domingo, 13 de novembro de 2011

FREGUESIA DE GAFANHA DE NAZARE


REGIÃO             CENTRO
SUB REGIÃO      BAIXO VOUGA
DISTRITO    AVEIRO
CIDADE             ILHAVO

FREGUESIA       GAFANHA DA NAZARE




HERALDICA
Brasão







 Escudo de prata, navio bacalhoeiro de azul vestido do mesmo, mastreado e encordoado de negro e realçado do campo, acompanhado em orla de uma grinalda de flores de vermelho bordadas de ouro e folhas de verde. Coroa mural de quatro torres de prata e listel branco com letras a negro “Gafanha da Nazaré”.





Bandeira: 
Esquartelada de branco e azul, cordões e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.






Selo: 
Circular com as peças do brasão sem indicação dos metais e cores, tendo circundante entre dois círculos em maiúsculas "Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré".







HISTÓRIA


O Património Histórico deve sempre ser exaltado em qualquer região, visto que retrata as mais profundas origens e os mais importantes acontecimentos de uma povoação.
 A Gafanha era um local de areal inculto, que começou por ser habitada desde o século XVII, e em 1758 já era uma povoação com 14 vizinhos ou fogos e 40 pessoas. No século XIX incrementou-se o povoamento, graças a gentes vindas principalmente dos concelhos de Vagos e de Mira, tão necessitados se encontravam de terra para cultivar. E é curioso verificar como o povo de Ílhavo e de Aveiro nunca se interessou pelo aproveitamento destes areais esbranquiçados e estéreis.
 Em épocas diversas esta região foi ocupada e reocupada por gentes de usos e costumes variados que se entrosaram nos usos e costumes dos caseiros que por aqui se haviam estabelecido com a ânsia primeira de dominarem dunas teimosas e estéreis, à força de braços habituados a trabalhos duros e de vontades de “antes quebrar que torcer”. 
Depois foram os trabalhos nas obras do porto e construção do farol, nos estaleiros e nas secas do bacalhau, nas salinas e na plantação da mata da Gafanha que atraíram esses povos, vindos também do Minho e das Beiras.

 A freguesia da Gafanha da Nazaré, tomou o designativo da padroeira da sua igreja Nossa Senhora da Nazaré. Também se chamou Gafanha da Cale da Vila, por ficar contígua ao esteiro deste nome que conduzia à antiga vila de Aveiro. A antiga “Cale da Vila”, tem uma história recente, que se explica pela formação também recente do seu território, quer pela fixação da sua população que apenas se iniciou há poucas centenas de anos.
Pertencendo desde a primeira hora à freguesia e paróquia de Vagos, em 21 de Março de 1835 passa a depender religiosamente de Ílhavo e em 31 de Dezembro de 1853 foi desanexada civilmente de Vagos e passou a integrar a freguesia de que dependia já não obstante assim estar determinado, a verdade é que a ligação a Vagos perdurou e só um Decreto de 24 de Outubro de 1855 veio definir as fronteiras de Vagos e de Ílhavo. Em 19 de Setembro de 1856 o movimento paroquial de Ílhavo mostrava a Gafanha como terra em franco desenvolvimento, quer sob o ponto de vista demográfico, quer agrícola.
A 31 de Agosto de 1910, por ordem de D. Manuel II é criada a freguesia / paróquia da Gafanha da Nazaré, última a ser criada durante a Monarquia Portuguesa – Publicado no Diário do Governo nº 206 no dia 16 de Setembro de 1910.
A 29 de Outubro de 1969 - a Gafanha da 
 Nazaré é elevada a Vila, como está escrito no Decreto nº 49332 – Publicado no Diário do Governo nº254 (1ª série) 29 de Outubro 1969, que resumidamente justifica com o crescimento demográfico, a zona portuária de Aveiro, a existência da Casa dos Pescadores, Posto Médico da Previdência, Grupo Desportivo, Cinema e Mercado.
 A 19 de Abril de 2001 - é elevada a Cidade a localidade da Gafanha da Nazaré, por proposta do CDS-PP, Lei nº 32/2001, publicada no Diário da República de 12 de Julho de 2001, nº 160, série I-A, página 4230.

Primeiro Povos

As populações que se fixaram, ao longo dos séculos, nesta língua de areia de 150 quilómetros quadrados entre o Oceano Atlântico e a Ria no seu ramo meridional, foram tirando o seu sustento do mar e da terra, sendo de destacar as que se radicam e procriam no que é hoje a Gafanha da Nazaré; 
pelo seu espírito de iniciativa, pela sua capacidade de trabalho e pela coragem perante a adversidade foram a base de reestruturação e incremento da pesca do bacalhau no centro do país, da pesca da sardinha na região de Aveiro, da construção e alargamento do porto comercial, da indústria da construção naval na zona do distrito bem como de um número avultado de outras realizações no sector secundário.
Certamente originários de Vagos, de Mira e das suas imediações, os primitivos colonos da Gafanha prosseguiram nos seus hábitos antigos e nos processos de amanho e cultivo das terras, até porque os inóspitos areais e pousios selvagens eram semelhantes aos chãos onde anteriormente se ocupavam; terrenos da mesma constituição seriam trabalhados por homens dos mesmos costumes, que poderiam usar os mesmos métodos e as mesmas alfaias agrícolas. Aos lavradores de Ílhavo e de Aveiro não seria apetecível a migração para as areias pobres e áridas, a exigirem muita persistência e muita canseira. 
Outros chegariam mais tarde, filhos de diversas regiões, mas vinham sobretudo para os estaleiros, para os barcos, para a pesca, para as secas do bacalhau, etc.; então, a partir da segunda metade do século XIX, já havia ligação estradal para os lados do nascente, em direcção a Aveiro e a Ílhavo.
Aqueles pioneiros, quando apostaram no cultivo das lombas, não encontraram condições capazes de favorecer a germinação das sementes nem matéria orgânica que lhes desse alento. Mas... não desanimaram; aprenderam a apanhar o moliço do fundo da ria, misturaram -no nas areias e a árida e pantanosa «Galafânia» de então tornou-se na promissora e verdejante «Gafanha» de agora. Realizaram o «milagre» e, por isso, sentiam -se certamente livres e felizes; o esforço dava os seus resultados.
Em conclusão, citando o Padre João Vieira Resende, «1º, que o povoamento da Gafanha começou seguramente cerca do ano 1677, época relativamente muito recente, mas mais remota do que muita gente julgava; - 2°, que, embora se não saiba de cultivadores existentes na Gafanha antes de 1677, prova-se no entanto que as suas terras já produziam pão naquela época, o que nos indica ter havido cultivadores anteriormente e, portanto, que o seu povoamento provável teria começado antes de 1677; - 3º, que esse povoamento foi feito, pode dizer-se, quase exclusivamente pelos povos vindos da freguesia de Vagos e, que eles ainda continuaram a povoar até uma época muito próxima; - 4º, que os povos de outras freguesias só muito tarde e muito frouxamente contribuíram para o povoamento; - 5º, que a infiltração destes povos na Gafanha, a princípio morosa e depois quase tumultuária, se explica e justifica documentalmente por necessidades de expansão e cultura; - 6°, que só frouxamente se pode dar foros de verdadeira à tradição de que seriam quatro criminosos os fundadores da Gafanha»

Origem do termo Gafanha

As condições naturais da envolvência das Gafanhas, favoreceram o desenvolvimento de várias espécies vegetais, entre as quais o junco, que passou a constituir mais um elemento fertilizador desta zona. Outrora era utilizada uma expressão “ Vamos lá, vamos lá com Deus gadanhar à praia o junco”, e de acordo com Segundo o Padre Resende, esta expressão “gadanhar” – cortar com a gadanha – que se repetia muitas vezes, terá estado na origem da palavra Gafanha, que hoje identifica esta vasta região.
No entanto existem outras explicações, para a determinação da origem da palavra Gafanha.
O Padre João Gaspar (1986), indica que Gafanha deriva do radical gafo. Esta região arenosa seria, em séculos passados, uma zona onde se deixariam – não para curar mas para os deixar morrer num clima húmido – os doentes que tivessem contraído a doença da gafa ou da lepra; a Gafanha seria por isso uma terra de gafos.
De acordo com o Padre Manuel Maria Carlos, a palavra Gafanha é derivada de Gafânia, que por sua vez teria provindo semanticamente de gafano. Gafano seria o homem destas terras que se sentia ou estava gafado, isto é, agarrado ou submetido pela doença ou por outras razões, mesmo de justiça, e impedido de se deslocar para fora, sem que previamente pagasse a portagem ou conseguisse autorização para isso.
Segundo Leite de Vasconcelos (1942), “Gafanha seria na origem um nome zoológico, ou aparentado biológica ou metaforicamente com o gafanhoto ou ao menos formado como gatanho (=tojo=gatão), onde entra o sufixo – anho, deduzido de murganho (nome de estirpe latina), e aplicado no feminino”.
Uma outra explicação dá-nos a seguinte justificação: Gafanha associa-se a Galafanha, cujas duas primeiras sílabas se contraíram, como aconteceu com Talavarium ou Alavarium que deu Taveiro e Aveiro; por sua vez, Galafanha seria resultado da evolução semântica de Galafânia. Assim, tal designação significaria vulgarmente uma zona pantanosa ou lacustre, abundante em espécies de junco, papiro ou ervas selvagens.
Como actividades principais, destacavam-se a pesca, a apanha do moliço e a salicultura, actividades ancestrais nesta área, e ainda a agricultura e o comércio responsáveis pelo desenvolvimento de algumas das povoações ribeirinhas.
De acordo com Pinho Leal (1873), Gafanha da Nazaré é uma aldeia na freguesia e concelho de Ílhavo, comarca a 3 km’s a oeste de Aveiro. É uma povoação pequena, rodeada pela ria de Aveiro, tendo a Sudoeste a Barra e a fortaleza, e a sul a vila de Vagos. A Este encontra-se Aveiro, cuja cidade está ligada pela A25.





Orago da Gafanha da Nazaré
A Nossa Senhora da Nazaré é a padroeira da Gafanha da Nazaré, a primeira imagem, com cerca de 30 cm, desapareceu e foi substituída por uma que actualmente possui grande valor e pode ser apreciada na sacristia da Igreja Matriz.




Igreja Matriz


 A Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré foi inaugurada em 1912. Posteriormente foi reconstruída na década de 60 e desde então foi centro de múltiplas actividades espirituais e culturais. Esta tem sido adaptada às necessidades da comunidade, possuindo 500 lugares sentados, elevador, auditórios, diversas salas para reuniões de catequese, entre outras facilidades.

Capela da Cale de Vila




Localiza-se no lugar Cale da Vila e é dedicada a S. Pedro. Os festejos em honra a este Santo são em Junho.

Capela da Chave



Localizada na Chave e dedicada à Nossa Senhora dos Aflitos, os festejos em sua honra realizam-se no final do mês de Julho. Outrora antes da construção desta capela os festejos situavam-se na capela da Senhora dos Aflitos.


Capela da Senhora dos Aflitos




Localiza-se no lugar da Chave e foi mandada edificar pelo reverendo António Silva Caçoilo, com licença de bênção de 24 de Dezembro de 1921. Como o nome indica esta capela é dedicada à Nossa Senhora dos Aflitos, que se festeja no final de Julho.

Capela da Nª Srª dos Navegantes


Trata-se da mais antiga Capela da Gafanha, cuja construção se iniciou a 3 de Dezembro de 1863, sob a direcção do Engenheiro Silvério Pereira da Silva. Neste monumento destacam-se paredes ameadas e a ombreira da porta principal, de pedra de Ançã lavrada em espiral, com arco em ogiva.

É também chamada por Capela do Forte, à qual é feita sua procissão em Setembro. Esta procissão sai do Stella Maris em direcção ao Cais dos Bacalhoeiros. A imagem da Nossa Senhora dos Navegantes segue numa traineira principal que é acompanhada por centenas de embarcações até S. Jacinto, esta procissão marítima termina na Capela do Forte, com celebração de uma missa.



Igreja da Sagrada Familia

A Igreja da Praia da Barra encontra-se situada na zona central da Barra, junto do Posto da Barra e do Parque de Campismo. 


É dedicada à Sagrada Familia e a sua construção iniciou em Agosto de 1983. Esta primeira igreja matriz  da paróquia da Barra foi instituída em 16 de Julho de 1989.
Capela de S. João Baptista




Localiza-se na avenida principal da Praia da Barra, perto do Farol e é dedicada ao S. João Baptista, os festejos em sua honra são a 24 de Junho. Como motivo de maior interesse, destacam-se os dois painéis de azulejo da autoria de Lourenço Limas, colocados na fachada em 1949.  



Santuário de Schoenstatt
Este santuário foi inaugurado a 21 de Outubro de 1979 na Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, dedicado à “Mãe e Rainha três vezes admirável”. É um centro de fé Mariano fundado pelo Padre Kentenich. A primeira pedra foi trazida de Roma depois de abençoada pelo Papa João Paulo II e possui uma outra pedra originária do túmulo de S. Pedro.
Este santuário foi inaugurado a 21 de Outubro de 1979 na Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, dedicado à “Mãe e Rainha três vezes admirável”. É um centro de fé Mariano fundado pelo Padre Kentenich. A primeira pedra foi trazida de Roma depois de abençoada pelo Papa João Paulo II e possui uma outra pedra originária do túmulo de S. Pedro.
Gastronomia
A gastronomia típica de cada região revela parte da cultura da população local e está relacionada com as vivências dos seus passados.
A área onde se insere a Gafanha da Nazaré é de facto privilegiada, uma vez que está entre a ria e o mar. Está fortemente ligada ao mar e à pesca sendo os principais pratos típicos, a caldeirada de enguias, enguias fritas ou de escabeche, caldeiradas de peixe, bacalhau confeccionado de diversas formas. Também se destaca a sopa à gafanhão, com couves, feijão, nabos e carne, os folares e o arroz doce.

Caldeirada de Enguias
Ingredientes:
Para 4 pessoas
  • 1,2 kg de enguias
  • 600 g de batatas
  • 100 g de unto de pão velho (gordura da barriga que se deixou rançar)
  • 1 dl de azeite
  • 2 colheres de sopa de vinagre
  • 2 dentes de alho
  • 2 cebolas grandes
  • 1 folha de louro
  • 1 ramo de salsa
  • 1 colher de sobremesa de pós de enguia (gengibre ou de açafrão-da-índia)
  • sal grosso
  • pimenta em pó
Confecção:
1.   Para se amanharem as enguias, retiram-se as cabeças,
2.   lavam-se em várias águas e raspam-se para se retirarem todos os resíduos viscosos (galheiras).
3.   Cortam-se em bocados.
4.   Descascam-se as batatas e cortam-se às rodelas - tanto mais grossas quanto as enguias o forem.
5.   Descascam-se e cortam-se as cebolas ás rodelas.
6.   Num tacho largo põem-se as enguias, as batatas e as cebolas, em camadas alternadas.
7.   Cada camada é regada com azeite e temperada com alho, louro, salsa, pós de enguia, sal e pimenta.
8.   Corta-se o unto em fatias finas e dispõe-se por cima.
9.   Rega-se com um copo de água.
10.               Tapa-se a caldeirada e deixa-se cozer entre 20 a 30 minutos.
11.               Depois das enguias cozidas - reconhece-se pela consistência -, retira-se o unto e esmaga-se com sal grosso.
12.               Junta-se o vinagre a esta papa, que se dilui depois com duas conchas do caldo da caldeirada - estas conchas de caldo devem apanhar o máximo da gordura da caldeirada.
13.               Este preparado tem o nome de «moira» e é deitado sobre as enguias e as batatas.
14.               Do resto do caldo da caldeirada faz-se uma sopa, a que se junta apenas pão torrado e um ramo de hortelã.
Turismo
 O turismo tem-se revelado, um motor importante de desenvolvimento económico e de transformações sociais. Em alguns casos, é o único elemento de dinamização económica do país/região. O desenvolvimento económico e social em curso na Gafanha da Nazaré e Praia de Barra, reflecte-se também na construção de infra-estruturas e no crescente fluxo de turistas que as visitam.
O sector turístico é a principal actividade económica da Praia da Barra. No caso da Gafanha da Nazaré, reconhece-se que tem um grande potencial turístico, devido ao enquadramento ambiental e a nível de acessibilidades.
- Descrição do Posto de Turismo da Barra;
- Galeria de fotografias da Praia da Barra;  
- Folheto do Trilho Ambiental e Cultural no Jardim Oudinot;
- Video promocional da Gafanha da Nazaré e Praia da Barra;
- Listagem de hotelaria da Gafanha da Nazaré e Praia da Barra;
- Horários de autocarros e ferry – boat.


Património

O Património Construído deve ser exaltado em qualquer região, visto que retrata as origens e importantes acontecimentos de uma povoação. Tratam-se de imóveis ou infra-estruturas que para além de serem construções são simultaneamente bens culturais.

A Gafanha da Nazaré, possui um vasto património a este nível, exemplo disso são a Casa Gafanhoa, Jardim Oudinot, Forte da Barra, Guarita, Jardim 31 de Agosto, Porto Bacalhoeiro, Jardim de Alameda, Jardim 31 de Agosto, Porto de Pesca Costeira, Porto de Aveiro, Navio Museu de Santo André, Farol da Barra. Nesta secção será feita uma breve descrição do património construído e serão apresentadas algumas fotografias. 

Casa Gafanhoa
Situada no centro da cidade, na Rua S. Francisco Xavier, a casa foi construída em 1929 e pertenceu à família de Vergílio Ribau e de Maria Merendeiro Filipe. Os traços típicos da casa são simples, com uma porta e duas janelas, com um acesso lateral através de um largo portão que abre para o pátio interior e cozinha. As divisões da casa são de pequena dimensão, tem quatro quartos, um dos quais de hóspedes ou para quem estava doente – era sempre o quarto da frente, o maior e melhor, que assumia esta função, anexo à sala.
 O quarto de casal, tinha acesso igualmente à sala, e os restantes dois quartos eram distribuídos pelos filhos do casal. A sala do senhor ou visitas, era considerada como o lugar de honra da casa. 
 Geralmente utilizada nos dias de festa, especialmente na Páscoa, era também a divisão por onde as figuras importantes entravam (visita pascal, médicos). O pátio era ladeado por um celeiro (onde havia uma caixa para guardar o milho, batatas, feijões), um curral, um estábulo, um galinheiro e uma casa de lenha.
 Houve a necessidade de preservar algumas tradições e de mostrar às gerações actual e vindouras a forma de vida e de subsistência da população local durante as várias décadas, levou à aquisição e recuperação de uma casa gafanhoa, aberta ao público desde Novembro de 2000. Aqui se podem percorrer os vários espaços de uma casa de lavrador rico da década de 20/30, bem como apreciar móveis, utensílios domésticos e agrícolas variados, testemunhos do dia-a-dia dos nossos antepassados. Reconstituição da forma de viver das gentes das Gafanhas. Através da habitação, podemos aperceber a vivência destas gentes ligadas à ria e ao mar, mas também à agricultura.
Jardim Oudinot




Assim denominado em homenagem ao Engenheiro Reinaldo Oudinot – um dos responsáveis pela fixação da boca da barra, acontecimento marcante no desenvolvimento da região – é um local ajardinado, destinado a actividades de lazer e recreio, para a população local e visitantes. 








Pode-se encontrar uma grande variedade de espécies botânicas, originárias de diferentes pontos do planeta, desde os Trópicos até à Zona Boreal, o que torna este jardim bastante agradável e interessante.
Forte da Barra

 Também conhecido por Forte Novo ou Castelo da Gafanha, foi construído para servir de fortaleza militar com o objectivo de proteger Aveiro das investidas dos corsários e das tropas inimigas. Este imóvel de interesse público (decreto/lei nº 735/74 de 21 de Dezembro) serviu igualmente de cadeia muitos anos. Não existem, no entanto dados precisos relativamente à data da sua construção, o que terá acontecido provavelmente no reinado de D. João III.
Guarita









Pequeno edifício, de arquitectura militar, com torre central, local onde alguns investigadores situam o designado “Forte Velho” e teve como função a protecção de sentinelas.


Navio Museu de Santo André


É um antigo arrastão bacalhoeiro, que se encontra ancorado junto ao Jardim Oudinot, desde 23 de Agosto de 2001.É considerado o segundo melhor do mundo na pesca do bacalhau. O "Santo André" nasceu para a pesca em 1948. É hoje um museu que pretende mostrar como se vivia e trabalhava a bordo dos barcos que iam ao bacalhau nos mares gelados do Atlântico Norte.  

Farol

 Foi inaugurado a 31 de Agosto de 1893, este edifício foi projecto da autoria do engenheiro Paulo Benjamim Cabral. Consiste numa torre de alvenaria de formato circular pintada em faixas horizontais brancas e vermelhas encimada por uma lanterna cilíndrica, terminando em cúpula com cata-vento. A escadaria interior, em caracol, é composta por 288 degraus. O foco luminoso situa-se a 61 metros de altura, o que permite os raios de luz de um dos maiores faróis do mundo, se projectem a cerca de 60 quilómetros de distância, interceptando os faróis da Figueira da Foz e de Leça da Palmeira.
Jardim 31 de Agosto  






Situado perto da Igreja Matriz, tem o seu nome ligado à data da criação da paróquia, no ano de 1910. Aqui se encontra a estátua do Padre João Ferreira Sardo, trata-se do primeiro prior e grande impulsionador da criação da Freguesia. 

Este espaço possui, um parque infantil, um campo de futebol, dois campos de ténis, o Centro Cultural da Gafanha da Nazaré e é o espaço onde se realizam os arrais da Padroeira Nossa Senhora da Nazaré.  



Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

O Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, está situado no Jardim 31 de Agosto, sofreu obras de ampliação e remodelação. A inauguração desta obra foi feita a 20 de Junho de 2010, inserido nas comemorações dos 100 anos da Paróquia da Freguesia da Gafanha da Nazaré.
Jardim da Alameda Prior Sardo
 Num dos locais centrais da cidade e muito frequentado por alunos das escolas próximas, existe um espaço verde, confiante com a Alameda Prior Sardo. Além do parque infantil, pode apreciar-se, desde 1986, um pequeno monumento erigido em homenagem a uma figura ilustre da terra, Mestre Manuel Maria Bolais Mónica, construtor naval, que inscreveu o seu nome na história e tradição da pesca longínqua.
Porto Bacalhoeiro


 Durante décadas fonte de rendimento da população local, a pesca longínqua e as tarefas a ela ligadas (secas do bacalhau, oficinas,…) perderam a importância de outrora dadas as condicionantes económicas actuais, impostas pela UE. Ainda assim, é motivo de atracção pela beleza da laguna e de alguns barcos que continuam a dedicar-se à faina marítima.
Porto de Aveiro




 É um porto situado no distrito de Aveiro, inserido numa laguna que constitui a Ria de Aveiro. É uma zona classificada como zona de protecção especial (ZPE), que assume uma especial importância para variadíssimas espécies, no que respeita à conservação de zonas húmidas. 
Este porto tem por objectivo a movimentação de vários tipos de mercadorias, dispõe de vários terminais, onde se faz a movimentação de granéis sólidos ou líquidos, carga geral, entre outras mercadorias. Possui ainda terminais destinados à movimentação de pescado. 
Este porto fornece a zona centro e Norte de Portugal, e a zona centro de Espanha. É administrado pela Administração do Porto de Aveiro (APA), sociedade de capitais exclusivamente públicos que sucedeu à Junta Autónoma do Porto de Aveiro (JAPA), entidade já extinta.






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