quinta-feira, 7 de julho de 2011
O MESMO E O OUTRO - AMADEU TORRES
O MESMO E O OUTRO
Entre o focar vezeiro e o disparar da Olympus
Interjecta-se o autor, o mago, a construção,
Como entre o lapidar e o achar nos garimpes
Ou como entre a mimese e a utopiação.
A consciência teórica hoje em decrescência
Adorno e Horkheimer dizem-nos que aconteceu!
E assim na imitação é que se põe a essência
Das artes como sendo a norma do Liceu.
Ora Aristóteles entende menos raso
Na Retórica e Poética o conceito velho:
Não é a cópia morta que resolve o caso,
Nem algo em que a cultura da natura é espelho,
O memetismo em clone nem gémeos alcançam
As artes entre o mesmo e o outro é que balançam.
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