segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

FREGUESIA DE RIBADOURO


REGIÃO               NORTE
SUB  REGIÃO   TAMEGA         
DISTRITO         PORTO
CIDADE            BAIÃO
Freguesia Ribadouro





Brasão: escudo de ouro, um barco rabelo de negro, realçado de prata, mastreado e cordoado de negro, vestido de vermelho e vogando num ondulado de azul e prata de quatro tiras; em chefe, duas laranjeiras arrancadas de verde e frutadas de ouro. Coroa mural de prata de 3 torres, Listel branco, com a legenda a negro: «RIBADOURO _ BAIÃO».
Bandeira: verde. Cordão e borlas de ouro e verde haste e lança de ouro
Selo: nos termos da lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Ribadouro – Baião».
É a freguesia «mais jovem do Concelho», pois foi constituída apenas a 7 de Outubro de 1936, religiosamente e civilmente em 25 de Fevereiro de 1939, integrando lugares que eram de Ancêde e de Santa Leocádia, donde recebeu os lugares de Portomanso, Costa de Cabra, Pala, Cruzes, Surrego, Loureiro, e Portela.

A esta constituição não parece ter sido alheio o contributo do Vigário Geral, Monsenhor Pereira Lopes.
Com cerca de 1000 habitantes e de 300 fogos, fica a 16 Kms da sede de Concelho e tem como orago Santo António.
Local de muito movimento, devido não só às características naturais, de uma beleza extraordinária, mas também ao facto de nela ficar situado o apeadeiro da Pala e a estação de Mosteirô, que serve os concelhos de Baião, Cinfães e Resende.

   Da estrada nacional que margina o Douro é possível fruir das belíssimas panorâmicas sobre o vale, aqui invulgarmente espraiado e abrindo amplas perspectivas sobre os concelhos da outra margem: Cinfães e Resende.


Neste local deu-se um importante combate entre forças Miguelistas de MacDonnel e as do Marquês de Sá da Bandeira.
Ribadouro ficou reduzida a metade pela altura da construção da barragem do Carrapatelo, sendo que o lugar da pala ficou reduzido a duas ou três casas, todas as que existem hoje foram construídas depois de 1972, ano do fim da construção da barragem, foi preservada a capela de S. Gonçalo, a qual parece que está suspensa na água, a quota da barragem está determinada por esta capela assim como pela linha de comboio a qual teve que ser reforçada em alguns locais para evitar o seu desmoronamento.

 È «adornada» com duas imponentes pontes do caminho de ferro e com o belo enquadramento da ponte que liga Baião a Cinfães.
Mosteirô, Portomanso, Crasto, Pala, Sub-Rêgo, Vila Idalina e Portela, são os lugares mais representativos desta freguesia






 


A sua Beleza paisagística granjeou-lhe o nome de «Sala de visitas do Concelho de Baião»

Em relação a festividades e tradições a esta associada, temos a festa a Sto António realizada todos os anos no fim-de-semana a seguir ao dia de Sto António (13 de Junho), sendo neste dia por tradição todas as famílias confeccionarem o Anho Assado, que é uma iguaria da região.
No dia 13 de Junho há sempre uma missa na Igreja Paroquial. Os festejos são realizados durante três dias, no fim-de-semana a seguir, sendo agora o fogo de artifício, uma das atracções destes festejos.

Entre o património arquitectónico civil da freguesia conta-se a elegante ponte dos caminhos de ferro, com vários arcos redondos de cantaria.No monte por cima da Casa da Torre, existe uma estância castreja (castro), comprovadamente romanizada, possuía muralhas e era servida por estrada lajeada (estrada romana) proveniente de Ancede, descendo depois à margem do Douro, num local abrigado e de fácil acostagem de embarcações, o qual mereceu o topónimo "Portomanso".


A bacia hidrográfica do Rio Ovil tem a sua origem no Ribeiro dos Loureiros, na freguesia de Loivos do Monte. É delimitada pelos cabeços das Serras da Aboboreira e do Castelo, de formação granítica.
O rio Ovil tem a sua foz no Rio Douro, mais concretamente no lugar de Portomanso, desta freguesia.
Estamos na presença de um rio que irradia beleza e tranquilidade, em que as quedas de água e a suavidade dos seus prados formam uma bonita e perfeita simbiose.


Foz do Rio Ovil – Portomanso em Ribadouro
As formas das suas águas, esbarram na forma precipitada e descoordenada como faz a sua aproximação no entroncamento com o rio Douro.

Douro
Ao longo da margem do Rio Douro podemos observar muitas e explendidas paisagens uma delas é concerteza a paisagem da margem direita ao longo de toda a freguesia de Ribadouro, onde podemos apreciar a imponencia das pontes ferroviárias, a envolvência das suas laranjas de ouro.




Quem por terra se decide deslocar, este é o único local onde viajando de automóvel pode ter o prazer de quase tocar as águas calmas do Douro.


Ribadouro é por excelência o que de melhor se pode apreciar pela sua beleza paisagística tendo como anfitrião o rio Douro de águas calmas devido à proximidade da barragem do Carrapatelo, é também beneficiada pelas suas características peculiares, pois está situada na margem esquerda do Douro, onde o sol torna as suas laranjas como pepitas de ouro, é o único local onde se pode viajar de carro quase beijando o rio.
 Devido às suas acessibilidades em termos de transporte, o viandante que vários motivos não tenham possibilidade de se fazer transportar em transporte próprio tem a Régua a 45 minutos de comboio, na estação de Mosteirô e o Porto/Gaia com as suas famosíssimas caves a 1 hora.
A viagem de comboio ao longo da margem direita do Douro tem pelas características da linha um encanto especial, tanto pela paisagem que proporciona assim como pelo conforto proporcionado aos seus utilizadores.
A partir da régua o Viandante poderá ainda fazer uma viagem turística no comboio a vapor que faz a ligação entre a Régua e Pinhão podendo também disfrutar de um maravilhoso passeio de barco.
Em termos de património, podemos referir várias casas senhoriais, não deixando no entanto de destacar:
A calçada romana a qual está em plenas condições de ser percorrida, podendo daí apreciar a sua envolvente paisagística, esta termina em Ancede.Esta calçada poderá em breve estar inserida num percurso pedestre o qual poderá ser uma realidade devido à inclusão de Porto Manso no estudo das aldeias de Portugal.
Também do mesmo proprietário da casa da torre temos o lagar de azeite, em tempos ex-libris da região, hoje devido à baixa produção de azeite não compensa a sua activação, no entanto este pode ser visitado pelo turista basta que para isso manifestem essa vontade junto do proprietário na Casa da Torre.

Este local tem uma história interessante pois na altura de sua plena laboração este produzia a sua própria energia através de um sistema de aproveitamento de energia hidroeléctrica, tendo mesmo o Engenheiro Edgar Cardoso feito uma visita a este para verificar qual o mecanismo usado e daí retirar ideias. O mesmo teve que ser desactivado devido a problemas de cargas as quais poderiam acarretar alguns riscos para os utilizadores.

Capelas e Igreja:
Igreja Matriz em Ribadouro com o seu Orago Sto António

Capela da Sra da Guia em Porto Manso
Capela de S. Gonçalo na Pala, esta capela que se encontra mesmo sobre o rio Douro como que protegendo quem navega nestas águas!

Capela da Casa da Torre, esta particular
Pontes:
Ponte Romana, que não pode ser vista, pois está submersa desde a construção da Barragem do Carrapatelo em 1973, esta situa-se por baixo da ponte ferroviária centenária.
As duas pontes Ferroviárias, sendo uma delas já centenária (a que se situa em porto Manso), e a outra veio substituir uma existente em ferro, a qual ainda é possível ver através de documentos antigos.
Laranjal – casinhas com venda de artesanato e produtos regionais. Neste momento só abre para atendimento aos visitantes que viajam nos barcos na subida e descida do Rio douro, os quais tem como ponto de paragem obrigatória Ribadouro, aliás é muito fácil ao visitante a partir de Ribadouro aceder a uma destas viagens, visto estar muito perto tanto do Porto como da Régua.

Não fazendo parte desta freguesia, mas de outras limítrofes a esta podemos mencionar também vários pontos de interesse, estão a poucos minutos desta, sendo fácil chegar até eles, entre vários podemos destacar:
  •  Fundação Eça de Queirós (Tormes)
  •  S. Martinho de Mouros (margem esquerda)
  • 
    CARNAVAL
    
     
    Gastronomia
    Bacalhau à Brás Para 6-8 pessoas
    INGREDIENTES: 1,200g de Bacalhau Desfiado Dessalgado ( ou 1 kg de Bacalhau Desfiado Salgado e Seco ) 2 xíc. de azeite extra-virgem 2 dentes de alho 2 cebolas grandes 1kg de batatas fritas tipo palito 8 ovos sal e pimenta salsa e azeitonas
    MODO DE PREPARAR:
    1. ( Se o bacalhau é salgado e seco, deve antes ser dessalgado  )
    2. Cozinhar o bacalhau em fogo brando por cerca de 10 minutos.
    3. Retirar e escorrer.
    4. Cortar as cebolas em rodelas finas e as batatas em palitos.
    5. Fritar o alho no azeite até alourar, depois retirar e reservar;
    6. colocar as batatas para uma ligeira fritura, retirando-as para o lado com uma espátula.
    7. No mesmo azeite, fritam-se depois as cebolas até corarem, retirando-as também com a espátula, e depois o bacalhau, até dourar um pouco.
    8. Com o fogo baixo, misturar todos os ingredientes com o bacalhau suavemente durante 5 min. e depois retirar do fogo.
    9. Bater os ovos, temperando-os com sal e pimenta, e juntar ao preparado.
    10.         Levar de novo ao fogo, mexendo constantemente com uma espátula até os ovos coagularem, mas de modo a ficarem macios.
    11.         Servir de imediato numa travessa aquecida, polvilhado com a salsa picada.
    Anho  Assado
    :
    1.  Coloca-se a cozer numa panela de três pernas à lareira o caldo para o arroz que consiste nos canelos (parte das pernas – ossos - do anho), frango, salpicão, presunto e moiras.
    2.  Depois de cozido côa-se o caldo e rega-se o arroz, previamente colocado num alguidar de barro sendo uma parte de arroz para duas de caldo,
    3.  por cima deste coloca-se uns paus de loureiro a servir de grelha para colocar o anho a assar.
    4.  O anho prepara-se de véspera untando este com a seguinte calda:
    a.  amassa-se muito bem alhos, carne gorda de porco, salsa picada, louro picado.
    b.  Reveste-se o anho com esta pasta e deixa-se a repousar até ao outro dia.
    c.  Depois coloca-se este por cima do alguidar do arroz na grelha de loureiro, vai ao forno a lenha a assar por +/- 1,5 h.
    5.  Serve-se acompanhado do arroz e dos ingredientes cozidos no caldo do arroz.






Um comentário:

  1. Ribadouro , diz-me muito , porquanto ali , passei grande parte da minha vida . Sempre que posso , não me canso de me deslocar a essa localidade e contemplar as suas maravilhosas paisagens naturais . Parabéns ao autor ( es ) do Blog . Bem haja ( m ) Obrigado ((H)) B.P.

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