nascente e a Sul e com o de Leiria , do lado poente.
Albergaria dos Doze foi outrora localidade de passagem e estalagem de viajantes que em busca de repouso aqui procuravam a albergaria ou albergue. A albergaria foi fundada por D.Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques, isto pelos anos de 1170.
É provável que a sua localização tenha sido junto de onde muito mais tarde, em 1566 se veio a dar início à construção de uma capela em evocação de Nossa Sra da Consolação, sendo aí celebrada a 1ª missa em 1572, hoje Centro Cultural Padre Peronilho.
O determinativo "dos Doze", aplicado tanto à Freguesia como à povoação, como mesmo ao lugar, poderá ter resultado da Feira Mensal que aqui se realiza a dia 12 de cada mês.
Resta contudo a dúvida quanto a saber se a feira é anterior ao nome da terra ou se esta antecedeu a feira somente com o nome de Albergaria, hipótese que considero a mais provável.
Outra explicação, esta de tradição oral, assenta na lenda de 12 cavaleiros da Távola Redonda, ou ainda, no facto da Rainha Santa Isabel aqui ter pernoitado no albergue, a caminho de Pombal, a fim de evitar a luta entre D.Dinis e seu filho D. Afonso IV, sendo então acompanhada de 12 escudeiros.Facto histórico é pelo menos a reconciliação de D.Dinis, com o seu filho que foi feita na então vila de Pombal,isto no ano de 1323
Apesar de muito antiga, a povoação de Albergaria dos Doze só em 1923 viria a ser freguesia. Fazia parte até então da freguesia de S. Simão de Litém. Para efectuar qualquer registo, para se recensear, para pedir qualquer atestado, havia que ir a S. Simão e os caminhos eram maus e inseguros. A memória do povo fala de um Padre de nome António Pereira Gonçalves que pregava em Albergaria há mais de 50 anos, ainda que dependente da paróquia de S. Simão, e a quem se deverá muito do empenho na construção de uma consciência colectiva albergariense que se afirmava desejosa de autonomia. Veio a falecer em 1918.
Em 1912, para o substituir, veio para Albergaria, na qualidade de capelão, embora já aposentado da Freguesia de Poiares, o Padre Manuel dos Santos Petronilho. A experiência trazida de outras paróquias veio a ser decisiva no arranque para a constituição de uma nova freguesia religiosa - Albergaria dos Doze. O Padre Petronilho, conjuntamente com outras pessoas interessadas, enviaram várias cartas ao Vigário Geral no intuito de conseguirem a instituição duma paróquia eclesiástica, com sede na capela de Albergaria dos Doze, hoje Centro Cultural Padre Petronilho. D. José Alves Correia, depois de repetidas insistências do povo de Albergaria, admitiu criar a paróquia depois de ser criada a freguesia civil. Havia agora que cumprir a Lei nº 621 de 23 de Junho de 1916.
É de salientar que já em 1910, numa conjuntura de mudança da Monarquia para a Républica e com a correspondente instabilidade do Estado, os Albergarienses tinham tomado conta da Junta de Freguesia de S. Simão de Litém, tendo então mudado a sua sede para Albergaria dos Doze. 0 processo pró-freguesia levantou pois diversas quezílias com o povo da freguesia mãe, S. Simão de Litém, problemática de que muito bem dá conta a Breve Narração Histórica de Albergaria dos Doze, escrita em 1936, por alguém que assina por J. Albergaria e que se pensa seja justamente o padre Petronilho. Para maiores detalhes sobre esta questão, recomenda-se a sua leitura.
O processo pró-freguesia esteve algum tempo parado nas cortes mas, em Dezembro de 1922, entrou em discussão. Os diferendos com S. Simão viriam a terminar com a criação da Freguesia de Albergaria dos Doze, exactamente com a publicação do Decreto-Lei 1413 de 19 de Março de 1923, no então Diário do Governo, I série, nº 73 de 10 de Abril desse mesmo ano. Houve grande comemoração com música e foguetes
Lutou-se depois pela freguesia religiosa, aquela que aparentemente se desejara ainda mais de início. O então Bispo de Leiria, 0 Reverendíssimo Sr. D. José Alves Correia da Silva cumpriu a promessa que havia feito e, a 15 de Maio de 1923, cerca de um mês após a criação da Freguesia Civil, criou também a paróquia de Albergaria dos Doze, tendo por Orago Nossa Senhora da Apresentação, coincidente geograficamente com a freguesia civil e constituída pelos mesmos lugares.
PATRIMONIO
Estação FerroviáriaAqui existia um depósito com 200.000 litros de água destinado ao abastecimento das máquinas a vapor e que foi destruído em 1987. Quando os comboios eram puxados por máquinas a vapor, não havia nenhum que não parasse na estação para se reabastecer. Tal como se "saciava" a sede ao comboio, fazia-se o mesmo aos passageiros que compravam pela quantia de 2$50 urna bilha de água, vendida em bilhas de barro. Com a electrificação da via desapareceu essa paragem obrigatória e consequentemente o comércio das bilhas com àgua, que tinham marca: “Água de Albergaria”. É a 21ª Estação da Linha do Norte. in "Albergaria dos Doze - As Partes e o Todo " Prof. Dr. Ricardo Vieira Igreja Velha
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Gastronomia
Presunto (Albergaria dos Doze)
Tipo: Aperitivos
Tipo: Aperitivos
Ingredientes:
1 perna de porco
alho q.b.
colorau q.b.
sal q.b.
vinho q.b.
1 perna de porco
alho q.b.
colorau q.b.
sal q.b.
vinho q.b.
Modo de Preparação
1. Primeiro esfrega-se muito bem a perna de porco com sal; envolvendo-a posteriormente com mais sal, durante um período de 40 a 45 dias.
2. Após a cura a perna é lavada.
3. Deixe secar um pouco e depois barre a perna com uma massa composta de alho, colorau e vinho.
4. Ponha no fumeiro aproximadamente 30 dias.
Sirva cortado em fatias finas.
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