quinta-feira, 21 de julho de 2011

FREGUESIA DE REBOREDA

rEGIÃO      norte
SUB  REGIÃO   MINHO LIMA
DISTRITO VIANA DO CASTELO
CIDADE    VILA NOVA DE CERVEIRA
FREGUESIA   Reboreda





Brasão:
Escudo de verde, Agnus Dei de prata, nimbado de ouro, sustendo com a pata uma haste cruzetada de ouro, com lábaro de prata carregado de uma cruz firmada de vermelho, e dois ramos de carvalho de ouro, com três folhas de prata e duas landes de ouro, tudo em roquete; pé ondado de prata e azul de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "REBOREDA".

Bandeira:
Branca. Cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.
Selo:
Nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Reboreda - Vila Nova de Cerveira"


INFORMAÇÃO SUMÁRIA

Padroeiro:
S. João Baptista. 

Sectores laborais:
Construção civil, pequena indústria, hotelaria, agricultura e pecuária.


Tradições festivas:
Santo Amaro, Senhora do Alívio, S. Roque e Senhora de Fátima.





Valores Patrimoniais e aspectos turísticos:


Igreja paroquial, cruzeiro de Leiras, Torre de Penafiel, Chã de Agoeiros e castro agrícola.

Gastronomia:
Arroz de lampreia, enchidos de porco e debulho de sável.
Artesanato:
Miniaturas em madeira.
Colectividades: 
Associação Cultural e  Recreativa de Reboreda, Rancho Etnográfico de Reboreda, Associação  Amigos dos Espaços Naturais de Reboreda - Vila Nova de Cerveira.


RESENHA HISTÓRICA

Situa-se a 5 Km da sede do concelho de Vila Nova de Cerveira, faz confrontações a Norte com a Freguesia de Campos e Nogueira; a Sul com a Freguesia de Lovelhe; a Nascente com a Freguesia de Candemil e a Poente com o Rio Minho.
Reboreda é composta pelos lugares de Bemposta, Gamil, Gandarela, Gávea, Gontige, Ratoeira, Rua, Santo Amaro, São Sebastião, Telheirinhas.

Em 1258, é citada na lista das igrejas, situadas no território de Entre Lima e Minho, que pertenciam ao bispado de Tui.


Neste documento, cujo original se encontra na Torre do Tombo, denomina-se "Ecclesia de Revoredo de Cerveira". Em 1320, aparece enquadrada no arcediagado de Cerveira, sendo uma das igrejas do bispado de Tui no território de Entre Lima e Minho. Nesse ano, foi-lhe aplicada uma taxa, que devia ser paga ao rei D. Dinis, de 120 libras.
Gozava, pois, de razoável situação económica. Quando, em princípios do século XVI, as freguesias de Entre Lima e Minho foram incorporadas na diocese de Braga, D. Diogo de Sonsa mandou avaliá-las. O seu rendimento foi então calculado em 86 réis. Em 1546, São João de Revoreda encontrava-se inserida na Terra de Vila Nova de Cerveira, rendendo 70 mil réis.

O Censual de D. Frei Baltasar Limpo, na cópia de 1580 utilizada pelo Padre Avelino J. da Costa na elaboração do seu livro "A Comarca Eclesiástica de Valença do Minho'', refere que São João de Reboreda era da apresentação de padroeiros leigos, conforme se documentava nos "registos antiguos e no livro das mostras dos títulos do Cardeal Iffante hàs fl. 171". Acrescenta ainda que o arcebispo D. Diogo da Silva havia confirmado uma doação, feita por certas pessoas, a António de Abreu do padroado desta igreja, que, segundo os registos do livro de visitação do vigário, pertencia ao rei. Segundo afirma o Padre António Carvalho da Costa (Chorographia Portuguesa) era abadia da apresentação da Casa do Carqueijal e outros. Mais tarde, foi da alternativa da Coroa, Casa dos Francos e Casa dos Camilos.

Em termos administrativos, aparece, em 1839, na comarca de Monção e, em 1852, na de Valença.


Gastronomia


Debulho de Savel

Ingredientes
Savel
Sal
Salca
Louro
Cravinho
Vinho verde tinto
Cebola
Azeite
Pimentão
Arroz

Modo de Preparo
1.  O sável deve ser bem escamado e limpo.
2.  Em seguida, corta-se a cabeça e o deguladouro (posta junta à cabeça).
3.  Junto a este está o fígado ao qual se extrai o fel.
4.   Tiram-se as ovas e aproveita-se todo o sangue possível que irá servir para a calda.
5.  Cortam-se, também, o rabo e as postas mais pequenas.
6.  Num recipiente, coloca-se então o debulho, que é composto pela cabeça, deguladouro, o rabo, as postas mais pequenas, as ovas e o fígado.
7.   Tempera-se com sal, salsa, louro, pimenta, cravinhos e cobre-se com vinho verde tinto.
8.   Deixa-se marinar durante umas horas.
9.  Num tacho, pica-se uma cebola grande e deita-se um pouco de azeite, vai ao lume e logo que a cebola esteja estalada, adiciona-se um pouco de pimentão, o debulho e a respectiva calda.
10.             Cozido o peixe, retira-se para um recipiente ao lado.
11.             À calda inicial, junta-se a água necessária para cozer o arroz e uma boa colher de vinagre.
12.             Assim que o arroz esteja cozido, junta-se o debulho e rectificam-se os temperos.
Deixa-se repousar uns minutos e serve-se o arroz a fugir pelo prato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário