quinta-feira, 17 de novembro de 2011

FREGUESIA DE MACINHATA DO VOUGA







REGIÃO             CENTRO
SUB REGIÃO      BAIXO VOUGA
DISTRITO    AVEIRO
CIDADE             AGUEDA
FREGUESIA         MACINHATA DO VOUGA


HERALDICA
Brasão


Escudo de ouro, uma locomotiva dos Caminhos de Ferro de negro, entre dois eucaliptos de verde; em chefe, uma mó de púrpura; campanha ondada de azul e prata. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel Branco, coma legenda a negro: “Macinhata do Vouga”.
Bandeira: 
Esquartelada de azul e amarelo. Cordão e borlas de ouro e azul. Haste e lança de ouro.
Selo: 
Nos termos da Lei, com a legenda “Junta de Freguesia de Macinhata do Vouga – Àgueda”.


HISTÓRIA

A actual freguesia de Macinhata do Vouga pertence ao grupo das freguesias do Concelho de águeda que ocupam as mais vastas áreas territoriais e aproveita os terrenos sedimentares constituídos por aluviões depositadas nas margens do Rio Vouga. 




Tem no entanto, o previlégio de espalhar os seus domínios nas duas margens do rio que, com maior precisão lhe confere e determina o se próprio nome
A povoação, que é muito antiga, aparece já citada em documentos que correspondem à época cristã. Tendo Macinhata pertencido ao Concelho do Vouga, acompanhou as suas transformações ao longo dos tempos. Parece que o actual lugar de Serém foi povoação de grande importância, foi também um concelho antigo, ao qual D. Manuel I concedeu  foral a 3 de Maio de 1514. 



 Mas Serém viu aumentada a sua importância na região, após a fundação, nos princípios do século XVII, do seu convento que seria ocupado somente por doze religiosos da Ordem de São Francisco, cujo titular foi e é ainda Santo antónio.







A Igreja Paroquial de Macinhata do Vouga, que é um templo reconstruído no século XIX, tem por padroeiro São Cristóvão. No nicho da fachada, existe uma escultura de calcário do seu orago, mas do século XVI. O interior é amplo e os seus retábulos apresentam certo interesse. 
Aí se encontram algumas esculturas de madeira: de São Cristóvão e de São Gonçalo de amarante, do século XVIII, e de Nossa Senhora da Conceição, mais antiga. É de mencionar a sua custódia de prata dourada do século XVII mas de tipo comum ao de muitas outras das igrejas da região. Mas a sua pia baptismal toda trabalhada no seu interior e o seu púlpito, que não é vulgar e é uma peça de beleza notável, são merecedores de uma vista demorada.
 O prior  da freguesia, Manuel Gomes Martins, mandou edificar, à sua custa, a Capela-mor da igreja, para o que pediu licença de benção em 1776. No adro da igreja, eleva-se o Cruzeiro datado de 1679. 
Na parte alta da povoação, assenta a Capela de Nossa Senhora da Piedade, cujo titular antigo teria sido São Tiago. O lugar do Beco aparece registado em vários documentos e tornou-se de grande moneada or aí se realizar uma feira no primeiro dia de cada mês, a que acorria também gente das freguesias vizinhas e de outras regiões; se o primeiro dia do mês coincidisse com o Domingo ou qualquer dia santo, a feira realizava-se no dia seguinte, o que foi prática normal também para as feiras de outras povoações.


 Outro motivo de fama e orgulho desta povoação é a Capela de Nossa Senhora da Paz, de construção e reconstrução antigas. A romaria à Senhora da Paz data dos tempos da grande peste nos finais do século XVI. Ao motivo da peste juntaram-se outros, ao longo dos tempos, que perpetuaram a peregrinação à Senhora do Beco. 
As peregrinações das gentes de Mogofores, muito antigas, estão simbolizadas através do círio votivo, em caixa própria, decorada do século XVIII, que se encontra na Capela. Este círio só se acendia durante a Missa em dias de festa da Padroeira ou quando o povo do Couto de Mogofores vinha até aí em procissão. 
No belo retábulo de calcário, encimado pela imagem do Padre Eterno, encontra-se, em lugar de destaque, a escultura de Nossa Senhora da Paz; trata-se de escultura antiga, cujos elementos são a imagem da Virgem com a sua coroa de prata oferecendo uma romã ao Menino a que se alia a pombinha como simbolo da Paz. Nos retábulos colaterais, a Virgem do Rosário com o Menino, e a Fuga da Sagrada Familia para o Egipto, em relevo.


No lugar da Mesa, existe um modesto templo, onde se encontra uma escultura de São Sebastião que aí é venerado. Na mesma povoação, em casa própria, pode observar-se um brasão do século XVIII, de escudo esquartelado. Na pequena capela do lugar do Carvoeiro, reconstruída, no nicho da fachada, existe uma escultura de São Silvestre muito antiga, de pedra 


Regista-se também o lugar da Cova, junto à margem do Vouga, local da exploração da barca de passagem para a outra margem, comunicação que durante séculos, manteve grande actividade no transporte de pessoas e de bens. Fazia-se assim a passagem do rio Vouga entre o referido local da Cova, situado na margem esquerda, e o lugar de Serém na margem direita.



 Em Serém, um dos lugares mais conhecidos, do velho e afamado Convento de santo António praticamente só existe a igreja, que já é posterior à fundação, e da qual desapareceu a maior parte do recheio que foi levado para outras igrejas. 




Mas, sobre o arco cruzeiro 
dispõem-se ainda as imagens do Calvário, isto é, o conjunto com as esculturas de Cristo Crucificado, Madalena abraçada à base da Cruz e São João, o discípulo dilecto
Conservam-se ainda alguns azulejos de São Francisco que não foram destruídos e pertenceram a painéis antigos.




GRUPO FOLCLORICO



MUSEU FERROVIARIO

Localização:
O Núcleo Museológico de Macinhata do Vouga situa-se na estação com o mesmo nome, no Ramal de Aveiro.
Edifício:
O Núcleo Museológico de Macinhata do Vouga, situado na segunda estação do Ramal de Sernada a Aveiro (do Vale do Vouga), ocupa antigas instalações adaptadas para o efeito.
Exposição:
Pode apreciar-se o espólio das companhias ferroviárias Nacional e Vale do Vouga.




 Igreja 

Foi reconstruído em meados do séc. XIX. Peças de valor: São Cristóvão de calcário gótico, séc XVI. São Gonçalo de Amarante séc. XVIII; Sra. da Conceição séc. XVII; Custódia de prata séc.XVII. 





 Gastronomia
Arroz de  Açafrão  

Ingredientes

· 5 xícaras (chá) de arroz
· 1 colher (sopa) de açafrão-da-terra (cúrcuma) em pó
· 9 xícaras (chá) de água
· Sal a gosto
· 1/2 xícara (chá) de manteiga
· 250 g de amêndoa sem pele torrada e picada
· 200 g de passa sem sementes
· salsa picada a gosto
· 4 gemas

Acessório: 
Forma de 25 cm de diâmetro com buraco no meio untada com manteiga.
 

Modo de fazer

1.  Cozinhe o arroz com o açafrão na água com sal.
2.  Depois de cozido, reserve.
3.  Aqueça a manteiga numa panela.
4.  Junte o arroz e mexa bem.
5.  Misture a amêndoa, a passa e a salsa.
6.  Adicione as gemas, uma a uma, mexendo bem.
7.  Aqueça no forno em temperatura média.
8.  Ponha o arroz na forma e leve ao forno por 20 minutos.
9.  Desenforme e sirva.

Dica: 
O açafrão-da-terra empresta sua cor ao prato e dá um leve sabor amargo.
  

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