segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

FREGUESIA DE BUSTOS


REGIÃO               CENTRO
SUB  REGIÃO       BAIXO VOUGA             
DISTRITO             AVEIRO
CIDADE                OLIVEIRA DO BAIRRO
FREGUESIA               Bustos
Armas - Escudo de prata, dois cachos de uvas de púrpura, folhados de verde, alinhados em faixa, entre livro de prata encadernado e realçado de vermelho, em chefe e lira de azul, realçada de ouro e encordoada de negro, em ponta. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ BUSTOS “
É uma florescente freguesia do Concelho de Oliveira do Bairro, distrito e diocese de Aveiro. Pertenceu à Comarca de Anadia, da Relação de Coimbra.
Situada no extremo ocidental do Concelho, dista 9 quilómetros da sede, nos limites com os Concelhos de Vagos e de Cantanhede. O seu orago é S. Lourenço.
Sabe-se que é povoação muito antiga porque fez parte das doações de D. Sancho II e de D. Afonso II a Frei Hugo da Santa Maria de Soza. Posteriormente, a partir de 1718, passou a integrar-se no património da Casa de Lafões, Condes de Miranda do Corvo e Marqueses de Arronches.
Por isso mesmo possuiu um celeiro, que foi municipal, o qual foi demolido em 1914, para dar origem ao largo da capela e à construção da respectiva torre. Esta capela veio depois a servir de Igreja paroquial, embora tivesse reduzidas dimensões. Já nos nossos dias, veio a ser substituída pela moderna Igreja, no lugar do Corgo de Bustos.
A povoação fez parte constituinte dos Concelhos de Soza, de Aveiro, até 1836. Pertenceu ao Concelho de Mira e, nos anos seguintes, foi integrada no Concelho de Anadia, vindo depois a incluir-se no Concelho de Oliveira do Bairro a partir de 1898, onde se tem mantido.
Pelo aumento demográfico e pelos seus recursos económicos, a sua população propôs, em 1918-1919, a elevação a freguesia independente, o que veio a confirmar-se por decreto de 18 de Fevereiro de 1920. A população manteve-se sempre plurifacetada sob o ponto de vista político, religioso e cultural.
Tornou-se conhecido o nome de Visconde de Bustos, primeiro e único, chamado António Duarte Sereno, que foi um abastado capitalista de Oliveira do Bairro e grande influente político da região na sua época. O título foi-lhe concedido ainda em sua vida, a 9 de Julho de 1908, por D. Manuel II, último rei de Portugal. Não terá sido menos conhecida a sua habitação, designada por Palacete do Visconde de Bustos, com funções actualmente reconvertidas, pois aí está instalada a Biblioteca fixa da Fundação Calouste Gulbenkian.

  
Nos últimos anos, a freguesia tem-se desenvolvido consideravelmente sob o ponto de vista industrial - serralharia, mármore, cerâmica, etc. - ainda que primordialmente, continue a ser um povoação de estrutura básica agrícola.
A freguesia de Bustos é formada pelos seguintes lugares:
Azurveira - Possui uma moderna capela da invocação de Nossa senhora dos Emigrantes, construída em 1972, com o apoio da gente do lugar. A capela possui um pequeno campanário de ventana, do lado esquerdo, com sineta.

A festa, em princípio, celebrava-se no 1º domingo de Agosto. Actualmente, realiza-se no último domingo de Julho.
Em frente da capela, existe um largo bem arranjado que uma lápide designa por Parque Infantil Nossa Senhora dos Emigrantes, onde também se pode ler a seguinte quadra de redondilha maior:


A festa, em princípio, celebrava-se no 1º domingo de Agosto. Actualmente, realiza-se no último domingo de Julho.
Em frente da capela, existe um largo bem arranjado que uma lápide designa por Parque Infantil Nossa Senhora dos Emigrantes, onde também se pode ler a seguinte quadra de redondilha maior:
"As crianças de Azurveira
Vêm hoje cumprimentar
Todos os que nos legaram
Este parque para brincar."
Sob a quadra, pode ler-se a seguinte data: 02-08-1987.
Há um dia em que as Ladainhas saem desta capela.
Barreira de Bustos - Tem uma capela particular, integrada no conjunto de construções habitacionais pertencentes à família Pato. No portão de entrada, de ferro, apresenta a data de 1910. É da invocação de Nossa Senhora do Rosário.
De 22 de Dezembro de 1873, são conhecidos os "Autos de revista de uma capela ao Santíssimo Imaculado Coração de Maria, pedidos por António Ferreira do lugar da Barreira".
A 25 de Março de 1914, "Requerimento ao pároco da Mamarrosa, Gabriel Duarte Martins, para a bênção de um capela particular, pertencente à família dos Ferreiras da Barreira, e aberta ao público".
Ainda no lugar da Barreira, foi mandada construir uma capela por Maria Rosa dos Santos e inaugurada por comissão de festas em 1988, dedicada a um médico venezuelano muito conhecido pela sua bondade e que morreu com fama de santo. O Painel da fachada, de azulejo colorido, indica: El Siervo de Dios - Doctor José Gregório Bernandez Cisneros (1864-1919). Aí também se pode ler uma frase alusiva: Aqui há Deus / S. Gregório Salve / a todos nós.
No interior, um altar que tem ao cimo, na parede do fundo, um crucifixo; ao centro, a imagem de D. Gregório; à direita, uma imagem de Nossa Senhora da Saúde e, à esquerda, a de Nossa Senhora de Fátima.
Bustos - Incluía a antiga igreja paroquial. Esta resultou da adaptação e da ampliação de uma antiga capela aí existente, cujo arco cruzeiro tinha a data de 1733; e, num nicho superior à porta, estava a pequena escultura de S. Lourenço, de pedra, trabalho do século XVI. Era dedicada a S. Lourenço e possuía duas esculturas de madeira do século XVIII: a de S. Lourenço e a de Santo António; também a de uma Virgem sentada dando leite ao Menino, do mesmo século - Nossa Senhora do Leite ou Virgem do Leite.
De Novembro de 1742, conhece-se o registo do "Requerimento apresentado pelo Capitão Miguel Simões do lugar de Bustos a pedir para ser sepultado na capela de S. Lourenço".
Esta igreja foi demolida, dando origem a outra de tipo moderno, erigida na área do Corgo de Bustos, na qual também existe, numa peanha lateral, a imagem de Nossa Senhora de Fátima.
A festa de S. Lourenço celebra-se a 8 de Agosto.
Cabeço - Neste lugar, um belo nicho moderno, dedicado a S. Martinho, com azulejos alusivos à colheita do vinho construído pela Junta da Freguesia e pela Câmara Municipal, em 1992, junto ao fontenário que já existia mas que foi remodelado e bastante melhorado.
Da parte de dentro, com bica para a água e azulejos pintados com motivos da lavagem da roupa, estão inscritas duas quadras de redondilha maior, ao centro:
"Fontenário do Cabeço
Dedicado a S. Martinho
Melhor água não conheço
Melhor povo, melhor vinho!
Vivem em franca harmonia
Por todos tem muito apreço
É alegre e hospitaleiro
Esta gente do cabeço."

Póvoa de Bustos - Neste lugar, foi construída, em 1971, pelo respectivo povo, uma pequena capela dedicada ao Senhor dos Aflitos. Tem pequeno suporte de ferro para a sineta, do feitio de ventana, e é revestida de azulejo, tendo um painel exterior colorido com Cristo Crucificado - o Senhor dos Aflitos.
Na fachada, possui duas quadras de redondilha maior, uma de cada lado da porta:
"Trabalho, amor e união
Esta capela é erguida
Símbolo de gratidão
Da gente da Póvoa unida.
Nas horas de aflição
Tantos ais e tantos gritos
Resemos uma oração
Ao Senhor dos Aflitos."
A construção desta capela está relacionada com uma outra capelinha da mesma invocação situada na Quinta Nova, a qual parece ter ficado cada vez mais abandonada.
A festa do Senhor dos Aflitos, na Póvoa, já tem grande nomeada e celebra-se no 2º domingo de Julho.

Gastronomia
Frango Assado com Piripiri

Ingredientes:
  • 1 frango
  • 2 dentes de alho
  • 1 malagueta de piripiri
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • sal
  • pimenta
  • 1 colher de chá de vinagre
Modo de Preparo:
1. Prepare o frango, lave e enxugue.
2. Pise os dentes de alho com o piripiri e misture com o azeite, sal grosso, pimenta e o vinagre.
3. Barre o frango interior e exteriormente com este preparado e deixe ficar assim durante 2 horas.
4. Leve o frango a assar no espeto ou, na falta deste, no forno, regando-o de vez em quando com o molho que se vai formando.
5. Quando o frango já estiver bem louro, exponha-o a uma corrente de ar e leve-o novamente ao forno para a pele ficar estaladiça.







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