sábado, 26 de novembro de 2011

FREGUESIA DE PAÇO DE SOUZA



REGIÃO             NORTE
SUB REGIÃO     TAMEGA
DISTRITO          PORTO
CIDADE             PENAFIEL
FREGUESIA       PAÇO DE SOUZA

HERALDICA

Brasão

Escudo azul, cavaleiro com corda em volta do pescoço, de ouro, realçado a negro, encimado por cruz orbicular de ouro, ladeado à dextra por espigas de milho folhada, de ouro, à sinistra, por cacho de uvas de púrpura, folhado de verde e perfilado de ouro; ponta ondada de prata e azul de três tiras. 


Coroa Mural: 
De prata de quatro torres. 

Listel: 
Branco, com a legenda a negro: "PAÇO DE SOUSA"



Bandeira: 
Esquartelada de branco e verde. Cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.




Selo: 
Nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Paço de Sousa







HISTÓRIA
 Vila do concelho de Penafiel e distrito do Porto, com a área de 8, 35 Km2. Pertence à comarca de Penafiel e à diocese do Porto. Deriva o seu nome do Paço de Truitesindo Galindiz e sua mulher D. Anímia Sisnandus, fundadores do mosteiro, e por estar situada no Vale do Sousa. 


No lugar de Casal d' Ouro existem sepulturas de inumação dos séculos III-IV e no monte de Crestelo há vestígios de um castro. O cenóbio primitivo foi fundado em meados do século X, talvez em 956, na margem direita do ribeiro de Gamuz. Já era habitado em 962, num lugar chamado Palacioli, dando origem à freguesia do mosteiro com a invocação de Santa Maria do Corporal. O 1º Abade do mosteiro, D. Randulfo, fez o seu testamento em 994, sendo o mais antigo documento existente de Paço de Sousa (Livro dos Testamentos do Mosteiro de Paço de Sousa, 1972). 




A 29 de Setembro de 1088 foi sagrado o altar-mor (antigo) da igreja monástica, pelo Arcebispo de Braga p. Pedro. A Basílica do Salvador é a actual igreja paroquial, com três naves e transepto. 






O Couto de Paço de Sousa era uma instituição já demarcada e com foral próprio em 1123. Anexo a este teve outro -o Couto de Casconha. 
As audiências do Couto faziam-se ao pé do Carvàlho de Gamuz, na margem esquerda do ribeiro. 





D. Egas Moniz, Aio de D. Afonso Henriques e símbolo da lealdade portuguesa, foi sepultado em 1146 na igreja do Corporal, em mausoléu com legenda e pedras adornadas de relevos referentes à ida à Corte de Leão. 


A administração económica do mosteiro, desde meados do século XII, foi dividida em Mesa Abacial e Mesa Conventual. 


A 12 de Setembro de 1259, o Bispo do Porto D. Julião incorporou as freguesias de S. Martinho de Velhas, S. Lourenço e Santa Ovaia de Esmegilde na freguesia do mosteiro beneditino, com o título de Santa Maria do Corporal de Paço de Sousa. 
D. Frei João Álvares, Abade Comendatário de 1461 a 1484, com verdadeiro zelo apostólico restabeleceu o espírito monástico. O Arcebispo de Braga D. Frei Bartolomeu dos Mártires veio a Paço de Sousa em 1574 e informou favoravelmente o Papa. Porém, a 8 de Julho de 1579, por sentença do Cardeal Rei D. Henrique, a Mesa Abacial foi desmembrada do mosteiro e entregue aos Jesuítas. 

Edificaram em 1581, perto do mosteiro, uma residência (reformada em 1886) e publicaram o Tombo da Mesa Abacial, impresso em 1593, na cidade de Évora. No dia 1 de Novembro de 1596, tomaram os beneditinos a paroquiação da freguesia que passou a intitular-se Freguesia do Salvador de Paço de Sousa, por ser o Salvador (Transfiguração de Jesus no Monte Tabor) a invocação do mosteiro e da igreja monástica. 
Em 1605 foi demolida a igreja do Corporal, panteão dos fundadores e descendentes. Era contígua à igreja monástica, a norte. 







A monografia do mosteiro foi escrita em 1799 por Frei António da Assunção Meireles, Cartorário-Mor da Congregação de S. Bento, e publicada em 1942 sob o título de Memórias do Mosteiro de Paço de Sousa & lndex dos Documentos do Arquivo. 
O exército francês, aquando da segunda invasão (Soult), em 1809, causou estragos no convento. A extinção do mosteiro deu-se em 1834. 

A 1 de Setembro de 1929 foram inauguradas as obras de restauro da igreja paroquial, por ter sofrido um incêndio a 9 de Março de 1927. 

O Padre José de Aguiar (1874-1947), Missionário no Oriente, coligiu Subsídios para a Monografia do Concelho de Penafiel e dedicou-se, em especial, a Paço de Sousa. 
O Padre Américo Monteiro de Aguiar (23.X.1887-16.Vll.1956) fundou a Casa do Gaiato, sede da Obra da Rua, a 20 de Abril de 1943 e começou a construção das primeiras casas do Património dos Pobres em Fevereiro de 1951. O seu Processo de glorificação canónica teve início em 1986, sendo Postulador da Causa D.Gabriel de Sousa, O.S.B. 





A freguesia de Paço de Sousa foi elevada à categoria de Vila a 20 de Junho de 1991, na Assembleia da República. Em 30 de Junho de 1991 foi lançada a primeira pedra do novo quartel dos Bombeiros de Paço de Sousa.





As actividades económicas locais são, genericamente, a actividade agrária (milho, vinha e pecuária bovina), a pequena indústria (confecções), o comércio e os serviços. 
Uma característica fundamental da população activa é a migração diária de mão-de-obra, principalmente para a Área Metropolitana do Porto.



Caracterização


A vila de Paço de Sousa, fica situada no extenso Vale do Sousa e dista do Porto cerca de 30 quilómetros, sede do seu distrito. Terra de monumentos e obras importantes de onde destacamos o Mosteiro de Paço de Sousa, que lhe serve de Igreja Matriz, onde se encontra sepultado Egas Moniz (aio do primeiro Rei de Portugal) e a obra da Casa do Gaiato, fundada pelo saudoso Padre Américo. 


O inédito e o pitoresco estendem-se de um extremo ao outro da freguesia, onde a intensidade de costumes e ritos que respiram lendas e mistérios, e ainda os medos simples duma população acolhedora, fazem desta terra um conjunto humano harmónico e sugestivo.



Património: 








Igreja paroquial do Salvador (com túmulo de D. Egas Moniz),





                                claustro e chafariz do mosteiro,







cruzeiro da Costeira,
capelas de Santa Eulália,


                                            de S. Lourenço,
de S. Martinho,



de Santa Luzia,
de Nossa Senhora da Conceição (uma na Casa de Sub-Carreira e outras












Gastronomia


ARROZ DE CABIDELA

Ingredientes
1 galinha
dl azeite
3 c. sopa vinagre
1 cebola(s)
2 dente(s) de alho
100 g toucinho
1 folha(s) de louro
1 malagueta(s)
1 tigela arroz
q.b. sal
Preparação:
1. Aproveite o sangue da galinha deitando-o numa tigela com três colheres de sopa de vinagre para que não coalhe. No entanto, como alternativa ao sangue da galinha consulte o seu talho.

2. Numa panela ponha a refogar no azeite a cebola e os alhos picados. Junte-lhe a galinha cortada aos bocados pequenos e os miúdos (excepto o fígado), o toucinho cortado, o louro e a malagueta cortada ao meio. Refogue tudo, tempere com sal e deixe estufar em lume brando.

3. Cubra a carne com água quente, tape a panela e deixe cozer até a galinha ficar macia.

4. Depois de cozida retire a galinha e rectifique a água para que fique na proporção de 3 de água para 1 de arroz para a cozedura do arroz. Assim que levantar fervura junte o arroz.

5. Três ou quatro minutos antes de ficar pronto junte o sangue, misture-o bem, junte também a carne e deixe apurar. 




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