quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

DOCES CONVENTUAIS -

Doces conventuais
Por Yannah Raslam, colaboradora do Portal Brasil e residente em Portugal
- A cana de açúcar é cultivada desde a antiguidade. Entre os séculos VI e IX os árabes promoveram a expansão do "al sukkar" para o mediterrâneo.
- Pedro Álvares Cabral difundiu o açúcar para o novo mundo: Antilhas e Brasil.
- Com o advento da expansão e exploração marítima houve uma abundante oferta de açúcar e especiarias e a culinária portuguesa rapidamente integrou o uso desses produtos em suas receitas.
- No mesmo período, as populações que moravam nas redondezas dos mosteiros e conventos eram obrigadas a pagar tributos pelo uso da terra. Os impostos eram pagos por meio de aluguel (rendas), execução de trabalhos e doação de produtos agrícolas, entre eles os cereais, frutas, legumes, especiarias, açúcar, amêndoas e ovos.
- As claras dos ovos eram utilizadas para confeccionar hóstias, clarificar vinhos e engomar vestes religiosas.
- Os doces conventuais surgem e/ou são aprimorados no século XVI devido à grande oferta de açúcar, especiarias e gemas que seriam desperdiçadas.
- Os mosteiros e conventos muitas vezes serviam como hospedarias para famílias nobres e reais e estes comensais deveriam ser servidos com o que houvesse de mais caro, nobre e requintado. O açúcar e as gemas apareciam aí: o açúcar como um produto importado, caro e quase restrito às elites. E o ovo, quem poderia se dar ao luxo de engomar roupas com as claras ao invés de comê-las? Apenas quem tivesse uma enorme disponibilidade deste produto, à custo zero e não dependesse dele para saciar sua fome.
- Muitos doces trazem em seu nome o lugar onde surgiram: Pastéis de Tentúgal, Pastéis de Santa Clara, Ovos Moles de Aveiro e Pão de Ló de Alfazeirão são exemplos. Pudim de leite, pão de ló, arroz doce, ambrosia, suspiros, ovos nevados (farófias) e curnocópias são alguns outros exemplos das doces iguarias conventuais.
- O mais tradicional e internacional dos doces conventuais portugueses é, com certeza, o Pastel de Belém, produzido desde 1837 no Mosteiro dos Jerônimos, Rua de Belém, Lisboa, cuja receita é secreta. Todo o resto são apenas Pastéis de Natas...
- As receitas conventuais também incluem a fabricação de licores à partir de frutas frescas, abundantes em Portugal tais como morangos, pêssegos, maçãs, pêras e ginjas, uma espécie de cereja ácida que nasce em solos calcários e arenosos. Destaque para a Ginja de Alcobaca e Óbidos.
FONTES: Base de dados do Portal Brasil, Governo de Portugal, Editora Abril, Wikipédia e Yannah Raslam.


Pastel de Belém
Ingredientes
  • ½ litro de leite integral
  • ½ litro de creme de leite fresco
  • 400 g de açúcar
  • 10 gemas
  • 1 pacote de massa folhada canela em pó
Modo de preparo

  1. Em uma panela misture o leite, o creme de leite e o açúcar.
2.    Leve ao fogo até subir a fervura.
3.    Tire do fogo e deixe esfriar.
4.    Depois de frio, misture as gemas até formar um creme.
5.    Coloque a massa folhada nas forminhas.
6.    Acrescente o creme.
7.    Leve ao forno quente por mais ou menos 20 minutos.
8.    Ao tirar do forno salpique canela em pó bem no centro do doce.
Rendimento: 30 a 40 unidades, dependendo do tamanho da forminha

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