terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

FREGUESIA DE CUSTOIAS

REGIÃO               NORTE
SUB  REGIÃO       GRANDE PORTO           
DISTRITO             PORTO
CIDADE                MATOSINHOS
FREGUESIA               Custoias

Freguesia com uma superfície de 573,7 hectares, com uma população de mais de 17.000 habitantes, 4.200 fogos e com 13.000 eleitores, tem como limites: ao norte o concelho da Maia, a este, a freguesia de Leça do Balio, a sul, a freguesia da Senhora da Hora e a oeste as freguesia da Senhora da Hora, Santa Cruz do Bispo e Guifões. Dista do Porto 2 km e de 4 km de Matosinhos.
Segundo os censos de 1991, esta freguesia teria uma população activa na ordem das 7.000 pessoas e população passiva de 6.250 pessoas (4.500 jovens e 1750 reformados).

Monte Crasto, Padrão da Légua, Pedras, Pias, Pinguela, Redolho, Santiago, S. Gens, e Souto.
Faz parte do vale do rio Leça, o que lhe confere um terreno muito fértil.    A freguesia é atravessada pelas seguintes linhas de caminho de ferro: a linha da Póvoa do Varzim, a linha de cintura e a linha de Guimarães. Tem uma alta densidade populacional com um alto índice de construção civil. Tem feira semanal ao sábado. Tem cinco agências bancárias. O posto de correio é nas dependências da junta de freguesia. Tem uma paróquia, pertencente à diocese do Porto. Tem uma junta constituída por cinco membros.
Custóias vem do latim "Custodias" que significava atalaias ou guardas.
Foi escrito das seguintes maneiras: Costodia, Custodijs, Costoias, Custodias, Costoyas, Custoyas.
Tal nome deriva de ter havido no monte S. Gens (San geens) um facho ou vela para vigiar a costa de Matosinhos e a foz do rio Leça. Esse lugar de vigia ainda existia no reinado de D. João II.
Já em 1021, o monte San geens era designado por monte Custodias, sendo que a sua localização era muito boa como ponto de referência, quer do lado do mar, quer do lado da terra.
Há indícios da existência de monumentos megalíticos nesta freguesia, o que pode significar que já no período Neolítico (5.000 anos a.C.) havia a utilização deste território. Tais vestígios encontrar-se-iam no monte de S. Gens, havendo também numerosos vestígios de castros nos lugares de Esposade e Matalto. As populações que habitavam estes castros eram os Callaeci, que se dedicavam quase em exclusivo à agricultura, embora as guerras intestinas os obrigassem a ter perímetros de defesa, daí a sua localização em pontos altos.

Na primeira metade do séc. VI a.C. chegaram à Península vários povos a que se dá o nome genérico de Celtas. Provinham da cultura de Adlerber, no centro da Europa.  Das várias tribos que vieram para a zona portuguesa da península, só nos interessam os Draganes, por terem colonizado entre os rios Vouga e Minho.  Da junção das várias tribos com a população autóctone, teriam provido os Celtiberos, que aliavam o carácter agrário dos primeiros habitantes à vocação marítima dos segundos. Foi desde o séc. IV a.C. que se começaram a definir os limites da Lusitânia, abrangendo os territórios entre a Estremadura Espanhola e os .montes Cantábricos.

No séc. III a.C. dominaram a zona costeira do Cantábrico até ao Tejo. Estrabão disse: a mais forte das nações ibéricas. Eram um povo dedicado à agricultura e ao
pastorício
. - Com a chegada dos romanos à Península Ibérica e a sua posterior conquista no séc. II a.C. veio a romanização da península. Foram criadas três províncias, sendo a Galécia a província que corresponde à região portuguesa a norte do Douro. ,


É desse tempo a vila de Cale (Gaia). Os romanos introduziram a administração, com a criação de municípios e implementação das suas leis, que duraram até à idade média.
Foi no séc. V que os povos germânicos invadiram a Península Ibérica. Pelo ano de 409 entraram os Alanos, os Vândalos e os Suevos.
Os Suevos, sob o comando de Hermerico, conquistaram a região do Minho e da Galiza. O centro do seu poderio era a região compreendida entre o rio Douro e o rio Minho, sendo a sua capital Bracara (Braga) e o fulcro em Cale (Gaia).
Após a morte de Réquila em 448, o rei Requiano converteu-se ao catolicismo em 456, procurando transformar em cruzada a luta contra os Visigodos, que se haviam federado com Roma para dominar a Península. Como não conseguiram o seu intento, algum tempo depois voltaram ao arianismo.
Anos mais tarde, em 558, S. Martinho de Dume consegue uma nova reconversão dos Suevos, no início do governo de Teodorico.
Animados por um fervor religioso, os Suevos tentaram ficando com o seu território reduzido a uma faixa litoral do Noroeste.
O que não conseguiram pela força das armas, conseguiram pela religião.
Em 589, Recaredo, rei dos Visigodos, converte-se ao catolicismo no 3° Concílio de Toledo.
Depois da derrota de Rodrigo na batalha de Guadalete, em 711, os Muçulmanos invadiram a Península. A sua rápida conquista (durou 4 anos), fez com que somente uma faixa nas Astúrias servisse de refúgio para alguns capitães visigóticos. Comandava, este grupo de resistência, Pelaio ou Pelágiotque que derrotou um exército mouro em Cangas de Onis.
À reconquista do Douro por D. Afonso I, o Católico, (739-757), vai seguir-se uma política de ermamento, ou seja, a desertificação das terras a norte dessa linha, a fim de impedir um novo avanço dos Árabes.
No reinado de D. Afonso III (866-910) foi feito um grande esforço para o repovoamento de toda a zona a norte do Douro. Foi um cavaleiro de nome Vimara Peres que, em 868, fez a presúria de Portucale e a restauração do Castro Novum, na margem direita do Douro.
Durante o reinado de D. Afonso V, o Nobre (994-1027), a zona costeira entre o Douro e o Ave foi atacada por Normandos, em 1015, tendo sido destruídos os campos.
A importância desta zona do país é dada pela maior densidade populacional da época.
Custóias é assinalado pela primeira vez em escritos do séc. IX.

 "Villa nostra propria que avemus inter Durio e Leza alpe montis Custodias ...non longe litore maris de ipsa villa nominata Custodias ", mostra como a vila tirou o nome do monte fortificado.
No longínquo ano de 967, Heibele e a sua mulher Mansura transaccionam uma herdade havida dos seus antepassados, na vila de Custóias, junto ao rio Leça, composta de terras ruptas e inruptas (cultivadas e incultas), montes, fontes e petras mobiles (pedreiras), com árvores fructuosas ( de frutos) arvoredo infructuoso (infrutíferas), a favor de Advogatus e mulher Ilubidi.
Assim reza o primeiro e mais antigo documento sobre a vila de Custóias.


O segundo texto data de 973 e reza o seguinte: uma venda de bens em Custóias entre Viarigo e consorte Levovilli de uma herdade com casas " cuptas et cupos lagares lectos cathedras seu intrinsecus domorum aliter terras pomares ameixenares alia pomifera que ibidem sunt plantataaquias aquarum existus montias pectras mobiles uel omnia que ibidem potueritis inuenire quicquid ad placitum hominis est per suis antiquis terminus ". ( com pipos e cubas de lagares, leitos e cadeiras da casa e noutro lugar, terras, pomares ameixoeiras e outras árvores de frutos que aí foram plantadas junto às fontes, pedreiras e tudo o que nesses lugares se podia encontrar para agrado do homem e para seus antigos fins ).


É de salientar que em 1063, Gunsalvo e sua mulher Elio e Vermudos e sua mulher Ermesinda doaram ao dito mosteiro do Salvador vários prédios em Custóias e salinas na foz do rio Leça.

Dos antigos lugares de culto pagão, a população convertida ao catolicismo, erigia uma igreja ou capela, invocando um santo como padroeiro.No caso de Custóias foi possivelmente por causa da via que ligava o Porto com a foz do rio Ave (via veteris -estrada antiga) e que serviu para a ligação, pela costa, com Santiago de Compostela, para a peregrinação dos romeiros a esse lugar Santo, cujo padroeiro foi S. Tiago. Desta via resta ainda uma ponte que atravessa o rio Leça, perto de Esposade, chamada de D. Goimil, uma bela ponte de dois arcos em cavalete, sendo a sua construção dos séc. XII ou XIII. Esta estrada principiava no Douro, no sítio de Arrabea (Arrábida) passava pelo Couto, vindo à Cruz de S. Tiago de Custóias, para Pedras Rubras, Aveleda, Modivas e por fim na foz do Rio Ave.
A ponte de D. Goimil já era referenciada em 1258. Como nota de rodapé, esta estrada foi elevada à categoria de estrada Real no sec. XVII. No início do séc. XI, várias terras de Custóias pertenciam ao padroado do mosteiro do Salvador (Mosteiro de Leça do Balio) e que, em 1016, D. Unisco Mendes, viúva de D. Tructesindo e seus filhos Tructezindes e Patrina, doaram esse padroado ao mosteiro da Vacariça.
É de salientar que em 1063, Gunsalvo e sua mulher Elio e Vermudos e sua mulher Ermesinda doaram ao dito mosteiro do Salvador vários prédios em Custóias e salinas na foz do rio Leça
Há vários documentos de doações, vendas e trocas entre 967 e 1080, sobre terras e prédios em Custóias.
Eis alguns:
A V das Nonas de Março de 1008,. de Froila e Ebraili, ao mae mo Ederonio Alvitizi e mulher Trastina.
No mesmo ano de 1008, de Andrias e mulher Tresili e de Frater Carinto e mulher Donela, ao mesmo Edronio. Em 1009, de Tidi e seus filhos Domnani e Dulcina a Pelagio e mulher Crementina; de Vistrile e seus filhos ao último casal citado: de Leovegildo Alvitiz ao já referido casal Ederonio. Em 1010, de Pelagio e mulher Serracina ao atrás mencionado casal Ederonio.
Em 1045, cedência do abade Tudeildus a determinados presbíteros e monges, os mosteiros de Leça, Anta e a Villa de Custoyas e as salinas da foz do Leça.
Estas doações às igrejas e mosteiros eram frequentes nesta época, pois elas garantiam que o clérigo Ihes celebrasse os santos ofícios por sua alma, depois da morte dos ofertantes.
Ao se fazer a história de Custóias, não se pode dissociar com a história do mosteiro de Leça do Balio, pois as suas terras fizeram parte do couto que foi outorgado por D. Afonso Henriques e sua mulher D. Mafalda ao dito mosteiro em 1123.
Devido à grande riqueza de todas as terras que são banhadas pelo rio Leça, o padroado do mosteiro foi utilizado para resolver as finanças da mitra conimbricense, em 1094, por D. Urraca e D. Raimundo, conde da Galiza, pela doação do mosteiro da Vacariça e de todos os seus pertences, onde estava incluído o mosteiro de Leça.


Entre 1112 e 1116, a rainha D. Teresa restaurou o padroado de Leça, Independente da mitra de Coimbra e doou o mosteiro à Ordem do Hospital de S. João de Jerusalém (Ordem dos Hospitaleiros e mais tarde Ordem de Malta).
Em 1166, o couto foi confirmado pelo mesmo rei D. Afonso Henriques e sua mulher, a D. Raimundo, conde e senhor da Galiza. Neste couto estavam incluídas as terras de Leça, Custóias, S. Mamede de Infesta, Barreiros, S. Faustino de Gueifães.

Nas inquirições Afonsinas de 1258, a paróquia de Santiago de Custóias está integrada no couto de Leça, sendo os principais lugares Esposade e Gondivinho. Nessas ditas inquirições, foram declarados cinco casais no lugar de Esposade de Baixo, quase todos da ordem do Hospital; no de Gondivalinho (Gondivinho), três, todos da mesma ordem, e no de Custóias, sete, todos da Ordem e de fidalgos, sendo honra " propter previlegium Hospitalis ".


A igreja paroquial é referida em 1258 como pertencente à ordem do Hospital e assim se manteve durante séculos como vigoraria da apresentação do Balio de Leça. Integra o julgado da Maia.
A importância de Leça do Balio foi reconhecida por D. Manuel que lhe atribui carta de foral em 4 de Julho de 1519 e mais ainda, para fins administrativos será constituído um município com sede na freguesia de Leça, com as freguesias de Custóias e S. Mamede de Infesta e com julgado próprio. Cada uma das freguesias elegia dois vereadores e os seis elegiam outro que servia como juiz ordinário do julgado.

Desde a civilização castreja, que as populações procuraram os pontos mais altos para daí melhor se defenderem e vigiarem o movimento dos povos que os circundavam. No caso de  populações que viviam perto de costas, a observação do mar era fundamental, pois o perigo de invasões era constante.  Portanto, foram construídos postos de vigia em pontos altos, para poderem avisar as populações dos diversos perigos.
Em Custóias, foi no monte S. Gens que tal posto de vigia foi construído. Do alto dos seus 137 metros, dava uma panorâmica que se estendia do monte de Valongo até à foz do rio Leça.
A casa do Facho era uma casa térrea, pequena, de perpianho, com porta e postigo virados para o mar, onde o facheiro observava a aproximação do inimigo.
Os sinais eram de fumo, se era dia ou fogo vivo, de noite.
A importância destas atalaias foi atestado no ano de 1484, no reinado de D. João II, por uma ordem para a construção de uma casa do Facho em S. Gens e em Vila do Conde, para que pudessem dar aviso imediato de qualquer embarcação suspeita que se aproximasse do litoral.
Pagar a Cabrita

Em tempos idos, à Feira dos Moços em Santiago de Custóias (primeiro de Novembro e primeira  terça-feira de Abril) compareciam em peso abastados lavradores da Maia. Ali, juntavam-se criados ou moços de servir a oferecer préstimos ao amo que desse mais. O primeiro (de Verão), com soldadas mais elevadas, dizia respeito aos meses de Abril a Outubro. O segundo (de Inverno), de Novembro a Março. O contrato era verbal, selado com um aperto de mão, testemunhado por lavradores. Incluía ou não roupa lavada e remendada pela patroa, que oferecia duas calças de cotim, um par de socos abertos e outros fechados e duas camisas de riscado. Sem estas regalias, o criado aceitava um dia por mês (Domingo) para lavar e remendar. Fechado o contrato, o patrão era obrigado, por tradição, a pagar a cabrita (marenda) ao moço, na taberna da feira. 
Na feira  de Novembro, castanhas e vinho tinto e na feira de Abril, figos de seira e vinho branco.
Havia várias categorias de moços, começando pelas mais baixas: o moço de soga ou de "chamar" os bois, vulgarmente contratados a comer e vestir; o moço de roçar (mato para as cortes dos animais) e o moço de segar (erva). O moço grande, mais velho, mantinha supremacia sobre os outros e, se tivesse tino (e sorte), poderia casar com a filha do patrão ( ...)
As festas das colheitas que se celebravam nos solstícios estivais, são de longínqua data..Já nos tempos dos romanos elas eram celebradas Na Idade Média, as feiras eram os lugares privilegiados para a troca de todos os produtos que a terra dava, juntamente com os artigos manufacturados. Com o evoluir dos tempos, foi-se aliando a essas feiras uma festividade religiosa.  Um santo padroeiro do lugar era eleito e juntava-se a parte profana com a parte religiosa. Compras e vendas, trocas, namoros e casamentos, folguedo e notícias eram motivos mais que suficientes para os ajuntamentos das pessoas nessas datas.

Feira dedicada ao apóstolo Santiago, era a principal festa desta freguesia.
De antiquíssimas raízes (já em 1758 era referida) a feira dos barros era o local onde os lavradores das redondezas se vinham abastecer de louças para o ano inteiro. Feira dedicada ao apóstolo Santiago, era a principal festa desta freguesia.
De antiquíssimas raízes (já em 1758 era referida) a feira dos barros era o local onde os lavradores das redondezas se vinham abastecer de louças para o ano inteiro. A feira da louça foi transferida para a festa do Senhor de Matosinhos.

Feira Semanal
É a feira mais forte do concelho de Matosinhos, pedindo meças à feira de Espinho.
Inicialmente no Largo do Souto, foi transferida para um terreno próprio, em frente ao cemitério. Efectua-se ao sábado e dura todo o dia. Tem nas roupas o seu maior sector. Os pregões dos vendedores dão um especial colorido nas ruas pejadas de pessoas que procuram o produto mais bonito e mais barato. Dos legumes às galinhas, das flores às rações, tudo se vende nesta feira. As barracas de comes e bebes, regurgitam de pessoas que se vão retemperar e discutir qualquer negócio mais complicado.
 Igreja Paroquial e Capela de Esposade
"Santiago de Custóias pertencia à vigoraria da apresentação do Balio de Leça.
Já em 1258 a dita igreja paroquial é mencionada como pertencente à Ordem do Hospital.
Dado o estado ruinoso da primitiva Matriz, a actual igreja foi construída no início do séc. XVIII. A capela-mor foi construída no ano de 1733, a expensas da Baliagem.
No entanto, a igreja era servida por um pároco que vivia no mosteiro da baliagem. Deslocava-se a Custóias para celebrar a missa de Domingo e beatificar os enfermos impossibilitados de sair de casa. Devido ao empenho dos dois vereadores desta freguesia no concelho de Leça do Balio, a baliagem mandou construir uma residência para o pároco, que se mudou em 1741 para a freguesia.


 Custóias é uma das freguesias com maior crescimento populacional e habitacional do concelho de Matosinhos. Pena é que o crescimento populacional não tenha trazido um aumento nos sectores produtivos, sendo que a agricultura ocupa uma grande parte dos terrenos desta freguesia.

Até aos anos 60, esta freguesia era essencialmente rural e agrícola, tendo como únicas indústrias a A.P.C. (mais conhecida pelos caulinos) e a fábrica de farinhas Carneiro, Campos & Ca.
Tinha um comércio de subsistência para a população local.
Mas não vamos pensar que o caso de Custóias era um caso isolado no concelho de Matosinhos. Todas as freguesias do concelho, salvo Matosinhos, eram idênticas.
É nos anos 60 que a Via Norte é construída, tendo sido uma via de abertura para a implantação de parques industriais a norte do Porto. O incremento do porto de Leixões para as exportações e importações dos mais diversos produtos, transportou para o concelho de Matosinhos várias empresas.
Com isso e o implemento da construção civil devido aos mais baixos custos dos terrenos, provocou um afluxo de pessoas para as freguesias limítrofes do Porto.Custóias foi das freguesias com maior índice de crescimento populacional (46,8%) nos últimos anos.
Hoje tem alguma indústria, mas é nos campos do comércio e serviços que se deu a maior evolução.
Tem havido o cuidado de fixar população nesta  freguesia, oferecendo várias infra-estruturas no âmbito do desporto, serviços sociais e transportes. Com o futuro metro de superfície, a passar nesta freguesia, há grandes possibilidades de um incremento de fixação de factores de produção e população em Custóias.

Tem esta freguesia vários estabelecimentos de ensino, pois devido ao seu grande crescimento populacional os meios de educação e instrução tiveram de acompanhar esse mesmo crescimento.
Tem escolas primárias, Esposade, Custóias, Gatões e Santiago, escola EB 2.3 de Santiago e escola secundária do Padrão da Légua.
Tem também 2 jardins de infância.
Tem o Instituto Electrotécnico de Portugal, onde se efectuam cursos de formação profissional.
Desde O Centro Social e Cultural de Custóias, que foi inaugurado em 1983 e que funciona nas instalações da Junta, servindo de convívio para a população mais idosa, até ao novo centro que foi inaugurado em 23 de Dezembro de 1999, na rua Teixeira Lopes, com uma área de 400 metros quadrados, passando por um apoio domiciliário a idosos acamados, a intervenção da autarquia tem-se pautado por um cuidado interessado para com os mais velhos.
Casa de S. Tiago
Belíssimo exemplar da construção civil do séc. XVII, esta casa, pertença da família Pestana da Silva desde 1850, é a mais bela casa senhorial da freguesia. Localizada junto à Igreja paroquial e a escassas centenas de metros do Largo do Souto, tem sido utilizada para festas e outros acontecimentos mundanos. Segundo um documento de 1604, esta propriedade era conhecida por Meio Casal de Justa Gonçalves e pertencia ao baliado de Leça. Era uma exploração agrícola de boas dimensões, com casa de sobrado, cozinha, aidos e celeiro.
Casa dos Leões

Conhecida desde 1643, como Meio Casal de Custoyas, registado nos tombos do baliado de Leça, foi emprazado em meados do séc. XVII a André António Custoyas, que foi alferes do Couto de Leça, tendo sido sucedido no seu cargo por seu genro Manuel de Oliveira.
Esta propriedade era composta por casa de sobrado, eiras, celeiro e estábulos com campos de cultivo e bouças.
O seu nome deriva de dois leões que encimam o portão principal da casa

 Como qualquer lenda, não é mais do que uma lenda.
Conta-se que no ano de 44 d.C., se estava a realizar um casamento em Esposade, de um patrício romano de nome Caio Carpo com a jovem Claudia Lupa Calense. Era um belo dia de Primavera e, como em todos os casamentos da época, efectuavam-se jogos onde os convivas punham à prova as suas habilidades, especialmente, os seus dotes de cavaleiros. No meio das habilidades, o cavalo de Caio Carpo tomou o freio nos dentes e abalou. Foi andando até à praia e entrou por mar dentro. Lá ao longe divisava-se uma barca. O cavalo nadando com o seu cavaleiro no dorso dirigiu-se para essa barca. Em chegando, foi recolhido pelos mareantes que lhe disseram que vinham da Palestina e que transportavam o corpo do Apóstolo S. Tiago.
Perante tal milagre, pois ele já se considerava morto, logo se converteu ao catolicismo. Voltando para terra do mesmo modo, quando chegou à festa e tal contou, logo todos os presentes se converteram.




Este estabelecimento prisional foi ocupado em 29 de Abril de 1974, pelos reclusos que foram transferidos da Cadeia Civil do Porto, para Custóias.
O início da construção do edifício foi em 1961, sendo inteiramente executado por reclusos (Brigada de Trabalho Prisional do Porto) que, inicialmente e para efectuarem os alicerces, eram transportados em carros celulares, passando a residir no recinto em barracões de madeira, para o resto da construção. Esta brigada era composta por 230 reclusos. Esta brigada de trabalho foi extinta em 1975.
O Estabelecimento Prisional do Porto foi concebido inicialmente só para reclusos.
Actualmente tem estruturas para 480 reclusos e 20 reclusas, embora a sua lotação esteja em muito superada.
Como caso curioso, este estabelecimento prisional foi visitado em 6 de Julho de 1997 pelo Presidente da República, sendo esta data considerada a da sua inauguração pois, oficialmente, este edifício foi ocupado mas não inaugurado.
O seu primeiro director foi o Dr. José Damasceno Campos e actualmente é o Dr. Hernâni Castro Vieira.
 


Gastronomia
Arroz de tamboril

Ingredientes
  • 600 g de arroz agulha
  • 3,5 Kg de tamboril inteiro
  • 600 g de camarões grandes
  • 1 cebola partida em cubos
  • 2 cebolas picadas
  • 3 dentes de alho laminados
  • 3 dentes de alho picados
  • 3 tomates em cubos
  • 1 pimento vermelho em cubos
  • 2 dl de polpa de tomate
  • 2 dl de vinho branco
  • 1 dl de azeite (10 colheres de sopa)
  • 1 molho de coentros
  • 1 rama de aipo em folha
  • 1 molho de hortelã
  • Malaguetas, sal e pimenta, a gosto
Modo de Preparo:
1. Arranje o tamboril, retire os lombos, corte em quadrados e tempere com sal e pimenta. Aloure o tamboril em 5 colheres de sopa de azeite, e adicione o vinho branco.
2. Ferva as espinhas do tamboril em água, introduzindo a rama de aipo. Guarde a água para cozer o arroz
3. Num tacho grande introduza 5 colheres de sopa de azeite e, quando estiver quente, junte a cebola picada, os alhos picados e o pimento em cubos. Mexa e adicione a polpa de tomate. Junte a água de cozedura das espinhas. Deixe ferver e triture o preparado com a varinha mágica
4. Quando este líquido estiver a ferver adicione o arroz e mexa. A meio da sua cozedura, junte a cebola em cubos, os alhos laminados e o tomate em cubos. Rectifique os temperos
5. Quando o arroz estiver quase cozido, adicione os camarões temperados com sal, e envolva-os bem no arroz. Finalmente adicione o tamboril e os sucos resultantes da sua cozedura
6. Sirva de imediato em prato fundo, e decore com coentros bem picados e hortelã










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