segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

FREGUESIA DE ALCOCHETE

REGIÃO                    LISBOA
SUB-REGIÃO            PENINSULA DE SETUBAL
DISTRITO                 SETUBAL
CIDADE                   ALCOCHETE
FREGUESIA             ALCOCHETE


Brasão
Escudo vermelho, um pelourinho de prata rematado por esfera armilar de ouro, ladeado por dois montes de sal de prata; ponta ondeada de prata e azul.
Coroa mural de prata de três torres.
Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas:
«FREGUESIA DE ALCOCHETE».




Bandeira
Amarela
Cordão e borlas de ouro e vermelho
Haste e lança de ouro.

Selo
nos termos da lei, com a legenda:
«Junta de Freguesia de Alcochete».


HISTORIA
A freguesia de Alcochete, é uma de três freguesias do Concelho e sua sede.
Faz fronteira com as freguesias de Samouco e S. Francisco do mesmo concelho e com os concelhos de Montijo,  Palmela e Benavente.
Conta com uma população de 9.100 habitantes (de acordo com os censos de 2001), distribuídos muito heterogeneamente por uma área de 119,51 quilómetros quadrados. Possui mais de 8.000 eleitores inscritos.
Situa-se na margem esquerda do estuário do Tejo e tem uma localização privilegiada na Área Metropolitana de Lisboa.
A sua orla ribeirinha é muito extensa e tem amplas zonas de sapal.
As condições proporcionadas pelas margens do rio explicam a existência de salineiros, pescadores, marítimos e, outrora, importantes estaleiros navais, moinhos de vento e indústria para a seca de bacalhau.




A acentuada proximidade com o Ribatejo, justifica a presença dos campinos e dos forcados.
Importa ainda referir que esta é uma freguesia que possui uma zona rural bastante vasta mas com pouca densidade populacional.
Recentemente com a construção da Ponte Vasco da Gama, passou a ser apetecível como zona residencial, porque, além de múltiplos atractivos, dista apenas cerca de vinte minutos de Lisboa e dos acessos à auto-estrada do Norte.






A Junta de Freguesia de Alcochete, tem a sua sede na Rua Ruy de Sousa Vinagre, possui um pólo descentralizado na Fonte da Senhora (zona rural) e outro na Rua do Bocage (Sala I, zona urbana).





CARECTARIZAÇÃO
O topónimo "Alcochete" crê-se derivar de uma expressão árabe que significa "forno" e aparece referenciado, desde o ano de 308, em fontes históricas, apesar de não existirem, até ao momento, quaisquer tipos de vestígios da presença árabe na região.
No entanto, não é possível, ao certo, saber de quando data a sua fundação.
Há outras fontes que levantam a hipótese da mesma ter sido entre os séculos VII e IX, outras ainda, referem que foi após a conquista de Lisboa aos árabes por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, no séc. XII.

Vários foram os reis que atribuíram importância a Alcochete. D. João I e D. João II passaram aqui longas temporadas de repouso e de lazer e o infante D. Fernando – irmão de D. Afonso V – chegou mesmo a estabelecer aqui a sua residência, na qual viria a nascer, em 1469, o futuro rei D. Manuel I, monarca que atribuiu foral à vila de Alcochete, em 17 de Janeiro de 1515.
Nos séculos XVII e XVIII verificou-se um acentuado desenvolvimento da exploração do sal e do negócio da lenha.
 O concelho foi extinto em 1895, por decreto, e restaurado três anos depois após empenhadíssimas manifestações de protestos por parte da população.
O primeiro encontro do visitante com o coração da vila de Alcochete é, muitas vezes, o Miradouro das Palmeiras, hoje denominado “Miradouro Amália Rodrigues”. O encanto da muralha a bordejar o rio, convida-nos à descida, em direcção à Igreja de Nossa Senhora da Vida, passando pelo casario do Bairro das Barrocas (constituído por casas onde, outrora, residiam os marítimos e pessoas ligadas ao mar) e desembocando na Igreja da Misericórdia, junto à ponte-cais. É obrigatório percorrer a ponte-cais para cheirar e sentir a maresia ouvindo o calmo enrolar das ondas na maré-cheia, o baloiçar dos barcos, o piar das gaivotas…
 Ao cair da tarde, é forçoso prolongarmos o passeio ao Jardim do Rossio, mergulhados no verde ou encostados ao rio e seguir até à Praia dos Moinhos onde o pôr-do-sol é inesquecível



A história de Alcochete tem sido muito investigada e contada de várias formas por diferentes autores. Não é, por isso, nossa pretensão disponibilizar mais uma versão dos factos, mais ou menos bem escrita e consistente, do ponto de vista histórico.
 
Neste espaço é possível, consultar algumas referências relativas a datas e personalidades ligadas à história da  Freguesia.














– D. Sancho II doou a Póvoa de Alcochete à Ordem de Santiago (1224);





– No termo de Alhos Vedros, criou-se a paróquia de Nossa Senhora da Sabonha. Esta incluía as Póvoas de Aldeia Galega e Alcochete (1249);








– Vasco Gil Moniz mandou edificar o solar dos Monizes de Lusignano, actual edifício da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898;

 – D. João I tinha um paço real em Alcochete.

– O infante D. João, mestre da Ordem de Santiago, concedeu a Alcochete o estatuto de sede da Ordem.

– D. João II estabeleceu residência em Alcochete, elevando-a a vila.


– O infante D. Fernando estabeleceu residência em Alcochete.

– Construiu-se a Igreja Matriz;

– Nasceu em Alcochete o futuro rei D. Manuel I (1469);


– D. Manuel I atribuiu carta de foral a Alcochete.

– A nobreza instalou-se em Alcochete construindo aqui os seus solares (1515);

 – É desta época que datam o solar dos Netos, reconstruído sobre fundações do século XV, o antigo solar dos Patos (actual Centro Paroquial de Alcochete), o solar dos Pereiras (actual edifício dos Paços do Concelho), o desaparecido solar dos Condes de Unhão Teles de Menezes, o solar onde funcionou a Biblioteca Municipal;

– D. Sebastião concedeu aos oficiais que trabalhavam nos estaleiros de construção naval, em Alcochete, direitos iguais aos dos que trabalhavam na Ribeira das Naus (1547);








– Edificou-se a Igreja da Misericórdia (1563);

– Afonso Figueiredo mandou edificar a Ermida do Espírito Santo (1577);

    
– Data deste século a primeira grande intervenção na Igreja Matriz.

– Fernão Patto Correia mandou construir a Casa dos Pattos (solar dos Soydos);








– Jacôme Ratton instalou-se na Barroca d'Alva, promovendo o desenvolvimento económico e agrícola da região;


– Construiu-se, em madeira, a ponte-cais de apoio ao transporte fluvial de bens e pessoas, entre Alcochete e Lisboa;

– Construiu-se o Bairro Novo, no aterro da zona denominada Barrocas do Mar;

– Construiu-se o Bairro Moyzém (1875);







– D. António Luís Pereira Coutinho doou à Câmara Municipal uma área de 14000 m2, destinada a passeio público;

– João Ferreira Prego, 1º Barão de Samora Correia, mandou construir um solar em terrenos adquiridos à Câmara Municipal (1837);

– Inauguração da Escola Primária Conde de Ferreira (1866);

– O concelho de Alcochete é anexado ao de Aldeia Galega (Montijo), por decreto de 26 de Setembro (1895);

– Restauração do município, por decreto de 15 de Janeiro (1898).


MUSEU MUNICIPAL
O Museu Municipal de Alcochete congrega o Núcleo-sede, o Núcleo de Arte Sacra (localizado na Igreja da Misericórdia) e o Núcleo do Sal (estabelecido junto à Salina do Brito).








MUSEU TOURINO





Localizado no edifício-sede do Aposento do Barrete Verde, o Museu Taurino constitui-se como um espaço dedicado à preservação das memórias e lendas da Festa Brava.
A agremiação do Aposento do Barrete Verde foi fundada a 20 de Agosto de 1944, com a missão de organizar as Festas do Barrete Verde e das Salinas

 No 1º andar do 
edifício existem várias salas de exposições dedicadas ao salineiro, ao forcado e ao cavaleiro.
Nelas podem ser observadas várias colecções de fotografias, trajes, peças, troféus,... memórias alusivas às figuras emblemáticas e que contribuíram sobremaneira para a construção da identidade alcochetana. Estes espaços existem desde os anos 60
No 2º andar há um salão cujas paredes estão "carregadas de sonhos e tradições, tantos corações e tantas almas lembradas...". Memórias guardadas em aguarelas, fotos e painéis de azulejos



Localizado no edifício-sede do Aposento do Barrete Verde, o Museu Taurino constitui-se como um espaço dedicado à preservação das memórias e lendas da Festa Brava.
A agremiação do Aposento do Barrete Verde foi fundada a 20 de Agosto de 1944, com a missão de organizar as Festas do Barrete Verde e das Salinas
No 1º andar do edifício existem várias salas de exposições dedicadas ao salineiro, ao forcado e ao cavaleiro.
Nelas podem ser observadas várias colecções de fotografias, trajes, peças, troféus,... memórias alusivas às figuras emblemáticas e que contribuíram sobremaneira para a construção da identidade alcochetana. Estes espaços existem desde os anos 60
No 2º andar há um salão cujas paredes estão "carregadas de sonhos e tradições, tantos corações e tantas almas lembradas...". Memórias guardadas em aguarelas, fotos e painéis de azulejos

CIRIO MARITIMO
O Círio dos Marítimos de Alcochete é um dos seis círios que ainda se realizam em honra de Nossa Senhora da Atalaia.
Segundo a tradição oral, a origem desta festa/romaria remonta ao século XV.
Começa na véspera do dia de Páscoa com a chegada por barco dos gaiteiros (grupo de baterista e gaita-de-foles). No dia de Páscoa, os gaiteiros vão de porta em porta convidar as jovens e mulheres do concelho para o almoço.
Na segunda-feira realiza-se a procissão e o leilão das bandeiras, pintadas e bordadas propositadamente, e dos tradicionais doces, Fogaças.
Depois da arrematação, regressa-se a Alcochete, onde tem lugar o desfile das jovens montadas nos burros, pelas ruas da vila.
Nos dias de festa, cabe ao festeiro servir o almoço e o jantar, nos quais participam as pessoas que arrematam as bandeiras e as fogaças.

Antigamente, a festa era organizada por um marítimo que tivesse filhos varões e, até à Atalaia, iam as meninas casadoiras acompanhadas pelos irmãos.
Hoje recria-se com muita fidelidade esta tradição secular.






BARRETE VERDE E DAS SALINAS

Realizam-se anualmente, começando no segundo fim-de-semana de Agosto e prolongando-se por mais alguns dias e homenageiam três figuras da terra: o forcado, o salineiro e o campino.
As festividades taurinas, com particular destaque para as largadas de touros, são um dos pontos altos.



Nesta noite (sábado para domingo) o tempo parece parar e, Alcochete é, por momentos, o centro do Mundo. Nos improvisados fogareiros de rua, estrategicamente distribuídos, há sardinhas, febras, entremeadas... e, claro, o vinho, distribuídos generosamente por todos os transeuntes que os queiram consumir. Nada mais importa, salvo a confraternização e a alegria esfusiante de cada um. Surge a “charanga” com um som contagiante, rodeada de uma multidão de foliões. Até o Sol raiar, Alcochete canta e dança...








Carismática desde sempre é, também, a realização da homenagem às três figuras centrais que os festejos honram – o forcado, o salineiro e o campino. Uma tradição distinta, precedida por um cortejo de invulgar composição, cor e beleza. Um verdadeiro ex-libris das Festas do Barrete Verde e das Salinas.
Na dimensão religiosa da festa, o ponto alto é a procissão por terra e mar com a imagem de Nossa Senhora da Vida que chega à vila a bordo de uma embarcação típica do Tejo.
Não só pela beleza que encerra em si, como também pela forma como é levada a efeito, por Mar e por Terra.

A Procissão em Honra de Nossa Senhora da Vida, no Domingo, é a fé de mãos dadas com a devoção a fluir numa terra onde a tradição, exibida com orgulho e brilhantismo, segue os mais fortes pergaminhos da cultura portuguesa.
Depois, a par da vertente dos espectáculos musicais, as tradicionais largadas, que decorrem ao longo dos dias de comemorações. Enchem as ruas com verdadeiras multidões, envoltas em frenéticas ondas de êxtase, alegria e coragem


 FESTA S JOÃO BATISTA
O alcochetano como todos os portugueses da beira-rio são pescadores... salineiros... devotos; o seu padroeiro é o S. João Baptista
Poderemos encontrar, na noite de 23 para 24 de Junho eventos religiosos, fogueiras, bailes populares, arraiais e muita animação, onde não falta a febra, o vinho e, também, a sardinha assada.


GASTRONOMIA
Fogaças de Alcochete
Ingredientes
• 500g de farinha de trigo 
• 100g de margarina (derretida em banho maria com três colheres de água) 
• 6g de canela em pó 
• 350g de açucar amarelo 
• raspa de um limão 
• 2 ovos
• 1 gema de ovo 

Modo de Preparação


1.   Coloca-se no copo a farinha,a canela, o açucar e a raspa do limão, depois
2.   deita-se a margarina derretida no interior e os ovos,
3.   programa-se 3 minutos Vel. espiga, até obter uma bola de massa. 
4.   Se a massa não estiver bem ligada, molham-se as mãos (as vezes que forem necessárias) em agua morna e
5.   amassa-se bem até que a massa fique bem ligada. 
6.   Para verificar se a massa está boa, retira-se uma pequena bola e certifica-se se a massa não se pega ás mãos. 
7.   Faz-se bolinhos e pincela-se com a gema de ovo.
8.   Vai ao forno cozer por 15 minutos.


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