EPITÁFIO PARA UM SANTO OBSCURO
Nunca sonhou ser santo,
Nem suspirou que o distinguira o Céu.
Viveu, morreu a um canto
Da casota e da aldeia em que nasceu.
Nem ele mesmo conheceu
Os Dons que dispensou tão vil, gratuitamente,
Que só os santos reconhece
De oficial aprovação.
Silêncio, pedra tumular!
Esse que aí jaz, merece
Que só Lá onde altares nada são
Se eleve o seu altar.
Jose Regio
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