REGIÃO CENTRO
SUB REGIÃO PINHAL INTERIOR
DISTRITO COIMBRA
CIDADE TABUA
FREGUESIA Meda de Mouros
A origem do nome da freguesia vem do latim “amoena”, ou seja, amieiro. O topónimo aponta para um povoamento árabe. Acredita-se que os Mouros habitaram nesta freguesia e durante a sua permanência exploravam ouro no Rio Alva. Diz a lenda que quando forma expulsos durante a Reconquista Cristã, deixaram parte do ouro escondido na freguesia.
O “foro de sena” de 1136 registava os direitos e os deveres dos vizinhos que habitavam uma vasta região, centrada na actual cidade de Seia, incluindo o Concelho de Tábua.
No “Cadastro da População do Reino” de 1527, citam-se as povoações do concelho de Tábua. Farinha Podre e Coja tiveram parte do termo no actual Concelho de Tábua. Pertenceu ao Curato de Coja e ao seu Concelho.
Meda de Mouros pertenceu ao senhorio dos Bispos de Coimbra e foi desmembrada de Coja nos finais do séc. XVI.
Os seus habitantes viviam da pastorícia e agricultura, sendo este um sector que desde sempre teve relevância no desenvolvimento económico da freguesia.
Em 1931, foi criado um Sindicato Agrícola, responsável pela recuperação e ampliação da zona de olival e pela criação do 1º Celeiro Nacional. Era para o Celeiro de Meda de Mouros, que os produtores de trigo do concelho e concelhos vizinhos traziam os seus cereais, afim de posteriormente serem transportados para o comboio de Sta Comba Dão. Foi também criada uma delegação da Federação dos Produtores de Trigo.
Para além das actividades atrás referidas, existiam também na aldeia artesãos: ferreiros, carpinteiros, tamanqueiros, alfaiates, cesteiros, barbeiro/médico/dentista, moleiros e tecedeiras. Uma das tradições da aldeia eram as “palheiras” onde as tecedeiras da aldeia se reuniam à volta do tear, a cardar e a fiar.
Meda de Mouros sempre se esforçou por acompanhar o progresso e melhorar as suas condições de vida.
A sua Casa do Povo foi a 2ª do Distrito de Coimbra (criada em 1934); foi a 4ª freguesia usufruir de energia eléctrica e neste mesmo ano, 1935, inaugurou a rede de abastecimento de água com sistema elevatório; nos anos 50 procedeu-se ao calcetamento da rua principal e à construção da Cooperativa de Agricultores.
No que diz respeito a tradições, uma delas é a do Cepo de Natal. Trata-se de uma enorme fogueira, alimentada por cepos e que se acende no largo junto à igreja onde se celebra a Missa do Galo. No final da missa, as pessoas reúnem-se em volta do cepo e fazem café e “provam” a gastronomia tradicional.
Um dos outros costumes regista-se na quadra carnavalesca. É o chamado “pisão” que não passa de uma brincadeira entre amigos. Outro costume típico desta época são as “corridelas” de Entrudo que representam a divulgação de situações caricatas que se tenham passado.
As festas são também tradição em Meda de Mouros, quer de carácter religioso, quer profano. Uma delas é a Festa em Honra de S. Pedro e este ano realiza-se também a Festa em Honra a S. Sebastião, padroeiro da aldeia, festa esta que já não se realizava à mais de 20 anos.De carácter profano, destacam-se as festas Convívio da Comissão de Melhoramentos de Meda de Mouros e o Convívio dos Padeiros e Pasteleiros, conhecida por Convívio da Farinha.Quanto ao primeiro, realiza-se anualmente o Piquenique da Comissão de Melhoramentos de Meda de Mouros. O segundo teve inicio em 1996 e desde então tem vindo a realizar-se anualmente
Padroeiro
O orago da freguesia é São Sebastião, que pela sua fé em Jesus foi martirizado. Celebram uma festa em sua honra no dia 20 de Janeiro. Nasceu em Narbona, França, no final do século III e desde muito pequeno os seus pais mudaram-se para Milão, onde cresceu e foi educado. O seu pai foi militar e nobre, São Sebastião também quis seguir a carreira do pai, chegando a ser capitão da primeira corte de guarda pretonana, um cargo que só se dava a pessoas ilustres e correctas.
Sempre que podia, visitava os cristãos encarcerados e ajudava os mais fracos, doentes e necessitados,
Era um soldado dos dois exércitos, o de Cristo e o de Roma.
Maximiano empreendeu uma depuração de elementos cristãos nas forças armadas expulsando todos os cristãos de seus exércitos. Cabe dizer que o soldado do exército romano era voluntário. Só era obrigatório servir, os filhos de militares, como era o caso do Sebastião. Quando um soldado o denunciou, Maximiano sentiu-se traído por Sebastião e rapidamente chamou-o e exigiu que renunciasse ao cristianismo.
Era um soldado dos dois exércitos, o de Cristo e o de Roma.
Maximiano empreendeu uma depuração de elementos cristãos nas forças armadas expulsando todos os cristãos de seus exércitos. Cabe dizer que o soldado do exército romano era voluntário. Só era obrigatório servir, os filhos de militares, como era o caso do Sebastião. Quando um soldado o denunciou, Maximiano sentiu-se traído por Sebastião e rapidamente chamou-o e exigiu que renunciasse ao cristianismo.
Perante esta situação, Sebastião comunicou ao imperador que não queria renunciar ás suas crenças cristãs e o imperador ordenou a sua morte. Mas Maximiano ordenou a sua morte, da maneira mais atroz. Os arqueiros desnudaram-no, levaram-no ao estádio de Palatino, ataram-no a um poste e lançaram-lhe uma chuva de flechas. Depois deste macabro crime, abandonaram-no a sangrar até à morte. Irene, uma mulher cristã, que apreciava os conselhos de Sebastião, foi ao local onde estava o santo, juntamente com um grupo de amigos, e comprovaram que o mesmo ainda estava vivo.
Desamarraram-no e Irene escondeu-o e tratou-o em sua própria casa. Passado algum tempo, Sebastião ficou curado, e quis continuar o seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia, apresentou-se de novo a Maximiano, o qual ficou assombrado. Maximiano não deu ouvidos aos pedidos de Sebastião, para que deixasse de perseguir os cristãos e ordenou, os seus soldados, que o açoitassem até á morte. Após a sua morte, foi enterrado num cemitério subterrâneo, sob a Via Apia. Mais tarde, a Igreja construiu um templo em honra do santo, a Basílica de São Sebastião/ que ainda existe e recebe um grande numero de devotos. A Irene que cuidou de São Sebastião, é a Santa Irene cuja festa é celebrada no dia 30 de Março.
Gastronomia
Bolos de mel
Bucho |
Ingredientes:
Bucho de porco, arroz, suã de porco
febra de porco
Coração de porco
piri-piri q.b.
colorau
salsa
sal
sangue de porco.
febra de porco
Coração de porco
piri-piri q.b.
colorau
salsa
sal
sangue de porco.
Modo de Preparo:
- começa-se por encalar o arroz.
- Depois junta-se ao arroz sangue líquido de porco e, em pedaços, a suã, as febras e o coração.
- Tempera-se com o piri-piri, o colorau, o sal e a salsa.
- Quando estiver tudo bem misturado no arroz enche-se o bucho e cose-se a abertura com uma agulha e uma linha de modo cruzado e de maneira a evitar que rebente.
Deixar cozer durante aproximadamente duas horas.
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